EUA/Governo Trump anuncia venda de armamento por 706 milhões de euros à Ucrânia
Bissau,
29 Ago 25(ANG) – O Governo norte-americano liderado por Donald Trump aprovou
uma venda de armas à Ucrânia, no valor de 825 milhões de dólares (cerca de 706
milhões de euros), que incluem mísseis de longo alcance e equipamento
defensivo.
O
Departamento de Estado anunciou hoje que notificou o Congresso norte-americano
sobre a venda de mísseis de munições de ataque de longo alcance e sistemas de
navegação à Ucrânia.
A
venda abrangerá 3.350 mísseis ERAM, 3.350 unidades de GPS, componentes, peças
de substituição e outros acessórios, bem como formação e suporte técnico.
A
diplomacia norte-americana sublinhou que a Ucrânia utilizará financiamento da
Dinamarca, Países Baixos e Noruega, aliados da NATO, além do financiamento
militar estrangeiro dos EUA, para pagar o equipamento.
“Esta
venda proposta irá apoiar a política externa e os objetivos de segurança
nacional dos Estados Unidos, melhorando a segurança de um país parceiro que é
uma força para a estabilidade política e o progresso económico na Europa”,
vincou o departamento liderado por Marco Rubio, em comunicado.
Em
julho, os EUA anunciaram duas outras propostas de venda de armas à Ucrânia, uma
no valor de 322 milhões de dólares (275 milhões de euros) para melhorar as suas
capacidades de defesa aérea e fornecer veículos blindados de combate e outra no
valor de 330 milhões de dólares (282 milhões de euros) para sistemas de defesa
aérea, bem como para manutenção, reparação e revisão de veículos de artilharia
autopropulsados.
A
venda foi hoje anunciada numa altura em que a Rússia continua a intensificar os
ataques à Ucrânia, mesmo depois de o Presidente Donald Trump se ter reunido com
o homólogo russo Vladimir Putin no Alasca, no início do mês, para pressionar
por uma solução negociada para o conflito de três anos.
A
Rússia lançou na madrugada de hoje um dos maiores ataques desde que iniciou a
invasão da Ucrânia, em fevereiro de 2022, que fez 19 mortos, quatro dos quais
crianças.
Trump
ficou “descontente”, mas “não surpreendido”, com os mais recentes ataques russos
a Kiev, de acordo com a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt.
O
Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou que, com estes novos ataques,
a Rússia está mais uma vez a mostrar ao mundo que não ambiciona a paz, e apelou
à comunidade internacional para que intensifique as sanções a Moscovo.
Por
sua vez, a Rússia argumentou que os ataques tiveram como alvo bem-sucedido
“empresas do complexo militar-industrial e bases aéreas na Ucrânia”.
A
Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger
as minorias separatistas pró-russas no leste e “desnazificar” o país vizinho,
independente desde 1991 - após o desmoronamento da União Soviética - e que tem
vindo a afastar-se da esfera de influência de Moscovo e a aproximar-se da
Europa e do Ocidente.
A
guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados,
e os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia
a cidades e infraestruturas ucranianas, ao passo que as forças de Kiev têm
visado, em ofensivas com ‘drones’ (aeronaves não-tripuladas), alvos militares
em território russo e na península da Crimeia, ilegalmente anexada por Moscovo
em 2014. ANG/Inforpress/Lusa

Sem comentários:
Enviar um comentário