Óbito/Faleceu o historiador e académico Leopoldo Amado
Bissau, 26 Jan 21 (ANG) - O
professor universitário , historiador e Comissário guineense da CEDEAO Leopoldo
Amado, faleceu domingo, em Dacar, Senegal, vítima de doença súbita.
O malogrado tinha 61
anos e era desde 2018 um destacado quadro da Comunidade Económica de
Estados da Africa Ocidental.
Leopoldo Amado, "POIO", como era licenciado em história em 1985 pela Faculdade
Letras de Lisboa - Universidade Clássica de Lisboa, concluiu em 1987
o Curso de pós-graduação em Relações Internacionais (Estudos
Islâmicos) pela extinta Universidade Internacional de Lisboa e
frequentou entre os os 1987-1989 o curso de mestrado em Estudos
Africanos no Institituto de Ciências Sociais e Políticas da Universidade
Técnica de Lisboa, antes de regressar à Guiné-Bissau em 1989, onde desempenhou
vários cargos.
Actualmente, Leopoldo Amado era Comissário da CEDEAO para a pasta da
Educação, Ciência e Cultura, cargo para o qual fora proposto em
2018 pelo então Presidente guineense, José Mário Vaz.
O historiador e professor Leopoldo Amado, de que parte da obra
como historiador está ligada à luta de libertação da Guiné-Bissau e trabalhou
directamente com o primeiro Presidente de Cabo Verde, Aristides Pereira, na elaboração do
livro “Uma luta, um partido, dois
países”, destacava-se pelo seu conhecido apego à cultura genuína guineense, um profundo conhecedor das tradições
dos diferentes povos da Guiné-Bissau.
Foi jornalista e era também um exímio
comentador, em diferentes órgãos de comunicação social, sobre assuntos
ligados à atualidade política e social guineense.
Professor universitário, investigador
sénior do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas (INEP), de que chegou a ser
director-geral, Leopoldo Amado interessava-se particularmente como
historiador pelos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa.
Nascido em Catió, no extremo sul da
Guiné-Bissau, há 61 anos, Leopoldo Amado estava a desenvolver um programa, no
âmbito do seu pelouro na CEDEAO, no sentido de capacitar mais os alunos guineenses, que como o
próprio admitiu, estão atrasados
em relação aos dos restantes 14 países do espaço da CEDEAO.
O professor Leopoldo Amado, POIO, faleceu,
domingo, em Dacar, no Senegal e o seu corpo deverá ser transladado para Bissau
onde será sepultado.
Na Guiné-Bissau, a partir de 1989
quando regressou ao país, Leopoldo Amado foi investigador no INEP, que mais tarde veio a
dirigir e desempenhou, sucessivamente, as funções de: Director do mensário
“Baguera”; Director Comercial da
na altura maior empresa privada do país a Geta-Bissau, vice-presidente
da Liga Guineense dos Direitos Humanos, Director do “Tcholoná”, a única Revista Cultural
então existente no país.ANG/RFI
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