Moçambique/Insegurança alimentar severa deverá
atingir 2,9 milhões de pessoas até Março
Bissau, 19 Jan 21 (ANG) - Cerca
de 2,9 milhões de pessoas poderão enfrentar uma situação de insegurança
alimentar severa em Moçambique até Março deste ano segundo um relatório de
previsões de organizações humanitárias e governamentais sobre esta matéria.
São milhares de famílias cuja condição de
vida se vai degradar devido à insegurança alimentar que se vai fazer sentir com
maior severidade junto de mais de 2 milhões de pessoas em meio urbano,
designadamente devido à desaceleração da economia provocada pela pandemia,
sendo que o fenómeno também se vai verificar junto de 800 mil pessoas em zona
rural, segundo perspetivas de várias organizações humanitárias e
governamentais durante o período compreendido entre Janeiro e Março.
As zonas de conflitos armados, sobretudo
na província de Cabo Delgado, poderão enfrentar uma situação bem mais grave, o
relatório IPC (Classificação Integrada de Segurança Alimentar, sigla inglesa)
antevendo que um quinto das pessoas em insegurança alimentar severa elevada
venha a estar naquela província do norte do país.
O governo moçambicano olha também com
preocupação para a seca que poderá impactar negativamente a vida das populações
designadamente nas províncias de Gaza e Inhambane no sul.
Um desafio a ser enfrentado, reconhece a
Presidente do Instituto Nacional de Gestão de Desastres, Luisa Meque. “Nós queremos estar
atentos pela prevenção, prevenção e prevenção, este é o nosso grande desafio”,
vincou a responsável.
A situação da insegurança alimentar em Moçambique cujo relatório contou com o contributo de várias organizações humanitárias e governamentais, tais como o Secretariado Técnico de Segurança Alimentar e Nutrição (Setsan, entidade estatal), a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), bem como o Programa Alimentar Mundial (PAM), Actionaid e World Vision está a ser alvo de debate numa altura também em que se olha para o impacto que a covid-19 poderá ter na vida da população. ANG/RFI
Sem comentários:
Enviar um comentário