Uganda/Eleitores votam em clima de tensão para
escolha de Presidente da República
Bissau, 14 Jan
21 (ANG) - Dezoito milhões de ugandeses são chamados às urnas, esta quinta-feira,
para escolher o novo chefe de Estado do país.
Na corrida eleitoral está o Presidente em exercício
Yoweri Museveni, há 35 anos no poder, e o rapper e parlamentar, Bobi Wine, que
integra a lista de dez candidatos apresentada pela oposição.
Depois de uma campanha enlutada por
dezenas de mortos, os eleitores no Uganda votam, esta quinta-feira, 14 de
Janeiro, nas eleições presidenciais, que devem decidir entre o Presidente
cessante, Yoweri Museveni, e o seu principal rival, o cantor Bobi Wine, líder
da oposição.
A oposição, privada do veterano Kizza
Besigye, que decidiu não concorrer depois de quatro derrotas, apresenta dez
candidatos, entre eles o músico Bobi Wine.
O rapper de 38 anos tem criticado o regime
de Museveni, que acusa de ser um"ditador" que já alterou a
Constituição duas vezes para se perpetuar no poder – a última em 2017, quando
suprimiu o limite de 75 anos para o cargo de Presidente, para poder
candidatar-se novamente este ano.
Em Novembro do ano passado, Bobi Wine foi
detido várias vezes enquanto fazia campanha eleitoral, com as autoridades a
invocarem as restrições relacionadas com a pandemia de Covid-19 para proibir
grandes ajuntamentos. As detenções do músico provocaram grandes protestos, com
a polícia a usar da violência sobre os manifestantes, provocando a morte a 54
pessoas.
Vários jornalistas, críticos do regime e
observadores foram igualmente impedidos de trabalhar. O clima de repressão dos
últimos tempos fez aumentar os receios sobre a transparência deste escrutínio e
levou o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, a apelou a eleições
“transparentes” e “sem medo de intimidação ou violência”.
Por sua vez, os Estados Unidos decidiram
cancelar a missão de observação programada no país, uma vez que o governo negou
o credenciamento da maioria de seus observadores.
Na capital, Kampala foi reforçada a
presença militar e as ruas estão a ser vigiadas por helicópteros e drones. Há
relato de que os muitos habitantes estariam a aglomerar-se nas centrais
rodoviárias para chegar às mais de 34 mil assembleias de voto ou a deixar a
cidade com medo da escalada de violência.ANG/RFI
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