Sociedade/Citadinos de Bissau indignados com suspensão de certas atividades por decreto presidencial
Bissau, 25 Jan 21 (ANG) - vários
citadinos de Bissau não concordam
com certas medidas anunciadas recentemente
através de um decreto presidencial, no âmbito da luta contra a pandemia da Covid 19.
Falando à ANG Suncar Dabó, vendedeira ambulante manifestou a sua discordância com a suspensão das aulas. Para ela deve ser tomada medidas específicas para controlar os infetados nas escolas onde houve infetados, e reforçar as medidas preventivas nas restantes escolas “e não necessariamente suspender as aulas por um mês em todos os estabelecimentos de ensino de Bissau”.
Esta vendedeira ambulante acrescenta
que é preciso tomar medidas para
controlar a propagação da pandemia, mas as que não vão prejudicar mais a vida
dos cidadãos .
Rogério Nanque, estudante universitário,
disse concordar em parte com as medidas tomadas pelo Governo guineense para mitigar
o novo coronavirus, mas que não
concordou com a suspensão geral das aulas.
Segundo Rogério, o perigo da
propagação da pandemia está mais nos mercados, transportes e restaurantes, que
estão a funcionar normalmente.
De acordo com Rogério, o
Estado guineense foi infeliz com esta decisão de suspender as aulas na capital, que, na sua opinião, só
vai demonstrar “o pouco interesse” do
Governo para com o setor do ensino.
Na opinião de Virgílio Correia, funcionário público,
o governo simplesmente tomou a decisão
de suspender as aulas, com intuito de ganhar mais tempo para resolver o já
instalado caos no setor de ensino com sucessivas paralisações sem soluções à
vista.
Virgílio exorta os governantes a tomarem “medidas
contextualizadas”, para não copiar medidas para implementar num pais com
realidades distintas.
Um decreto presidencial
baseado nas recomendações da Alta Autoridade de Luta contra Covid-19 determinou
a suspensão da aulas no Sector Autónomo de Bissau durante 30 dias, entre outras
medidas adoptados no âmbito do estado de calamidade em vigor desde
domingo,24. ANG/CP//SG
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