terça-feira, 18 de outubro de 2022


Comunicação social
/"Para conquistar a liberdade de imprensa é necessário a responsabilização dos jornalistas" diz Diamantino Domingos Lopes

Bissau, 18 Out 22 (ANG) – O Secretário-geral do Sindicato dos Jornalistas e Técnicos de Comunicação Social (SINJOTECS) defendeu, segunda-feira   que para conquistar a liberdade de imprensa é importante a responsabilidade e responsabilização dos jornalistas, quanto a produção de conteúdo de qualidade, o respeito aos princípios éticos e deontológicos que regem a profissão.

Diamantino Domingos Lopes falava no ato de abertura de uma formação para jornalistas sobre Instrumentos de Monitorização dos Direitos de Liberdade de Imprensa e Liberdade de Expressão (Incluindo Direitos Digitais).

Lopes sustentou que não basta exigir a liberdade de imprensa e de expressão sem cumprimento das obrigações por parte de produtores das notícias.

Ao longo dos tempos, referiu, tem-se registado muitos atropelos à liberdade de imprensa com bases nas intimações, assaltos aos órgãos de comunicação social e espancamentos dos profissionais dos órgãos.

"Tudo isto constitui uma preocupação para o SINJOTECS, por isso, envolvemos neste projeto todos os atores, polícias, militares, agentes do Governo e os próprios profissionais dos media para que juntos encontrarmos uma solução pacífica, porque todos lidam diretamente com a media," frisou

Segundo Diamantino Domingos Lopes esta formação vai permitir, de forma significativa, o alcançar de um objetivo que consiste na promoção da liberdade de imprensa e de expressão no país.

Para aquele responsável é necessário promover uma convivência pacífica entre esses atores para que os profissionais de comunicação social possam fazer os seus trabalhos com determinação, sem medo, mais com responsabilidade profissional.

O Secretário-geral do SINJOTECS disse esperar que os dois dias de formação servam para que os profissionais se apropriassem de conhecimentos que lhes servem de base para a produção de conteúdo de qualidade.

Durante dois dias serão debatidos os temas como “jornalismo e democracia”, “segurança e proteção de jornalistas”, “liberdade de expressão e de imprensa na Guiné-Bissau”, “liberdade de expressão como direito humano” e outros. ANG/MI/ÂC//SG

segunda-feira, 17 de outubro de 2022

Coopeação/Organização Internacional de Trabalho(OIT) e autoridades guineenses analisam novo programa

Bissau, 17 Out 22 (ANG) – A Organização Internacional de Trabalho (OIT) e Guiné-Bissau vão analisar, em Bissau, novo programa de cooperação,  no domínio laboral para os próximos tempos.

Para o efeito, uma missão da organização, chefiada pelo Diretor da Equipa Técnica da OIT para Trabalho  Decente para África Ocidental que abrange a Guiné-Bissau, Cabo Verde, Senegal, Gâmbia, e Guiné-Conacri está no país para uma visita de trabalho de quatro  dias.

Em declarações à imprensa hoje, após a saída do encontro com o Presidente da República, o chefa da missão, Dramane Haidara revelou que estão no país para analisar com as autoridades novo programa de cooperação entre a Guiné-Bissau e organização no domínio laboral.

“Estamos aqui não só para saudar o Presidente da República mas também para informá-lo da essência desta missão, que consiste na formulação de um novo programa da OIT na Guiné-Bissau e que esperamos ser no quadro de promoção do trabalho.

Os trabalhos a serem desenolvidos pela missão, de acordo com Haidara, começam terça-feira com  encontros com o ministro de Administração Pública, Trabalho, Emprego e Segurança Social e os sindicatos de trabalhadores do país com base na agenda da OIT.

Instado a falar sobre a queixa remitida no ano passado pela União Nacional de Trabalhadores da Guiné (UNTG) contra o Governo, à Organização, Haidara diz que o assunto está a ser analisado  ao nivel do departament
o, conforme as  normas.ANG/DMG/LPG/ÂC//SG

           Ensino público/Escolas ainda registam fraca afluência de alunos

Bissau, 17 Out 22 (ANG) – As escolas publicas, nomeadamente o liceu Rui Barcelo da Cunha e Agostinho Neto cumprem a segunda semana de aulas  mas ainda registam fraca  afluência de alunos, apesar da presença dos professores.

Numa ronda feita hoje pelo repórter da ANG, para constatar o funcionamento das aulas em alguns estabelecimentos de ensino, após uma semana de abertura oficial do ano lectivo 2022/2023, confirmou-se uma presença  significativa de professores, de um lado e  ausência, quase que total, de alunos nos dois liceu públicos de Bissau, de outro lado.

Por exemplo, no liceu Agostinho Neto os professores se agrupavam  no pátio  da escola a espera de alunos para darem aulas.

A mesma situação se verifica no liceu Rui Barcelos da Cunha, onde os professores, na sua maioria sentados, no pátio, aguarda a chegada de alunos.

Em algumas salas de aulas, tanto no liceu Agostinho Neto, assim como no Rui Barcelos da Cunha, via-se   um número ínfimo de alunos que variava de cinco à dez alunos, número que supostamente não permite ao professor dar aulas.

Instado a falar da situação, o Presidente do Conselho Técnico Pedagógicos do liceu Rui Barcelos da Cunha, Júlio Sambé disse desconhecer as razões da ausência dos alunos nesta segunda semana de  aulas, até porque a greve decretada pela Frente Social já terminou desde o dia 14, mas  mesmo assim os alunos continuam a não comparecer.

“Como se vê, os professores vêm todos os dias de semana para trabalhar, mas não trabalham por causa da ausência dos alunos”, afirmou Júlio Sambé.

Aos Pais e Encarregados de Educação dirigiu o apelo no sentido de mandarem os seus educandos para as aulas.

Segundo o Director do Liceu Agostinho Neto, este estabelecimento reúne todas as condições técnicas necessárias para o funcionamento normal das aulas.

Mamadjam Djaló lamenta a fraca presença dos alunos na escola, e diz que  os 174 dias do ano  lectivo  devem ser cumpridos,pelo que pede a  colaboração dos Pais e Encarregados de Educação, enviando os seus educandos para as escolas.

O Presidente da Associação dos Alunos, do Liceu Rui Barcelos da Cunha,  Kelvim Maguilo Sambú disse estar preocupado com essa situação de fraca afluência dos alunos às escolas.

Kelvim  Sambú relaciona a não comparência às aulas por parte de colegas  ao mau hábito de ausência de alunos, que se verifica, anualmente, nos primeiros dias de aulas, cada vez que se inicia  novo ano letivo.

Criticou  que um aluno não deve agir desta forma. “Um aluno deve estar sempre na sala de aulas à espera do professor e não o contrário”, disse  para depois apelar  aos alunos no sentido de irem para as escolas, para não perderem os dias lectivos.

 “Eu estou aqui na escola todos os dias da semana, e, como estás a ver,  os  professores estão  sempre aí sentados, ao contrário, os alunos não aparecem  para que professores possam dar aulas” lamentou o Presidente da Associação dos alunos de Rui Barcelos da Cunha.ANG/LPG/ÂC//SG

 

 

Desporto/Presidente do Clube Desportivo de Gabu diz não ter recebido  carta de pedido de demissão do Presidente da Assembleia geral do Clube

Bissau, 17 Out 22 (ANG) – O Presidente do Clube Desportivo e Recreativo de Gabú (CDR-G), disse no último fim-de-semana que não recebeu nenhuma carta do Presidente da Assembleia Geral do Clube, José Carlos Macedo através da qual este pede a sua demissão das funções.

Mama Saliu Djaló fez essa afirmação à imprensa local, na gala de entrega de prémios aos vencedores de diferentes categorias do campeonato de defeso da região.

 “A grande verdade é que até ao momento, a direcção que dirijo não recebeu qualquer tipo de carta que nos faz saber que o nosso Presidente da Mesa da Assembleia Geral do clube, José Carlos Macedo, tomou a iniciativa de se demitir das suas funções”, disse.

O Clube Desportivo e Recreativo de Gabu , na época desportiva passada milita  na segunda Liga Guineense de Futebol “Guinees Bola” e foi visto como o vice-campeão da prova, algo que resultou o seu regresso para a liga dos grandes “Guinees-Liga”.

Recentemente, a imprensa desportiva nacional,assim como alguns amantes de futebol da zona leste do país, deram conta de que  o Presidente da Mesa de Assembleia geral de CDR de Gabú José Carlos Macedo anunciou ao público o seu pedido de dimissão, durante o final do campeonato do defeso local, alegando ser desrespeitado por um grupo de jovens “a mando de pessoas que não quiseram mostrar a cara”.

Entretanto,  o portal “FUT 245” acaba de dar conta de que  o ex-treinador do Flamengo de Pefine Causo Dabó que recentemente dimitiu-se das suas funções, poderá, ser apresentado aos sócios como  novo técnico do Sporting Clube de Bafatá, para a próxima época desportiva 2022/2023.

A informação, segundo o portal “FUT 245” foi avançada por uma fonte ligada ao  Leões de Leste, que acrescenta que  as partes se encontram ainda em negociações.

O Sporting Clube de Bafatá terminou a época desportiva 2021/22 em 11º lugar com 34 pontos, fruto de 08 vitórias, 10 empates e 12 derrotas, em 30 jogos desputados.ANG/LLA/ÂC//SG

 

           Economia/China quer 250 mil toneladas de caju da Guiné-Bissau

Bissau, 17 Out 22 (ANG) - A empresa estatal chinesa “Grupo Human Construção e Investimentos" assinou recentemente,em Bissau,dois memorandos de entendimento com os ministérios do Comércio e da Energia e Indústria.

O entendido foi formalizado  após quatro dias de prospecção do mercado e visitas de contactos às autoridades políticas, comerciais e às obras públicas, construções e urbanismo da Guiné-Bissau.

A empresa chinesa assume comprar praticamente toda a produção da castanha de caju, nesta primeira fase e na segunda construir unidades de transformação no país, conforme os relatos de Abdu Jaquité, delegado do Governo da Guiné-Bissau junto do Secretariado Permanente do Fórum Macau para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e a CPLP.

“Estabelecer fábrica para a transformação da castanha de caju aqui mesmo na Guiné-Bissau, mas eles querem comprar se possível 250 mil toneladas, o que quer dizer praticamente toda a produção agricola”.

Até a declaração deste interesse  da emrpesachinês já havia sido exportada mais de 120 mil toneladas de castanha relacionadas a presente campanha de comercialização.

 

Abdu Jaquité destaca também o sector da energia “esse memorando inclui iluminação pública em toda a cidade e fornecimento de contadores inteligentes pré-pagos para diversas regiões."

A província chinesa de Hunan, com 67,35 milhões de habitantes, está disponível para servir de porta de entrada da Guiné-Bissau no maior mercado mundial com cerca de 1 bilhão e meio de consumidores. 

A Guiné-Bissau com dois milhões de habitantes preside actualmente a CEDEAO, comunidade sub-regional com 400 milhões de consumidores. ANG/RFI

 

Portugal/ CPLP promove sessão evocativa dos 11 anos da aprovação da Estratégia de Segurança Alimentar e Nutricional

Bissau, 17 Out 22(ANG) – A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) promove, a partir de hoje e até 19 de Outubro, uma sessão evocativa para assinalar os 11 anos de promoção da Segurança Alimentar e Nutricional.

A sessão, que acontece por videoconferência é denominada “ESAN + 11: uma década na promoção da Segurança Alimentar e Nutricional na CPLP”, pretende celebrar os 11 da provação da Estratégia de Segurança Alimentar e Nutricional da CPLP (ESAN-CPLP) e os 10 anos da criação do Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional da CPLP (CONSAN-CPLP).

Em nota informativa enviada à Inforpress, a CPLP explica que nesse contexto, considera-se “oportuno reflectir sobre os ganhos e sucessos” da CPLP e dos Estados-membros ao longo de mais de uma década na promoção da Segurança Alimentar e Nutricional.

A videoconferência “ESAN + 11: uma década na promoção da Segurança Alimentar e Nutricional na CPLP” ambiciona também reflectir sobre as causas da fome e da desnutrição enquanto um dos principais problemas globais para a concretização dos Objectivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), bem como sobre os sucessos e afirmação política da ESAN-CPLP.

A iniciativa pretende, ainda, conforme a mesma fonte, contribuir para o debate realizado durante a 50ª Reunião do Comité Mundial de Segurança Alimentar, que decorreu em Roma, Itália, entre 10 e 13 de Outubro, e assinalar o Dia Mundial da Alimentação, comemorado a 16 de Outubro.

“Depois de um declínio constante durante uma década, a fome está a crescer, afectando quase 10 por cento das pessoas em todo o mundo. Entre 2019 e 2022, o número de pessoas subnutridas cresceu para os 150 milhões, uma situação impulsionada em grande parte por conflitos, alterações climáticas e pela pandemia da covid-19”, realçou o director de Cooperação do Secretariado Executivo da CPLP, Manuel Clarote Lapão.

Entretanto, na última década, a CPLP já conseguiu criar o CONSAN-CPLP, os Conselhos de Segurança Alimentar e Nutricional Nacionais, assim como aprovou as directrizes para a promoção da Agricultura Familiar na CPLP e criou um Centro de Competências para a Agricultura Familiar Sustentável da CPLP, acolhido pelo governo de São Tomé e Príncipe.

A abertura do evento estará a cargo do secretário executivo da CPLP, Zacarias Albano da Costa, a partir das 10:30 (hora Cabo Verde) e vários painéis estarão em debate, como “Ganhos e avanços dos Conselhos de Segurança Alimentar e Nutricional Nacionais”, com participação dos pontos focais de Segurança Alimentar de Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.

“Sistemas alimentares sustentáveis para dietas saudáveis na CPLP: casos de estudo em Cabo Verde e São Tomé e Príncipe”, pela FAO (Andrea Polo Galante), Mecanismo de Facilitação da Participação da Sociedade Civil (MSC-CONSAN) e Brasil (Guias Alimentares na CPLP) é outro painel em discussão.

“Igualdade de Género e SAN. A experiência da Rede das Margaridas”, pelo Mecanismo de Facilitação da Participação da Sociedade Civil (MSC-CONSAN) e “Sistemas Importantes do Património Agrícola Mundial”, por São Tomé e Príncipe e Mecanismo de Facilitação da Participação da Sociedade Civil (MSC-CONSAN) também são assuntos em debate.

O último dia é dedicado a duas mesas redondas, sendo “Transição de dietas, governança e sistemas alimentares sustentáveis na CPLP” pelos antigos Chefe de Escritório da FAO junto da CPLP Hélder Muteia e Francisco Sarmento, e “O comércio internacional e a segurança alimentar”, por Teresa Piedade Moreira (CNUCED) e Brasil. ANG/Inforpress

 

Fome/Quase 60 milhões de pessoas afectadas  vivem na África Ocidental e Central

Bissau, 17 Out 22(ANG) – A aliança Joining Forces alertou no domingo, Dia Mundial da Alimentação, que quase 60 milhões de pessoas afectadas por insegurança alimentar aguda vivem no centro e no oeste do continente africano e quase metade são crianças.

A aliança, que inclui Organizações Não Governamentais (ONG) como a Save the Children, World Vision, SOS Children’s Villages, Terre des Hommes, Educo e Plan International, diz que aquelas regiões acumulam quase um quarto das pessoas afectadas pela gravíssima crise alimentar que afecta as áreas mais desfavorecidas do planeta.

“Entre essa população, quase oito milhões de pessoas estão directamente ameaçadas pela fome e são necessárias ações urgentes”, acrescenta a aliança.

As ONGs estimam que mais da metade das famílias afetadas pela insegurança alimentar aguda estão na República Democrática do Congo e na Nigéria.

Outros 12,7 milhões de pessoas afectadas estão no Burkina Faso, Mali e Níger. A Nigéria, em particular, continua a ser um dos países mais preocupantes do mundo para o período entre Outubro de 2022 e Janeiro de 2023 e para o qual é necessária ajuda imediata.

“2022 foi um dos anos mais difíceis para as crianças e as suas famílias na África Ocidental e Central, e a temporada de escassez deste ano foi uma das piores em 10 anos. Os mais atingidos foram as pessoas que vivem em regiões afetadas por conflitos, lamentou o director da Save the Children para aquelas regiões africanas, Philippe Adapoe.

A Save the Children denunciou uma crise que combina o conflito armado, as consequências a longo prazo da restrição de atividades devido à pandemia de Covid-19, o constante aumento dos custos de alimentos básicos, combustível e fertilizantes e os efeitos das mudanças climáticas, com cheias que prejudicam as lavouras, ou a redução na produção de cereais e hortaliças devido à diminuição e falta de chuvas.

“Com a abertura de escolas na maioria dos países da região, é importante garantir que haja alimentos saudáveis suficientes para que as crianças sejam saudáveis e usufruam do direito de frequentar e permanecer na escola”, sublinhou Carla Denizard, da World Vision para a África Ocidental (que inclui a Guiné-Bissau e Cabo Verde), que pede protecção infantil.

Nesse sentido, a aliança pede às autoridades locais e à comunidade internacional que fortaleçam os sistemas nacionais de segurança alimentar, aumentem os sistemas de proteção social equitativos, inclusivos e sensíveis às crianças e priorizem as transferências de dinheiro para apoiar melhor as famílias com insegurança alimentar aguda.

Também exige o desenvolvimento e expansão de programas de proteção social sensíveis à nutrição que visem as famílias em maior risco, bem como garantir que as crianças mais vulneráveis e as suas famílias tenham acesso a alimentos nutritivos acessíveis e serviços de saúde adequados, incluindo mulheres grávidas e lactantes, como bem como bebés e crianças menores de cinco anos.

ANG/Inforpress/Lusa

 

 


  Uganda/
Presidente Museveni encerra dois distritos devido a surto de Ébola

Bissau, 17 Out 22 (ANG) - O Presidente do Uganda, Yoweri Museveni, impôs, no sábado, o encerramento de dois distritos, onde foi registado um surto de Ébola, com proibição de viajar, recolher obrigatório e fecho de locais públicos.

A febre hemorrágica matou 19 pessoas e foram confirmados 58 casos no país desde 20 de Setembro, de acordo com o Ministério da Saúde ugandês.

Os casos estão concentrados nos distritos de Mubende e Kassanda, no centro do país, tendo as autoridades sanitárias indicado que o surto não chegou à capital, onde vivem 1,5 milhões de pessoas.

Os surtos desta doença são difíceis de conter, especialmente em áreas urbanas.

Num discurso transmitido pela televisão, Yoweri Museveni ordenou o encerramento imediato dos dois distritos, com recolher obrigatório ao início da noite, a proibição de viajar e o fecho de mercados, bares e igrejas durante 21 dias.

"Ordeno agora o seguinte: viajar de e para os distritos de Mubende e Kassanda é agora proibido. Se estiver nos distritos de Mubende e Kassanda, permaneça lá durante 21 dias.", disse.

O transporte de mercadorias é permitido fora das duas áreas, mas todos os outros transportes estão suspensos, acrescentou.

Museveni já tinha ordenado aos curandeiros tradicionais que deixassem de atender doentes, numa tentativa de travar a propagação do vírus no país da África Oriental.

A polícia recebeu instruções para deter qualquer pessoa suspeita de ter contraído Ébola e recusasse a ser colocada em isolamento.

A transmissão humana dá-se através de fluidos corporais e causa hemorragias intensas, sendo os primeiros sintomas febre alta súbita, fraqueza severa e dores musculares, de cabeça e de garganta, vómitos e diarreia.

As pessoas infectadas só se tornam contagiosas após o início dos sintomas, depois de um período de incubação de dois a 21 dias.

Para esta estirpe do Ébola, detectada actualmente no Uganda, conhecida como "estirpe do Sudão", ainda não existe vacina.

Na quarta-feira, a Organização Mundial de Saúde anunciou que ensaios clínicos de vacinas contra esta estirpe poderão começar "nas próximas semanas" no Uganda.

Países como Quénia, República Democrática do Congo (RDC), Tanzânia, Rwanda e Somália estão em alerta para evitar uma possível propagação do vírus.

Descoberto em 1976 na RDC - então denominado Zaire -, o vírus devastou vários países da África Ocidental de 2014 a 2016, quando 11.300 pessoas morreram e houve mais de 28.500 casos. ANG/Angop

 

              Angola/PR reafirma aposta na modernização da mídia pública

Bissau, 17 Out 22 (ANG) - O Presidente angolano, João Lourenço, anunciou no sábado, em Luanda, a contínua modernização dos órgãos públicos de comunicação social, em particular da Agência Angola Press (ANGOP-E.P).

Conforme o Chefe de Estado, que apresentava a Mensagem sobre o Estado da Nação, no Parlamento, durante o mandato será também dada atenção à melhoria das redações da Edições Novembro.

“Daremos continuidade aos investimentos de modernização técnica e tecnológica dos órgãos públicos de comunicação social, que incluirá a conclusão da transição dos serviços analógicos para os digitais e do apetrechamento da ANGOP”, reforçou Chefe de Estado, apontando ainda a  conclusão do programa de extensão dos sinais de rádio e de televisão para garantir o acesso à informação a todos os cidadãos e os projectos de modernização dos emissores da RNA e das redacções e do parque gráfico da Edições Novembro.

Anunciou que o Executivo dará seguimento ao processo de instalação dos serviços de digitalização da televisão.

João Lourenço avançou, por outro lado, que serão feitas revisões ao Estatuto dos Jornalistas e da Entidade Reguladora da Comunicação Social (ERCA), bem como será concluída a revisão do Pacote Legislativo da Comunicação Social.

“Vamos concluir a reforma legislativa da comunicação social que incluirá alterações às Leis sobre o Estatuto do Jornalista e sobre a ERCA e, subsequentemente, a regulamentação das leis que integram o pacote legislativo da comunicação social e regulamentação das rádios comunitárias e imprensa online/comunicação digital”, apontou.

Quanto às Telecomunicações e Tecnologias de Informação, anunciou a melhoria dos serviços de voz e dados (banda larga), a modernização e expansão dos serviços do INAMET, da Angola Telecom e a expansão dos seus serviços, a entrada em funcionamento do ANGOSAT-2, bem como Centro de Controlo de Satélites.

O estadista anunciou ainda a elaboração da Estratégia Nacional de Segurança Cibernética, que terá como foco garantir a protecção e a defesa das infra-estruturas críticas e dos serviços vitais de informação, como também potenciar uma utilização livre, segura e eficiente do ciberespaço por parte das entidades públicas e privadas.

ANG/Angop

 

 

Finanças/Ministro nega que adiamento de legislativas atrase programa do FMI

Bissau,17 Out 22(ANG) - O ministro das Finanças, Ilídio Té, afirmou que o programa da Guiné-Bissau com o Fundo Monetário Internacional (FMI) em nada está relacionado com o eventual adiamento das eleições legislativas, pelo que não afetaria o seu cronograma.

"Não tem nada a ver, porque o Fundo (FMI) trabalha com o país, independentemente das eleições. Nós sabemos que existe um decreto do Presidente da República que marcou eleições para dia 18 e quem tem a competência e o direito de pronunciar se vai haver uma eleição geral tem de ser o mesmo Presidente, através de um outro decreto. Portanto, eu aqui continuo a falar que enquanto não existir o decreto, haverá eleição no dia 18", frisou Ilídio Té.

"Mas o programa do Fundo não tem nada a ver com eleições. Já falámos sobre isso e o Governo está a fazer o seu trabalho para ter um programa financeiro, porque será um programa entre o Fundo Monetário Internacional e a Guiné-Bissau", disse o governante, em entrevista à Lusa, em Washington, à margem dos encontros anuais do FMI.

O Presidente da República Umaro Sissoco Embaló, dissolveu em 16 de maio o parlamento da Guiné-Bissau e marcou eleições legislativas antecipadas para 18 de dezembro.

Contudo, partidos políticos com e sem assento parlamentar consideraram ser difícil realizar eleições em 18 de dezembro.

Os problemas de acessibilidade a algumas zonas do país, devido à época das chuvas, a sensibilidade dos materiais que não podem ser molhados e o facto de no interior do país muitas pessoas estarem nos campos agrícolas, foram outras das razões que levaram ao pedido de adiamento das eleições.

Os principais partidos políticos guineenses defenderam a realização de um recenseamento eleitoral de raiz, que segundo a lei deve durar cerca de três meses, mas, que até ao momento, ainda não começou.

O ministro das Finanças participou ao longo da semana numa série de reuniões na sede do FMI e do Banco Mundial, em Washington, fazendo um "balanço positivo" desses trabalhos "intensos e duros" que manteve.


"Podemos fazer um balanço positivo de todos os encontros que tivemos nestas reuniões com diferentes departamentos. Na sexta-feira estivemos reunidos com uma delegação do departamento legal, que era umas das reuniões mais complicadas. Mas, ao fim e ao cabo, acho que correu bem no final", avaliou.

À Lusa, Ilídio Té disse que aproveitou os encontros para reforçar o interesse do Governo em ter um programa financeiro com o FMI.

"Também [tivemos uma reunião] com o chefe da própria missão do Fundo. Uma reunião aprofundada e, sobretudo, para fazer uma abordagem mais séria e mostrar qual o empenho do Governo em ter um programa financeiro com o Fundo. Portanto, toda a nossa dedicação e vontade política em cumprir com todos os pontos foram lá sublinhados", detalhou.

O ministro salientou ainda que apesar da "própria conjuntura e fragilidade do país", há um esforço "para pôr o carro dentro da estrada".

"Portanto, como dizem que temos um Ferrari dentro da garagem, estamos a trabalhar para tirar o Ferrari para pô-lo na estrada", comparou, numa alusão ao trabalho que diz que o seu Governo está a desenvolver.

O FMI anunciou em junho que iria retomar brevemente a assistência financeira à Guiné-Bissau no âmbito da Facilidade de Crédito Alargado e destacou no âmbito das consultas do artigo IV que a gestão orçamental sustentável é uma "prioridade” e que a consolidação orçamental deve continuar em 2022 para "conter o elevado risco” de aumento da dívida pública.ANG/Lusa

 

Pescas/”Empresa chinesa  Zhongyu Global vai apoiar o abastecimento  ao mercado interno”, diz seu representante

Bissau,17 Out 22(ANG) – O representante da empresa chinesa de pescas Zhongyu Global Seafood Coorporation diz que vai apoiar o Governo na sua iniciativa de abastecer o mercado nacional com pescado de qualidade.

Em entrevista exclusiva à ANG, Sun Zhi Xiang disse que a medida anunciada recentemente pelo  Ministério das Pescas de assumir o abastecimento em pescado ao mercado interno, como forma de diminuir os preços, com certeza levou em conta a contribuição dos seus parceiros, tendo em conta que o país não dispõe de uma frota nacional de pesca.

“Da nossa parte, como é habitual ao longo de mais de 30 anos em que operamos no país, sempre assumimos o abastecimento do mercado nacional com base nos acordos de pesca existente”, disse.

Sun Zhi Xiang afirmou que, desta vez, não irá fugir à regra, e que  vão continuar a cumprir o que está estipulado nos acordos de pesca ou seja, regularmente, conceder ao Ministério das Pescas uma certa quantidade de pescado para abastecer o mercado interno.

“Não vamos assumir o abastecimento de todo o país, porque não temos capacidade para isso, tendo em conta que só temos 11 navios, mas vamos honrar os nossos compromissos de trazer os pescados cabendo ao Ministério das Pescas a responsabilidade da sua distribuição”, disse.

Aquele responsável salientou que, em princípio, a empresa irá iniciar em Novembro a operação de abastecimento do mercado interno e que perspectiva atingir  200 toneladas de pescados até final do ano.

Sun Xiang apela  ao Governo para não ficar sob dependência da empresa Zhongyu Global Seafood Coorporation que tem apenas 11 navios, mas sim,  interpelar outras empresas que operam no sector no sentido de abastecer o mercado nacional.

“S existissem muitas empresas à abastecer o mercado,  aumenta a quantidade de peixes e os preços irão baixar em benefício da população”, disse. ANG/ÂC//SG

Comunicação social/Direcção da Rádio Pindjiguiti pede desculpas por   violação da ética e deontologia profissional por parte de um jornalista da estação

Bissau, 17 Out 22(ANG) – A Direcção da Rádio Pindjiguiti lamentou a violação da ética e deontologia profissional por  um dos seus jornalistas na reprodução de uma notícia difundida naquela estação emissora e pediu desculpas à vitima do erro cometido.

Segundo uma carta à que a ANG teve acesso, enviada ao atual Secretário de Estado da Ordem Pública, Augusto Kabi,  suposta vitima dessa notícia, a violação configura uma difamação a pessoa deste governante.

 “Pelo facto das informações veiculadas na Rádio Pindjiguiti terem provocado danos irreparáveis à figura  de Augusto Kabi, pedimos as nossas sinceras desculpas”, refere na carta a  Direcção da Rádio Pindjiguiti , tendo prometido tomar providências para que situações de género não se repetissem.

A Direcção da Rádio considerou o caso de “acidente de percurso” e reitera o seu compromisso  com a lei da imprensa, a ética e a deontologia profissional, na base da observação de critérios de criação e de profissionalismo.

Um jornalista da Galáxia de Pindjiguiti se encontra refugiado na Cúria Diocesana, em Bissau, devido a perseguição policial de que diz ser alvo.

Fontes de Pindjiguiti, a primeira rádio privada do país criada em 1995, relataram nas redes sociais que a estação foi alvo de invasão policial, a mando do atual Secretário de Estado da Ordem Pública, supostamente envolvido num  alegado caso de tráfico de drogas. ANG/JD/ÂC//SG

 

 

sexta-feira, 14 de outubro de 2022

Política/Líder da APU-PDGB diz que já dispõe de estruturas objetivas para vencer as próximas eleições legislativas

Bissau,14 Out 22(ANG) – O líder da Assembleia do Povo Unido Partido Social Democrata(APU-PDGB), disse que, já dispõe de condições objetivas para vencer as próximas eleições legislativas previstas para  18 de Dezembro do ano em curso.

Nuno Gomes Nabiam que falava hoje na cerimónia de posse de seis vice- presidentes e dos membros do Secretariado Nacional de APU-PDGB, disse que as próximas eleições legislativas serão as mais disputadas na história da democracia do país.

“Por essa razão, advirto aos recém empossados de que têm enormes responsabilidades, porque não basta tomar posse e ir sentar-se em casa, mas sim,  arregaçar as mangas para ir ao terreno para o trabalho”, disse.

Nabiam disse ter a certeza plena de que a “máquina” que acabaram de constituir, e se todos aceitaram trabalhar arduamente e na base de colaboração e de interajuda, as pessoas acabarão por reconhecer que o APU-PDGB é um grande partido.

O político afirmou que dispõe de estruturas implantados em todos os cantos do país, desde secções, sectores à regiões, frisando que as pessoas acreditaram na linha ideológica do partido.

“Estamos conscientes de que temos forças e competências para desenvolver o país”, disse.

Para as funções de vice-presidentes da APU-PDGB foram empossados, Martinho Nab, Augusto Gomes, André Deuna, Almeida Ioncana, Famata Naqui e Samuel Dinis Manuel.

Mais de vinte outros dirigentes de APU-PDGB foram igualmente empossados em diversas funções no Secretariado Nacional do partido. ANG/ÂC//SG

 

Berlim/Catorze países  associam-se a projecto de defesa antimíssil lançado pela Alemanha

Bissau, 14 Out 22(ANG) – Catorze países da NATO associaram-se na quinta-feira à Alemanha para comprarem em comum materiais de defesa antiaérea e antimíssil, no âmbito de uma iniciativa designada “escudo do céu europeu”, indicou a agência noticiosa AFP.

Este projecto, apresentado pelo chancelar alemão Olaf Scholz, destina-se em particular à compra de sistemas Iris-T e Patriot, respetivamente de origem alemã e norte-americana, esclareceu a ministra da Defesa alemã Christine Lambrecht.

A Alemanha lidera esta iniciativa à qual se associaram o Reino Unido, Bélgica, Bulgária, República Checa, Estónia, Letónia, Lituânia, Hungria, Países Baixos, Noruega, Eslováquia, Eslovénia e Roménia.

Todos os países são signatários da proposta de intenção transmitida à NATO durante a reunião dos ministros da Defesa da Aliança.

A Finlândia, candidata à adesão, associou-se ao projeto.

“Os novos meios, totalmente interoperacionais e integrados de forma transparente da defesa aérea e antimíssil da NATO, reforçarão consideravelmente a nossa capacidade em defender a Aliança contra todas as ameaças aéreas e antimísseis”, assinalou em comunicado Mircea Geoana, secretário-geral adjunto da NATO.

“Este compromisso é hoje ainda mais crucial, quando assistimos aos impiedosos e cegos ataques de mísseis da Rússia na Ucrânia, que matam civis e destroem infraestruturas essenciais”, sublinhou.

No entanto, diversos ‘media’ citados quinta-feira pelo ‘site’ Euractiv admitiram que o “escudo do céu europeu” indicaram que poderá ser equipado com o sistema de interceção de mísseis Arrow 3, de origem israelita.

A França e a Polónia não se associaram a esta iniciativa, apesar de fonte francesa citada pela AFP se ter referido a “uma excelente iniciativa” e admitido que a NATO “necessita de sistemas de defesa antiaérea, antimíssil e antidrones”.

Paris argumentou que o seu sistema “MAMBA” de defesa terra-ar de médio alcance já se encontra plenamente integrado na cadeia de controlo do comando aéreo aliado da NATO, enquanto Varsóvia disse pretender instalar o seu próprio sistema de defesa aérea.

No final de Março passado, o Governo alemão tinha já admitido adquirir um sistema israelita de defesa antimísseis, segundo revelou na ocasião a presidente do Comité de Defesa do parlamento.

“Dada a ameaça e os vários sistemas de armas de que dispõe a Rússia, é claro que devemos estar interessados, é lógico”, declarou então Marie-Agnes Strack-Zimmermann ao jornal Welt.

O relator do parlamento para o orçamento de defesa, Andreas Schwarz, também considerou no final de março que “o sistema israelita Arrow 3 é uma boa solução”, com um custo de cerca de dois mil milhões de euros e podendo estar operacional em 2025 a partir de três locais na Alemanha.

Após anos de subinvestimento na Defesa, a Alemanha deu uma volte-face histórico no final de Fevereiro, na sequência da invasão da Ucrânia pelo exército russo.

Em 27 de Fevereiro, poucos dias após o início da ofensiva russa, Olaf Scholz anunciou um envelope financeiro excecional de 100 mil milhões de euros para modernizar o exército e o objetivo de ultrapassar 02 por cento das despesas militares no Produto Interno Bruto. ANG/Inforpress/Lusa

 

França/ONU acusa Rússia de usar violações na Ucrânia como estratégia deliberada


Bissau, 14 Out 22(ANG) – As violações e agressões sexuais atribuídas às forças russas na Ucrânia constituem claramente “uma estratégia militar” e “uma táctica deliberada para desumanizar as vítimas”, alertou hoje a Representante Especial da ONU para Violência Sexual em Conflito, Pramila Patten.

“Quando mulheres e meninas são sequestradas e violadas durante dias, quando se vê violar meninos e homens, quando se vê uma série de casos de mutilação genital, quando se ouve os depoimentos de mulheres evocando soldados russos equipados com Viagra, [percebe-se que] há, claramente, uma estratégia militar”, explicou a advogada das Nações Unidas, em entrevista à agência francesa de notícias AFP.

“As evidências estão todas lá”, garantiu, adiantando que “há casos horríveis e violência muito brutal” no terreno.

Segundo referiu, os primeiros casos de violência sexual surgiram “três dias após o início da invasão da Ucrânia [em 24 de Fevereiro]”.

De acordo com os dados mais recentes, a ONU verificou “mais de 100 casos” de violações e agressões sexuais na Ucrânia desde o início da guerra, mas “isto não é uma questão de números”, sublinhou Patten.

“É muito complicado ter estatísticas fiáveis durante um conflito activo, além de que os números nunca reflectem a realidade, porque a violência sexual é um crime silencioso, o menos denunciado e o menos condenado”, explicou a responsável da ONU, alegando que há sempre medo de represálias e de estigmatização.

“Os casos relatados representam apenas a ponta do ‘iceberg’”, assegurou.

As vítimas são principalmente mulheres e meninas, mas também meninos e homens, avançou Pramila Patten, citando um relatório divulgado no final de Setembro pela comissão internacional independente de inquérito (criada por uma resolução do Conselho de Segurança da ONU).

Este relatório “confirmou crimes contra a humanidade cometidos pelas forças russas e, de acordo com depoimentos recolhidos, a idade das vítimas de violência sexual varia entre os 4 e os 82 anos. Há muitos casos de violência sexual contra crianças, que são violadas, torturadas e raptadas”, sublinha.

“A minha luta contra a violência sexual é, de facto, uma luta contra a impunidade”, considerou Pramila Patten, explicando que foi por essa razão que foi para a Ucrânia em Maio passado.

“Para enviar um sinal, um sinal forte para as vítimas, para lhes dizer que estamos com elas e para lhes pedirmos que quebrem o silêncio. Mas também para enviar um forte sinal aos violadores, [dizer-lhes que] o mundo os observa e que não ficará sem consequências a violação de uma mulher, de uma menina, de um homem ou de um menino”.

A violação como arma de guerra existe em todos os conflitos, desde a Bósnia à Guiné e à República Democrática do Congo (RDC), mas, segundo Patten, a guerra na Ucrânia marca “uma consciencialização” internacional.

“Há agora uma vontade política de lutar contra a impunidade e há um consenso sobre o facto de as violações serem usadas como táctica militar e de terror”, referiu.

Uma outra grande preocupação avançada pela representante da ONU é o tráfico de pessoas.

“Mulheres, meninas e crianças que fugiram da Ucrânia são muito, muito vulneráveis, e, para os predadores, o que está a acontecer neste país não é uma tragédia, é uma oportunidade”, avisa. ANG/Inforpress/Lusa

 

Coreia do Norte/Exército faz nova demonstração de força junto à fronteira com a Coreia do Sul

Bissau, 14 Out 22 (ANG) -As movimentações militares da Coreia do Norte nas últimas semanas têm-se intensificado, com um novo lançamento de mísseis na noite de quinta para sexta-feira. Segundo um comunicado de Pyongyang, as forças norte-coreanas terão reagido a um exercício com fogo de artilharia da Coreia do Sul, um "acto de provocação" para o Norte.

Para além do lançamento de um míssil, 10 aviões de combate norte-coreano sobrevoaram uma zona a cerca de 25 quilómetros da fronteira com a Coreia do Sul. Do lado de Seul, foi activada uma manobra automática, com aviões F-35 a patrulharem o outro lado da fronteira.

Esta medida levou a uma nova resposta por parte da Coreia do Norte, com o lançamento de 170 tiros de artilharia nas costas do Sul, o que constitui uma violação do acordo firmado com Seul em 2018 sobre manobras militares no mar.

Kim Jong Un rejeitou no início da semana a retoma das negociações com a Coreia do Sul sobre o desenvolvimento de armas proibidas, com o Conselho Nacional de Segurança da Coreia do Sul a condenar as acções hostis dos seus vizinhos. Seul impôs mesmo novas sanções esta sexta-feira que visam pessoas e instituições norte-coreanas.

Entre os indivíduos visados pelas sanções estão 15 indivíduos norte-coreanos que têm ajudado a financiar as armas de destruição em massa e o desenvolvimento de mísseis da Coreia do Norte, assim como 16 organizações que teriam ajudado a Coreia do Norte a evitar as sanções da ONU. ANG/RFI