quarta-feira, 8 de junho de 2022

Tribunal Europeu/Rússia vai deixar de aplicar decisões desta instância judicial dos Direitos do Homem

Bissau, 08 Jun 22 (ANG) – O parlamento russo aprovou, terça-feira, um conjunto de leis que permitem à Rússia deixar de cumprir as decisões do Tribunal Europeu dos Direitos Humanos.


A medida formalizou a quebra dos laços entre a Rússia e o Conselho da Europa, o principal órgão de direitos humanos do continente, do qual o país foi excluído em Março.

"O Tribunal Europeu dos Direitos Humanos tornou-se um instrumento de luta política contra o nosso país nas mãos dos políticos ocidentais", disse Vyacheslav Volodin, presidente da Duma, a câmara baixa do parlamento russo, num comunicado após a votação.

"Algumas das suas decisões estavam em contradição directa com a Constituição russa, os nossos valores e tradições", justificou ainda.

Como resultado das referidas leis, a Rússia deixará de aplicar as decisões daquele Tribunal tomadas após 15 de Março, quando Moscovo anunciou a sua decisão de abandonar o Conselho da Europa, do qual era membro desde 1996.

No dia seguinte, a Rússia foi oficialmente excluída do conselho devido à sua intervenção militar na Ucrânia, iniciada em 24 de Fevereiro.

Ao deixar o Conselho, a Rússia também abandonou a Convenção Europeia dos Direitos do Homem, mas oficialmente está obrigada a cumprir as suas normas até 16 de Setembro, altura em que deixará de ser parte contratante.

Volodin anunciou ainda que os danos pelos quais a Rússia foi condenada pelo Tribunal Europeu dos Direitos Humanos antes de 15 de Março serão pagos "em rublos e apenas em contas dos bancos estatais russos".

Milhares de russos recorreram nos últimos anos aquele tribunal como último recurso, após perderem em tribunais russos processos sobre direitos humanos, desde perseguição política a violência doméstica.

Até agora, a Rússia era o país mais visado em processos naquele tribunal europeu: dos 70 mil processos pendentes, quase um quarto (24,2%) diz respeito a russos. ANG/Angop

 

terça-feira, 7 de junho de 2022

Ensino/Presidente da Associação Nacional  dos Pais e Encarregados de educação diz  que não vão financiar a  morte dos filhos

Bissau, 07 Jun 22(ANG) – O Presidente da Associação Nacional  dos Pais e Encarregados da Educação disse hoje que não vão financiar a morte dos seus filhos, mas sim o estudo, porque o Liceu Nacional Kwame N´krumah está num estado avançado de degradação, com o seu tecto a beira de cair a qualquer momento sobre os alunos.

Abú Injai que falava aos jornalistas após a visita conjunta efetuada pela  Confederação Nacional das Associações Estudantis da Guiné-Bissau(CONAEGUIB) e sua organização, à este estabelecimento de ensino, disse que o Kuame Nkrumah  não pode ser abandonado porque é o primeiro liceu do país.

Disse que, se as receitas que saiam, anualmente, do bolso dos pais e encarregados da educação das escolas públicas,  em todo o território nacional,   são mais  de 700  milhões de francos cfa,  porquê que o Estado não constroi ou  reabilita as infraestruturas escolares com aquele dinheiro.

Indjai revelou que 40 por cento das receitas das escolas vão para o Ministério da Educação e os 60 por cento ficam nas escolas.

O  Diretor do Liceu Kwameh Nkrumah,  Idriça Cassamá disse que o estado de degradação do mais antigo liceu do país tem sido sempre informado aos diferentes ministros que tutelaram o peouro do ensino.

Segundo Cassamá, a reabilitação  do liceu está orçado em mais de 600 milhões de francos cfa.

O edício do liceu Kwame Nkrumah, segundo Idriça Cassamá, foi construído em 1948, na época colonial Guiné Portuguesa, e os materiais de construção ali usados para sua cobertura são de madeiras. Actualmente o teto deixa passar a água das chuvas,as janelas e portas  apodreceram, os vidros partidos

Perante este situação o  presidente da CONAEGUIB, Bacar Darame classificou de “vergonhoso” o  avançado estado de degradação física em que se encontra o Liceu Kwame Nkrumah.

 “Se todos têm conhecimento, porque razão o Liceu não está a ser reparado até este momento, ou estão à espera que aconteça alguma desgraça para tomaram medidas adequadas,”questionou.

Darame lamentou o facto de o ano lectivo ter sido  cortado por causa da má condição da infraestrutura, acrescentando que, os alunos não completaram os conteúdos e dias lectivos programados.

Acusou  os responsáveis pela situação, de estarem a comprometer o futuro de uma geração, pois  se continuarem a produzir  alunos sem preparação completa, estão a criar dificuldades ao desenvolvimento do país.

Em nome da Asssociação dos Alunos do Liceu, Flávio Ambonto Cá disse que a sua organização concordou com a conclusão antecipada do ano lectivo por que vale mais uma vida do que que alguns dias ou meses lectivos perdidos.

Explicou que  tanto os alunos como os  funcionários administrativos e professores estão de acordo com o fecho da instituição  devido ao desabamento do tecto que é um “grande perigo para todos”.ANG/JD/ÂC//SG

 

 

 


Turismo
/Copitur recomenda à  países membros  elaboração do Programa de Emergência e de Desenvolvimento pós Covid-19

Bissau,07 jun 22(ANG) – A Confederação das Organizações Privadas das Indústrias de Turismo da CEDEAO(Copitur), recomendou as autoridades e os actores ligados ao sector do turismo a elaboração do Programa de Emergência pós Covid-19, visando o relançamento do sector.

A informação foi avançada hoje à ANG, pelo Presidente da Associação dos Operadores Turísticos e Similares da Guiné-Bissau(Asopts-GB), ao fazer o balanço da sua participação na Conferência Internacional sobre Desenvolvimento do Turismo em África Ocidental que decorreu de 23 à 25 de Maio, em Abidjan (Costa de Marfim).

Jorge Paulo Cabral igualmente Vice Presidente da Copitur, disse que outra recomendação saída do encontro de Abidjan, prende-se com a elaboração por parte das autoridades turísticas de cada país de um Plano de Desenvolvimento do sector.

“Para produzirmos os referidos documentos é preciso fazer um debate ao nível nacional com a participação de  todos os actores ligados ao turismo, incluindo o próprio governo, de forma a produzirmos um diagnósticos das necessidades básicas da Guiné-Bissau para o relançamento do sector, nos próximos três anos”, disse.

Aquele responsável salientou que, para a elaboração dos referidos documentos, vão recorrer ao envolvimento de peritos na matéria, tanto  nacionais como estrangeiros, ligados às instituições que operam no sector turístico, de forma a enriquecer o Programa e submetê-lo ao Copitur para efeitos de procura de financiamentos.

A Guiné-Bissau esteve representada no evento pelo Presidente da Asopts-GB e Vice Presidente da Copitur, Jorge Paulo Cabral e por seu Secretário Executivo, Ado Callahan. ANG/ÂC//SG

 

 

 

Dia Mundial de Segurança Alimentar/Nutricionista guineense defende elaboração de Guia Nacional de Alimentação 

Bissau, 07 Jun 22 (ANG) - O nutricionista guineense defendeu esta, terça-feira, a necessidade de  elaboração de um Guia Nacional de Alimentação com o objectivo de incentivar uma alimentação saudável  ao povo da Guiné-Bissau.

João Jaque Sanca Malú, falava   à Agência de Noticias da Guiné(ANG), no âmbito da comemoração do Dia Mundial de Segurança Alimentar, que se assinala hoje, e  sob o lema “Almentação Seguro e Melhor Saúde”.

 “O Guia Nacional de Alimentação é um documento no qual vão ser  plasmados diferentes tipos de produtos da Guiné-Bissau,  sua importância e as dietas alimentares das diferentes regiões do país”, explicou o nutricionista.

Segundo João Malú, na Guiné-Bissau, tal como  noutros países, existe a diversidade cultural, por isso, cada região e grupo étnico tem os seus hâbitos alimentares, e nessa guia vai ser explicado, detalhadamente, o valor nutricional de cada produto.

“É necesário que o governo chame os técnicos de saúde e nutricionistas para se sentarem e descutirem  sobre a elaboração do Guia Nacional de Alimentação. Porque a boa saúde  e vida longa está ligada à alimentação saudável. Por isso, os guineenses devem optar-se mais pelo consumo dos produtos  locais.”, aconselhou Sanca Malú.

Acrescentou que também há necessidade de se introduzir uma disciplina sobre boa nutrição, no currículo escolar, com a finalidade de transmitir  conhecementos às crianças.

 “A escola tem grande peso na educação das nossas crianças, porque elas tomam os seus professores como sábios. Entendem que eles são os detentores da sabedória, de modo que acabam sempre por levar em consideração o que apreenderam na escola”, disse João Jaque.

Por outro lado, o nutricionista afirmou que os alimentos naturais são sempre de maior importância por não terem produtos químicos e são frescos, sem longo periodo de conservação, e que isso proporciona sempre melhor saúde para um ser humano.

Malú disse que a produção e consumo de produtos locais são raros mas  que,  pouco a pouco, a Guiné-Bissau pode superar isso, com base na consciêncialização das pessoas sobre  a importância de consumir o que é natural.  

Sublinhou que no caso particular da Guiné-Bissau não existe segurança alimentar porque os guineenses consomem mais  produtos importados e com maior risco de não ter alimentação saudável e de contrair vários tipos de doenças.

“Aquilo que preparamos com as nossas próprias mãos é sempre melhor do que  é preparado pelo terceiro. Os alimentos que comsumimos necessitam sempre de cuidados especiais, como, por exemplo, a prática da higienização. Até porque, o que é nosso tem sempre mais valor”, considerou aquele nutricionista.

Numa  entrevista  à Agência Noticias da Guiné , em Setembro de 2021, no âmbito da prevenção da pandemia de Covid-19,  João Jaque Sanca Malú defendeu que a boa alimentação é fundamental para  a prevenção de qualquer  tipo de doença, para além de ajudar  no desenvolvimento da capacidade intelectual das  pessoas.

“De acordo com as regras de nutrição, existem dois tipos de má-nutrição que são: obesidade -  quando consumimos bastante os produtos inadequados como por exemplo produtos químicos e gordorosas, o que provoca muitos tipos de doenças; desnutrição -  quando carecemos de boa alimentação, o que muita das vezes deixa uma criança com baixo peso ou desnutrida”, dissera Sanca Malú . ANG/AALS/ÂC//SG



      Ucrânia/Governo diz que 32 jornalistas foram mortos durante o conflito

Bissau, o7 Jun 22 (ANG) – O ministro da Cultura ucraniano, Oleksandr Tkachenko, disse segunda-feira que desde o início da invasão russa da Ucrânia, a 24 de fevereiro, já morreram 32 jornalistas no conflito.

“Este ano, o Dia do Jornalista tem um sabor amargo”, escreveu Tkachenko na rede de mensagens Telegram, para celebrar o dia que a Ucrânia dedica desde 1994 ao trabalho dos profissionais da comunicação social.

“Estamos no quarto mês da guerra em grande escala e perdemos 32 jornalistas. Durante os oito anos de guerra anteriores, foram ainda mais os profissionais perdidos”, afirmou o ministro, referindo-se ao conflito armado com a Rússia no leste da Ucrânia desde 2014.

Tkachenko descreveu ainda os jornalistas como “heróis” e “lutadores na linha da frente da informação”, que cobrem o conflito durante as “24 horas do dia, sete dias por semana”.

“Esta é uma guerra híbrida que estamos a travar, a primeira desta magnitude na História do planeta, e o vosso papel é inestimável”, acrescentou o ministro dirigindo-se aos profissionais do setor.

Na segunda-feira passada, o jornalista francês Fréderic Leclerc-Imhoff, que trabalhava para o canal de notícias BFMTV, morreu num ataque que atingiu uma caravana humanitária na parte oriental do país em guerra.

Em abril perderam também a vida, entre muitos outros, o realizador lituano Mantas Kvedaravicius, quando estava a fugir da cidade cercada de Mariupol, e a repórter ucraniana Vira Hyryich, cuja casa em Kiev foi atingida por um míssil russo.

A Rússia lançou, em 24 de fevereiro, uma ofensiva militar na Ucrânia que matou mais de 4.100 civis e obrigou à fuga mais de 14 milhões de pessoas, de acordo com os mais recentes dados da ONU.

A organização indicou ainda que cerca de 15 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

ANG/Inforpress/Lusa

 


Caju
/Presidente da Associação dos Agricultores  lamenta incumprimento do preço de referência determinado pelo Governo

Bissau, 07 Jun 22 (ANG) – O Presidente da Associação Nacional dos Agricultores da Guiné-Bissau (ANAG), lamentou hoje  o não cumprimento do preço de 375 francos Cfa por cada quilograma de caju, dado pelo Governo como preço de referência.

Jaime Boles Gomes, em entrevista a Agência de Notícias da Guiné(ANG), diz que este incumprimento penaliza os agricultores, donos dos pomares de caju.

Boles Gomes fazia à ANG o  ponto de situação da presente campanha de comercialização da castanha de caju.

Para o presidente da ANAG, seria melhor que o Governo não estipulasse o preço mínimo de compra da castanha junto ao produtor, porque,segundo as suas palavras,  “há anos que não é respitado.

“O Estado decreta uma lei e esta  é simplesmente ignorada a olho de todos, isso é  exploração ao pobre produtor”, disse Jorge Boles.

Boles responsabiliza o  Governo, através do Ministério do Comércio e Indústria, por esse incumprimento do preço indicado, e alega que o executivo tem o  poder de sancionar os infactores.

 “Se forem deixados a sua sorte, o mais forte vai esmagar o mais fraco. Por isso  é que o Governo, como árbitro, deve fazer o seu papel assumindo as suas responsabilidades”, sublinhou.

Jaime Boles sustenta  que, quando tudo funciona de cabeça para baixo, o pobre ficará cada vez mais pobre, apesar de ser o dono do produto.

“Já choramos até dimais, mas os governantes não estão a assumir as suas responsabilidades. É isso que estamos a apelar, que haja o envolvimento ao mais alto nível, para sanear o problema de caju”,disse.

O líder dos agricultores falou da falta de um Banco de Investimento Agricola, num país onde a diversificação da cultura é uma miragem, frisando que o governo deve apostar em projectos de desenvolvimento com iniciativas para a mecanização da agricultura, criando fontes de rendimento ao agricultor e a sua família, abastecendo o mercado interno com produtos diversos cultivados no país e contribuindo assim para o avanço da economia nacional.

Falando da quantidade da castanha de caju exportada, caso do ano passado em que  o país exportou mais de 200 mil toneladas, Boles disse que apesar de tudo, o rendimento económico dos donos das hortas acabam sendo quase o mesmo.

“Ou seja, apesar desta quantidade exportada,  na prática, não melhorou  grande coisa no rendimento dos agricultores, uma vez que, cada ano, o número de pomares aumenta fazendo aumentar a  produção ao nivel nacional”, disse.

O Presidente da ANAG referiu que, este ano, há zonas em que  não houve muita castanha, por culpa da natureza, situação que deverá contribuir para a fraca  produção. “Mas, a zona Sul foi uma excepção, uma vez que os cajueiros tiveram uma boa produção”, acrescentou.

Jaime Boles Gomes apela a conjunção de esforços para a diversificação da agricultura no país, pede  apoios de parceiros através de créditos aos agricultores, o que segundo ele, irá permitir “acabar com a depêndencia do Senegal, onde até tomate, repolho e outros produtos agricolas saiem para Bissau”, o que diz ser “uma vergonha”..ANG/MSC/ÂC//SG

 

 

 

Nigéria/Novo balanço aponta 22 mortos no ataque de domingo a uma igreja católica

Bissau, 07 Jun 22(ANG) – A Agência Nacional de Gestão de Emergência da Nigéria (NEMA) confirmou hoje 22 mortos e 50 feridos no ataque de domingo a uma igreja católica no sudoeste do país, menos que os pelo menos 50 indicados pelo Conselho Nigeriano de Leigos Católicos.

“Podemos confirmar que 22 pessoas foram mortas e 50 feridas no ataque à Igreja Católica de São Francisco, na cidade de Owo”, disse o chefe de operações da NEMA no estado de Ondo (onde Owo está localizado), Olanrenwaju Kadiri.

Os feridos estão a receber tratamento médico no hospital e alguns deles estão em estado crítico, acrescentou Kadiri.

Homens armados não identificados disfarçados de membros da congregação dispararam tiros e utilizaram explosivos no ataque contra a igreja, disse a polícia.

“Os pistoleiros, com base em investigações preliminares, invadiram a igreja com armas e materiais suspeitos de serem explosivos”, disse Olumuyiwa Adejobi, porta-voz da polícia, através de um comunicado.

“Os investigadores policiais que fizeram parte dos socorristas que chegaram primeiro à cena recuperaram casquilhos de munição de AK-47 [espingardas], enquanto os Dispositivos de Artefactos Explosivos-Químicos, Biológicos, Radiológicos e Explosivos Nucleares confirmaram o uso de explosivos”, acrescentou Adejobi.

De acordo com os media locais, grande parte das vítimas eram crianças e mulheres.

O novo número das baixas foi divulgado um dia após o presidente nacional do Conselho dos Leigos Católicos da Nigéria, Henry Yunkwap, ter dito, numa declaração, que mais de 50 pessoas foram mortas no ataque, embora as autoridades não tivessem adiantado abertamente um número específico de mortos e feridos.

Yunkwap classificou o incidente como um “ato bárbaro”, levado a cabo por “animais na forma humana”.

O Presidente da Nigéria, Muhammadu Buhari, e o governador de Ondo, Oluwarotimi Odunayo Akeredolu, também condenaram o massacre.

“Aconteça o que acontecer, este país nunca se renderá a pessoas más, e as trevas nunca vencerão a luz. A Nigéria acabará por ganhar”, disse Buhari.

O Papa Francisco lamentou segunda-feira o ataque e rezou pela “conversão daqueles que estão cegos pelo ódio e pela violência”, segundo o Vaticano.

O Alto Representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell, acrescentou a sua voz aos que condenaram o ataque sangrento, descrevendo-o como um ato “desprezível”.

O ataque ocorreu depois de pelo menos 31 pessoas terem sido mortas no dia 28 de Maio durante uma debandada num evento religioso na cidade nigeriana de Port Harcourt, no sul da Nigéria.

A Nigéria sofre ataques incessantes de bandidos e raptos em massa para obter resgates lucrativos, mas estes tendem a ocorrer no centro e noroeste do país, tornando invulgar o massacre da igreja no sudoeste do país.

A esta insegurança junta-se a ameaça terrorista que atinge o nordeste do país desde 2009, causada pelo grupo Boko Haram e, desde 2015, pela sua fação ISWAP (Estado islâmico na província da África Ocidental).

ANG/Inforpress/Lusa

 

 

Emprego/Juventude guineense diz-se “descriminada” no próprio país por falar português

Bissau,07 Jun 22(ANG) - Os jovens guineenses querem um amplo debate nacional sobre o uso das línguas estrangeiras como ferramenta indispensável para conseguir um emprego nas instituições privadas e em muitas organizações não-governamentais que operam no país.

“Basta de concurso público em francês e inglês. Se o português já não serve, então que seja retirado como a língua oficial da Guiné-Bissau”, é o slogan de uma campanha lançada por um grupo de jovens académicos guineenses.

Um dos mentores da iniciativa, Amiel Monteiro de Carvalho, disse à DW que quem fala apenas o português é penalizado nas instituições do país.

"Sofremos discriminação”, atirou o jovem que fez o seu curso superior no Senegal e trabalha num dos bancos privados da capital guineense.

 A Guiné-Bissau, segundo Monteiro de Carvalho, por ser um país lusófono, integrante das organizações sub-regionais da África Ocidental, não significa que deixou de ter a sua própria língua oficial. “E as empresas vindas destes países não podem impor a língua estrangeira na Guiné-Bissau”.

Segundo Amiel, a primeira barreira para o recém-formado guineense, que procura emprego no país, é ter que fazer entrevistas de trabalho em inglês ou francês.

“Mesmo sendo um quadro competente para a vaga, acaba por ser eliminado”, explica Amiel Monteiro que considera “injusto” que essas empresas recorram à mão de obra de fora para preencher as vagas de trabalho.

“Atualmente estamos a sofrer com esta situação na Guiné-Bissau, porque estão a importar técnicos de outros países que falem inglês e francês, ao passo que os nativos que não conseguem, são excluídos” lamenta.

Contactas pela DW, as empresas não estão disponíveis a gravar entrevistas. Mas uma fonte revela que quem fala o português e as duas outras línguas tem mais vantagem porque o sistema operativo destas instituições estão ou em francês ou inglês. Comunicam-se com outas representações e a “sede mãe” nestas duas línguas.

Na Guiné-Bissau, o inglês e francês são línguas opcionais tanto no liceu, como nas universidades, e as duas línguas não são faladas nas instituições, nem nas ruas do país.

“O mais caricato é que, depois de passar à entrevista em francês ou em inglês, a língua de trabalho com o público é o crioulo ou o português”, revela Amiel Monteiro de Carvalho.

O país, plurilingue e multicultural, tem cerca de 33 grupos étnicos com as suas respetivas línguas. Mas a língua crioula, principal meio de comunicação entre esses grupos étnicos, é falada por cerca 90,4% da população, segundo o último censo divulgado em 2009. 27,1% fala português.

Estes dados colocam o país numa situação complexa, analisa o professor do ensino secundário guineense, Sumaila Jaló.

“O problema tem a ver com a complexa questão linguística do próprio país, que oficialmente tem o português apenas como a língua de trabalho, do funcionamento da administração pública, mas a língua nacional é o crioulo”, realça Jaló.

A falta de uma política nacional que balize as regras linguísticas na Guiné-Bissau, por parte do Estado é outro problema que deve ser debatido com profundidade pelos guineenses, diz Sumaila Jaló que ainda descobre um outro problema que a língua portuguesa tem no sistema educativo guineense.

“É uma língua que é ensinada como se fosse língua materna, língua do dia-a-dia, quando não é. É uma língua estrangeira e deve ser essa metodologia que deve ser usada para o ensino do português”, defende.


A Guiné-Bissau é um país lusófono que faz fronteiras com o Senegal e a Guiné-Conacri, dois países francófonos, e com a Gâmbia, que é anglófono. Integra a União Económica e Monetária da África Ocidental (UEMOA) uma organização regional onde ainda estão o Benim, Burkina Faso, Costa do Marfim, Mali, Níger, Senegal e Togo. O país é ainda membro da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
ANG/DW África

 

                           Mali/Junta militar reduz transição para dois ano

Bissau, 07 Jun 22 (ANG) -  AJunta Militar no poder no Mali anunciou,  segunda-feira, a passagem de poder aos civis, até Março de 2024, fixando, assim, por decreto a transição a dois anos.

O chefe da Junta, o coronel Assimi Goïta, assinou o decreto, que acabou por ser lido  segunda-feira na televisão do Estado, anunciando que “a duração da transição é agora fixada a 24 meses, a contar de 26 de Março de 2022”.

O anúncio acontece depois de uma cimeira da Comunidade Económica dos Estados de África Ocidental (CEDEAO) que manteve as duras sanções comerciais e financeiras fixadas em Janeiro a Bamaco, para forçar a Junta a apresentar um calendário “aceitável” para a transição de poder.

Os militares que assumiram à força, em Agosto de 2020, a liderança deste país mergulhado, desde 2012, numa profunda crise de segurança, política e humanitária tinham retirado do seu compromisso inicial a cedência do poder aos civis, após as eleições marcadas para Fevereiro passado, que acabaram por não se realizar.

No início do ano, os militares chegaram mesmo a equacionar governar o país ao longo de mais cinco anos.

Os chefes de Estado e de governo da CEDEAO estiveram reunidos no sábado passado em Acra, Gana, para discutir a situação política do Burkina Faso, Guiné-Conacri e Mali, governados no último ano e meio por juntas militares que realizaram golpes de Estado.

Bamaco esperava que da cimeira resultasse o levantamento de algumas das duras sanções impostas ao país, mas os líderes dos 15 países membros da CEDEAO, entre os quais se contam a Guiné-Bissau e Cabo Verde, remeteram novas decisões para nova cimeira, agendada para o início do próximo mês.

A CEDEAO “decidiu manter as sanções impostas” ao Mali (que passam pelo bloqueio de contas dos membros da junta militar em bancos regionais, a retirada de embaixadores de Bamako e a suspensão da maioria das transações comerciais com o país) e “continuar o diálogo para chegar a um acordo que permita o seu levantamento gradual, à medida que as etapas da transição forem concluídas”. ANG/RFI

 

 


Crise de combustível
/Condutores de toca-toca pedem intervenção do governo para ultrapassar a situação

Bissau, 07 Jun 22 ANG -  Os condutores de toca-toca(transportes urbanos de passageiros) pediram hoje a intervenção do governo junto das empresas importadores de combustíveis para se ultrapassar as dificuldades de abastecimento com que o país se depara actualmente.

A preocupação dos condutores foram reveladas esta terça-feira numa auscultação feita pela ANG sobre as enormes filas de carros  verificadas nos postos de combustíveis da  Petromar, em Bissau. O país se depara com a crise de gasóleo.

Ivo Embana disse que a falta de combustível está a criar grande dificuldade no trabalho dos condutores, e contou  que  na, segunda-feira,  ficou na fila desde às 10H00 da manhã até  15H00 para  abastecer a sua viatura.

ʺAntes com vinte mil de combustível dava para trabalhar durante todo o dia, mas agora só com vinte e oito mil de combustível  se consegue trabalhar sem problema”, disse.

Para Mohamed Sow, a dificuldade de se comprar o gasóleo exige agora um grande esforço de se levantar as 6H00 da manhã para pegar a fila e dormir  tarde. 

Iu Lopes disse que a crise de combust´vel fez com que muitas viaturas parassem. Disse que segunda-feira  saiu desde manhã para procurar combustível e que só conseguiu as 22H00.

Lopes diz que o gasóleo está muito caro, porque antes vinte litros custava doze mil francos cfa mas  agora  custa 15.325 fcfa.

A empresa Petromar, segungo Cassimo Djaló, é, acualmente, a única que dispõe de gasóleo para venda pública, sendo que todas as outras estão fechadas por falta de combustíveis.

No mês de março passado a Guiné-Bissau viveu uma crise, desta feita da gasolina, que motivou uma penúria do produto durante cerca de duas semanas.

Na altura o Governo procedeu ao ajustamento de preços fixando um litro do gasóleo a 766 francos e o da gasolina de 760 francos cfa.

Até ao ajustamento de preços em março, o litro do gasóleo estava a ser vendido 665 francos cfa  e o da gasolina cerca de 668 francos cfaANG̸/MI/ÂC//SG

 

   

                 Grã Bretanha/Boris Johnson sobreviveu a moção de censura

Bissau, 07 Jun 22 (ANG) - O primeiro-ministro britânico sobreviveu a uma moção de censura interna no Partido Conservador, ao conseguir 211 votos de apoio, resultado que mostra   um partido conservador partido ao meio. 

Boris Johnson, prometeu dar luta depois de sobreviver a uma moção de censura interna no Partido Conservador,mas 148 deputados, o equivalente a 41%, retiraram a confiança ao líder, mais do que em rebeliões anteriores contra Margaret Thatcher, Theresa May e John Major. 

Boris Johnson recusou ceder à pressão para demitir-se: “Penso que é um resultado convincente, um resultado decisivo e o que significa é que o Governo pode seguir em frente e focar-se nas coisas que interessam verdadeiramente às pessoas”.

Até agora Boris Johnson tem desafiado as expectativas e sobrevivido a vários escândalos.

As regras actuais até proíbem uma nova moção de censura nos próximos 12 meses, mas o partido Conservador é conhecido por ser pragmático e implacável. 

A sensação entre comentadores e críticos é que a posição de Boris Johnson é insustentável e que esta “guerra civil” no partido não vai parar até à mudança de líder. Em causa está o escândalo das Partygate, as festas em Downing Street durante a pandemia de Covid-19, a intenção de legislar para suspender partes do Protocolo da Irlanda do Norte do Acordo do Brexit e a política de enviar imigrantes ilegais para processamento no Ruanda. ANG/RFI

 


Desporto-futebol
/Sporting Clube da Guiné-Bissau perde por 1-0 com Arados de Nhacra mas mantem-se na liderança da Guinees Liga

Bissau, 07 Jun 22 (ANG) – O Sporting Clube da Guiné-Bissau perdeu no último fim de semana com Arados de Nhacra por 1- 0 mas mantem-se na liderança da Guinees Liga com a diferencça de apenas um ponto em relação ao segundo classificado , o Sport Bissau e Benfica.

Os encarnados  perderem a oportunidade de se igualar ao Sporting de Bissau ao não passar de um empate a Zero bolas, na sua deslocação à Bafatá onde se confrontou com o Sporting local.

Eis os resultados das restantes partidas: Flamengo de Pefine-1/FC de Sonaco-1, Sporting de Bafatá-0/Sport Bissau e Benfica-0, FC de Pelundo-0/Os Balantas de Mansoa-1, Cupelum FC-0/FC de Canchungo-0, Bissorã-1/Binar-2, Portos de Bissau-1/FC de Cuntum-1, Cacine-1/UDIB-0.

Tabela Classificativa da 23ª jornada:

1º - SC. Guiné-Bissau-46 pts                                            9º- FC.Pelundo-28 pts

2º - SB.Benfica-45 pts                                                        10º-SC.Bafatá-26 pts

3º - FC.Canchungo-43 pts                                                11º-Flam.Pefine-24 pts

4º -FC de Sonaco-38 pts                                                   12º-Prtos.Bissau-24 pts

5º -FC de Cuntum-37 pts                                                   13º-Mas.Cacine-23 pts

6º -Bal.Mansoa-32 pts                                                        14º-AR.Nhacra-23 pts

7º -AC.Bissorã-31 pts                                                         15º-Binar FC-22 pts

8º -UDIB-31 pts                                                                    16º-Cupelum FC-20 pts  

Para a próxima jornada estão previstos os seguintes encontros: FC de Cuntum/Atletico de Bissorã, SB. Benfica/Arados de Nhacra, FC de Sonaco/Cupelum FC,FC de Canchungo/Portos de Bissau, Sporting Clube da Guiné-Bissau/FC. Pelundo, UDIB/Flamengo de Pefine,Binar FC/Massaf de Cacine, Clube Futebol Os Balantas/Sporting Clube de Bafata.ANG/LLA/ÂC//SG

segunda-feira, 6 de junho de 2022


             Ucrânia
/Intensos combates pela conquista de Severodonesk

Bissau, 06 Jun 22 (ANG) - Ao centésimo terceiro dia da invasão russa à Ucrânia, as atenções continuam voltadas para Severodonetsk, com ambas as partes a reclamarem conquistas na cidade.

Os combates entre russos e ucranianos intensificam-se em várias regiões da Ucrânia.

A cidade de Severodonesk voltou, no domingo, a estar no centro das atenções. Também a capital, Kiev, foi alvo de ataques russos.

O Presidente ucraniano visitou, domingo, a linha da frente, na região do Donbass, onde se encontrou com soldados, famílias e deslocados ucranianos, como forma de demonstrar o seu apoio e confiança. Esta visita acontece uma semana depois de ter estado em Kharkiv. 

Esta segunda-feira, o exército ucraniano continua a resistir em Severodonesk, segundo Sergii Gaidai, governador de Lugansk que dá conta de intensos combates e de fortes bombardeamentos na região. A conquista desta cidade estratégica é um dos objetivos declarados de Moscovo, com o intuito de controlar, na totalidade, a região do Donbass, no leste do país.

Ainda durante esta manhã, foram ouvidas várias explosões em Mykolaiv, cidade estratégica, entre Kherson e Odessa.

Entretanto, as forças armadas ucranianas também anunciaram a morte de mais um general russo durante confrontos com as tropas ucranianas, em Lugansk.

Perante os últimos ataques russos, o Reino Unido já anunciou que vai enviar para a Ucrânia um carregamento de lança-rocketts, apesar do aviso deixado por Putin no fim de semana. O Presidente russo, Vladimir Putin, advertiu este domingo que atacará novos alvos se o Ocidente continuar a fornecer mísseis de longo alcance à Ucrânia, referindo que as actuais entregas de armas têm por objetivo “prolongar o conflito”.

O Presidente russo, Vladimir Putin, culpou, esta segunda-feira, o Ocidente pela escalada da inflação e falou ainda sobre as sanções.

"Os erros de muitos anos dos países ocidentais na política económica e nas sanções ilegítimas levaram a uma onda de inflação global, à destruição das cadeias logísticas e produtivas habituais", disse Putin, citado pela agência de notícias EFE. ANG/RFI

 

 

Justiça/Vice-Presidente da Comissão Especializa da ANP para  Política Externa lamenta estado dos cidadãos nacionais detidos no Togo

Bissau, 6 Jun 22 (ANG) – O primeiro vice-Presidente da Comissão Especializada da Assembleia Nacional Popular para a Politica Externa e Imigração, lamentou hoje o estado em que se encontram 10 cidadãos nacionais detidos da República de Togo, tendo pedido diligências, ao mais alto nível, das autoridades nacionais, para a repatriação dos mesmos para virem cumprir  penas no país.

Cipriano Mendes Pereira vulgo Nhina falava em entrevista exclusiva à ANG sobre em jeito de  balanço da recente deslocação ao Togo, de deputados membros da referida Comissão Especializada da ANP.

“Já tinhamos agendado este projecto e mesmo com a dissolução do parlamento achamos por bem deslocar àquele país com o objectivo de se inteirar da situação dos guineenses ali detidos, usando os nossos próprios meios para o efeito”, explicou.

O deputado do Partido Movimento para Alternância Democrática(Madem G-15), disse que os presos são pessoas que usam aquele país em trânsito para outros destinos, principalmente Brasil mas tiveram o asar de serem presos sobretudo por, alegadamente, possuirem drogas de tipo cocaina.

 “Fomos recebidos muito bem pelas autoridades de Lomé,  nossos colegas deputados disponibilizaram duas viaturas, a fim de facilitar a nossa deslocação”, disse.

Cipriano Mendes Pereira salientou que, prisão é prisão, acrescentando que,  as condições não poderiam ser como de outras localidades fora de prisão, principalmente, no estrangeiro, sublinhando que, por isso, considera de “lamentável” a situação em que se encontram os “nossos concidadãos detidos no Togo”.

Mendes Pereira disse que estão a concluir o relatório sobre o assunto que será entregue a ANP, Primatura e a Presidencia da República, uma vez que o assunto exige um outro tipo de intervenção.

“Penso que, com a sensibilidade do Presidente da República sobre o assunto pode-se encontrar uma solução junto das autoridades togolesas”, disse.

Segundo Cipriano Pereira, entre os 10 detidos, um faleceu, infelizmente, restando os  09  que estão a cumprir penas de 10 anos.

Disse que a  maioria já cumpriu quase a totalidade das penas faltando 8 e 5 meses para sair, salientando que o problema é que têm que pagar multas em dinheiro que  rondam os 10 a 50  milhões de francos CFA cada, dependendo da gravidade de cada caso.

“Segundo nos informaram, a causa da prisão na sua maioria se relaciona ao tráfico de  cocaina. Muitos já passaram vários anos sem receber visitas. A nossa ida ao Togo foi como um nascer de esperança para eles”, salientou.

O deputado disse que, dos 10 detidos seis são guineenses incluindo um rapaz de Gabú que faleceu  e os outros quatro são nigerianos com documentos guineenses.

O deputado Nhina disse que, se as condições permitirem vão continuar a fazer este trabalho  noutros países.ANG/MSC/ÂC//SG

Vaticano/Papa pede “verdadeiras negociações” para cessar-fogo na Ucrânia

Bissau, 06 Jun 22 (ANG) – O Papa pediu domingo “verdadeiras negociações” para um cessar-fogo “e uma solução sustentável” na Ucrânia, em guerra há 100 dias, na sequência do ataque militar da Rússia de 24 de Fevereiro.

“Quando se cumprem 100 dias do início da agressão armada na Ucrânia, de novo caiu sobre a Humanidade o pesadelo da guerra, que é a negação do sonho de Deus”, disse Francisco a milhares de pessoas reunidas na praça de São Pedro, no Vaticano, no final da oração habitual de domingo.

“Renovo o meu apelo aos responsáveis das nações: não levem a Humanidade à ruína, por favor”, acrescentou o Papa, que repetiu uma segunda vez esta última frase e foi aplaudido por quem estava na praça.

Francisco pediu a seguir “verdadeiras negociações, concretas, para um cessar-fogo e uma solução sustentável” e que “seja ouvido o grito desesperado de quem sofre”, que haja “respeito pela vida humana e que se acabe com a macabra destruição de cidades e aldeias”.

“Continuemos a reza, comprometamo-nos com a paz incansavelmente”, afirmou.

Francisco reiterou no sábado a sua disponibilidade para ir à Ucrânia, mas questionado por um menino ucraniano durante um encontro com um grupo de jovens no Vaticano, disse que está à espera do “momento certo”.

“Gostava de ir à Ucrânia, mas tenho de esperar pelo momento certo”, respondeu o Papa a um menino refugiado, segundo a imprensa local.

Francisco salientou que, neste momento, a situação não é segura e anunciou que esta semana vai reunir-se com representantes do Governo ucraniano, com quem, entre outras coisas, discutirá a possibilidade de uma viagem ao país em guerra, adiantaram as mesmas fontes.

Tanto o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, como o presidente da câmara de Kiev, Vitali Klitschko, convidaram o Papa a visitar o país, uma viagem que Francisco já disse, em várias ocasiões, estar disposto a fazer como forma de ajudar a acabar com a guerra.

Desde que a guerra começou, em 24 de Fevereiro, Francisco fez vários apelos ao fim do conflito, mostrou disponibilidade para “fazer tudo o possível” para ajudar a resolver a guerra e enviou vários cardeais para mostrar a sua proximidade com o povo ucraniano.

A Rússia lançou em fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou já a fuga de mais de 14 milhões de pessoas das suas casas, de acordo com os mais recentes dados da Organização das Nações Unidas (ONU), que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Também segundo as Nações Unidas, cerca de 15 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

ANG/Inforpress/Lusa