quarta-feira, 20 de agosto de 2025

Comemoração do 50º aniversário da ANGDiretor-geral diz  que é impensável um serviço de notícias completo sem as agências de notícias

Bissau, 20 Ago 25 (ANG) – O Diretor-geral  da Agência de Noticias da Guiné reiterou hoje que é impensável um serviço de notícias completo sem as agências de notícias.

Salvador Gomes discursava na cerimónia comemorativa do 50º aniversário da ANG, decorrido em Bissau sob o lema “ O que fizemos e o que não fizemos”, e defendeu que o Governo  deve enquadrar a ANG como uma instituição central equipada para reunir informações sobre o território nacional.

Salvador Gomes recordou que a ANG foi criada em 1975 para, entre outras missões, promover a imagem externa do país, acabado de sair de uma guerra de 11 anos, para a independência nacional.

“O pais acabara de sair de uma guerra para a independência de 11 anos, seria preciso mostrar ao mundo que as novas autoridades estão  empenhadas na sua reconstrução, no meio de muitas dificuldades, pelo que os apoios internacionais continuam a ser uma necessidade para o país, disse Gomes citando a  primeira diretora-geral da ANG, Lucete Djawara

O DG da ANG sublinhou  que a promoção da imagem da Guiné-Bissau continua uma necessidade nos dias de hoje, visto que o país é fustigado, frequente e fortemente pelo fenómeno de desinformação, além da necessidade de mobilização de apoios externos para o desenvolvimento .

Salvador Gomes fez um historial da ANG destacando que ao longo dos 50 anos o órgão passou por bons e maus momentos, em termos de funcionamento.

Disse que as dificuldades  ainda persistem mas que a direção do órgão quer transformá-las em desafios, para agência poder cumprir a sua missão de informar e formar a opinião pública, nacional e internacional, com apoios do Governo e de parceiros.

Em nome dos antigos Directores-gerais  da ANG, António Óscar(Cancan) Barbosa destacou que o papel do jornalista é insubstituível na consolidação da democracia.

Acrescentou  que a  sua missão fundamental é informar com rigor, imparcialidade e responsabilidade, permitindo que os cidadãos tenham acesso à todos os dados credíveis e plurais que lhes permitem formar opiniões livres e consciente.

Afirmou que uma imprensa independente livre é um dos pilares essenciais do Estado de Direito, porque garante a transparência na governação, denuncia abusos de poder e dá voz à sociedade civil.

António Óscar Barbosa assegurou que na Guiné-Bissau este papel ganhou uma dimensão histórica particular com a criação da ANG, uma instituição pública que desde a sua fundação tem procurado afirmar- se como fonte oficial e fidedigna de informação nacional.

“A ANG nasceu da necessidade de adotar o país de um órgão capaz de centralizar, tratar e difundir notícias de interesse público, dentro e fora do território nacional, no período em que a comunicação era decisiva para a unidade nacional e para a afirmação da soberania”, destacou António Óscar Barbosa.

Disse que ao longo dos anos, a ANG atravessou diversas fases, acompanhando a evolução política, social e tecnológica da Guiné-Bissau, e que apesar das dificuldades estruturais e financeiras se manteve como referência no sistema mediático guineense, assumindo-se como escola de formação para vários profissionais, que mais tarde desempenham funções de revelo na comunicação social e na vida pública.

A cerimónia comemorativa dos 50 anos ainda ficou marcada com lançamento de um livro sobre a ANG, intitulado “Da História ao Livro de Estilo”, da autoria do DG, Salvador Gomes.

Ainda fizerem parte do programa comemorativo a realização de uma palestra sobre “A ANG no Contexto Mediático Guineense”, animada por Salvador Gomes, e uma seção de homenagens ao antigo ministro da Comunicação Social. Florentino Fernando Dias, e a cinco  antigos diretores-gerais do órgão, e aos funcionários já aposentados.

A cerimónia comemorativa só ficaria  concluída com a realização à tarde, de um almoço de confraternização. ANG/LPG//SG

 

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