quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Sindicatos




Reajuste salarial de 5 por cento: UNTG descontente e CGSI dá benefício de dúvida

Bissau, ANG – A União dos Nacional dos Trabalhadores da Guiné (UNTG) classificou de insignificante os cinco por cento de aumento salarial proposto pelo governo no Orçamento Geral do Estado para o próximo ano, enquanto a Confederação Geral dos Sindicatos Independentes da Guiné-Bissau (CGSI-GB) decidiu dar benefício de dúvida a proposta.

Filomeno Cabral da CGSI-GB
Em declarações proferidas a ANG, o Secretario Geral da UNTG revelou que durante a reunião de concertação havido lugar dia 21 com o governo, ficou assente que os trabalhadores que ganham a partir de 19 mil francos CFA à 99, beneficiariam de 5 por cento de aumento no salário, enquanto os que auferem mais que esta última fasquia seriam contemplados com 3 por cento de aumento.

“Consideramos de insignificante este aumento, isto tendo em conta os preços de produtos da primeira necessidade, que retira todo o poder de compra aos trabalhadores de Estado”, manifestou Estêvão Gomes Có que estimou em até 70 mil Francos CFA a proposta por eles defendida como salário mínimo na Função Pública guineense.

Revelou que mais reuniões sobre o assunto seriam levadas a cabo antes adopção final do Orçamento Geral de Estado pelo parlamento. Aliás em relação a este assunto, este dirigente sindical mostrou-se esperançado em fazer vincar sua posição na reunião do Conselho de Ministro que vai decorrer dia 23, onde o assunto foi agendado para discussão.

Estêvão Gomes Có é da opinião que quando o documento chegar ao parlamento receberá algumas alterações positivas a favor dos trabalhadores. A concluir, lamentou a ausência no país de lei sobre salário mínimo na função pública, pois ela constitui a base do soldo que deve vigorar, quer nas instituições públicas como empresas privadas.

Entretanto, o Secretário-geral da CGSI-GB explicou que o reajuste que se efectuou consubstancia-se no salário mínimo um pouco mais de 30 mil francos CFA, contra os 19.000 que até aqui tem vigorado na Função Pública

Filomeno Cabral mostrou-se contente com este reajuste, uma vez que na sua opinião, havia um grande desnível na atribuição de salário na Função Pública. No entanto, advertiu, depois de 2012, o executivo deve fixar uma grelha do salário mínimo nacional.

Estêvão Gomes Có da UNTG
De acordo com o Secretário-geral, o encontro de concertação social, serviu para discussão do único ponto agendado que é a análise de proposta de Orçamento Geral do Estado a ser apresentado pelo Governo ao parlamento.

“E um Fórum que pode ajudar a dirimir alguns aspectos que podem pôr em causa o melhor funcionamento ou ainda o relacionamento entre o Governo e os trabalhadores”, precisou este responsável sindical ao realçar a importância de reuniões de concertação social.

Uma outra proposta discutida no encontro, segundo Filomeno o Cabral está relacionado com a necessidade de estabilização de preços dos produtos da primeira necessidade no mercado, sendo para isso necessário a criação duma comissão had-doc que deve seguir a situação e reunir regularmente.

ANG/FESM/AI/JAM

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