terça-feira, 25 de fevereiro de 2025

      Bélgica/Líder da diplomacia europeia ameaça Ruanda com sanções

Bissau, 25 Fev 25 (ANG)  - Kaja Kallas, Alta Representante da Política Externa da União Europeia, disse na segunda-feira após uma reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros dos 27 que a situação na República Democrática do Congo foi discutida em Bruxelas e que estão a ser preparadas sanções contra o Ruanda.

A grava situação no Leste da Republica Democrática do Congo levou os 27 países da União Europeia a avançarem com sanções conjuntas contra o Ruanda devido ao apoio do pais aos rebeldes do M23 que já tomaram várias cidades-chave congolesas. O anúncio foi feito por Kaja Kallas, Alta Representante da Política Externa da União Europeia.

"A situação é muito grave e nós estamos à beira de um conflito regional. A integridade territorial não é negociável nem na República Democrática do Congo nem na Ucrânia. A Carta das Nações Unidas aplica-se da mesma forma em todo o lado. Nós apoiamos claramente os processos de paz de Luanda e Nairobi de forma a atingir resultados através dos meios diplomáticos. Mas nós estamos também a tomar outras medidas. Desde logo, as consultas entre a União Europeia e o Ruanda em termos de defesa foram suspensas. Há igualmente uma decisão política de fazer avançar as sanções em função da situação no território. Nós pedimos ao Ruanda para retirar as suas tropas e o protocolo sobre o tratamento de matérias primas será revisto”, indicou a líder europeia.

Mesmo se por enquanto ainda não há uma formalização destas sanções, a líder da diplomacia europeia indicou que as possíveis punições vão focar-se no Memorando de entendimento assinado entre a União Europeia e o Ruanda há cerca de um ano e onde os europeus prometiam cooperar com Kigali sobre diversificação económica, desenvolvimento sustentável da exploração de matérias-primeas e ainda treino e formação.

O Ruanda é rico em tântalo, um metal muito resistente à corrusão, muito utilizado na composição de telefones e computadores, sendo também utilizado em várias ligas metálicas empregues depois na fabricação de máquinas pesadas, motores de aviões ou ainda reactores nucleares.

Ao mesmo tempo que a União Europeia avisou o Ruanda sobre o seu apoio aos rebeldes, a primeira-ministra da República Democrática do Congo, Judith Suminwa Tuluka, disse hoje no Conselho dos Direitos do Homeme, em Genebra, que o conflito já custou a vida a mais de 7 mil congoleses, com muitos corpos a não terem sido ainda identificados.ANG/RFI

 

Regiões/Populares da Aldeia de Olossato região de Oio beneficiam da nova Escola do Ensino Basico Unificado

Oio 25 Fev 25 (ANG) – Os populares da sessão de Olossato, setor de Mansabá, região de Oio, norte do país, dispõem desde, segunda-feira, de nova Escola de Ensino Básico Unificado, batizada com o nome de Fernando Djafono Sanhá, um comerciante local.

De acordo com o correspondente da ANG naquela região, a escola foi batizada com  o nome de  Fernando Djafono Sanhá, em homenagem à esse senhor que foi quem teve a iniciativa  de criar a primeira escola naquela localidade para aprendizagem das crianças locais em 1958.

Ao presidir o ato de inauguração da  infraestrutura, e em representação da tutela, o Delegado Regional da Educação da região de Oio, Abubacar Dermba Camará ,disse que o ministro da Educação Nacional, Ensino Superior e Investigação Científica,  depois de apreciar a história de Fernando Djafono Sanhá, decidiu baptizar a escola com o seu nome como forma de o “imortalizar“.

A escola do Ensino Básico Unificado de Olossato conta com dois pavilhões com um total de seis salas de aulas albergando 631 alunos.

O Director da Escola  Mussa Seide pede ao Governo para colocar professores em falta para os níveis de 7º ao 10º anos de escolaridade.

Em nome dos familiares do homenageado, Mussa Sanhá manifestou a  sua satisfação pela iniciativa e diz que Fernando Djafono Sanhã  orgulha toda a família pelo seu contributo para  educação de jovens.

Fernando Djafono Sanhá faleceu em Maio de 1993 aos 69 anos de idade.

ANG/AD/MSC/ÂC//SG

Regiões/ Camponeses de Boé receiam pela má campanha de comercialização do  caju devido a pequenez da jangada que assegura a travessia de Tchetche

Gabu, 25 Fev 25 (ANG) – Os agricultores de Boé receiam que as suas castanhas viessem a ser compradas a preços que desencorajam a produção do que é para muitas famílias o principal meio de subsistência.

O receio se deve ao facto de a jangada que assegura a travessia do rio Tchetche ser bastante pequena e incapaz de transportar camiões.

Esta preocupação foi hoje manifestada ao Correspondente Regional da ANG, por Idrissa Djaló, inspetor da jangada de Tchetche.

“A campanha de comercialização da castanha de caju de 2025  pode enfrentar  estrangulamentos no setor de Boé devido a fraca capacidade da  Barcaça que opera na travessia do Rio Tchetche”, avisou Djaló.

Perguntado sobre os efeitos das novas instalações no sector das antenas da Orange e MTN, Djaló disse que o povo de Boé está bastante satisfeito por ter ultrapassado o problema de comunicação.

Aquele responsável manifestou igualmente a sua satisfação pela instalação de duas empresas naquela localidade, nomeadamente uma russa e a outra chinesa que têm a finalidade de pesquisar e explorar  Bauxite em Boé.

“Estas duas empresas, felizmente, deram oportunidades aos nossos jovens, uma vez que graças à elas, alguns conseguiram ter um emprego e obviamente o sustento para família”, disse Idrissa Djaló.ANG/SS/AALS/ÂC//SG

Política/Presidente da República reitera que eleições terão lugar na data prevista - 30 de Novembro

Bissau, 25 Fev 25 (ANG) – O Presidente da República reiterou, segunda-feira, que as eleições gerais terão lugar na data prevista, 30 de Novembro, ao falar à imprensa após uma reunião com  a missão de Alto Nível da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental(CEDEAO) que se encontra em visita de trabalho em Bissau.

Umaro Sissoco Embaló disse  que  as eleições só não vão acontecer no dia 30 de novembro se ele Umaro morrer, tendo reafirmado que vai concorrer ao escrutínio e  ganhar na primeira volta.

"Todos os  que vão para as eleições têm que pagar impostos e os que têm  dívidas com o Estado devem pagar, e os que roubaram o dinheiro têm que ir á prisão para pagar”, afirmou Umaro Sissoco Embaló.

A Missão de Alto Nível da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental(CEDEAO), chegou no domingo à Bissau, para apoiar os atores políticos guineenses no processo eleitoral.

Após audiência com o Presidente da República, a Missão Política do Alto Nível da CEDEAO manteve encontros separados com a Presidente em exercício da Assembleia Nacional Popular, Adja Satu Camará, Comissão Nacional de Eleições (CNE), Ministro do Interior, Botche Candé e com a Direção do Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral(GTAPE).ANG/MI/ÂC//SG


segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025

Regiões/Músico Charbel Pinto pede luto nacional em homenagem ao Américo Gomes

Canchungo,24 Fev 25(ANG) – O músico guineense Charbel Pinto pede luto nacional pela morte de Américo Gomes ,ocorrido no passado dia 20 de fevereiro, em Lisboa/Portugal.

“O Estado guineense devia decretar um ou dois dias de luto nacional, tendo em conta o empenho e a dedicação de Américo Gomes  em prol da cultura da Guiné-Bissau na diáspora”, sustentou Charbel, em declarações ao Correspondente regional da ANG de Cacheu.

Para Charbel Pinto a cultura guineense ficou mais pobre com a morte de Américo Gomes, primeiro músico guineense a solo a conquistar o disco de Prata, com o álbum “Nha Nome”.

Pinto promete mudar algumas letras na música de Américo Gomes denominada “Terra de Nha Dona”, para melhor rendê-lo a justa homenagem.

O músico realizou no passado dia 14 de Fevereiro um Show em Caió, terra natal do  Américo Gomes, no qual falou muito do falecido, porque, segundo diz,  era impossível não fazer nenhuma referência dele naquela zona em que era muito estimado pelo povo.

“As pessoas devem ser reconhecidas antes da morte”, criticou Charbel Pinto.

 Américo Gomes, aos 51 anos, natural do sector de Caió, região de Cacheu, norte do país foi encontrado morto na sua residência em Portugal, no dia 20 de Fevereiro de 2025.

Não se sabe até ao momento as causas da morte, pelo menos de fontes oficiais, mas a ANG soube, de fonte familiar, que, há cerca de três meses, Américo Gomes teve problemas cardíacas que o levaram ao internamento hospitalar em Lisboa.

Informações de fontes familiares indicam que o velório será realizado quarta-feira, em Lisboa, e que os restos mortais do músico deverão ser transportados para Bissau, na sexta-feira, estando previsto que o funeral se realizasse na terra Natal, Caió. ANG/AG/ÂC//SG

Regiões/ Coordenador de Fórum de Paz pede ao Governo  implementação de política de emprego jovem

Cacheu, 24 Fev 25(ANG) – O Coordenador Técnico do Projeto  Fórum de Paz, apelou ao governo guineense a implementação da política de emprego jovem para os quadros da educação, saúde e outras áreas profissionais, para evitar  a emigração regular e clandestina à Europa.

De acordo com o despacho do correspondente da ANG na região de Cacheu, José Carlos Lopes Correia falava no fim de semana, na apresentação pública da peça teatral do Grupo Oprimido-GTO de Canchungo, que  demonstra o perigo e o risco  de vida que emigrantes clandestinos enfrentam  nos oceanos em direção à Europa.

Correia disse  que o Fórum de Paz e seus parceiros financiaram os trabalhos de preparação desta peça teatral para a consciencialização dos jovens sobre a necessidade de apostarem  no empreendedorismo juvenil no país, evitando a emigração para Europa.

Para a formadora, Toia Gomes,  os 15 membros do GTO de Canchungo , recém formados devem continuar a campanha de divulgação da peça teatral sobre a emigração regular e clandestina nos diferentes lugares para desencorajar a prática que põe em causa várias vidas humanas, sobretudo dos jovens.ANG/AG/JD/ÂC//SG

 

        Saúde pública/PR  inaugura primeiro Centro de Hemodiálise  do país

Bissau, 24 Fev 25 (ANG) O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló procedeu hoje a inauguração do1º centro de hemodiálise do país, instalado no Hospital Nacional Simão Mendes, em Bissau.

Ao discursar na cerimónia, o chefe de Estado destacou que se trata  de um momento histórico no Sistema Nacional de Saúde , porque doentes com insuficiência renal vão poder receber tratamentos no próprio país.

“Apesar de volvidos mais de 51 anos após a independência da Guiné-Bissau, o país começou a ter os serviços de hemodiálise. Vale       mais tarde do que nunca”, disse para de seguida agradecer ao Reino de Marrocos e a fundação  Amal, pela viabilização desse “sonho” ,bem como a formação dos especialistas nacionais e o acompanhamento, nessa primeira fase, de especialistas marroquinos.

O PR disse que  os guineenses vão poder reencontrar  familiares que há anos não podiam vir  ao país porque têm problemas renais e não tinham como fazer tratamento na Guiné-Bissau.

Umaro Sissoco Embaló  garantiu que o primeiro passo foi dado na capital mas que estes serviços vão ser alargados, no futuro, para as regiões  do interior do país.

Embaló recomendou  bom uso dos materiais , e diz que  ele mesmo vai acompanhar os trabalhos que serão executados pelos médicos para que  os materiais possam durar e  os serviços que serão prestados sejam de qualidade.

Para o Ministro da Saúde Pública, Pedro Tipote  a hora é de responsabilidade.

Tipote disse que, o que se assistiu hoje é um marco histórico no Sistema Nacional de  Saúde, tornado possível “graças a visão do chefe de Estado Umaro Sissoco Embaló”  .

 “O centro que acabamos de inaugurar representa uma resposta concreta às necessidades das nossas populações , e a esperança e dignidade de muitos guineenses que sofrem com insuficiência renal “,disse.

Acrescentou que   foi dado um passo firme na construção de um sistema de saúde mais acessível e capaz de oferecer serviços de qualidade aos cidadãos.

Referiu que  durante demasiado tempo os guineenses com insuficiência renal crónica enfrentam enormes desafios para obter tratamento adequado e muitas das vezes tiveram que procura tratamentos no exterior, enfrentando dificuldades financeira e emocional .

Segundo o governante, esse sofrimento chega agora ao fim com apoio do Reino de Marrocos e da  fundação Amal .

 “Para um bom cumprimento do seu papel é fundamental  que os equipamentos aqui instalados sejam usados com máximo zelo e  responsabilidade . Aos  técnicos e profissionais de saúde lanço um apelo para que cada sessão de hemodiálise realizada seja conduzida com profissionalismo, dedicação e respeito pelos pacientes que aqui encontrarão a esperança e alívio para os seus sofrimentos”, disse Tipote.

O Centro  inaugurado conta com cinco cadeiras para atender cinco doentes e chegarão ao país num futuro próximo mais 10 cadeiras. e após a cerimónia de inauguração foi atendida  o primeiro de muitos  pacientes que aguardavam por essa oportunidade de tratamento.

Na cerimónia participaram entre outras personalidades o encarregado de negócios  da embaixada de Marrocos em Bissau,Babama El Alain Mohamed Salah e o Presidente da Fundação Amal,Faouji Mustafa. ANG/MSC//SG

Saúde Pública/Governo e UNICEF  capacitam profissionais da Saúde Comunitária no domínio da Comunicação

Bissau, 24 Fev 25 (ANG) - O Governo através do Ministério da Comunicação Social e em parceria com o Fundo das Nações Unidas para Infância (UNICEF), iniciou hoje um ateliê de 04 dias, para a capacitação dos Atores da Saúde Comunitária Interpessoal e Equidade de Gênero, no domínio da comunicação.

A cerimónia de abertura do referido ateliê foi presidida pelo[H1]  Ministro da Comunicação Social, Florentino Fernando Dias,  que, na ocasião, destacou que a comunicação joga um preponderante papel na promoção de atos saudáveis na campanha de educação, e em especial nas campanhas de vacinação.

“O envolvimento comunitário requer uma aposta forte na comunicação com utilização de  meios que permitem atingir todos os segmentos  da sociedade”, disse o Ministro da Comunicação Social.

Segundo Florentino Dias esta formação se inscreve nas estratégias para elevar a eficácia da comunicação para a saúde, e ao mesmo tempo, reforçar as competências dos profissionais que atuam como intermediários em serviços de saúde nas comunidades, e que contribuem na divulgação de informações.

 “O Ministério da Comunicação Social, através do Centro Nacional de Comunicação Social Educativa e Formação Multimédia e dos órgãos de Comunicação Social, reitera a sua disponibilidade de continuar a colaboração com outros atores que actuam no setor”, afirmou o governante.

Para o Represente da UNICEF acreditado no país, Inoussa Kabore, a comunicação interpessoal é um pilar essencial para a prestação de serviços de saúde de qualidade.

Kabore acrescentou que  uma interação eficaz entre os profissionais de saúde e os utentes permite, não apenas melhorar adesão aos tratamentos, mas também contribuir para a construção de confiança entre a comunidade e os serviços da saúde.

“Além disso, o diálogo empático e respeitoso fortalece a capacidade da família e das comunidade de tomar decisões informadas sobre a sua própria saúde e bem-estar. Nesse sentido, é fundamental que os Agentes de saúde Comunitária (ASC), tenham o domínio da comunicação interpessoal, pois são muita vezes o primeiro ponto de contacto da população com o sistema de saúde”, disse Inoussa Kabore.

Adiantou que, com apoio do Governo canadiano serão formados 11 Diretores Regionais Adjuntos e os Supervisores Operacionais de Terreno, 11 Pontos Focais da Saúde Comunitária,  117 Responsáveis de Área Sanitária, 22 parceiros e aproximadamente 3.500 Agentes de Saúde Comunitária.

Inoussa Kaboré reiterou que a UNICEF continuará  empenhada no  apoio ao Governo da Guiné-Bissau e os seus parceiros, na construção de um sistema de saúde mais inclusivo e responsável.

Durante quatro dias os participantes vão receber formação nos domínios de Comunicação para a mudança social e comportamental, Normais Sociais  e farão exercícios práticos sobre  técnicas de comunicação e vacinação. ANG/LLA//SG   

Política/Líder da Coligação API-Cabas Garandi convocou uma paralisação-geral  para o próximo dia 28

Bissau,24 Fev 25(ANG) - O Líder da Coligação eleitoral, Aliança Patriótica Inclusiva (API -Cabas Garandi) convocou  para o dia 28 de Fevereiro, uma paralisação geral no país, em protesto ao fim do mandato do Presidente da República, que a oposição diz que termina no próximo dia 27 mas que o Supremo Tribunal de Justiça diz que só termina a 04 de Setembro, data em que este órgão se pronunciou sobre os protestos contra os resultados eleitorais do candidato presidencial Domingos Simões Pereira.

O anúncio de Nuno Gomes Nabiam foi feito no domingo,  numa conferência de imprensa promovida pelas Coligações PAI Terra Ranka, API Cabas e a Sociedade Civil, na presença de centenas de apoiantes.

Na ocasião, Nabiam disse que há pessoas que lutaram pela causa da Guiné-Bissau e eles não devem permitir que essa conquista seja comprometida por Sissoco Embaló.

Apelou  maior adesão à paralisação convocada e exig e ao  chefe de Estado o cumprimento das normas democráticas.

Numa avaliação sobre a situação político-social do país, Nuno Gomes Nabiam, destaca que o chefe de Estado Sissoco Embaló pretende instrumentalizar toda a sociedade guineense. Por isso, apela para  uma luta  de todos os atores políticos contra Sissoco Embaló.

“Para vencermos esta batalha temos que colocar de lado todas as nossas ambições pessoais”, disse o antigo primeiro-ministro.

Em conferência de imprensa conjunta, os partidos aliados nas duas coligações eleitorais falaram de “assaltos aos órgãos de soberania, nomeadamente, Supremo Tribunal de Justiça, ocupado por Lima André, vice-presidente e da Assembleia Nacional Popular, ocupada, por Satu Camará”.

Exigem  a reposição dessas instituições,  alegando que se encontram sob “sequestro” do chefe de Estado.

As duas Coligações, num comunicado conjunto lido por  Abdu Mané, exortaram a CEDEAO para, em primeiro lugar, "respeitar" o quadro constitucional vigente, com vista a um amplo diálogo entre os atores políticos e institucionais, designadamente, a Assembleia Nacional Popular através da sua Comissão Permanente.

As duas organizações políticas que reúnem a maioria dos partidos com assentos no parlamento dissolvido, acusam o chefe de Estado, Umaro Sissoco Embaló de  violações constantes da Constituição da República, e dos princípios democráticos.

“Assistimos as violações constantes da Constituição e demais leis da República assim como dos princípios democráticos e dos Estado do Direito, as sistemáticas violações dos direitos humanos e as restrições das liberdades fundamentais”, lê-se no comunicado lido por Abdú Mané, deputado e  ex-líder da bancada parlamentar do Movimento para Alternância Democrática (MADEM-G15), ala  Braima Camará.

Em relação a sua posição sobre a missão da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental(CEDEAO) que chegou no domingo ao país, as coligações eleitorais reafirmaram   que o mandato do Presidente da República termina no dia 27 de Fevereiro de 2025, data em que tomara posse.

Uma missão de Alto Nível da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental(CEDEAO), chegou no domingo à Bissau, para apoiar os atores políticos guineenses no processo eleitoral .  ANG/ÂC//SG

Alemanha/Friedrich Merz promete coligação governamental "o mais tardar" até à Páscoa

Bissau, 24 Fev 25 (ANG) - As eleições legislativas de domingo, na Alemanha, deram a vitória ao candidato Friedrich Merz, do partido conservador cristão-democrata (CDU).

Olaf Scholz, do partido social-democrata (SPD), é o grande derrotado, e terá que abandonar a chefia do governo do maior país da União Europeia.

Scholz já anunciou que também abandonará a chefia do seu partido. Friedrich Merz tem, agora, de encontrar parceiros para uma coligação, mas promete um novo governo "o mais tardar" até à Páscoa.

O partido conservador de Friedrich Merz, de 69 anos, foi o mais votado, com 28,5%, mas não vai poder governar sozinho, precisando de um parceiro de coligação para formar governo. Esse parceiro, tudo indica, vai ser o partido social-democrata do chanceler cessante Olaf Scholz, que sofreu uma pesada derrota, tendo obtido apenas 16,4% dos votos.

“Nós, cristão democratas, vencemos estas eleições”, congratulou-se Friedrich Merz, que anunciou que vai iniciar conversações para a formação de um novo governo, o mais tardar até à Páscoa.

“O mundo está em grandes mudanças e não espera pela Alemanha. Temos que começar rapidamente a trabalhar para mudar a Alemanha, para marcarmos presença na Europa, e para que o resto do mundo perceba que a Alemanha voltará a ser governada de forma confiável“, afirmou Merz.

A Alemanha atravessa várias crises: uma recessão económica; uma política de imigração muito contestada a nível interno e a nível externo; uma erosão de influência, com destaque para a guerra na Ucrânia, com a qual os europeus em geral, e a Alemanha, em particular, parecem não conseguirem lidar.

Quem mais beneficiou com as diversas crises foi o partido populista de direita, a Alternativa para a Alemanha (AFD), que conseguiu 20,8 % dos votos e se tornou na segunda maior força no Parlamento alemão.

A dirigente da AFD, Alice Weidel, declarou“Conseguimos duplicar o número de votos, queriam-nos reduzir para metade, mas aconteceu o contrário! “

Alice Weidel insistiu que está disponível para negociações, mas o candidato da CDU reiterou que rejeita coligações com a extrema-direita.

Os conservadores de Friedrich Merz venceram, o social-democrata Olaf Scholz abandona a cena política. Os observadores políticos não esperam, para já, grandes mudanças a nível de política externa.

 

Vaticano/Papa Francisco passou uma “boa noite”, mas continua em estado crítico

Bissau, 24 Fev 25 (ANG) - O Papa Francisco, hospitalizado em estado crítico, passou uma “boa noite” e está a descansar. A informação foi adiantada num breve comunicado do Vaticano, esta segunda-feira de manhã, numa altura em que o mundo católico tem os olhos postos na saúde do chefe da Igreja Católica, de 88 anos.


É o 11° dia da hospitalização do Papa Francisco, a mais longa desde que foi eleito em 2013. Esta segunda-feira de manhã, o Vaticano anunciou que ele passou uma “boa noite, dormiu e está a descansar”. No domingo, a Santa Sé indicou que o chefe da Igreja Católica continua em estado crítico no hospital Gemelli, em Roma, que continua a receber oxigénio e que alguns exames de sangue indicavam “uma insuficiência renal leve, mas sob controlo”.

O Papa argentino, de 88 anos, foi hospitalizado a 14 de Fevereiro, inicialmente devido a uma bronquite, mas o Vaticano revelou que tinha desenvolvido pneumonia nos dois pulmões, uma infecção potencialmente fatal do tecido pulmonar.

No sábado, foi noticiado que o seu estado “continua crítico” e que “de momento o seu prognóstico é reservado”. O relatório médico de sábado indicava que o Papa sofreu uma crise respiratória asmática prolongada, que também exigiu a aplicação de oxigénio de alto débito”. Por outro lado, o Papa recebeu transfusões de sangue devido a um problema associado a anemia.

A equipa médica afirmou, na sexta-feira, que “o Papa não está fora de perigo” e que o risco nestes casos é que os germes passem para a corrente sanguínea e causem uma septicemia potencialmente fatal.

Em Roma, mas também noutras cidades italianas, assim como em vários países da América Latina, têm sido organizadas várias preces pela saúde do líder espiritual de 1,4 mil milhões de católicos. Responsáveis políticos e religiosos de todo o mundo dizem rezar por ele. Em entrevista ao jornal italiano La Repubblica, o teólogo Antonio Spadaro, próximo do Papa, disse que “muita gente em todo o mundo, incluindo pessoas em posições de responsabilidade (…) estão sinceramente preocupadas porque Francisco é um dos únicos a fazer pontes num mundo dividido”.

Esta é a quarta hospitalização desde 2021 e está a causar grande preocupação, uma vez que o Papa se encontra debilitado por uma série de problemas nos últimos anos, que vão desde operações ao cólon e ao abdómen, a dificuldades de locomoção.ANG/RFI

 China Popular/Xi diz a Putin que está "feliz por ver esforços" para pôr fim à guerra

Bissau, 24 fev 25 (ANG) - O presidente chinês, Xi Jinping, disse hoje ao homólogo russo, Vladimir Putin, que está feliz por ver que a Rússia e outros países estão a fazer "esforços positivos" para acabar com a guerra na Ucrânia.


"A China está satisfeita por ver que a Rússia e as partes relevantes estão a fazer esforços positivos para pôr fim a esta crise", disse Xi, numa conversa por telefone, que ocorre no terceiro aniversário da guerra na Ucrânia.

Citado pela agência noticiosa oficial Xinhua, Xi disse ainda que os laços entre a China e a Rússia têm uma "força motriz interna forte" e um "valor estratégico único", e que os dois países são "dois bons vizinhos" e "verdadeiros amigos", que se apoiam mutuamente na procura de um "desenvolvimento comum".

O líder chinês acrescentou que a relação bilateral "não é dirigida contra terceiros, nem será influenciada por ninguém", sublinhando que os laços continuarão a desenvolver-se "com facilidade" e "ajudarão o desenvolvimento mútuo, injetando estabilidade e energia positiva nas relações internacionais".

De acordo com a Xinhua, Putin afirmou que está empenhado em "eliminar as causas profundas do conflito" entre a Rússia e a Ucrânia, a fim de "alcançar uma solução de paz sustentável e duradoura".

A China saudou as conversações entre Putin e o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para negociar uma saída para a guerra, um processo no qual Pequim quer desempenhar "um papel construtivo", segundo os seus porta-vozes, mantendo a comunicação "com todas as partes".

Nas últimas semanas, o Ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, garantiu que a posição da China sobre o conflito tem sido "racional" e que Pequim quer ajudar a "estabelecer um quadro de segurança para a Europa".

Desde o início da guerra na Ucrânia, a China manteve uma posição ambígua em relação ao conflito, apelando ao respeito pela "integridade territorial de todos os países", incluindo a Ucrânia, e à atenção às "preocupações legítimas de todos" os Estados, em referência à Rússia.

Pequim opôs-se a sanções "unilaterais" contra Moscovo e apelou a uma solução política.

A China tem enviado representantes diplomáticos para a região e apresentado iniciativas de paz que tiveram sempre uma receção morna no Ocidente, como o plano que elaborou com o Brasil no ano passado, que não incluía a retirada das tropas russas e foi rejeitado por Kyiv.ANG/Lusa

Bélgica/Costa promete em Kyiv disponibilidade da UE para "o que for necessário"

Bissau, 24 fev 25 (ANG) - O presidente do Conselho Europeu disse hoje em Kyiv que a União Europeia está disponível para "fazer tudo o que for necessário para a sua segurança e continuar a apoiar a Ucrânia", defendendo mais apoio financeiro e militar.


"A União Europeia [UE] está disposta a fazer tudo o que for necessário para a sua segurança e a continuar a apoiar a Ucrânia e é por isso que vou convocar um Conselho Europeu extraordinário para a próxima semana, no dia 06 de março, sobre o apoio à Ucrânia e o reforço da defesa da Europa, trabalhando em estreita colaboração com a Comissão Europeia e com [a presidente] Ursula [von der Leyen]", afirmou António Costa.

Intervindo na Cimeira Internacional de Apoio à Ucrânia, em Kyiv, onde está hoje para assinalar o terceiro aniversário da invasão russa do país, António Costa assegurou que a UE está pronta "para aumentar o apoio financeiro e militar à Ucrânia e para construir o futuro da Ucrânia na UE".

A mensagem surge quando uma comitiva do colégio de comissários da Comissão Europeia liderada pela presidente da instituição, Ursula von der Leyen, e acompanhada pelo presidente do Conselho Europeu, António Costa, está hoje em Kyiv em assinalar a data.

Este é a segunda visita de António Costa a Kyiv em dois meses, após ter iniciado o seu mandato na capital ucraniana, em dezembro passado e surge um dia após ter anunciado que iria convocar um Conselho Europeu extraordinário, que terá lugar no dia 06 de março em Bruxelas, dedicado ao apoio à Ucrânia e à defesa europeia.

A propósito desta cimeira extraordinária, antes da regular no final de março dedicada ao tema da competitividade económica europeia, Von der Leyen anunciou hoje em Kyiv que iria trabalhar num "plano abrangente sobre a forma de aumentar as capacidades europeias de produção de armas e de defesa".

Para meados de março prevê-se a apresentação de um Livro Branco sobre o setor da defesa.

A UE tem vindo a defender também condições de paz definidas pela Ucrânia e um lugar na mesa de negociações, juntamente com a Ucrânia, face à tentativa de mediação norte-americana com a Rússia.

"Não haverá negociações credíveis e bem-sucedidas, não haverá paz duradoura sem a Ucrânia e sem a UE. Só a Ucrânia pode decidir quando estão reunidas as condições para iniciar esta negociação", afirmou ainda hoje o presidente do Conselho Europeu na capital ucraniana, reforçando que "não pode ser um simples cessar-fogo, tem de ser um acordo duradouro".

Para António Costa, só "fortes garantias de segurança assegurarão uma paz abrangente, justa e duradoura na Ucrânia e em toda a Europa".

Hoje a Ucrânia assinala o terceiro aniversário do início da invasão russa, em 24 de fevereiro de 2022, que desencadeou uma guerra com um balanço de perdas humanas e materiais de dimensão ainda não inteiramente apurada.

A Ucrânia tem contado com ajuda financeira e militar dos aliados ocidentais.

Estima-se que a UE já tenha prestado à Ucrânia assistência económica, humanitária, financeira e militar num total de 135 mil milhões de euros, sendo 48,7 mil milhões de euros de assistência militar.ANG/Lusa

 

França/Arguido no processo do atentado à basílica de Nice em 2020 admite factos

Bissau, 24 Fev 25 (ANG) - O arguido no processo do atentado que matou três pessoas na basílica de Nice em 2020, Brahim Aouissaoui, admitiu hoje os factos no julgamento, confessando que agiu para "vingar os muçulmanos" mortos por ocidentais.


"Sim, admito os factos", disse o arguido de 25 anos e origem tunisina, que está a ser julgado no Tribunal Especial de Paris por homicídio e seis tentativas de homicídio relacionadas com uma ação terrorista.

Esta é a primeira vez, desde a sua detenção logo após os acontecimentos, que Brahim Aouissaoui admite ter assassinado com uma faca de cozinha três pessoas e que a Igreja Católica em França, enquanto instituição, se junta à ação civil no julgamento.

"Não sou terrorista, sou muçulmano", disse o arguido, que falava em árabe e cujas palavras foram traduzidas por um intérprete.

O jovem, muito magro, justificou o seu ato explicando que "todos os dias morrem muçulmanos" e que não há "empatia por estas pessoas".

"O Ocidente mata indiscriminadamente (muçulmanos) inocentes" e a "vingança é um direito e uma verdade", acrescentou.

Na manhã de 29 de outubro de 2020, armado com uma faca de cozinha, o arguido quase decapitou Nadine Vincent, de 60 anos, esfaqueou 24 vezes Simone Barreto Silva, franco-brasileira de 44 anos que conseguiu fugir do local antes de falecer, e cortou a garganta de Vincent Loquès, um sacristão de 55 anos e pai de duas filhas.

A escolha das suas vítimas, matando-as numa igreja, foi uma questão de "acaso", afirmou Brahim Aouissaoui, explicando que "não tinha preparado nada" e alegando que os homicídios eram legítimos.

Na véspera do atentado, Brahim Aouissaoui tinha explicado numa mensagem áudio a um compatriota residente na região parisiense que não podia deslocar-se a Paris por falta de dinheiro.

"Tenho um outro programa na minha cabeça. Que Deus o facilite", afirmou na mensagem.

Quatro dias antes do ataque, um meio próximo da Al-Qaeda apelou aos muçulmanos para degolarem os franceses, nomeadamente nas "suas igrejas".

Brahim Aouissaoui, que poderá ser condenado a prisão perpétua, deverá ser interrogado durante todo o dia e o seu julgamento deverá terminar no dia 26 de fevereiro.ANG/Lusa

 

Política/Presidente da República anuncia eleições gerais para 30 de Novembro

Bissau,24 Fev 25(ANG) - O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, anunciou no domingo, a marcação das  eleições gerais para 30 de Novembro do ano em curso, de acordo com a Constituição da República e se houver  segunda volta será realizada em Dezembro.

O anúncio do chefe de Estado foi feito em declarações à imprensa, à margem da reunião de mediação do acordo de paz entre o governo senegalês e a  ala política dos combatentes unificados do Movimento de Forças Democráticas de Casamance (MFDC), realizado em Bissau.

“Vou marcar as eleições para o dia 30 de Novembro do ano em curso, porque ainda tenho tempo, como recomenda a Constituição, e se houver uma segunda volta será realizada em Dezembro. E se for reeleito vou tomar posse, mais uma vez, em 27 de Fevereiro”, disse.

O chefe de Estado disse que não vai reunir com nenhum partido político neste mês de Fevereiro, porque o que estão a fazer neste momento é pressão para que sejam convidados à Presidência da República.

“API não é partido, porque eu falo com as estruturas legalmente constituídas. Não falo com as estruturas que não são legalizadas. Falei ao Fernando Dias, para irem conversar com o Félix Blute Na Dungue”, contou.

A oposição política tem manifestado o interesse para que haja um diálogo político nacional para se chegar à um acordo sobre a marcação das eleições gerais e resolução de vários outros assuntos, nomeadamente, a caducidade da direção da Comissão Nacional de Eleições e a necessidade de realização de eleições no Supremo Tribunal de Justiça.ANG/ÂC//SG 

 

Diplomacia/Governo do Senegal e MFDC ala Frente Sul assinam  acordo de paz em Bissau

Bissau, 24 Fev 25 (ANG) - O governo senegalês, representado pelo Primeiro-ministro Oussumane Sonko e uma delegação do Comité Provisório da ala Política dos Combatentes Unificados do Movimento das Forças Democráticas de Casamance (MFDC)ala Frente Sul, liderado por General César Atoute Badiane assinaram, no domingo, em Bissau, um acordo de paz que prevê o cessar-fogo, o agrupamento dos rebeldes, a entrega de armas e munições, bem como a reintegração social dos combatentes rebeldes.

O acordo de paz foi rubricado  sob a mediação do chefe de Estado guineense, Umaro Sissoco Embaló, e na presença do Primeiro-ministro do Senegal, Ousmane Sonko e do grupo rebelde do MFDC da frente sul, baseado em Kassolol, liderado pelo General César Atoute Badiane e do chefe de Contrainteligência militar da Guiné-Bissau, Major-General, Samuel Fernandes

A mediação ainda contou com a participação de  uma organização humanitária suíça, denominada “HD”, que se comprometeu a reunir a delegação senegalesa e os rebeldes com o intuito de alcançar a paz definitiva em Casamance, uma região do sul de Senegal que leva já mais de 40 anos de conflito, entre os rebeldes do MFDC e as Forças Armadas senegalesas.

O governo senegalês e o grupo rebelde do MFDC da frente sul, baseado em Kassolol, já haviam assinado, à
4 de Agosto de 2022, em Bissau, uma declaração de engajamento mútuo que define os termos sobre as condições para a entrega das armas e as medidas que serão tomadas para o efeito.

A delegação do comité provisório da ala política dos combatentes unificados do MFDC assinou um documento intitulado “Propostas de pontos para a discussão”, no qual se ressalta quatro importantes pontos, designadamente, a questão de segurança, política, justiça e o engajamento da ala política dos combatentes unificados do MFDC.   

A delegação de grupo de rebeldes reafirma no documento assinado  domingo, a validação do acordo de Bissau, de 4 de Agosto de 2022, no qual as partes demonstram a vontade de alcançar um acordo de paz definitivo em Casamance, que contempla a deposição das armas. 

Na ocasião, o Primeiro-ministro senegalês Ousmane Sonko, agradeceu o chefe de Estado guineense, Umaro Sissoco Embaló, pelo seu engajamento para a promoção da paz definitiva em Casamance.

“O Presidente Bassirou Diomaye Faye tem um ambicioso plano denominado “Plano Diomaye para o Casamance”, um plano do desenvolvimento económico e social que não pode ser implementado sem a paz definitiva”, disse o chefe do governo senegalês, na sua declaração aos jornalistas no final da reunião com o Presidente Sissocó.

O governante senegalês disse que tudo o que impacta o Senegal, impacta também a Guiné-Bissau e vice-versa, sublinhando que têm todo o interesse de pacificar o referido espaço para colocar, definitivamente, o seu país no caminho do desenvolvimento, por isso vão concentrar no essencial que significa tomar em conta as preocupações legítimas das populações.

O Presidente Umaro Sissoco Embaló revelou que as duas delegações começaram a negociar em Bissau desde o dia 19 do mês em curso, para alcançar o acordo rubricado no domingo, e realçou  que viu muito interesse do Presidente Bassirou Diomaye Faye, em alcançar a paz na região de Casamance.

“Não podemos brincar com a estabilidade do Senegal  e independentemente de quem seja o Presidente da República, assim também o Senegal não pode brincar com a estabilidade da Guiné-Bissau, independentemente de quem seja o Presidente da Guiné, sublinhou o chefe de Estado guineense.

Referiu que no conflito político e militar de 1998, um grande número de população se refugiou no Senegal, acrescentando que ele e o seu homólogo senegalês têm que concentrar sempre  sobre a situação da sub-região e também do continente africano.ANG/MI/ÂC//SG