Função/ Greve da UNTG afeta serviços públicos
Bissau, 19 jan 21
(ANG) – A segunda vaga da greve da União Nacional dos Trabalhadores da Guiné
(UNTG) afeta os serviços públicos do país.
Imagem Ilustrativo |
Em declarações à ANG, o funcionário público Pascoal Insali manifestou-se contra a decisão do Governo de
atribuir subsídios com valores avultados aos titulares de órgãos de soberania.
Insali disse que
observa a greve porque entendeu que os seus direitos estão a ser lesados uma
vez que os salários dos funcionários são
péssimos.
“Também temos uma situação que mais nos
motivaram a aderir a essa greve. Fomos bloqueados as senhas dos trabalhos e
salários que até hoje não foram desbloqueados, o que para nós não está bom”,
frisou.
Insali apelou ao
diálogo entre as partes para a busca de solução a fim de levantar a greve, que
segundo ele, não só afeta diretamente aos funcionários públicos
como também às suas famílias.
Nilda
Vaz, outro servidor do Estado, considerou de injusto a atribuição dos subsídios
aos titulares dos órgãos de soberania, justificando que esses subsídios podiam
servir para aumentar os salários dos funcionários que recebem muito mal.
Dionísio Indeque, por seu lado, diz que a
greve está a afetar todos os setores sociais, o que, segundo disse, “não é bom para o país e pode afundá-lo ainda
mais na situação de dificuldade em que já se encontra, em termos de resolução
dos problemas sociais.
“Se vejamos, são
muitas pessoas que estão a sofrer nos hospitais, crianças que não vão à escola
e outros setores que estão paralisados devido a
greve, que para mim é prejudicial para o país Peço ao governo para diligenciar no sentido de encontrar uma solução
para acabar com a paralisação na
administração publica guineense”, disse.
Indeque pediu ao
Presidente da República para vetar o Orçamento Geral de Estado/2021, justificando
que a promulgação desse orçamento é mesmo que dizer ao setor privado para
abandonar a sua atividade, “porque não terão condições para suportar os
impostos introduzidos no OGE”.
Sublinhou que existe
muitas coisas nesse orçamento, exemplificando a taxa de audiovisual, que segundo
ele, existem muitas pessoas que não consomem o serviço da Televisão da
Guiné-Bissau pelo que não podem ser obrigados a pagar aquela taxa.
Dionísio Indeque
disse ter a certeza de que os deputados não estudaram a proposta do OGE de 2021
porque se tivessem lido a proposta não iam votar, porque, na sua opinião, “o orçamento não ajuda em nada, antes pelo pelo contrário prejudica a sociedade”.
Pediu o governo a se sentar
a mesma mesa com a UNTG para negociar, "porque só com o diálogo se pode
encontrar soluções”.
ANG/DMG/LPG//SG
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