segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

 EUA/Washington em estado de alerta a 2 dias da investidura do presidente Joe Biden

Bissau, 18 Jan 21 (ANG) – Nos Estados Unidos de América, a 2 dias da investidura do democrata, Joe Biden, como Presidente dos Estados Unidos, Washington, está estado de alerta máximo, receando que haja violência como aconteceu a 6 de janeiro, quando apoiantes de Trump, assaltaram o Capitólio.

A semana passada, o FBI alertou que a investidura do presidente eleito, Joe Biden, poderá ser antecedida de protestos armados.

Num memorando, da semana passada, o FBI anunciou que existem relatos de manifestantes pró-Trump armados que estão a planear reunir-se no Capitólio e em todas as capitais estaduais e em Washington DC a partir deste domingo.

Pistas nas redes sociais apontavam para a possibilidade de um segundo assalto ao Congresso, bem como a outros edifícios oficiais das capitais.

Perante esta ameaça, todos os 50 Estados americanos estão em alerta máximo. Milhares de soldados da Guarda Nacional foram enviados para Washington para evitar falhas de segurança como aquelas que levaram ao caos do dia 6 de janeiro.

Na sexta-feira, o Pentágono anunciou ter autorizado a deslocação de mais de 25 mil militares para as ruas de Washington, para a proteção de várias zonas, principalmente do National Mall, onde se reúnem os pontos mais importantes da política norte-americana, incluindo a Casa Branca, o Capitólio e outros monumentos emblemáticos.

Washington está em estado de alerta até ao dia seguinte à tomada de posse. As ruas da capital norte-americana estão desertas. Muitas delas, a quilómetros do Capitólio, foram bloqueadas com barreiras e cercas de metal.

O Capitólio está cercado com uma vedação “não escalável” de mais de dois metros e o National Mall, que costuma ficar lotado com milhares de pessoas no dia da tomada de posse, foi vedado e estará encerrado ao público, assim como outros pontos de referência.

Nos restantes Estados estão também a ser tomadas medidas de precaução. Os especialistas alertam que as capitais dos Estados onde os resultados das eleições presidenciais foram mais renhidos, como Wisconsin, Michigan, Pensilvânia e Michigan, correm um maior risco de violência. 

Vários governadores declararam estado de emergência e outros, como o Estado do Texas, fecharam as suas capitais ao público até dia 21, após a tomada de posse de Joe Biden e da sua vice-presidente Kamala Harris.

Estados como a Califórnia, Pensilvânia, Michigan, Virgínia e Wisconsin convocaram a Guarda Nacional para ajudar a proteger as suas capitais estaduais e reforçar as forças policiais locais.

Em Michigan foi erguida uma vedação com cerca de dois metros em torno do Capitólio, na cidade de Lansing. “Estamos preparados para o pior, mas continuamos esperançosos de que aqueles que escolherem manifestar-se na nossa capital o façam pacificamente”, disse o diretor da polícia daquele Estado, Joe Gasper.

A polícia do Capitólio deteve na sexta-feira um homem que tentou entrar no perímetro cercado do centro de Washington com uma acreditação falsa, pelo menos uma arma e mais de 500 balas. A detenção soou todos os alarmes.

O homem, identificado como Wesley Allen Beeler, dirigia uma carrinha com vários autocolantes referentes a armas de fogo, incluindo um em que se lia: “Se eles vierem buscar as suas armas, dê-lhes as balas primeiro”, segundo The Guardian.

Depois da detenção, a polícia apreendeu a arma, mais 509 balas, 21 cartuchos de espingarda e um carregador para a pistola, de acordo com um relatório policial a que a CNN teve acesso.

Em resposta a esta notícia, Don Beyer, membro democrata da Câmara dos Representantes, disse que o perigo era real e que a cidade estava em ansiedade com a aproximação da investidura do presidente eleito Joe Biden.

A cerimónia da tomada de posse de Joe Biden e de Kamala Harris continua marcada para o próximo dia 20, no Capitólio, apesar dos recentes acontecimentos. No entanto, vários aspetos da cerimónia tiveram de ser adaptados, desde logo as questões de segurança. ANG/RFI

Sem comentários:

Enviar um comentário