sexta-feira, 8 de agosto de 2025

 Angola/ Um grupo de cidadãos  exige “destituição imediata” do Presidente da República

Bissau, 08 Ago 25 (ANG) - Um grupo de cidadãos angolanos exige, em petição pública, a “destituição imediata” do Presidente da República, João Lourenço.

Acusa o chefe de Estado de “repressão, autoritarismo, violações sistemáticas dos direitos humanos e execuções sumárias”.

A iniciativa é coordenada pelo Movimento Cívico Mudei e visa exigir a destituição imediata do Presidente angolano, justificando a exigência com os princípios constitucionais que asseguram o direito à vida, dignidade da pessoa, liberdade de manifestação, reunião, expressão, informação e protecção contra a tortura e tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes.

Consideram os signatários do documento que cidadãos como Juliana Cafrique, vendedora ambulante morta a tiro por um agente da polícia em 2019, o médico Sílvio Dala, que morreu em 2020 numa esquadra policial onde estava detido por não usar máscara facial, o estudante Inocêncio de Matos, morto em 2020 durante uma manifestação reprimida pela polícia, e outros anónimos que perderam a vida em circunstâncias que “revelam o uso abusivo da força e a banalização da vida humana”.

Apontam igualmente os protestos dos dias 28, 29 e 30 de Julho, na sequência da greve convocada pelos taxistas em Luanda e no interior de Angola. Os protestos resultaram em “repressões violentas, assassínios e actos de tortura cometidos por agentes do Estado”.

De acordo com o relatório policial, pelo menos 30 pessoas morreram, incluindo um agente da polícia, mais de 200 ficaram feridas e mais de 1.200 foram detidas, na sequência dos últimos tumultos.

Em declarações registadas pela agência Lusa, Luaty Beirão, membro do Movimento Cívico Mudei e um dos subscritores da petição, fala no recurso a uma ferramenta democrática num país “profundamente antidemocrático” que visa exigira demissão do ocupante do cargo de titular de Presidente da República, que nunca foi (...) e que falhou e falha todos os dias e viola Constituição.” ANG/RFI

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