terça-feira, 19 de janeiro de 2021

 Greve da UNTG/ Enfermeira-chefe do Serviço de Urgência confirma observância de  Serviço Mínimo no Hospital Simão  Mendes

Bissau 19 Jan 21 (ANG) – A Enfermeira Chefe de Serviço de Urgência do Hospital Nacional Simão Mendes(HNSM), disse que apesar de adesão dos técnicos da saúde à greve, o serviço mínimo está a ser cumprido, por isso recomenda à  doentes em estado grave a procurarem os cuidados médicos naquele estabelecimento sanitário público.

Em declarações  exclusivas à ANG,  Signeia Samira Tomas Mendes reconheceu que a segunda vaga de paralisação decretada pela União Nacional dos Trabalhadores da Guiné (UNTG) tem tido  impacto  negativo no hospital Simão Mendes, que viu-se limitado as suas atividades ao cumprimento do Serviço Mínimo acordado entre Direção do HNSM e os sindicatos de base daquela instituição sanitária.

“Temos um enfermeiro e um médico para o serviço de cirurgia  e igual número para o serviço de ortopedia, os trabalhos estão a decorrer normal e os técnicos têm atendido casos que chegam. Como  é já o costume no nosso país, quando há greve registamos pouca afluência de pacientes. Quando há greve, mesmo estando doente,  as pessoas não se deslocam para o hospital, por pensar que  não vão ser  atendidas “,lamentou.

De acordo com Tomás Mendes, estes serviços, em situação  normal, costumam ter dois enfermeiros, dois médicos que são apoiados pelos estagiários.

Signeia Mendes disse que estão a atender casos de urgência ou graves e que os casos menos graves não são atendidos  mas sim  aconselhados a procurarem cuidados médicos  em  postos sanitários mais próximos das suas zonas de residência.

A Enfermeira-chefe disse que apesar da greve, os técnicos destacados para prestar o serviço mínimo estão a atender as  pessoas de acordo com a lei da greve e que os doentes internados estão a receber a assistência médica mínima.

O repórter da ANG encontrou no hospital uma senhora de nome Famata Bari  que lamentou  que a sua filha está a sentir-se mal desde segunda-feira, mas que não foi atendida, por causa da greve.

Segundo Famata,  nem todos os doentes ou familiares  que não forem atendidos vão poder procurar outros centros de saúde devido ao  fraco poder económico.

Por isso, ela pede rápido entendimento entre o Governo e a UNTG, porque, diz ela, “os mais pobres é que sentem mais os efeitos desta paralisação”.

Braima Djassi  levou o tio que sofre de dores nos joelhos  mas dissera que vai igualmente recorre ao centro de reabilitação motora de Quelelé.

“Em situação normal o hospital não consegue atender na hora, todos os pacientes, imagina agora com a greve”, exclama Djassi. ANG/MSC/LPG//SG

 

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