Política/ Colectivo de 18 partidos sem assento parlamentar pede veto do Presidente da República ao OGE/2021
Bissau, 15 Jan 21
(ANG) – O Colectivo de 18 partidos políticos sem assento parlamentar pede veto do
Presidente da República ao Orçamento
Geral de Estado(OGE) para o ano económico 2021, aprovado recentemente pelos
deputados.
O Grupo alega que o
OGE/2021 não reflete o que consideram “superiores interesses” do povo guineense.
Segundo a
RDN, o apelo ao veto presidencial
foi feito na quinta feira em conferência de imprensa dirigida pelo
coordenador desse colectivo, Barima Djaló.
O colectivo critica a
atribuição de subsídios aos titulares de órgãos de soberania e a criação de
cinco novos impostos.
“ Não temos representação parlamentar, mas
também não concordamos com este orçamento, por isso pedimos ao Presidente da
República que devolva o documento a ANP para que seja melhorada, por
não corresponder a realidade socioeconómica do país”, sustentou Braima Djaló.
Acrescentou que o OGE
não ajuda ao sector privado e nem a sociedade guineense, e que por isso o grupo
exorta ao ministro das Finanças a prestar mais atenção às questões sociais em
vez de pensar em aumentar o salário dos
dirigentes.
“Não é possível que um membro do governo ganhe mais do que o seu homólogo de um país que
dá apoio financeiro ao nosso orçamento”, disse.
Braima Djaló sugeriu
que orçamento seja bem analisado, aliás, até porque, o povo não duvida da
capacidade do ministro da finanças, razão pelo qual exortou ao governante a
prestar mais atenção as questão da infraestruturas do país em estado avança de
degradação e da dificuldade dos guineenses do interior da Guiné-Bissau que
precisam de 500 ou 1000 francos diario para comprar medicamentos e não
conseguem, em vez de aumentar ainda mais o salario dos governantes.
O Despacho número 77/
12 de agosto de 2020 assinado pelo primeiro-ministro indica que o Presidente da
República tem direito à um perdiem diário de viagem ao exterior de 650 mil fcfa
e para o interior do país- 450 mil francos, e 25 milhões de subsídios de
representação.
O mesmo despacho
refere que o presidente da Assembleia Nacional Popular e o primeiro-ministro passam
a receber pelas suas deslocações externas e internas 350 e 150 mil francos cfas/dia,
e têm direito a 10 milhões de fcfa de
subsídios de representação.
Os ex-Presidentes da
República eleitos, de acordo com o referido despacho têm direito a um montante de Três milhões de fcfa de subsídio e perdiem
de representação de viagem ao exterior e interior, assim como três bilhetes de
passagem ( classe executiva) por ano, acompanhado de um segurança e um
protocolo.
As ex-primeiras damas
têm direito a 3 bilhetes de passagem anuais na classe executiva.
O despacho indica
ainda que os presidentes Interinos/ transição têm dirieto a um montante de
2.500.000,00 fcfa e 2 bilhetes de passagem anual na classe executivo. O mesmo
documento atribui igualmente as primeiras damas dois bilhetes de passagem anuais.
ANG/LPG//SG
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