Delegação do Fórum de Cooperação China/países de língua portuguesa visita o país
Bissau, ANG - O governo guineense esteve reunido dia 24, com uma delegação do Secretariado Permanente do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre China e Países da Língua Oficial Portuguesa, que se encontra de visita de três dias a Guiné-Bissau.
Ministra da Economia, ladeada por Chang Hexi |
A presença desta delegação, composta por duas dezenas de personalidades e conduzida pelo Secretario Geral do Fórum, visa reforçar as transacções comerciais entre empresas chinesas e o sector privado dos países africanos, especialmente o da Guiné-Bissau, assim como aumentar o fluxo de investimento.
Justificando a presença desta missão, o Primeiro-ministro, que presidiu o encontro, lembrou que aquando da participação do governo na conferência ministerial do fórum que decorreu em Macau o seu homólogo chinês havia anunciado varias acções e financiamento no montante de um milhar de dólares para implementação de alguns projectos.
“Neste momento, 6 destas medidas já foram implementadas”, vangloriou-se Carlos Gomes Júnior, para acrescentar que a delegação se encontra no país justamente para discutir com o governo e a Câmara de Comercio, Industrial, Agricultura e Serviços (CCIA) na identificação de novos projectos que devem ser rapidamente viabilizados.
No quadro de iniciativas que poderão ser contempladas durante a discussão estão a modernização da rede da empresa de telecomunicação guineense – Guiné-Telecom e Guiné-Tel – cujo acordo havia sido assinado com uma empresa chinesa na aludida reunião de Macau e um outro para a viabilização da barragem da localidade de Saltinho, de maneira a melhorar a produção e distribuição da corrente eléctrica.
“Existem financiamentos para compra de materiais hospitalar. Portanto, são estas as acções que devem ser rapidamente dinamizadas para se puder utilizar as respectivas linhas de crédito”, estimou Carlos Gomes Júnior.
Por seu lado, o Secretário Permanente do Fórum para a Cooperação Económica entre China e Países lusófonos disse que esta deslocação se enquadra no programa de actividades anual da organização.
“Também viemos para conhecer melhor a situação comercial da Guiné-Bissau e estabelecer contactos com as autoridades e instituições ligadas as áreas económica e comercial”, explicou Chang Hexi que adianta que a possibilidade de estabelecimentos de parcerias para um investimento no país é positivo.
O responsável chinês disse que depois do encontro que a delegação teve com o governo conseguiu recolher várias informações que qualificou de “favoráveis e valiosas” e prometeu apresentar estas informações sob forma de projectos aos empresários chineses.
Para concluir Chang Hexi disse que o novo código de investimento que o país dispõe vai facilitar o investimento estrangeiro e aproveitou para agradecer o executivo pela ajuda e apoios ao fórum ao longo destes anos.
A ministra da Economia, do Plano e Integração Regional considerou esta visita de oportunidade para captar investimentos chinês e não só, e anunciou que o país já esta a registar Intensos incrementos das relações comerciais com países como Angola, Cabo-verde e China.
“Esperamos que com este instrumento as mesmas vão tornar ainda maior”, disse Helena Nosoline Embalo que olha para este fórum como forma de consolidação das relações, estabelecimentos de parcerias, captar investimentos e dinamizaras relações económicas e comerciais entre sectores privados dos países membros desta organização.
Ao responder sobre as perspectivas que a Guiné-Bissau pode oferecer a um investidor estrangeiro, a ministra apontou a estabilidade politica e macroeconómica no país, a existência de um quadro regulamentar e legislativo moderno, o qual se tem vindo a aperfeiçoar, assim como a adaptação do novo código de investimentos, com um quadro de incentivo bastante atractivo e adopção do regime geral da parceria publico/privada, para permitir a captação de investimentos, “know-how” de tecnologias nos sectores em que o Estado pode ter algumas carências em termos de recursos financeiros.
As duas partes no encontro de trabalho |
Helena Nosoline Embalo prosseguiu dizendo que o governo se encontra empenhado na liberalização de sectores importantes da economia nacional, nomeadamente o das telecomunicações e energia.
“Existem de momento investimentos de grande vulto na área da construção civil, do porto de Buba, de grandes infra-estruturas não só no domínio portuário, mas também no rodoviário”, constatou a Ministra da economia que acrescentou que o país possui um potencial agrícola, turístico muito bem conhecidos e apreciados. E evocou as facilidades que o executivo fez ao introduzir o guichet único de formalização de empresas no quadro de atracção de investimentos estrangeiros.
O sector privado presente no encontro, através do empresário Jorge Mandinga manifestou-se satisfeito com a vinda desta delegação e destacou estar a fazer diligencias para atrair investimentos de colegas chineses no país nas ares do Turismo, Agricultura e Energia.
ANG/JAM
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