quarta-feira, 27 de janeiro de 2021

Política/PAIGC exige ao governo esclarecimentos sobre  liquidação de  mais de três mil milhões de fcfa a favor do Grupo-Malaika

Bissau, 27 Jan 21 (ANG) -  Partido Africano da Independência de Guiné e Cabo-Verde (PAIGC), exigiu hoje ao governo  esclarecimentos sobre a decisão de liquidar  3.184.842.278 FCA(três mil milhões, cento e oitenta e quatro milhões , oitocentos e quarenta e dois mil e duzentos e setenta e oito francos cfa) liquidado ao favor do Grupo-Malaika, propriedade do Coordenador de MADEM-G15, Braima Camará.

A exigência foi feita numa conferência de imprensa por um dos advogados do PAIGC na pessoa de Suleimane Camará.

Segundo Camará, foi igualmente desembolsado a favor da empresa Geta-Bissau, pertencente ao ministro Vitor Mandinga ”Nado”, o montante de 275.655.285,00fcfa referente ao pagamento de um serviço entretanto não especificado.

Quando ao montante já liquidado pelos serviços de contabilidade pública do Ministério das Finanças, a favor do Grupo Malaika, o advogado do PAIGC disse que apenas foram pagos um total de 500.000.000,00fcfa.

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De acordo com Suleimane Camará,  os documentos que denunciam o pagamentos dos montantes referidos não indicam os motivos de pagamento, apenas, diz Camará,  referem  “aquisição e construções”.

 “ Este facto  demostra  a ilegalidade do pagamento e dificuldades em justificar despesas manifesta e escandalosamente astronómicas e enunciativos de prática de crime contra o público”, disse  o Advogado.

Para o Partido Africano da Independência de Guiné e Cabo-Verde (PAIGC), os respectivos pagamentos fazem parte de um conjunto de expedientes que reflectem troca de favores entre um grupo de políticos que mantêm sequestrado o país e o povo guineense, roubando e delapidando os cofres do Tesouro Público.

Por sua vez, o Membro do Comité Central de PAIGC, Muniro Conté acrescentou que foi pago num passado recente ao Ex-Presidente da República, José Mário Vaz o montante de 600.000.000,00FCA(seiscentos milhões de fcfa),segundo Conté “para o premiar pela prática de actos de corrupção em que se envolveu, prejudicando o povo”.

Muniro Conté pede  ao Procurador-geral da República a abertura de um inquérito para  investigação das denúncias do PAIGC, e adianta que o colectivo de advogados do partido vai avançar com uma queixa junto ao Supremo Tribunal de Justiça.

Acrescentou  que o PAIGC não tomou parte no processo de aprovação do Orçamento Geral do Estado/2021, porque  sabia que era um orçamento que iria roubar o povo e favorecer os titulares de órgãos da soberania.

“O actual governo não  despõe de um projecto e muito menos de uma visão para desenvolver a Guiné-Bissau. Nesta situação de falta de visão, surpreende
até mesmo àqueles que ainda o apoiam, no que tem a ver com a nomeação de dois cidadãos de nacionalidade senegalesa, para controlar os pagamentos das receitas nos nossos dois mais importantes postos aduaneiros da nossa fronteira terrestre,  os de Gabu e São Domingos”, disse Conté. ANG/LLA//SG  

 

 

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