Função
Pública/Sindicatos
de bases de alguns ministérios denunciam dívidas do governo para com servidores
do Estado
Bissau, 29 jan 21 (ANG) – Os
sindicatos de bases dos Ministérios da Saúde, Educação, Pescas e Finanças e
Associação de Sindicatos Hotelaria e Turismo denunciaram que existem dívidas do
governo para com os funcionários afetos à estas instituições do Estado.
A denúncia foi feita numa conferência de imprensa conjunta realizada
esta sexta-feira pelos representantes dos referidos sindicatos de bases, em jeito de resposta, às recentes afirmações do
ministro de Finanças, segundo as quais o Estado já não deve nada aos funcionários.
O porta-voz de Frente
Nacional dos Professores (FRENAPROFE) e Sindicato Democrático dos Professores, Seni
Djassi disse que para além das irregularidades que existem no pagamento de
Carreira Docente aos professores, existe ainda um ano de dívida, acrescentando que
no dia 11 de Março de 2020 o ministro da Finanças e a ministra da Função
Pública assinaram uma adenda através da qual se comprometeram a devolver o dinheiro de Carga Horária aos
professores.
Seni Djassi acrescentou que o
governo contraiu dívidas com os
professores de 2017/2018 e com os professores contratados afetos ao Banco
Atlântico.
“Também temos uma dívida de
conclusão de pagamento de salários de professores contratados 2018/19,
pagamento aos contratados de 2019/20 de Banco Ecobank e novos ingressos de
2020/21 com 4 meses de dívidas e conclusão de retroativo dos professores
reclassificados, pagamento de dívida salarial do 2003/2004, 2005/2006 com acumulação, 17 meses
de salários aos professores do novo ingresso de 2004,2005 e 2006 e entre outra
dívidas que constam naquele caderno reivindicativo”, revelou Djassi.
Djassi promete continuar a exigir
a legalidade porque está previsto no artigo 8º da Constitução da República que todos os atos de Estado têm que conformar
com a lei, garantindo que não vão permitir nenhum engano.
“Estão a nos tentar enganar,
mas como o ministro das Finanças, na sua justificação sobre os subsídios aos
titulares dos órgãos da soberania, disse que o orçamento é de Lei e o seu caso
está na Lei, nesse sentido queremos também lhe dizer que o Estatuto de Carreira
Docente e Carga Horária também são da Lei. Por isso, exigimos o seu
cumprimento”, disse.
Por sua vez, João Domingos
da Silva, em nome de um dos sindicatos de saúde afirmou que o governo contraiu uma dívida de dois meses
com os últimos quadros colocados em 2018 e oito meses com os médicos que
estavam a trabalhar no quadro de Médicos Sem Fronteiras, adiantando que no
âmbito de retroativo salarial de técnicos, o governo contraiu dívidas em 2015 e
2016.
Em relação aos subsídios,
segundo aquele responsável, não foram pagos os de vela e isolamento desde 2018
até a presente data.
Silva disse existe ainda outra dívida em relação aos
subsídios de isolamento que não foi parga desde o período de 2015 à 2020,
acrescentando que ainda existe dívida dos técnicos que estão na situação de
reforma.
“Desde cedo, o setor da
saúde reclama pagamento das dívidas. Em outubro de 2018 o governo disse que houve
falhas informático no processo de pagamento e alguns técnicos não foram pagos. Nos
últimos meses de 2020 estamos a ver pagamento parcial porque esse dinheiro deve
incluir nos salários de profissionais de saúde, mas incluem nos salários de alguns e doutros não”, afirmou.
João Domingos disse que
afirmações do ministro de Finanças demostra que não conhece as dívidas que, de
facto, existem, pelo que convida ao ministro e seus colaboradores a consultarem a adenda e o memorandum
assinados com os sindicatos de saúde.
Disse lamentar informaçãoes
do governo nesse aspeto porque cria mais revolta da classe trabalhadora.
Estavam na mesma conferência
de imprensa sindicatos de bases do Ministério das Pescas, Finanças e Associação
dos Sindicatos Hotelaria e Turismo que foram unânimes em denunciar as dívidas
que o governo contraiu com seus associados. ANG/DMG//SG
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