Estados Unidos/Nova etapa no
processo de destituição de Donald Trump
Bissau, 26 Jan
21 (ANG) - Joe Biden, novo Presidente dos Estados Unidos, poderá assistir a um momento raro na Democracia, a destituição de um
antigo presidente, neste caso
o seu antecessor, Donald Trump.
Na segunda-feira, os representantes da câmara baixa do
Congresso dos Estados Unidos apresentaram a acusação contra
o antigo Presidente, Donald Trump, e já nesta terça-feira os senadores norte-americanos vão prestar
juramento para serem juízes no julgamento do ex-Presidente.
Nove
procuradores democratas, provenientes da Câmara dos
Representantes e liderados por Jamie Raskin, ele que leu ontem o acto de
acusação contra Donald Trump, vão
participar no processo.
Donald Trump é
acusado de incitação à insurreição, isto
após um discurso que foi proferido antes da invasão do Capitólio que fez cinco
mortos, mas também por ter ligado
ao secretário de Estado da Geórgia para «encontrar votos a favor»,
isto após a certificação dos resultados que davam a vitória a Joe Biden.
Concretamente o
processo vai apenas começar a 9 de Fevereiro devido a uma negociação entre as
partes para permitir a Donald Trump preparar a sua defesa. Esse processo vai decorrer sob alta segurança visto
que várias pessoas eleitas foram ameaçadas de morte e que o FBI advertiu que
manifestações pró-Trump poderão ocorrer nas próximas semanas.
A segurança
continuará reforçada em Washington até
meados de Março para tentar conter qualquer manifestação.
A Câmara dos
Representantes, a 13 de Janeiro, por 232 votos a favor,
incluindo dez republicanos, e 197 contra, aprovou o processo de destituição de Donald Trump.
Após esta primeira fase, segue-se o
processo no Senado, algo que será inédito visto que nenhum Presidente dos
Estados Unidos teve dois processos de destituição durante o seu mandato.
Para que a
destituição seja uma realidade, é necessário um mínimo de 67 votos no
Senado, ou dois terços, um número complicado
a atingir visto que democratas e republicanos têm 50 lugares cada.
A destituição
não tem por objectivo retirar o mandato de Donald Trump, que já não é o actual Presidente dos Estados Unidos,
mas terá como consequência uma «inabilitação política», o que significa que Donald Trump não se
poderá apresentar como candidato nas próximas eleições norte-americanas.
ANG/RFI
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