Diplomacia/Presidente da República condecora Jorge Carlos Fonseca com medalha Amílcar Cabral
Bissau, 19 Jan 21
(ANG) – O Presidente da Guiné-Bissau condecorou o seu homólogo de Cabo
Verde, Jorge Carlos Fonseca com a Medalha Amílcar Cabral, a mais alta distinção
do país.
Disse que esta é a primeira visita de um Chefe de Estado cabo-verdiano ao solo
pátrio de Amílcar Cabral [Guiné-Bissau], desde a independência do jugo colonial
em 1974 e coincide com a abertura, pela primeira vez, da Embaixada de Cabo
Verde no país.
sissoco Embaló referiu que o governo cabo-verdiano designou, na semana passada,
o seu Embaixador para a Guiné-Bissau e que já recebeu “Agreement – Aceitação”
das autoridades da Guiné-Bissau.
o chefe de Estado guineense sustentou que a Guiné-Bissau possuí uma história de
vários anos e que não há guineense que não tenha primos ou irmãos em Cabo Verde
e da mesma forma também com os cabo-verdianos.
“Queria dizer algo em crioulo cabo-verdiano: essa medalha pertence-lhe também,
porque várias pessoas dizem que Amílcar Cabral é de Cabo Verde e outras dizem
que é da Guiné-Bissau, mas eu não sei, porque não conheço Cabral. Uma coisa
sei: Amílcar Cabral é guineense e cabo-verdiano de maneira que tem direito de
receber a medalha Amílcar Cabral, que é a maior condecoração do Estado
guineense”, disse.
O Presidente Jorge Carlos Fonseca mostrou-se surpreendido com a condecoração com a medalha Amílcar Cabral .
““Nunca me passara pela cabeça ser merecedor de tão
elevada distinção, apesar das ambições que me acompanharam nesta visita às
terras da Guiné”, disse.
Carlos Fonseca disse que com essa medalha sente-se mais comprometido e engajado
como chefe de Estado cabo-verdiano em trabalhar para que as relações entre
guineenses e cabo-verdianos sejam cada vez mais fortes e próximas.
“Nós tivemos um passado comum, partilhamos lutas, sacrifícios imensos e
cumplicidades no nosso percurso. Houve período da nossa história em que nos
aproximamos muito, mas também houve outros em que houve separação temporária,
mas na verdade o que nos une é tão forte e profundo”, referiu acrescentando: “somos
dois estados soberanos e independentes, dois países que trilham caminhos da
democracia a procura do desenvolvimento para o nosso povo, é preciso que nos
reaproximemos no sentido de juntar esforços, facilitarmos o caminho que nos
leva a um destino comum”, salientou.
O chefe de Estado cabo-verdiano assegurou que o destino comum dos dois povos é
vencer obstáculos e trilhar caminhos para que guineenses e cabo-verdianos,
todos sem distinção, conheçam verdadeiramente o progresso.
Jorge Carlos Fonseca sublinhou que todas as lutas e empenho dos dois países têm apenas um sentido que é proporcionar às pessoas, aos cidadãos, a liberdade, o bem-estar e a paz. ANG/ o Democrata
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