terça-feira, 19 de janeiro de 2021

                        Função/ Greve da UNTG afeta serviços públicos

Bissau, 19 jan 21 (ANG) – A segunda vaga da greve da União Nacional dos Trabalhadores da Guiné (UNTG) afeta os serviços públicos do país.

Imagem Ilustrativo
A nossa reportagem constatou esta terça-feira a fraca presença dos funcionários nos Ministérios do Comércio, Justiça e Finanças, e no  Ministério da Justiça verificou-se que os serviços de Identificação e Registo Civil assim como o do Registo Criminal funcionam até as 12 horas.

Em declarações à  ANG,  o  funcionário público Pascoal Insali  manifestou-se contra a decisão do Governo de atribuir subsídios com valores avultados aos titulares de órgãos de soberania.

Insali disse que observa a greve porque entendeu que os seus direitos estão a ser lesados uma vez que os salários dos funcionários são  péssimos.

 “Também temos uma situação que mais nos motivaram a aderir a essa greve. Fomos bloqueados as senhas dos trabalhos e salários que até hoje não foram desbloqueados, o que para nós não está bom”, frisou.

Insali apelou ao diálogo entre as partes para a busca de solução a fim de levantar a greve, que segundo ele,  não  só afeta diretamente aos funcionários públicos como também às suas famílias.

  Nilda Vaz, outro servidor do Estado, considerou de injusto a atribuição dos subsídios aos titulares dos órgãos de soberania, justificando que esses subsídios podiam servir para aumentar os salários dos funcionários que recebem muito mal.

 Dionísio Indeque, por seu lado, diz que a greve está a afetar todos os setores sociais, o que, segundo disse,  “não é bom para o país e pode afundá-lo ainda mais na situação de dificuldade em que  se encontra, em termos de resolução dos problemas sociais.

“Se vejamos, são muitas pessoas que estão a sofrer nos hospitais, crianças que não vão à escola e outros setores que estão paralisados devido a  greve, que para mim é prejudicial para o país Peço ao governo  para diligenciar no sentido de encontrar uma solução para acabar com a paralisação  na administração publica guineense”, disse.

Indeque pediu ao Presidente da República  para vetar o   Orçamento Geral de Estado/2021, justificando que a promulgação desse orçamento é mesmo que dizer ao setor privado para abandonar a sua atividade, “porque não terão condições para suportar os impostos introduzidos no OGE”.

Sublinhou que existe muitas coisas nesse orçamento, exemplificando a taxa de audiovisual, que segundo ele, existem muitas pessoas que não consomem o serviço da Televisão da Guiné-Bissau pelo que não podem ser obrigados a pagar aquela taxa.

Dionísio Indeque disse ter a certeza de que os deputados não estudaram a proposta do OGE de 2021 porque se tivessem lido a proposta não iam votar,  porque, na sua opinião,  “o orçamento não  ajuda em nada, antes pelo  pelo contrário prejudica a sociedade”.

Pediu o governo a se sentar a mesma mesa com a UNTG para negociar, "porque só com o diálogo se pode encontrar  soluções”. 

ANG/DMG/LPG//SG

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