sexta-feira, 29 de agosto de 2025

Política/ Coligação Terra Ranka diz haver “manobras fraudulentas" da CNE visando as próximas eleições

Bissau, 29 Ago 25(ANG) - A coligação Plataforma de Aliança Inclusiva – Terra Ranka (PAI-TR) denunciou esta sexta-feira  alegadas “manobras do regime e do Secretariado Executivo da Comissão Nacional de Eleições (CNE)” para "preparar fraude eleitoral" nas presidenciais e legislativas de 23 de Novembro.

Em comunicado à imprensa, lido pelo porta voz do Coletivo de Advogados da Coligação, Luís Peti, na sede do PAIGC, em Bissau, a coligação acusa a CNE de ter tentado transferir presidentes das Comissões Regionais de Eleições (CRE) de uma região para outra, "em violação do princípio da inamovibilidade previsto na lei".

A PAI-TR critica ainda o lançamento, "no espaço de uma semana", de um concurso para substituição dos atuais presidentes das CRE, com um prazo de candidaturas entre 21 de Agosto e 01 de Setembro.

A coligação sublinha que o Secretariado Executivo da CNE se encontra "caduco" desde maio de 2022" e, considera "estranho e incompreensível" que se aceite a substituição dos presidentes das CRE devido à alegada caducidade dos seus mandatos, ignorando que o próprio órgão da CNE está na mesma situação e "incompleto".

Perante este cenário, a PAI-TR decidiu denunciar as alegadas manobras junto da comunidade nacional e internacional, condenar "todas as tentativas de adulterar a vontade popular" e exigir a "imediata anulação" do concurso para as CRE.

A coligação apelou também à presença de observadores internacionais em todas as fases do processo eleitoral e encorajou a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) a acompanhar, de perto, o processo.

O documento, da Coordenação da PAI-TR, conclui que quaisquer consequências derivadas de alegadas fraudes serão da "inteira responsabilidade do atual regime".

A Coligação PAI-TR é presidida pelo PAIGC, liderado por Domingos Simões Pereira e integra o  PCD, liderado por Vicente Fernandes, MDG, de Silvestre Alves, UM, de Agnelo Regala e o PSD, de António Samba Baldé. ANG/Rádio Djumbay

 

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