quinta-feira, 27 de janeiro de 2022

Ucrânia/Washington rejeita excluir adesão de Kiev à NATO na resposta a Moscovo

Bissau,27 Jan 22(ANG) – Os Estados Unidos rejeitaram quarta-feira excluir uma adesão da Ucrânia à NATO, como exigiu a Rússia, mas propuseram o que consideram uma “via diplomática séria” para sair da crise, na sua resposta escrita às exigências de Moscovo.


A carta quarta-feira enviada à Rússia oferece “uma via diplomática séria, se a Rússia desejar”, disse o chefe da diplomacia norte-americana, Antony Blinken, declarando-se disposto a falar com o seu homólogo russo, Sergei Lavrov, “nos próximos dias”.

“Deixámos claro que estamos determinados a manter e a defender a soberania e a integridade territorial da Ucrânia e o direito dos Estados a escolherem os seus próprios dispositivos de segurança e as suas alianças”, afirmou o secretário de Estado norte-americano à imprensa.

Blinken indicou que a resposta dos Estados Unidos não será tornada pública “porque os Estados Unidos pensam que a diplomacia tem melhores hipóteses de êxito”, mas divulgou alguns pontos.

“Sem entrar nos pormenores do documento, posso dizer-vos que ele reitera o que Washington publicamente afirma há semanas e, de alguma forma, há muitos anos: que defendemos o princípio da porta aberta na NATO”, precisou.

“Falamos sobre a possibilidade de medidas de transparência recíprocas no que respeita às nossas posições militares, bem como de medidas para aumentar a confiança no que se refere aos exercícios militares e às manobras na Europa”, acrescentou.

No documento, elaborado em coordenação com Kiev e os europeus, Washington propõe igualmente relançar as negociações com a Rússia sobre o controlo de armamentos, em particular sobre a questão dos mísseis estratégicos e das armas nucleares estacionadas na Europa.  ANG/Inforpress/Lusa

 

Governação/Presidente da República remodela governo com a nomeação de cinco novos membros 

Bissau, 27 Jan 22(ANG) - O Presidente da República remodelou, sob proposta do Primeiro-ministro o elenco governamental com a exoneração de vários ministros do executivo de Nuno Gomes Nabiam e nomeação de cinco novos membros.

De acordo com o decreto presidencial enviado na noite de quarta-feira à ANG,  o Presidente da República  nomeou  novos titulares para os Ministérios dos Transportes e Comunicações, da Educação Nacional, da Administração Pública, Trabalho, Emprego e Segurança Social, Justiça e Direitos Humanos e Ensino Superior e Investigação Ciêntífica.

Em consequência dessa remodelação  fica alterada a estrutura orgânica do Governo com a extinção das Secretarias de Estado da Ordem Pública e da Gestão Hospitalar, a divisão, em dois, do ministério da Educação Nacional, Ensino Superior e Investigação Científica e criação da Secretaria de Estado da Presidência do Conselho de Ministros.

O Presidente Umaro Sissoco Embaló nomeou Teresa Alexandrina da Silva, ex-diretora nacional da Polícia Judiciária, ministra da Justiça e Direitos Humanos, Aristides Ocante da Silva, exonerado da função do Conselheiro Político de Chefe de Estado, vai agora desempenhar as funções de ministro dos Transportes e Comunicações, Abas Djaló, que até a sua nomeação era o diretor-geral do Comércio passa a desempenhar as funções de ministro da Educação Nacional.

Timóteo Saba M’Bunde, que exercia o cargo de reitor da Universidade Amílcar Cabral é nomeado ministro do Ensino Superior e Investigação Científica, Cirilo Mama Saliu Djaló, deixa o Ministério da Educação  para o Ministério da Administração Pública, Trabalho, Emprego e Segurança Social, cujo o ex-titular, Tomané Baldé, acaba de ser nomeado Alto Comissário para Luta Contra a Covid-19, e Augusto Gomes deixa de ser ministro dos Transportes e Comunicações para ocupar-se da pasta de ministro da Cultura, Juventude e Desportos.

Ao nível das  secretarias de Estado, Fernando Dias deixou a Juventude e Desportos e vai ocupar a Secretaria de Estado da Presidência do Conselho de Ministros, uma nova estrutura criada pela nova orgânica.

A nova orgânica do Governo conta com 32 membros, inclusive o gabinete do Vice primeiro-ministro, sendo 24 ministérios e 8 Secretarias de Estado. Os restantes membros do Governo foram mantidos nas funções. ANG/ÂC//SG

quarta-feira, 26 de janeiro de 2022

 Prevenção contra coronavirus

No plano individual deve-se  manter o distanciamento físico, usar  uma máscara,  lavar as mãos  regularmente e tossir fora do alcance  dos outros. Façam  tudo isso!

A nossa mensagem às populações e aos governos é clara. Façam tudo isso!"

                                        ( Tedros Adhanom Ghebreyesus - DG da OMS)

Poder tradicional/Presidente da Républica anuncia doação mensal  de 150 mil francos a cada régulo

Bissau, 26 Jan 22 (ANG) – O Presidente da República anunciou apoio de 150 mil francos à cada régulo por mês a partir  de Fevereiro do ano em curso, para ajudar na compra de medicamentos caso padecem de problemas de saúde.

O chefe de Estado Umaro Sissoco Embaló que falava hoje na cerimónia de cumprimento de novo ano, da parte dos régulos,  disse que até final de 2022 todo território da Guiné-Bissau vai beneficiar da corrente elétrica.

ʺEnquanto Presidente da República  cada mês, vai sair do meu bolso e não do Estado, um montante de 150 mil francos CFA para cada régulo, para quando alguém quer comprar asprina ou  paracetamol deve saber que cada mês vai ter esse montante e que fique bem claro, isso não é politica porque não estamos no momento da campanha politica, mais é dinheiro do meu bolso”, disse.

Apelou os rélugos no sentido de não banalizarem o seu papel, devido a importância que representam nas suas comunidades, acrescentando que os régulos devem conhecer os valores que têm e para se manterem unidos, e que   os seus deveres é dirimir conflitos pensando no seu povo.

O Presidente da República garantiu ainda criar condiçoes para que haja saúde e educação no país e anuncia para breve  a chegada de 70 médicos nigerianos à Guiné-Bissau para apoior os técnicos de saúde nacionais.

Disse que deve-se institucionalizar  reuniões entre o Presidente da República e régulos, duas ou quatro vezes por ano, em diferentes regiões da Guiné-Bissau.

Issuf Baldé, régulo de Ganadu e igualmente porta voz da Associaçao dos Régulos da Guiné-Bissau  (ANARE-GB) apresentou ao Presidente da República as recomendações saídas das reuniões de 4 horas que mantiveram no dia 25 do corrente mês,
sobre a situação das regiões representadas por régulos.

Baldé disse que as regiões enfrentam muitas dificuldades, nomeadamente a insegurança, conflitos por posse de terra, problemas de redes de comunicação, insuficiência de água potável e de infra-estruturas, entre outras.

Presentes  na cerimónia de cumprimento do ano novo estiveram 98 régulos vindos de todas as regiões da Guiné-Bissau, e que beneficiaram de uma oferta do Presidente Sissoco no valor de 10.000.000,00fcfa para dividirem entre si. ANG/MI/ÂC//SG

 

   

Cabo Verde/CEDEAO condena “veementemente” o golpe militar que marca “um revés maior na democracia no Burkina Faso

Bissau, 26 Jan 22(ANG) – A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) condenou terça-feira “veementemente” o golpe Militar que “marca um revés maior na democracia no Burkina Faso”.


Segundo a Inforpress que cita um comunicado, a CEDEAO anuncia uma cimeira extraordinária nos próximos dias para examinar esta situação.

“A CEDEAO observa que, apesar dos apelos da comunidade regional e internacional à calma e respeito pela legalidade constitucional, a situação em Burkina Faso é caracterizada por um golpe militar nesta segunda-feira, 24 de Janeiro de 2022, após a renúncia do presidente Roch Marc Christian Kaboré, obtido sob ameaça, intimidação e pressão dos militares após dois dias de motim”, refere o documento feito em Abuja.

O Presidente do Burkina Faso, Roch Kaboré, demitiu-se hoje após a tomada do poder pelos militares, na sequência do golpe de Estado de domingo.

Numa carta divulgada pela televisão estatal RTB, citada pela Agência Lusa, Kaboré, de 64 anos, disse que se demitia dirigindo-se ao novo homem forte do país, o tenente-coronel Paul Henri Sandaogo Damiba.

“No interesse da nação, na sequência dos acontecimentos de domingo, decidi demitir-me das minhas funções de Presidente (…), chefe de governo e comandante supremo das Forças Armadas Nacionais. Deus abençoe o Burkina Faso”, escreveu.

A carta de Kaboré, que governou aquele país da África Ocidental desde 2015, foi divulgada após os militares terem confirmado na segunda-feira à noite na televisão estatal, através da leitura de dois comunicados, a tomada do poder e anunciado tanto a dissolução do Governo e do parlamento, como a suspensão da Constituição.

Em nome do Movimento Patriótico para a Salvaguarda e Restauração (MPSR), um porta-voz disse que a decisão de derrubar Kaboré foi tomada “com o único objectivo de permitir ao país regressar ao caminho certo e reunir todas as forças para lutar pela sua integridade territorial (…) e soberania”.

“Face à contínua deterioração da situação de segurança que ameaça as fundações da nossa nação, à manifesta incapacidade de Roch Marc Christian Kaboré de unir o Burkina Faso para lidar eficazmente com a situação, e seguindo as aspirações dos diferentes estratos sociais da nação, o MPSR decidiu assumir as suas responsabilidades perante a história”, acrescentou.

Os golpistas também anunciaram o encerramento das fronteiras aéreas e terrestres e o estabelecimento de um recolher obrigatório das 21:00 às 05:00 em todo o país “até nova ordem”. ANG/Inforpress

 

Alfândegas/”A Modernização da Administração aduaneira constitui pedra angular na arrecadação das receitas”, diz José Casimiro Varela

Bissau, 26 jan 22 (ANG) – O Secretário de Estado do Orçamento e Assuntos Fiscais afirmou hoje que  o processo de modernização da Administração aduaneira e o reforço de capacidades do pessoal desta área constituem pedras angulares da transparência, eficiência, eficácia e sucesso na arrecadação das receitas fiscais.

José Casimiro Varela fez esta afirmação, ao presidir a cerimónia do Dia das Alfândegas, que se assinala hoje 26 , sob o lema: “Acelerar a transformação digital das alfândegas, desenvolvendo uma cultura de dados e um ecossistema eficiente”.

Acrescentou que estas receitas permitem ao governo  atender as demandas das populações, nomeadamente, aquelas que vivem ou residem nas zonas mais recônditas do país.

Casimiro Varela disse ainda que a modernização, caso concreto das contribuições tributárias terá de ser acompanhada de recolha e tratamento de informações e estatísticas aduaneiras fiáveis, desde a entrada das mercadorias e produtos no cordão aduaneiro até a sua introdução no consumo.

O governante mostrou-se satisfeito com o desempenho e com os resultados abtidos em termos de arrecadação de receitas fiscais, com um aumento em média de 86% das receitas nas delegações aduaneiras de Bafatá, Gabú, São-Domingos e Quebo, conseguido graças a cooperação técnica senegalesa e aos esforços dos quadros técnicos e dos agentes da Brigada de Ação Fiscal.

De acordo com Casimiro Varela,  a aposta do seu governo é modernizar as administrações fiscais através de adopção de um quadro jurídico adequado, da aquisição de equipamentos de inspeção e controlo de mercadorias, tais como o Scanner, aquisição de novo Sistema Integrado de Gestão Aduaneira, a SYDONIA world, de modo a ajudar o governo a fazer face às despesas em setores sociais e prioritários que crescem ano após ano.

Informou que a aquisição de novo Sistema Integrado de gestão Aduaneira e a SYDONIA World foram financiados pelo Banco Mundial e através da cooperação com República Popular da China, com o objetivo de criar um ambiente propício para a execução das suas tarefas enquanto funcionários aduaneiros.

Agradeceu ao esforço de todos os quadros técnicos e aduaneiros, funcionários e a Direção-geral das Alfândegas da Guiné-Bissau pelo empenho na tarefa árdua e difícil que é a arrecadação de receitas a partir do cordão aduaneiro durante o período da pandemia da Covid-19.

Por sua vez, o Diretor-geral das Alfândegas da Guiné-Bissau, Doménico Sanca elencou as atividades levadas em cabo pela sua direção, nomeadamente, a Adopção, pela Assembleia Nacional Popular, de um Código Aduaneiro Nacional para substituir o anterior que datava da era colonial, a promulgação, pelo Chefe do Estado, de um novo Estatuto Orgânico para Alfândegas, que será marcado pela fusão do pessoal técnico e da Brigada de Ação Fiscal.


Aquele responsável anunciou a  criação do Fundo Social para servir como garantia para o pessoal, na aquisição de habitação, para educação dos seus filhos e para apoiar as suas famílias, em caso de necessidade, bem como Seguro de Vida para assegurar a  cobertura total ao pessoal, em caso de doença e compra de medicamentos, inclusivé fora do país.

O 26 de Janeiro é celebrado anualmente como Dia Mundial das Alfândegas, e a data escolhida remete a primeira sessão do Conselho de Cooperação Aduaneira, realizada em 1953 e que actualmente é representado pela Organização Mundial das Alfândegas(OMA).ANG/DMG/ÂC//SG

Burkina Faso/“Golpes de Estado são inaceitáveis” – António Guterres

Bissau,  26 Jan 22(ANG) – O secretário-geral das Nações Unidas disse hoje que os “golpes militares são inaceitáveis”, numa referência à situação no Burkina Faso, e apelou aos militares na África Ocidental para que “defendam o seu país, não que ataquem os seus governos”.


“Peço às forças armadas desses países que assumam o seu papel profissional como exércitos para proteger o país e restaurar as instituições democráticas”, disse António Guterres, que falava à imprensa antes de uma reunião do Conselho de Segurança da ONU sobre a protecção de civis em conflitos armados.

“O papel dos militares deve ser defender o seu país e o seu povo, não atacar o seu governo e lutar pelo poder”, insistiu, sublinhando que, na região, “grupos terroristas” ameaçam a paz e a segurança internacionais.

Questionado sobre as manifestações de apoio ao golpe militar no Burkina Faso, na sequência do derrube do Presidente Roch Marc Christian Kaboré, António Guterres respondeu ser “fácil” organizá-las.

“Há sempre celebrações nesse tipo de situações”, disse, acrescentando: “É fácil orquestrá-las, mas os valores da democracia não dependem da opinião pública num momento ou outro”.

Centenas de manifestantes manifestaram apoio nas ruas da capital burquinabê, Ouagadougou, à ação dos militares e ao derrube de Kaboré, cuja “libertação imediata” foi exigida pela ONU em Genebra.

Os militares que iniciaram no domingo um golpe de Estado no Burkina Faso confirmaram na segunda-feira, também numa declaração na televisão estatal, que tomaram o poder e anunciaram a dissolução do Governo e do parlamento.

Na aparição televisiva, em que surgiram mais de uma dúzia de militares, um porta-voz, o capitão Sidsoré Kader Ouédraogo, leu dois comunicados, dando conta que os militares puseram fim ao poder do Presidente burquinabê, Roch Kaboré, que governava este país da África ocidental desde 20215.

Na mensagem, o chamado Movimento Patriótico para a Salvaguarda e Restauração anunciou que iria trabalhar para estabelecer um calendário “aceitável para todos” para a realização de novas eleições, sem adiantar mais pormenores.

O Presidente Kaboré, no poder desde 2015 e reeleito em 2020 com a promessa de lutar contra os terroristas, tem vindo a ser cada vez mais contestado por uma população atormentada pela violência de vários grupos extremistas islâmicos e pela incapacidade das forças armadas do país responderem ao problema da insegurança.

Kaboré lidera o Burkina Faso desde que foi eleito, em 2015 (reeleito em 2020), após uma revolta popular que expulsou o então Presidente, Blaise Compaoré, no poder durante quase três décadas.

Ainda que reeleito em Novembro de 2020 para mais um mandato de cinco anos, Kaboré não conseguiu combater a frustração que tem vindo a crescer devido à sua incapacidade de conter a propagação da violência terrorista no país.

Os ataques ligados à Al-Qaida e ao grupo extremista Estado Islâmico têm vindo a aumentar sucessivamente desde a chegada ao poder do actual Presidente, reclamando já milhares de vidas e forçando a deslocação de um número estimado pelas Nações Unidas de 1,5 milhões de pessoas.

Também os militares vêm a sofrer baixas desde que a violência extremista começou em 2016. Em Dezembro último, mais de 50 elementos das forças de segurança foram mortos na região do Sahel e nove soldados foram mortos na região centro-norte em Novembro. ANG/Inforpress/Lusa

Desporto/Presidente da LCFG anuncia arranque da próxima época desportiva para dia 04 de Fevereiro

Bissau, 26 Jan 22 (ANG) – O Presidente de Liga dos Clubes de Futebol Guineense (LCFG), anunciou hoje que o início da próxima época desportiva 2021/22 no país, foi remarcada para o próximo dia 04 de Fevereiro.

Dembo Sissé que falava em entrevista exclusiva à Agência de Notícias da Guiné (ANG), disse que a Liga dos Clubes de Futebol Guineense (LCFG) e a Federação de Futebol da Guiné-Bissau já tinham chegado a um entendimento no que diz respeito a marcação da data de abertura do Campeonato Nacional da Primeira e Segunda Liga de Futebol.

Segundo o responsável, o sustento da Selecção Nacional de Futebol assim como a organização dos Clubes, dependem da organização das provas locais, que tem sido  irregular.

Sissé contestava assim a não convocação de atletas locais para a seleção nacional.

 “Uma das nossas lutas é trabalhar para mudar este paradigna, e permitir  que os atletas de futebol local possam ser chamados para representar a Selecção Nacional de Futebol”, disse.

Ainda sobre o  campeonato de futebol da primeira e segunda divisão disse que a FFGb e Liga pretendem introduzir algumas inovações nomeadamente  a transmisão de alguns jogos importantes na Televisão Nacional  (TGB), para permitir que o mundo acompanhe o campeonato nacional de futebol da Guiné-Bissau.

segundo o responsável máximo dos Clubes de Futebol guineense, a sua Instituição e a FFGB pretendem ainda criar uma política para motivar os adeptos a tomarem parte nos jogos do campeonato nacional.

“Criar grupos de claques, procurar patrocinadores para poder inovar certos aspectos necessários. Também pretendemos premiar o melhor jogador de cada jogo, tudo está dentro das inovações que queremos implementar nesta época desportiva, mas tudo depende de apoios de parceiros”,disse Dembó Sisse.ANG/LLA/ÂC//SG

   

                EUA/Biden alerta que invasão russa mudará o mundo

Bissau, 26 Jan 22 (ANG) - O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, assegurou hoje que não tem intenção de enviar tropas norte-americanas ou da OTAN para a Ucrânia, embora acredite que uma invasão da Rússia terá "consequências enormes" e "mudará o mundo".


"Não temos intenções de enviar forças norte-americanas ou da OTAN para a Ucrânia", referiu Joe Biden, em declarações aos jornalistas, durante uma visita a uma pequena empresa de Washington.

Na segunda-feira, os Estados Unidos colocaram em "alerta máximo" 8.500 militares para um possível destacamento na Europa de Leste devido à escalada de tensões sobre a Ucrânia.

A OTAN também anunciou o reforço dos seus efectivos em países da frente oriental da Aliança Atlântica.

Para o chefe de Estado norte-americano, uma invasão por parte da Rússia exporia aquela potência a "sanções económicas significativas", incluindo sanções que podiam atingir pessoalmente o Presidente russo Vladimir Putin.

Mas Joe Biden recusou-se a especular sobre o momento em que pode ocorrer um ataque sobre a Ucrânia.

"Seria como ler borras de café [como ler o futuro]", acrescentou, lembrando que "tudo depende da decisão" de Putin.

Se a Rússia "invadir todo o país", ou "até muito menos" do que isso, haverá "enormes consequências", não só para aquele país, mas em "todo o mundo", alertou o democrata.

Seria "a maior invasão desde a Segunda Guerra Mundial. Isso mudaria o mundo", apontou.

Os países ocidentais acusam a Rússia de pretender invadir novamente o país vizinho, depois de ter anexado a península ucraniana da Crimeia, em 2014, e de alegadamente patrocinar, desde então, um conflito em Donbass, no leste da Ucrânia.

A Rússia nega quaisquer planos para uma invasão, mas associa uma diminuição da tensão a tratados que garantam que a OTAN não se expandirá para países do antigo bloco soviético.

O Presidente francês, Emmanuel Macron, confirmou hoje que terá uma conversa telefónica sobre a crise ucraniana com o seu homólogo russo, Vladimir Putin, na sexta-feira.

O Alto Representante da UE para a Política Externa e de Segurança, Josep Borrell, afirmou que a ameaça de um ataque militar da Rússia contra a Ucrânia é "o último exemplo" de que "a Europa está em perigo".

Dirigindo-se a eurodeputados, em Bruxelas, num debate sobre a «Bússola Estratégica», o documento que vai definir a futura política de segurança e defesa do bloco europeu, actualmente a ser negociado pelos 27 com vista à sua adopção em Março, o chefe da diplomacia europeia salientou a importância de a Europa reforçar as suas capacidades e autonomia estratégica, dando a tensão a Leste como exemplo das ameaças que pairam sobre a Europa.

Os Estados Unidos fizeram chegar hoje a Kiev o terceiro avião com ajuda militar para a Ucrânia, no dia em que a República Checa anunciou que vai oferecer munições antiaéreas para dissuadir uma eventual invasão russa.

Moscovo manifestou "grande preocupação" com a decisão dos Estados Unidos de colocar 8.500 militares em "alerta máximo" para um possível destacamento na Europa de Leste devido à escalada de tensões sobre a Ucrânia. A OTAN também anunciou o reforço dos seus efectivos em países da frente oriental da Aliança Atlântica.ANG/Angop

 

 

Comunicação social/“ Assédio sexual é uma realidade na classe jornalística guieneense”, diz Noémia Gomes da Silva

Bissau, 26 Jan 22 (ANG) – A jornalista Noémia Gomes da Silva afirmou  terça-feira que o assédio sexual é uma realidade na classe jornalístíca guineense.

Noémia Silva que falava na qualidade facilitadora na cerimónia de encerramento do seminário de restituição sobre a “ Segurança das mulheres jornalistas e igualdade de género na profissão”, disse que o assédio sexual é praticado tanto por parte dos colegas  de profissão como por dirigentes políticos e deplomáticos,  no terreno.

Garantiu que a única  forma de o combater  é fazer a denúncia junto do sindicato, nos locais de trabalho e nas instituições protetoras das mulheres.

“ As mulheres são seduzidas nos locais de trabalho e muitas por não aceitarem assumir uma relação ou ceder aos desejos do responsavél máximo do órgão,“disse por seu lado Ana Sá, que interveio na cerimónia em nome das colegas participantes.

Por iniciativa do Sindicato Nacional dos Jornalistas e Técnicos da Comunicação Social(Sinjotecs) um grupo de mulheres jornalistas debateram terça-feira, em Bissau,a prática de assédio sexual na profissão situação que o Secretário-geral do Sinjotecs, Diamantino Lopes diz ser um problema já identficado por esta organização da classe jornalística.

 À propósito, o Sinjotecs,segundo Diamantino, vai elaborar um projecto para dar resposta aos incidentes registados.

Garantiu que vão continuar a trabalhar neste projeto que terá um ciclo contínuo, por ser uma situação rotineira.

Durante os dois dias de formação, os cerca de 20  mulheres jornalistas de diferentes órgãos de comunicação social públicos e privados foram capacitadas com conhecimentos nos domínios de segurança das mulheres jornalistas e igualdade de género na Comunicação Social.

ANG/JD/ÂC//SG

Bruxelas/União Europeia pede regresso imediato à ordem constitucional no Burkina Faso

Bissau, 26 Jan 22(ANG) – A União Europeia (UE) condenou hoje o golpe de Estado no Burkina Faso, que provocou “a queda de um Presidente eleito”, Roch Kaboré, e pediu o regresso imediato à ordem constitucional.


O alto representante da UE para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell, lamentou em comunicado a suspensão da Constituição e das instituições por membros das forças armadas agrupadas no chamado Movimento Patriótico para a Salvaguarda e Restauração (MPSR), e sublinhou o seu respeito pelas instituições republicanas.

“A UE faz um apelo à calma e à concórdia de todos os atores e pede a libertação imediata de todas as pessoas detidas ilegalmente, a começar pelo Presidente Kaboré”, sublinhou.

O chefe da diplomacia da UE disse que a UE está atenta à posição e às decisões tomadas pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), que condenou firmemente o golpe, “com vista a encontrar uma solução favorável para esta situação”.

“A UE lamenta que o diálogo não tenha prevalecido, particularmente face às questões de segurança nacional e à situação humanitária no país, que exigem uma resposta apoiada pela maioria para realizar reformas essenciais”, disse o político espanhol.

Borrell afirmou que “o fracasso em restaurar a ordem constitucional terá consequências imediatas para a parceria [da UE] com o país”.

“Juntamente com os outros parceiros do Burkina Faso, a UE continua firmemente empenhada em apoiar o país, para ajudá-lo a superar os muitos desafios que enfrenta”, disse, ao mesmo tempo que expressou a solidariedade do bloco europeu “com todo o povo do Burkina Faso”.

A junta militar que dirige o Burkina Faso desde o golpe de Estado de segunda-feira recebeu apoio popular nas ruas do país na terça-feira, apesar da condenação da comunidade internacional, que repudiou a rutura da ordem constitucional e exigiu a libertação do Presidente deposto.

O golpe de Estado foi confirmado na segunda-feira, depois de o país ter vivido momentos de tensão no domingo devido a tiroteios em vários quartéis militares em Ouagadougou e noutras cidades, incidentes inicialmente descritos como um alegado motim para exigir melhorias nas Forças Armadas.

O golpe foi precedido no sábado por um dia de manifestações não autorizadas, convocadas pela sociedade civil para expressar o grande descontentamento social, agravado nos últimos meses pela insegurança gerada pela violência ‘jihadista’, e exigir a demissão de Kaboré.

O Burkina Faso tem sido alvo de ‘jihadistas’ desde 2015 e os ataques, atribuídos a grupos aliados da Al-Qaeda e do Estado Islâmico, causaram mais de 1,5 milhões de deslocados internos, segundo o Governo do país.

O golpe de Estado no Burkina Faso é o quarto na região da África Ocidental, depois dos dois ocorridos no vizinho Mali (agosto de 2020 e Maio de 2021), país que também sofre do flagelo do terrorismo jihadista, e o da Guiné-Conacri (Setembro de 2021).  ANG/Inforpress/Lusa

terça-feira, 25 de janeiro de 2022

 Prevenção contra coronavirus

No plano individual deve-se  manter o distanciamento físico, usar  uma máscara,  lavar as mãos  regularmente e tossir fora do alcance  dos outros. Façam  tudo isso!

A nossa mensagem às populações e aos governos é clara. Façam tudo isso!"

                                        ( Tedros Adhanom Ghebreyesus - DG da OMS)

Direitos das crianças/AMIC prevê reforço de  sensibilização para incentivar mais denúncias de casos de violação de menores

Bissau, 25 Jan 22 (ANG) -  O administrador da Associação de Amigos da Criança (AMIC),disse que prevêm, para o ano em curso, o reforço do programa de sensibilização, para incentivar a população no sentido de denunciar mais casos de violação dos direitos das crianças.


Fernando Cá  que falava esta terça-feira em entrevista à ANG em jeito de  balanço do ano findo, disse que o ano passado não pode ser considerado de positivo, uma vez que o Centro de Acolhimento da orgabnização recebeu 162 casos de crianças vitimas de violência, número que considerou de elevado.

ʺO balanço do ano findo não pode ser considerado positivo  já que temos 162 casos de crianças vitimas de violências nas familias. Contudo, em termos de trabalhos realizados podemos qualificar o ano findo de positivo, e que orgulhamos como a organização  defende a promoção de direitos da criança, disse.ʺ

O administrador disse que a AMIC pretende continuar na mesma rotina de trabalho, de forma a reforçar mais as acções de  sensibilização.

Acrescentou que, durante os últimos tempos, tem sido notório um despertar de consciência dos cidadãos que ligam para denunciar casos de violações de Direitos de menores, ao contrário dos tempos atrás em que as pessoas deixavam tudo passar.

Fernando Cá realçou que, de tanto falar na sensibilização, têm a certeza de que alguma coisa está a mexer com as pessoas, no sentido de ganhar a consciência sobre a importância da denúncia de violações contra crianças, mesmo que a vítima não seja  da sua familia.

Cá agradeceu, na ocasião, aos  cidadãos que têm estado a denunciar situações de casamento forçado, violação sexual, maus tratos entre outras e garante que  a indentidade do denunciante nunca vai ser  revelado.

 Fernando Cá  pede ao governo para repor o fundo de apoio ao Centro de Acolhimento suspenso. Disse que acrianças acolhidas com necessidade de assistência sanitária são apoiadas por Organizações Não Governamental, inclusivé a Unicef. ANG/MI/ÂC//SG

 

    

 

    Timor Leste/Ramos Horta volta a candidatar-se às eleições presidenciais

Bissau, 25 Jan 22 (ANG) - O antigo Prémio Nobel da Paz, José Ramos Horta, é o candidato do CNRT às eleições presidenciais de Março em Timor Leste.


O ex presidente timorense é o candidato do partido de Xanana Gusmão que já avisou que recomendaria a dissolução do parlamento e eleições legislativas antecipadas.

A primeira volta das eleições presidenciais está agendada para 19 de Março.

O CNRT (Congresso Nacional da Reconstrução Timorense), do antigo primeiro-ministro Xanana Gusmão, apresentou neste domingo a candidatura de José Ramos Horta ao escrutínio.

O antigo Prémio Nobel da Paz que, pelo passado, já tinha apoiado, porém, a Fretilin nas eleições legislativas antecipadas de 2018.

Chefe de Estado entre 2007 e 2012 Ramos Horta chegou a estar na Guiné-Bissau como enviado especial da ONU, tendo sido nomeado em 2013.

Antigo primeiro-ministro e ex chefe da diplomacia ele foi durante décadas o rosto da resistência timorense à ocupação indonésia.

Facto que o levaria a ser consagrado pelo Comité Nobel com o Prémio Nobel da paz, conjuntamente com o bispo D. Ximenes Belo em 1996.

Jornalista de formação Ramos Horta esteve ligado tanto à imprensa escrita, como à rádio e à televisão.

José Ramos Horta alega ter-se deixado convencer pelos muitos pedidos para que voltasse à presidência timorense nos últimos meses.

Timor Leste vive actualmente um clima de contestação política devido à situação no parlamento, sendo contestada a legitimidade de Aniceto Guterres na liderança do hemiciclo, a começar, precisamente, por Ramos Horta.

"Não procurei, não procuro o poder. Não procuro fama ou bens materiais. Decidi, depois de meses de hesitação, de reflexão quando, ao longo de meses, fui recebendo tanto e tantos apelos e solicitações de todo o país. Decidi aceitar concorrer por esta única razão: não defraudar os apelos, as expectativas e as esperanças de tanta gente simples, espalhada pelo país."

Instado a reagir ao facto de o CNRT recomendar que, em caso da sua eleição, dissolva o parlamento Ramos Horta afirmou nada haver de extraordinário no facto de, como em qualquer outro país, os partidos terem "a sua agenda". ANG/RFI

Sociedade Civil/FOSCAO pede CEDEAO para rever sanções impostas ao Mali

Bissau, 25 Jan 22 (ANG) - O Coordenador Nacional de Fórum da Sociedade Civil da África Ocidental (FOSCAO) apelou esta terça-feira a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) para rever as sanções impostas ao Mali, por não cumprimento do calendário eleitoral.

natureza extrema e desproporcionada das sanções que correm o risco de acentuar o sofrimento das populações já duramente atingidas pelas crises sanitárias, de segurança económicas que abalam o Mali.

Guerry Gomes falava em conferência de imprensa esta terça-feira em reação  as sanções económicas e financeiras impostas pelos Chefes de Estado da CEDEAO e da União Monetária da África Ocidental (UEMOA) contra o Mali, nas cimeiras extraordinárias realizadas em Acra, (Gana) a 9 de Janeiro de 2022.

Acrescentou que as referidas sanções são desproporcionadas e serão capazes de acentuar o sofrimento das populações que já sofriam de crises sanitárias e de insegurança que abala o Mali.

“Tal como estão, só irão degradar ainda mais a situação já precária das populações do Mali em todos os aspetos e acentuar o sofrimento anti CEDEAO que parece estar a emerger entre os Povos da África Ocidental” sustentou Gomes.

Aquele responsável frisou que, a vulnerabilidade económica é  terreno fértil para o terrorrismo na região.

“As atuais sanções só empobrecerão ainda mais a população do Mali, em geral, as mulheres e os jovens em particular. Populações empobrecidas cujas condições de vida já são deploráveis apenas as empurrarão para os braços dos recrutadores terrorristas e dos recrutadores de migração irregular”, diz Gomes Lopes.

Apelou à Comissão da referida Comunidade e à Conferência de Chefes de Estados e de Governo para que estabeleçam uma verdadeira cultura de democracia e boa governação nos Estados-Membros da região da África Ocidental, a fim de pôr termo à propensão para manipular Constituições na busca de mais de dois mandatos, que segundo o Fórum, constitui um terreno fértil para golpes militares na região.

Guerry Gomes Lopes convida às autoridades de transição  maliana a propor um período de transição razoável e aceitável, com uma melhor explicação do conteúdo da transição, tendo em conta as profundas aspirações e expetativas do Povo maliano.

FOSCAO convidou ainda  as autoridades de transição a manterem os canais de discussão com a CEDEAO visando  explicar melhor as suas intenções e o seu cronograma de transição, a fim de se chegar à uma solução pacífica.

O fórum apela à CEDEAO e a todos os intervenientes na crise do Mali para assegurarem a paz nesse país, favorecendo métodos de resolução pacíficos de disputas, tais como, bons ofícios, mediação, conciliação e facilitação com base no diálogo, negociação e arbitragem.

O FOSCAO insta a Sociedade Civil africana a apoiar os irmãos e o Povo maliano e a serem atores da paz na crise que abala esse país e a região da África Ocidental, encorajando ao mesmo tempo aos governos da região a levarem a sério a miséria do Povo maliano.

De acordo com o Coordenador Nacional de FOSCAO,  conferência de imprensa com o mesmo propósito terão lugar  em todos os países da Comunidade Económica dos Estados de África Ocidental. ANG/DMG/ÂC//SG

                      Burkina Faso/Quem é Paul-Henri Sandaogo Damiba?

Bissau, 25 Jan 22 (ANG) - O tenente-coronel Paul-Henri Sandaogo Damiba preside o movimento que concretizou o golpe militar, esta segunda-feira, no Burkina Faso.

Desconhecido do grande público, foi nomeado, em Dezembro, como  responsávelpela luta antiterrorista no leste do Burkina e encarregue da segurança em Ouagadougou.

Ele é também autor do livro “Exércitos da África Ocidental e Terrorismo: RespostasIncertas?”, no qual analisa as estratégias antiterroristas na região do Sahel.

O comunicado lido na televisão pública, esta segunda-feira, e que confirmou o golpe militar no Burkina Faso estava assinado pelo tenente-coronel Paul-Henri Sandaogo Damiba, presidente do Movimento Patriótico de Salvaguarda e Restauro. O MPSR foi descrito como "reunindo todas as componentes das forças de defesa e segurança que decidiram pôr fim ao poder de Marc Roch Christian Kaboré a 24 de Janeiro de 2022”.

Paul-Henri Sandaogo Damiba é um tenente-coronel de infantaria do exército do Burkina Faso. A 3 de Dezembro, foi nomeado comandante da terceira região militar do país, responsável pelo dispositivo antiterrorista na zona leste do Burkina e responsável pela segurança da capital Ouagadougou.

A nomeação, feita pelo Presidente Roch Marc Christian Kaboré, aconteceu depois de uma vasta reorganização na hierarquia militar, na sequência do ataque jihadista a Inata, em Novembro, no qual morreram 57 pessoas, nomeadamente 53 soldados. Nessa altura, intensificaram-se as manifestações para exigir mais meios para os militares lutarem contra o terrorismo.

O tenente-coronel é autor do livro “Exércitos da África Ocidental e Terrorismo: Respostas Incertas?”, publicado em Junho, pela editora francesa Trois Colonnes. A obra analisa e questiona as estratégias antiterroristas na região do Sahel.

De acordo com a editora, Paul-Henri Sandaogo Damiba estudou na Escola Militar de Paris, fez um mestrado em Ciências Criminais no Conservatoire National des Arts et Métiers e participou em várias operações antiterroristas entre 2015 e 2019 “enquanto assumia responsabilidades operacionais nas regiões do Sahel e do Norte”.

Em 2019, durante o processo do General Diendéré (condenado a 20 anos de prisão pela tentativa de golpe militar em 2015), Paul-Henri Sandaogo Damiba distanciou-se desse movimento, levado a cabo por elementos do antigo RSP, Regimento de Segurança Presidencial.

De acordo com várias fontes, ele teria convivido, durante a sua formação no exército burquinabê, com o coronel Zoungrana, que foi detido há duas semanas por ser suspeito de estar a preparar um golpe de Estado.ANG/RFI

Golpe de Estado Burkina Faso/Jornalista guineense da RFI considera situação de “perigo” para países vizinhos

Bissau, 25 Jan 22 (ANG) – O jornalista guineense da Rádio France Internacional(RFI) e especialista em assuntos africanos disse que o golpe de Estado consumado no Burkina-Faso já era de esperar devido aos constrangimentos que o país estava a viver desde a saída no poder do ex-Presidente Blaise Campaoré com o agravar da corrupção, desvios de fundos e incapacidade de fazer frente aos grupos Jhiadistas.

Alen Iero Embaló convidado pela ANG a analisar o golpe de Estado ocorrido na segunda-feira, em Burkina Faso e suas repercursões na sub região, disse que, essa situação mostra que a estabilidade nesta zona não é das melhores, sobretudo, no momento em que crescemr os movimentos Jhiadistas.

“No espaço de um ano e meio ocorreram quatro sublevações na região,  duas vezes no Mali, uma na Guiné-Conacri e agora, a mais recente, em Burkina-Faso, isso representa  num perigo para os países da África Ocidental”, salientou.

Um grupo de militares amotinados, dirigido pelo tenente-coronel Paul-Henri Sandaogo Damiba, preside o movimento que concretizou o golpe militar, na segunda-feira, no Burkina Faso.

Alen Iero Embaló disse que, no caso concreto de Burkina-Faso, o país não soube responder aos ataques frequentes de grupos radicais, que mantem sob seu domínio um terço do território, são zonas com ausência total do Estado e onde a politica de desenvolvimento nâo atinge as pessoas que vivem num estado de abandono total.

Embaló acrescentou que as  referidas zonas tornaram-se propícias para o crescimento de redes de terroristas, que  desde 2021 têm atacado o país, mensalmente, provocando  mais de 1 milhão e meio de refugiados.

Segundo Allen, a corrupção ao nìvel do aparelho de Estado e das Forças Armadas aumentou, e há registo de desvios de somas avultadas de fundos do Estado, destinados a  compra de armamentos modernos para os militares para fazerem  face aos Jhiadistas, e, em consequência,   a logística das forças em combate começou a ficar fraca, agravada com a falta de pagamento de salários.

“ Os grupos radicais aproveitam a situação de fragilidde das forças do governo para atacar e matar muitos soldados Burkinabes”, disse.

De acordo com Embalo estas e mais situações vieram a complicar a vida ao Presidente da República que viu a Sociedade Civil colocar  pessoas nas ruas para protestarem contra a incapacidade do presidente de solucionar o problema apesar de muitos fundos disponibilizados  para tal.

“Cerca de 130 mil milhões de francos cfa foram mal geridos pelas chefias militares, em conivência com altos gestores da administração pública”, revelou.

De acordo com o jornalista, foi essa que terá estado na origem de algumas mudanças  nas Forças Armadas, tais como os casos de exoneração do Ministro da Defesa e do Chefe do Estado-maior General da Forças Armadas, feitas pelo Chefe de Estado.

Iero Embaló referiu que todos os chefes militares da zona Norte e os descontentes acusados de estarem numa tentativa de golpe de Estado foram julgados e presos na ultima sexta-feira, e no Domingo os soldados decidiram depôr  o Chefe de Estado através de um Golpe de Estado.

Alen Iero Embaló disse que as ondas de golpes na sub-região e o avanço dos grupos radicais  é um perigo para os países vizinhos, e, segundo ele, com a excepção de Cabo Verde e Senegal, todos os outros países estão em perigo devido as instabilidades crónicas internas: casos de Niger, Costa de Marfim, Guiné-Conacri.

Afirmou  que Mali e Guiné-Conacri  estão a previllgiar a opção interna ignorando, por completo, as resoluções da CEDEAO, o que os torna ainda mais fragilzados. ANG/MSC/ÂC//SG