sexta-feira, 4 de fevereiro de 2022


Sublevação militar
/Juventude da CPLP condena  tentativa de mudança inconstitucional do poder na Guiné-Bissau

Bissau, 04 Fev 22 (ANG) – A Coligação da Juventude dos Países de Língua Oficial Portuguesa (CJP)  condenou ,em comunicado, a  tentativa de mudança inconstitucional do poder na Guiné-Bissau. 

Segundo uma Nota à Imprensa, feita, em Luanda, a organização insta todas as forças políticas do país, bem como os grupos de infiltrados não identificados a se absterem de ações que possam provocar violência, e a procurarem uma solução política para os desacordos existentes.

A coligação diz esperar que a sociedade guineense continue a seguir o caminho de desenvolvimento estável e democrático, e refere que  qualquer grupo que queria assumir ao poder, que o faça de forma legítima, respeitando os princípios democráticos estabelecidos por lei.

A referida coligação reiterou a sua confiança e colaboração e “muita solidariedade” ao governo e  Presidente da República, e defende  que a democracia tem de prevalecer na Guiné-Bissau, e que há um Presidente eleito que deve cumprir o seu mandato.

A Coligação da Juventude dos Países de Língua Oficial Portuguesa (CJP) é uma plataforma juvenil da lusofonia africana que congrega associações e pessoas singulares desses países movida pelos seus valores irreversíveis o associativismo, coragem, a neutralidade político-partidário e irmandade.

A organização intervêm nas áreas de  Pan-africanismo e integração regional, Juventude, Paz e Segurança, Liderança juvenil e participação política, Inovação e inclusão digital, Direitos humanos, Democracia e Estado de direito, Migração e desenvolvimento urbano sustentável, Igualdade de género, Saúde de adolescente e jovem, Meio ambiente e Mudanças climáticas. ANG/DMG/ÂC//SG

Havana/Cuba exige o fim do embargo dos EUA, 60 anos após sua imposição

Bissau, 04 Fev 22(ANG) - O governo cubano exigiu  quinta-feira "de forma enfática e enérgica" o fim do embargo que os Estados Unidos impuseram à ilha há 60 anos, reforçado "até limites insuspeitos" durante a pandemia de covid-19.


"A nossa denúncia continuará firme e invariável até que esta política desumana e ilegal cesse na totalidade", diz o comunicado oficial do Governo do presidente Miguel Díaz-Canel, publicado no aniversário de 60 anos da sua imposição.

Desde que Fidel Castro chegou ao poder em 1959, os 13 presidentes que passaram pela Casa Branca mantiveram "a aposta de causar o colapso económico e a insustentabilidade do projecto revolucionário", denunciou.

Seis décadas depois que o presidente John F. Kennedy emitiu a Proclamação 3447, que decretou um embargo total a Cuba e que entrou em vigor quatro dias depois, o embargo "nunca teve o menor indício de legitimidade ou justificativa moral", ressalta o texto.

No contexto da luta contra a covid-19, o embargo atingiu "limites insuspeitos de crueldade, ao impedir doações solidárias, tentando impedir o desenvolvimento de vacinas cubanas", acrescenta.

O comunicado refere-se às vacinas contra o coronavírus Abdala, Soberana 02 e Soberana Plus desenvolvidas na ilha, com as quais foram vacinadas 9,8 milhões de pessoas de uma população de 11,2 milhões.

Em 60 anos, o bloqueio causou "um custo humano incalculável" e danos de 144,4 mil milhões de dólares, reiterou o Governo, destacando que se trata de "uma violação massiva, flagrante e sistemática dos direitos humanos" dos cubanos.

O embargo, reforçado por outras leis como a Torricelli em 1992 e a Helms-Burton em 1996, "evoluiu para se tornar o acto mais complexo, prolongado e desumano de guerra económica cometido contra qualquer nação".

Cuba, que sofre com uma grave escassez de alimentos e remédios, rejeita as críticas segundo as quais o Governo usa o embargo para justificar a prolongada crise económica que a ilha vive, com um colapso de 11% do PIB em 2020, a sua pior queda desde 1993 e uma tímida recuperação de 2% em 2021.

"As medidas de coação económica atingem uma agressividade qualitativamente superior. São aplicadas medidas de guerra não convencionais", diz o comunicado, referindo-se ao reforço do embargo promovido pelo Governo de Donald Trump, que recolocou a ilha na lista de países patrocinadores do terrorismo, de onde havia saído em 2015, e aplicou 243 medidas adicionais ao embargo. ANG/Angop

 

            Covid-19/Governo decreta novo estado de alerta para 30 dias

Bissau ,04 Fev 22 (ANG) – O Governo  decretou um novo estado de alerta para um período de 30 dias , com início às 00h00 horas, do dia 04 de fevereiro de 2022, e termino no próximo dia 05 de Março às 23 '59 horas, sem o prejuízo da reavaliação da situação ao longo da vigência, se as circunstâncias assim o determinarem.

De acordo com o comunicado do Governo datado de 02 de Fevereiro, à que a ANG teve acesso, o executivo refere que o último mês da vigência do estado de alerta foi caracterizo pela gestão da quarta vaga da pandemia da Covid-19 no país tal  como na maior parte dos países do continente africano, tendo sido registados na Guiné-Bissau 877 casos positivos e sete óbitos com uma taxa de positividade de 6,3 porcento .

No documento, o Executivo salienta que tal situação traduz um aumento exponencial de casos de coronavirus numa altura em que o sector da saúde continua confrontado com uma paralização quase total, o que dificulta o processo de apuramento da realidade concreta sobre a evolução da doença no país.

Apesar de a evolução dos casos notificados da pandemia estarem a reduzir gradualmente nas duas últimas semanas, depois de se ter registado mais de 400 casos numa só semana no país, o governo, segundo o comunicado, optou pela declaração de estado de alerta, adotando medidas de incentivo à vacinação e impondo a realização de testes rápidos como condição para se ter acesso a certos locais.

No quadro do novo estado de alerta, fica proibida a realização de eventos sociais e políticos, nomeadamente Toca-Tchur, Gamô, Kussundé, funcionamento de discotecas, salas de festas, bares e outros locais de diversão, incluindo hoteis.

 “É igualmente proibida a realização de actividades políticas-partidárias, nomeadamente comícios, reuniões de base, e os mercados devem funcionar das 05:00 às 18:00 horas durante a vigência do decreto”, refere o comunicado.

As fronteiras terrestres, aéreas e marítimas manter-se-ão abertas, os voos internacionais são permitidos , estando sujeitos à observância das regras de biossegurança, sem prejuízo das regras específicas ditadas pelos departamentos governamentais competentes.

 Disse que a circulação por parte dos transportes públicos rodoviário ou fluvial fica condicionado à apresentação do cartão de vacina ou de teste com validade quinzenal.

A falta de observância das medidas, segundo o comunicado, implica uma multa que varia entre 2000 e 5000 mil francos CFA para o condutor e de 1000 fcfa para o passageiro.

O decreto permite  a prática colectiva do desporto, incluindo a realização do campeonato de futebol e as demais modalidades mediante o cumprimento das regras de higienização das mãos e desinfeção e higiene adequada aos recintos desportivas.

Em relação aos campeonatos desportivos, os recintos  devem apenas albergar 50 por cento de lotação e cumprir as observâncias das medidas de segurança, nomedamente o distanciamento físico de um metro entre espectadores, uso corecto de máscaras, a higienização das mãos e apresentação de cartão de vacina com duas doses tomadas. Em caso de não observção destas regras será aplicada uma multa de 200 mil francos CFA  à equipa e 600 mil fcfa para a entidade organizadora do evento.

O decreto indica que o acesso e permanência nas instituições públicas e privadas pelos funcionários e utentes ficam condionados ao uso correto de máscaras e apresentação do cartão de vacinação, cabendo a fiscalização ao Ministério da Função Pública, a quem compete aplicar  coimas pela violação no valor de 1000 fcfa por cada individuo e o valor se reverte para a entidadde aplicadora da multa.

O governo exorta o Alto Comissariado para a Covid-19 a intensificar os contactos com instituições privadas parceiras e sindicatos para apoio à sensibilização da população e associados.

As cerimónias fúnebres, segundo o decreto, são condicionadas a adoção de medidas contra a transmissão do SARS-COV-2, a saber: o uso  correcto de máscaras, utilização de produtos higiénicos e distânciamento fisíco de pelo menos de um metro.ANG/MSC/ÂC//SG

 

 

China/Abertura dos Jogos Olímpicos de Pequim em clima de tensão geopolítica

Bissau, 04 Fev 22 (ANG) - Desde hoje e até ao dia 20 de Fevereiro decorrem em Pequim, República Popular da China, os Jogos Olímpicos de inverno, 14 anos anos depois de a capital chinesa ter acolhido em 2008 os Jogos Olímpicos de verão.

O lançamento desta competição que reúne mais de 2.900 atletas, acontece em pleno contexto de pandemia e forte tensão geopolítica, com alguns países, nomeadamente os Estados Unidos, a optarem pelo boicote diplomático dos jogos, apesar de os seus desportistas participarem na competição.

"Esplendor", foi a promessa feita pelo realizador e encenador chinês Zhang Yimou para a concepção da cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos de inverno de Pequim, 14 anos depois de já ter organizado as festividades dos jogos de 2008. Na altura, a cerimónia grandiosa envolveu 14 mil figurantes, bailarinos, acrobatas evoluindo no meio de fogos-de-artifício e efeitos especiais. Agora o dispositivo é, por assim dizer, mais minimalista, com "só" 3 mil artistas, devido à pandemia.

A China espera projectar uma imagem positiva com estes Jogos Olímpicos que decorrem num contexto de pandemia e de forte tensão geopolítica, com alguns países a boicotarem diplomaticamente os jogos devido à questão das violações dos Direitos Humanos naquele país.

Longe das polémicas, encontram-se contudo em Pequim vários dirigentes, nomeadamente o secretário-geral da ONU, António Guterres, assim como o Presidente Egípcio, os chefes de Estado do Cazaquistão e do Quirguistão, o Rei da Camboja, o Príncipe herdeiro saudita, Mohamed Ben Salman e, também e sobretudo um convidado de marca para o Presidente chinês, o seu homólogo russo, Vladimir Putin.

Neste que foi o primeiro encontro presencial de Xi Jinping com um dirigente estrangeiro desde há dois anos, ambos os líderes vincaram a "sua visão comum".

Os dois aliados evocaram a preparação de um novo contrato de fornecimento de 10 biliões de metros cúbicos de gás natural russo à China e, no aspecto político, Putin reafirmou "o seu apoio ao princípio de uma única China" perante as pretensões separatistas de Taiwan e tanto ele como o seu homólogo chinês marcaram a sua oposição ao alargamento da NATO e denunciaram a influência americana na Europa e na Ásia, isto numa altura em que Putin está em pleno braço-de-ferro com os países da Aliança Atlântica relativamente à crise ucraniana.

Um encontro cujo simbolismo decerto não escapará aos Estados Unidos que apesar da presença dos seus atletas na competição, optou pelo boicote diplomático juntamente com países aliados como o Reino Unido, o Canadá, a Austrália e o Japão. Por outro lado, na ausência de concertação, cada país da União Europeia adoptou posições diferentes.

A França garante o serviço mínimo com a presença em Pequim da sua ministra do desporto, Roxana Maracineanu. Já os Presidentes da Polónia e da Sérvia aceitaram o convite de Pequim.

Entretanto, a milhares de quilómetros da China, centenas de tibetanos concentraram-se junto da sede do Comité Olímpico Internacional em Lausanne na Suiça, para protestar contra o que apelidam de "jogos da vergonha" e tem havido apelos à manifestação por todo o mundo hoje para denunciar o tratamento reservado aos opositores e às minorias na China. ANG/RFI

 

Política/CEDEAO decide enviar força militar â Guiné-Bissau para apoiar a estabilização do país

Bissau, 04 Fev 22 (ANG) – A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), prometeu para breve enviar uma força militar á Guiné-Bissau, com vista a apoiar a estabilização do país.

A decisão foi tomada, quinta-feira, durante a cimeira extraordinária dos Chefes de Estados e de Governos de CEDEAO, que decorreu em Accra, capital do Gana.

Segundo o comunicado final, à que a Agência de Notícias da Guiné (ANG) teve acesso, a cimeira analisou os recentes  acontecimentos políticos registados  na Guiné-Bissau, Burkina Faso e Mali,  visando a  restauração da ordem consttucional nestes três paises.

A mesma nota revela  que, as autoridades da CEDEAO foram informadas pela ministra de Estado dos Negócios Estrangeiros, Coperação Internacional e das Comunidades Suzi Carla Barbosa, sobre as circunstâncias da tentativa de golpe de Estado na Guiné-Bissau, ocorrido no passado dia 01 de Fevereiro.

“A CEDEAO condenou de imediato, e manifesta a sua solidariedade para com o Presidente Umaro Sissoco Embaló e ao povo guineense”, lê-se no documento.

Perante esta situação, refere o comunicado, a CEDEAO decide  enviar uma força militar a Guiné-Bissau para assegurar a estabilidade do país.

A CEDEAO reitera no comunicado  o seu compromisso de manter-se firme na proteção da democracia e da liberdade na região, e também  a sua posição resoluta de defender o principio de “Tolerância zero” à ascensão ao poder por meios inconstitucionais, conforme consagrado no protocolo Suplementar da organização  de 2001, sobre a democracia e boa governação. ANG/LLA/ÂC//SG

 

 

Moçambique/PR diz que guerra contra terrorismo entrou em fase "decisiva"

Bissau, 04 Fev 22(ANG) - O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, disse quinta-feira que a luta contra "o terrorismo" entrou numa fase "decisiva" no norte do país, assinalando que a acção militar das forças conjuntas permitiu a intensificação do cerco e perseguição dos grupos armados.


"Este ano, celebramos esta efeméride num momento decisivo na luta contra o terrorismo que ocorre nos distritos do norte desta província de Cabo Delgado", afirmou Nyusi.

O chefe de Estado moçambicano falava durante o discurso alusivo às comemorações do Dia dos Heróis Nacionais, na sede do distrito de Mueda, província de Cabo Delgado, e que contou com o seu homólogo sul-africano, Cyril Ramaphosa, como convidado de honra.

As acções militares das Forças de Defesa e Segurança (FDS), grupos paramilitares de voluntários, a missão militar da Comunidade de Desenvolvimento da Africa Austral (SADC) e das tropas do Ruanda permitiram o cerco e a perseguição dos grupos armados, acrescentou Filipe Nyusi.

"Nesta luta, continuamos a ter heróis anónimos, os melhores filhos desta pátria, que dia e noite e juntos com outros jovens dos países irmãos da SADC e do Ruanda, entregam as suas vidas para assegurar a integridade do nosso país e o estabelecimento da paz e da tranquilidade", enfatizou Nyusi.

Os insurgentes que protagonizam ataques em Cabo Delgado, prosseguiu, são uma ameaça à liberdade, tranquilidade e desenvolvimento de Cabo Delgado e de todo o país.

Evocando o facto de estar a discursar ao lado de um monumento em memória aos combatentes da guerra contra o colonialismo português, Filipe Nyusi apelou aos moçambicanos para se inspirarem na bravura dos heróis que lutaram pela independência do país em 1975.

"A partir desta terra, os moçambicanos deram passos decisivos e galvanizaram o acender da chama para que hoje fôssemos independentes", enfatizou.

O chefe de Estado moçambicano assegurou que as autoridades estão empenhadas na criação de condições para o regresso da população para as zonas recuperadas dos grupos rebeldes.

"'Nós não nascemos para viver em tendas'", disse Nyusi, reproduzindo o que disse ser os desabafos das populações acolhidas em centros de deslocados de guerra.

Referindo-se ao actual momento da pandemia de covid-19, Filipe Nyusi frisou a importância da vacinação e das medidas de prevenção de covid, observando que a pandemia a ser continua um desafio, apesar da redução do número de infecções e de óbitos nas últimas semanas no país.

Falando nas comemorações do Dia dos Heróis Nacionais, o Presidente sul-africano destacou o apoio de Moçambique na luta contra o antigo regime racista do "apartheid" na África do Sul, assinalando a unidade entre os dois povos.

"Os heróis moçambicanos entenderam que Moçambique nunca estaria livre sem a liberdade da África do Sul e, por isso, o povo sul-africano é eternamente grato ao povo irmão de Moçambique", frisou Cyril Ramaphosa.

Ramaphosa está em Moçambique para visitar as tropas da missão militar da SADC envolvidas no combate aos grupos armados na região norte do país lusófono.

O Estado moçambicano consagrou o dia 03 de Fevereiro como Dia dos Heróis em homenagem ao fundador da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), partido no poder, Eduardo Mondlane, assassinado nesta data em 1969.

Mondlane morreu quando uma bomba escondida num livro que tinha nas mãos explodiu.

A Frelimo atribuiu o atentado à Polícia Internacional e de Defesa do Estado (PIDE), entidade do regime colonial português.

A escolha do distrito de Mueda para as comemorações do Dia dos Heróis deve-se ao facto de em 16 de Junho de 1960 a polícia colonial portuguesa ali ter aberto fogo contra pessoas que contestavam a dominação colonial, matando cerca de 600 pessoas.

A província de Cabo Delgado é rica em gás natural, mas aterrorizada desde 2017 por rebeldes armados, sendo alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico.

O conflito já provocou mais de 3.100 mortes, segundo o projecto de registo de conflitos ACLED, e mais de 817 mil deslocados, de acordo com as autoridades moçambicanas.

Desde Julho, uma ofensiva das tropas governamentais com o apoio do Ruanda a que se juntou depois a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) permitiu aumentar a segurança, recuperando várias zonas onde havia presença de rebeldes. ANG/Angop

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2022

 Prevenção contra coronavirus

No plano individual deve-se  manter o distanciamento físico, usar  uma máscara,  lavar as mãos  regularmente e tossir fora do alcance  dos outros. Façam  tudo isso!

A nossa mensagem às populações e aos governos é clara. Façam tudo isso!"

                                        ( Tedros Adhanom Ghebreyesus - DG da OMS)

Sublevação militar/Umaro Sissoco Embaló afirma que o acto foi perpetrado por um grupo de “bandidos” que quiseram assaltar ao poder

Bissau, 02 fev 2022 (ANG) – O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló considerou a tentativa do golpe de Estado de um ato de um grupo de “bandidos” que quiseram assaltar o poder a mando de outros “bandidos”.

Em declarações à imprensa, no final da visita , hoje, ao palácio do Governo, para constatar os danos causados na tentativa de golpe de Estado, terça-feira última,  sublinhou que o ato voltou a colocar o nome do país na boca do mundo, pela negativa.

“Acho que esse acto, não dignifica nenhum guineense, ao abrir a televisão vendo péssimas notícias do país. Chegávamos numa fase em que  arrancamos rumo a estabilidade, mas nem todos querem ver esse arranque porque entendem que se não fossem eles a mandar não será ninguém”,referiu.

O Presidente da República afirmou que ninguém tem o direito de matar alguém  por causa do poder, sobretudo tirar a vida de quem nunca matou alguém.

“À quem Deus não deu poder, nunca será  Presidente da República porque o poder é dado por Deus. É lamentável pensar que usando outras pessoas inocentes é que poderemos chegar ao poder ”, frisou Embaló.

Disse  que é preciso que as pessoas parassem com provocações de autodefesa, porque ninguém ainda foi acusado.

Pediu aos guineenses para  acreditarem na Comissão de Inquérito e na Justiça guineense, sublinhando que é preciso tomar em consideração de que morreram 11 filhos do país, jovens e  inocentes.

O chefe de Estado salientou que morreram por uma causa – “defender o Presidente da República que o Povo guineense escolheu nas urnas”.

Referiu a  morte do falecido Presidente João Bernardo Vieira Nino para dizer que quando as pessoas foram disparar tiros na sua casa, as pessoas diziam que era montagem, até o dia em que o mataram.

Questionado sobre as vozes que dizem que esse atentado  é uma invenção, Embaló disse que é normal cada pessoa dar a sua opinião, acrescentando que vendo as declarações desde que ele ganhou as eleições, não são todas pessoas que conformaram com isso.

“Quero vos dizer que, no dia em que saí ou morri é porque Deus  me matou. No dia do ataque, não estava escondido, estava sentado onde eu sentava e a porta estava aberta e não saí até quando a força republicana veio me dizer para sair”, explicou, frisando que isso mostra que o poder é divino e que acredita em Deus.

Perguntado se  alguns dos homens implicados no ataque já foram detidos, o Presidente da República disse que o caso já está no Ministério Público ,o detentor de ação penal.

“Se era uma comissão militar, as pessoas podiam pensar que o Presidente está por detrás para fazer caça à bruxa, mas não, porque isso não é o meu objetivo. Há um despacho do Primeiro-ministro que criou uma comissão de inquérito que é muito normal, mas o processo de inquérito já está nas mãos do Procurador-Geral da República”, afirmou Sissoco Embaló.

O Chefe do Estado disse que as pessoas que estão a especular não estão tranquilas, e diz  que o inquérito do Ministério Público há de chegar, assegurando que, como Presidente da República não vai   acusar ninguém e nem fazer caça às bruxas.

Afirmou que o Chefe do Estado-maior General das Forças Armadas está bem em Barcelona(Espanha) em  tratamento de vista

PO chefe de Estado recomenda   a população a continuar a fazer os seus trabalhos tal como  fazia antes, sem preocupar com nada porque tudo voltou a normalidade.

Sissoco Embaló disse que era um Presidente muito simplista, mas que a partir de agora para frente o seu dispositivo de segurança vai ser outra, porque  é uma pessoa de risco.

A reportagem da ANG constatou no Palácio do Governo sinal de alguns tiros nas paredes, sangues no chão, nas calçadas do palácio, corredores e a porta de edifício principal um pouco danificada. ANG/DMG/ÂC//SG


Sublevação militar/Governo confirma
11 mortes no ataque ao palácio de Governo

Bissau 03 Fev 22 (ANG) – O Governo confirmou que 11 pessoas morreram entre as quais  sete  militares e paramilitares e três civis no ataque ao palácio do Governo perpetrado por um grupo de homens armados na passada terça-feira.

Em comunicado lido à imprensa quarta-feira pelo porta voz do Governo, Fernando Vaz, as vítimas militares são Abubacar Seco Camará, Ibraima Carlos da Silva, Dogna Sigá, os para-militares Ibraima Sory Djaló PIR-Ministério Interior, Dequer Felipe N´Baná e Marvino Varela ambos  seguranças do presidente, Azulinho Gomes Dayzi (Lay) dos Serviços de Informação do Estado (SIS) e segurança do primeiro-ministro.

Entre os civis, de acordo com Fernando Vaz, constam  Mamadú Uri Djaló (Tocora) motorista do ministro da defesa, engenheiro Hipólito Djata secretário-geral do Ministério dos Recursos Naturais  e Telma M. Djamanca e um  dos atacantes,  Braima Djaló, da PIR-MI.

Segundo o governo, as autoridades foram subitamente surpreendidas  por um “ataque armado violento e bárbaro” por indivíduos à paisana e o modo de atuação da força agressora revela claramente que o propósito do ataque era o assassinato de todos os membros do executivo presentes no Conselho de Ministros e a decapitação do Estado, com assassinato do Presidente da República, o que provocaria caos político e social, em benefício de interesses incofessados.

“A robustez dos meios e munições usados pelos agressores demonstram que o referido atentado à ordem constitucional foi planeado com rigor, tendo contado com o financiamento de setores com capacidade financeira para a mobilização de tal quantidade de meios materiais, logísticos e humanos,” disse.

O executivo elogiou a reação das forças de defesa e segurança, e diz que, “com prontidão, estoicismo e sentido de dever constitucional republicano”, conseguiram fazer abortar o que o executivo considera “hedionda e inaudita tentativa de assassinato coletivo dos dirigentes do Estado da Guiné-Bissau” visando,  no imediato, provocar o caos, facilitar assim o caminho ao crime organizado transnacional e bloquear o processo de refundação do Estado, de reformas políticas bem como a construção, em curso, de nova imagem do país.

O governo lamentou a perda de  vidas  de jovens, sacrificadas em defesa da legalidade democrática e da ordem constitucional e endereça as mais sentidas condolências às famílias enlutadas.

Garante que o sacrifício  consentido por esses jovens e “valentes heróis” não será em vão, e  reafirma o controlo total da situação  em todo o território nacional, onde reinam a calma e tranquilidade.

No mesmo comunicado o Executivo exorta aos  servidores públicos e privados a retomarem a sua vida laboral, reiterando a sua firme determinação de prosseguir na senda de construção de um “país novo”, onde imperem a lei, a justiça e a igualdade, para que todos os guineenses possam viver em paz, progresso e liberdade.

Declara  que vai usar todos os meios legais a sua disposição para garantir a segurança das instituições e a tranquilidade do  povo, “porque na democracia o poder político conquista-se nas urnas”.

Um grupo de indivíduos à paisana atacou terça-feira,  o Palácio de Governo numa altura em que decorria uma reunião Extraordinária do Conselho de ministros sob a prediência do Chefe de estado, Umaro Sissoco Embaló.

 O incidente durou cerca de cinco horas de tempo tendo provocado várias vitimas mortais.ANG/JD/ÂC//SG

 

 

Sublevação militar/ CEDEAO felicita  PR pela calma e coragem demonstrada  durante ataque ao palácio do Governo

Bissau,03 Fev 22(ANG) - O representante da Comunidade Económica de Estados da África Ocidental (CEDEAO) no país, Emmanuel Ohim disse quarta-feira que a organização felicita ao Presidente da República, Umaro Sissoco Embalo,pela “calma e coragem” demonstrada durante o ataque à sede do Governo.

Em declarações aos jornalistas, à saída de uma audiência com Sissoco Embaló, o representante da CEDEAO disse ter-se deslocado ao Palácio da Presidência, em Bissau, para transmitir a mensagem das autoridades da organização sub-regional africana e ainda disponibilizar apoios.

"Transmiti-lhe os apoios da CEDEAO, ao seu regime, ao seu Governo e ao povo da Guiné-Bissau. Igualmente exprimir ao Presidente da República a condenação firme e sem reserva da tentativa de golpe de Estado", afirmou Emmauel Ohim.

O representante da CEDEAO disse que "ninguém poderia imaginar" o que seria da Guiné-Bissau caso a ação dos homens armados, ainda por identificar, tivesse tido sucesso. Neste particular, afirmou que a organização enaltece a resposta dada por Umaro Sissoco Embaló à situação.

"Também pude transmitir ao chefe de Estado as felicitações das autoridades da CEDEAO pela sua calma e coragem que manteve para sair ileso, são e salvo, daquele acontecimento que durou cinco horas", sublinhou Ohim.

Disse ainda ter transmitido a Embaló a disponibilidade da CEDEAO de continuar os apoios na sua luta contra a corrupção e o tráfico de drogas na Guiné-Bissau, bem como no relançamento da economia e do próprio desenvolvimento do país.

Vários tiros foram ouvidos na terça-feira junto ao Palácio do Governo da Guiné-Bissau onde decorria um Conselho de Ministros, com a presença do Presidente da República e do primeiro-ministro, Nuno Nabiam.

A tentativa de golpe de Estado já foi condenada pela União Africana, pela Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), através da presidência angolana, pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), pelo secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, por Portugal e por vários outros países.

Em declarações aos jornalistas ao início da noite de terça-feira, no Palácio da Presidência, o Presidente da República afirmou ter-se tratado de um "ato bem preparado e organizado" que poderá também estar ligado a "gente relacionada com o tráfico de droga".

O ataque provocou pelo menos seis mortos e quatro feridos, segundo fontes militares e médicas.

A Guiné-Bissau é um dos países mais pobres do mundo, com cerca de dois terços dos 1,8 milhões de habitantes a viverem com menos de um dólar por dia, segundo a ONU.

 

Desde a declaração unilateral da sua independência de Portugal, em 1973, sofreu quatro golpes de Estado e várias outras tentativas que afetaram o desenvolvimento do país.ANG/Lusa

 

Sublevação militar/PAIGC condena  tentativa de golpe de Estado e exige inquérito credível

Bissau, 03 Fev 22 (ANG) - O Partido Africano da Indepêndencia da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) condenou  quarta-feira a tentativa do Golpe de Estado perpetrado no dia 01 de Fevereiro por pessoas não conhecidas, e exige  que um inquérito detalhado seja conduzido por entidades credivéis e competentes para  que os actores do acto sejam responsabilizados.

Num comunicado desta formação politica à que a ANG teve acesso, o PAIGC diz ter acompanhado com surpresa e estupefação os acontecimentos ocorridos na segunda-feira no Palácio do Governo.

Reitera  que, a exemplo do passado recente e em todas as situações similares ,expressa o seu mais “veemente repúdio à violência” e a toda tentativa de sublevasão da ordem constitucional por meios ilegais e antidemocrática.

“O partido lamenta particularmente a perda e o sacrificio de vidas humanas supostamente inocentes e expressa sentidas condolências à famílias enlutadas”, refere o comunicado dos libertadores.

O partido lamenta o desaparecimento físico do seu miltante e dirigente Hipólito Djata, que diz ter ocorrido em consequência da “exposição à que se viu submetido, perdendo a vida de forma absurda e revoltante”.

Na missiva, o partido de Cabral diz lamentar o facto deste “acontecimento bárbaro” ter ocorrido num período que já vinha sendo de profunda crise, provocada pelos atuais detentores do poder após a última remodelação  de um Governo reconhecida pelos seus titulares como ilegal, com os respectivos partidos a reagirem publicamente, manifestando o seu mal estar e se responsabilizando mútuamente por todas as consequências daí porvenientes.

“O PAIGC alerta a opinião pública nacional e internacional que não aceita nem compactua com formulações redundantes e que, em última instância, tentam legitimar o poder execido à margem da constituição e das leis”,lê-se no comunicado. ANG/MSC/ÂC//SG

 

 

Covid-19/Número de mortes em África subiu 5% na última semana para 240 mil

Bissau, 03 Fev 22(ANG) – O número de mortes em África por covid-19 subiu 5% na última semana, para 240 mil, num total de 10,8 milhões de casos registados no continente, de acordo com os últimos números oficiais.

Durante a habitual conferência de imprensa semanal, o diretor do Centro Africano de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC), John Nkengasong, explicou que este aumento, de 235 mil para 240 mil mortes durante a última semana, é normal devido ao número de casos nas semanas anteriores.

“Nas últimas quatro semanas, entre 3 e 30 de Janeiro, houve uma descida de 10% na média de casos e um aumento de 20% no número de mortes, mas quero enfatizar que isto é normal, porque as mortes surgem normalmente depois da infeção, as pessoas ficam doentes e vão ao hospital, e só depois podem morrer, e é por isso que os casos descem e as mortes sobem”, disse Nkengasong.

Olhando para esta semana, em comparação com a anterior, o África CDC registou um total de 194 mil casos, o que representa uma descida média de 16% face ao número da semana passada.

No total, o continente africano registou 10,8 milhões de casos de covid-19, resultando na morte de 240 mil pessoas, com África do Sul, Marrocos, Tunísia, Etiópia e Líbia a representarem 60% do número de casos.

Olhando para a evolução da pandemia, há oito países a enfrentar a quarta vaga e nove na quinta vaga, disse o director do África CDC.

“Há 39 países que registaram a variante Ómicron, e 48 países reportaram a presença da variante Delta, mas ainda não temos dados suficientes para ver como a presença da Ómicron mudou a dinâmica da variante Delta”, admitiu o responsável.

Na conferência de imprensa, John Nkengasong apresentou ainda três iniciativas que serão lançadas nos próximos dias: uma campanha para aumentar a vacinação dos jovens, uma bolsa para atrair os africanos na diáspora a voltarem para os seus países por três ou seis meses, e outra campanha para “democratizar a testagem”, tornando-a comum na vida dos cidadãos.

A covid-19 provocou pelo menos 5.686.108 de mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

A variante Ómicron, que se dissemina e sofre mutações rapidamente, tornou-se dominante do mundo desde que foi detectada pela primeira vez, em novembro, na África do Sul. ANG/Inforpress/Lusa

 

 

 

Sublevação militar/ANP considera de “grave e intolerável” tentativa de Golpe de Estado

Bissau, 03 Fev 22(ANG) – A Assembleia Nacional Popular (ANP), considerou “grave e intilerável” a tentativa de golpe de estado levado a cabo terça-feira, em Bissau, por um grupo de homens armados não identificados.

Em comunicado à que a ANG teve acesso, assinado pela 2ª Vice Presidente,  Satu Camará, a ANP declarou a sua solidariedade com o Chefe de Estado e o primeiro-ministro, bem como todo o elenco governamental, e com as famílias das vítimas deste incidente.

“A ANP condena com veemência a tentativa da subversão da Ordem Constitucional, no momento em que o país está a recuperar a sua imagem e credibilidade internacional”, lê-se no comunicado.

 A ANP exorta as forças vivas da Nação de que o recurso ao diálogo constitui a melhor via para a resolução dos  diferendos e congratular-se com a reação pronta e eficiente das nossas Forças de Defesa e Segurança.

Apela a população a manter-se calma, serena e evitar adotar comportamentos que possam por em causa a paz social e aguardar com toda tranquilidade as conclusões dos inquéritos em curso e em decorrência apelar ao respeito dos valores que norteam o Estado de Direito.ANG/MSC/ÂC//SG

 

 

                         Europa/OMS fala em “cessar-fogo” da Covid-19

Bissau, 03 Fev 22 (ANG) - A Organização Mundial da Saúde considerou, esta quinta-feira, que a pandemia de Covid-19 está numa situação de “cessar-fogo” na Europa que pode levar a “uma paz duradoura”.

O anúncio acontece numa altura em que vários países começam a levantar as principais restrições sanitárias.

Graças à alta taxa de imunidade e à escassa virulência da variante ómicron da Covid-19, o director para a Europa da Organização Mundial da Saúde, Hans Kluge, declarou, esta quinta-feira, que o continente está numa situação de “cessar-fogo” que pode levar a “uma paz duradoura” no que toca à pandemia.

Com o fim do Inverno, “este período de protecção mais elevada deve ser considerado como um cessar-fogo que nos pode trazer uma paz duradoura”, declarou o responsável, numa conferência de imprensa online.

Hans Kluge explicou que, para isso acontecer, é preciso que a alta taxa de imunidade se mantenha, com a continuação das campanhas de vacinação e a monitorização das novas variantes, sendo necessário que as autoridades sanitárias continuem a proteger as populações mais vulneráveis.

Nos 53 países que integram a OMS-Europa, alguns na Ásia central, o número de contágios de covid-19 disparou devido à variante ómicron.  Na semana passada, a região registou quase 12 milhões de novos casos, o número mais elevado desde o início da pandemia há dois anos.

Vários países europeus, como a Dinamarca, a França e o Reino Unido, reduziram as restrições.

A Dinamarca foi o primeiro país a levantar todas as restrições a 1 de Fevereiro, com a reabertura das discotecas, o fim do uso obrigatório de máscara e do passe sanitário.

Em França, esta quarta-feira, o ministro da Saúde, Olivier Véran, declarou, numa entrevista ao canal televisivo BFMTV, que “o pior já passou”, que o passe vacinal poderá ser levantado “bem antes de Julho” e que o uso obrigatório de máscara, por exemplo, nos cinemas, poderá terminar na Primavera.

“À escala do país, ultrapassámos o pico dos contágios (…) Estamos a chegar ao pico das hospitalizações”, declarou o governante, sublinhando que “o pior já passou”.

"O passe vacinal terá um fim e, tendo em conta a dinâmica epidémica actual, é provável que esse fim seja bem antes do mês de Julho. A não ser que haja uma má notícia”, continuou.  

No Reino Unido, também deixou de ser obrigatório o uso de máscara, o teletrabalho deixou de ser recomendado oficialmente e já se pode ir a espectáculos ou discotecas sem apresentar passe sanitário.ANG/RFI

 

 

 

Sublevação militar//LGDH condena “acto contra o Presidente da República e membros do governo”

Bissau, 03 Fev 22 (ANG) -  A Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH), condenou quarta-feira o falhado  golpe de Estado contra o Presidente da República Umaro Sissoco Embaló e os membros do governo, ocorrido no  dia 01 de Fevereiro, no Palácio do Governo, onde decorria a reunião do Conselho de Ministros, e que provocou 11 vítimas mortais.

Segundo o comunicado da LGDH à que a ANG teve acesso hoje, estão em curso em Bissau, buscas e revistas às instalações privadas e detenções de pessoas alegadamente suspeitas de  envolvimento no anunciado motim.

A organização que defende os direitos humanos, disse que, em consequência, instala-se um clima de insegurança e de incerteza, capaz de comprometer os esforços de consolidação do Estado, empreendidos por vários atores nacionais e internacionais.

O mesmo comunicado acrescenta que, em democracia, não há alternativa à Ordem Constitucional sendo que, em circunstância alguma,  actos de violência devem servir para a resolução de problemas políticos.

Para a LGDH, perante este “contexto político frágil e volátil”, o diálogo e respeito pelas normas constituem as únicas soluções sustentáveis para a instabilidade político-militar que assola o país nos últimos anos.

Perante o caso, a LGDH através do mesmo comunicado, condenou os actos de violência gratuita ocorrido terça-feira no palácio do Governo e que resultaram em perdas de vidas humanas  em circunstâncias ainda por esclarecer.

Instou por outro lado, as autoridades judiciárias a desencadearem uma investigação transparente e conclusiva com vista ao esclarecimento das circunstâncias em que ocorreram a suposta insurreição.

Através do mesmo comunicado, a LGDH lamentou as mortes ocorridas e manifesta a sua profunda solidariedade aos familiares das vitimas.

Instou  as autoridades competentes a observarem escrupulosamente os dispositivos legais no discurso  das investigações em curso, evitando que haja  comportamentos suceptíveis de configurar “caça às bruxas”.

ANG/LLA/ÂC//SG