terça-feira, 9 de maio de 2023

              Rússia/Putin denuncia guerra ocidental contra a Rússia

Bissau,09 Mai 23(ANG) - O Presidente russo Vladimir Putin disse esta terça-feira, 9 de Maio, que o os países ocidentais estão a orquestrar “uma guerra” contra a Rússia, antes de apelar “à vitória “, durante as celebrações militares na Praça Vermelha em Moscovo.

O Chefe de Estado russo afirmou que foi desencadeada uma “autêntica guerra” contra a Rússia, garantindo a vitória e acusando os países ocidentais de serem a causa da divisão e das revoluções no mundo.

 “Hoje, a civilização encontra-se mais uma vez num ponto de viragem decisivo. (...) Uma verdadeira guerra foi desencadeada contra a nossa pátria. (...) Mas repeliremos o terrorismo internacional, protegeremos os habitantes do Donbass e garantiremos a nossa segurança”, referiu.

Vladimir Putin disse que “nada é mais importante do que as responsabilidades militares”, acrescentando que a segurança do país depende dos soldados russos.

"Vocês cumprem as missões militares com honra, vocês lutam pela Rússia", reiterou.

O Presidente russo apontou o dedo às "elites ocidentais" que "colocam os povos uns contra os outros, dividirem as sociedades e provocarem conflitos sangrentos", declarações que recordam a retórica de Moscovo na época da Guerra Fria.

“O objectivo é levar à destruição do nosso país”, acusou Vladimir Putin, que apresenta a ofensiva contra a Ucrânia como uma operação russa contra a agressão ocidental. Após 15 meses da ofensiva na Ucrânia, o exército russo surge enfraquecido com elevadas perdas, contratempos e tensões entre o estado-maior e a milícia paramilitar do grupo Wagner.

Após o breve discurso do Presidente russo, milhares de militares marcharam na icónica Praça Vermelha de Moscovo, ostentado bandeiras russas e soviéticas.

O Dia da Vitória comemora a vitória europeia dos Aliados sobre o regime da Alemanha nazi, no final da Segunda Guerra Mundial, em 08 de maio 1945. Nos países sob influência da antiga União Soviética, a partir de 1967, o Dia da Vitória passou a ser comemorado nos dias 09 de Maio, referindo-se ao dia da capitulação das forças nazis perante as tropas soviéticas, e passou a ser considerado um dia feriado.ANG/RFI

 

Angola/Presidente João Lourenço defende “solução negociada para o conflito” no Sudão

Bissau,09 Mai 23(ANG) - O Presidente angolano diz estar “muito preocupado” com a situação “inesperada” que se vive no Sudão, em entrevista à France 24, e  reitera que Angola quer encontrar “uma solução negociada para o conflito”, considerando que esta é a “única saída” para o país.

 João Lourenço disse que manteve uma conversa com o general Abdel Fattah al-Burhan, em Londres, tendo aproveitado a ocasião para mostrar a preocupação de Angola em querer encontrar uma solução para o conflito”.

“A conversa foi boa. Ele agradeceu o facto de todos nós querermos encontrar uma solução negociada para o conflito. Que é a única saída”, explicou.

O Presidente angolano referiu ainda que é urgente "pôr fim aos combates, alcançar-se um cessar-fogo e negociar-se uma paz que seja definitiva”, permitindo o “regresso do grande número de sudaneses que, neste momento, estão na condição de refugiados, nos países vizinhos”.

Questionado sobre o facto da União Africana não ter conseguido, até agora, mediar este conflito, João Lourenço reconheceu que “não faltam esforços nesse sentido e que ninguém está de braços cruzados”.

“O Sudão é membro da Conferência Internacional da Região dos Grandes Lagos, daí eu ter tido a preocupação de ter falado com o Presidente Abdel Fattah. Sei, igualmente, que quer o presidente da Comissão, quer o presidente em exercício da União Africana- Presidente das Comores-  todos eles se tem desdobrado em esforços, no sentido de colocar os dois generais [Abdel Fattah al-Burhan e Mohamed Hamdan Daglo] em contacto para negociarem a paz”, admitiu.

O Presidente angolano acrescentou que “não é por falta de vontade em ver este conflito resolvido. Esse interesse existe, mas a paz não é algo que se negoceia num dia”.

Mais de cem mil pessoas fugiram do Sudão desde que começaram os confrontos entre o Exército e um grupo paramilitar, a situação está a empurrar o país para uma guerra civil. Os combates têm sido travados entre o Exército, liderado pelo general Abdel Fattah al-Burhan, e as Forças de Apoio Rápido, chefiadas pelo general Mohamed Hamdan Dagalo, conhecido por Hemedti.

Os dois chefes militares eram aliados e estiveram lado a lado, quando o antigo Presidente sudanês, Omar al-Bashir, foi derrubado, em 2019, no golpe militar que pôs fim a três décadas de ditadura no Sudão. Dois anos depois, os militares afastaram o governo interino civil que estava a lançar as bases para uma transição democrática. Os combates no Sudão já provocaram 700 mortos e 5.000 feridos. Há mais de 300 mil deslocados e mais de 100 mil refugiados. ANG/RFI

 

          Sudão/Confrontos obrigaram mais de 700.000 pessoas a fugir

Bissau, 09 Mai 23 (ANG) – Os violentos confrontos no Sudão, que começaram em 15 de Abril, obrigaram mais de 700.000 pessoas a fugir do país, o dobro do número registado há uma semana, anunciou hoje a ONU.

"Este número é mais do dobro do número de pessoas deslocadas internamente" contabilizado na passada terça-feira, disse Paul Dillon, porta-voz da Organização Internacional das Migrações (OIM).

O conflito no Sudão opõe o exército e o grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido (RSF, sigla em inglês).

As hostilidades eclodiram em 15 de abril, após semanas de tensão sobre a reforma das forças de segurança nas negociações para a formação de um novo governo de transição.

Ambas as forças estiveram por trás do golpe conjunto que derrubou o executivo de transição do Sudão em outubro de 2021.ANGLusa

 

Cabo Verde/Ministro da Família desloca-se a Guiné-Bissau para reforço da cooperação bilateral

Bissau,09 Mai (Inforpress) – O Ministro da Família, Inclusão e Desenvolvimento Social, Fernando Elísio Freire, estará de visita à Guiné-Bissau, de segunda a 11 de Maio, visando o reforço da Cooperação Técnica entre ambos os países.

De acordo com um comunicado à imprensa, o ponto alto da deslocação é a assinatura de um memorando de entendimento, visando o reforço da Cooperação Técnica entre o Governo da República de Cabo-Verde e o Governo da República da Guiné-Bissau, nas áreas do Trabalho e da Segurança Social, podendo ser alargada a outros sectores de interesse mútuo.

De acordo com o comunicado, o memorando vai permitir a realização de acções de cooperação nas áreas específicas de intercâmbios de experiências através de Visitas de Estudos e Assistências Técnicas, Estágios práticos de curta duração, em diferentes estruturas organizacionais.

Estão contempladas, igualmente as áreas de formação para o reforço de capacidade técnica nos diferentes domínios, formulação de projectos e propostas para captação de recursos financeiros e outros disponibilizados para os Estados Membros da CPLP e da CEDEAO, Promoção e organização de seminários, ateliers, conferências, estudos e projectos conjuntos, entre outras acções.

Da agenda consta ainda um encontro com os pensionistas de Cabo Verde, visita à comunidade cabo-verdiana em Bissau, encontros de trabalho com a ministra da Mulher, Família e Solidariedade Social, ministro da Administração Pública, Trabalho, Emprego e Segurança Social e ministra dos Negócios Estrangeiros, da Cooperação Internacional e das Comunidades.

Ainda, estão previstas visitas ao primeiro-ministro, Presidente da República, visita ao Centro de Formação Profissional, SENAI e visitas às Casas de Acolhimento AMIC, Casa Samori, Casa Bambaran. ANG/Inforpress


    Irão/ONU denuncia uma média de 10 execuções por semana no Irão

Bissau, 09 Mai 23 (ANG) - O Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Turk, denunciou hoje um "elevado número" de execuções no Irão desde o início do ano, com uma média de 10 condenações à morte por semana.

Desde o dia 01 de janeiro, pelo menos 209 pessoas foram executadas no Irão, sobretudo por delitos relacionados com estupefacientes, segundo indicou o representante, citado num comunicado, admitindo ainda que o número pode ser superior.   

"Em média, desde o início do ano, mais de 10 pessoas são condenadas à morte todas as semanas, o que faz do Irão um dos países com um dos mais elevados números relativamente a execuções", disse Turk.

"A este ritmo, é preocupante que o Irão esteja no mesmo caminho do ano passado quando 580 pessoas foram alegadamente executadas", acrescentou, qualificando a situação como "abominável".

A porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Ravina Shamdasani, sublinhou, durante uma conferência de imprensa em Genebra, que se a tendência atual se mantiver "vai ser atingido um dos números mais elevados relativos à aplicação da pena de morte no Irão desde 2015", quando "foram registadas 972 execuções".

A ONU indicou ainda que "apenas alguns" Estados continuam a impor e a aplicar a pena de morte em todo o mundo.

Na segunda-feira, dois homens, Sadrollah Fazeli Zare e Youssef Mehrdad, foram executados por enforcamento no Irão acusados de blasfémia, o que suscitou a condenação de Washington e de várias organizações não-governamentais (ONG) de defesa dos direitos humanos.

Segundo as Nações Unidas, pelo menos 45 pessoas, incluindo 22 membros da minoria baluchi (cujos membros aderem em maior número ao Islão sunita, em vez do ramo xiita que domina a República Islâmica), foram executadas nos últimos 14 dias no Irão.

A maior parte delas foi executada por crimes relacionados com estupefacientes.

"A imposição da pena de morte por crimes relacionados com droga é incompatível com as normas internacionais em matéria de direitos humanos", afirmou ainda Turk. ANG/Lusa

 

segunda-feira, 8 de maio de 2023

Legislativas antecipadas/ Líderes religiosos apelam em “Declaração Conjunta” a Preservação da paz e estabilidade social no país

Bissau, 08 Mai 23 (ANG) – Os líderes religiosos guineenses pediram à todos os envolvidos no processo eleitoral, sobretudo os partidos e coligações politicos, a preservação da paz, estabilidade, assim como a promoção do respeito pelos direitos e liberdades fundamentais dos cidadãos.

O pedido dos líderes religiosos foi feito numa “Declaração Conjunta”, subscrita pelos representantes da Comunidade Católica, Evangélica e Islâmica, à que a ANG teve acesso hoje.

As partes  justificam a iniciativa  com   sinais de radicalização política já evidenciados em  “discursos políticos inflamatórios e segregacionistas”, tornados públicos nos últimos dias em Bissau.

Nesta declaração aconselham aos líderes políticos a confrontarem suas estratégias eleitorais no quadro constitucional, fazendo da Lei o limite e o fundamento na prossecução dos seus objectivos políticos partidários.  

Exortam os políticos a evitar comportamentos susceptíveis de comprometer a integridade do processo eleitoral, incluindo anúncio público de dados eleitorais antes de divulgação definitiva dos resultados pela entidade competente.

Ainda pedem que os políticos se abstenham  de proferir discursos inflamatórios,segregacionistas, radicias e capazes de incentivar o ódio e a violência durante a campanha eleitoral e o período pós-eleitoral.

No documento pedem que as propagandas eleitorais, nomeadamente os tempos de antena, as entrevistas, os comícios, as comunicações ao público e as manifestações políticas, sejam desenvolvidos com moderação, contenção e normas  democráticos,dando primazia aos debates políticos sobre assuntos voltados para o aprofundamento da democracia, consolidação da paz e promoção do desenvolvimento sustentável.

Eleger instâncias legais e judiciais como únicos fóruns para a resolução de disputas eleitorais com vista a preservar a paz e a coesão nacional foi igualmente recomendado.

Às instituções responsáveis pela gestão  eleitoral, apela-se a realização do processo  com zelo e imparcialidade, em estreita observância da lei, para garantir a transparência a integridade eleitoral e promoção de  uma campanha de educação cívica ampla e inclusiva, para incentivar a participação ativa dos cidadãos no processo eleitoral.

A Declaração Conjunta ainda recomenda  que sejam adotadas  as medidas necessárias e legais para o apuramento e divulgação de resultados eleitorais credíveis, para assim reduzir as especulações e a tensão política, o tratamento igual para todas as formações políticas e coligações, por forma assegura a sua participação ativa em todas as fases do processo eleitoral, para garantir a transparência no pleito.

Quanto as Forças de Defesa e Segurança pediu-se a manutenção dasegurança e  ordem pública antes, durante e depois das eleições, para permitir a participação livre e igual de todos os cidadãos,nomeadamente partidos e  coligações de partidos políticos e a população em geral.ANG/LPG//SG


Sindicalismo
/Confederação Sindical Internacional condena tomada da sede da UNTG-CS por antigo dirigente sindical

Bissau, 08 Mai 23 (ANG) – A Confederação Sindical Internacional (CSI) condenou a tomada da sede da União Nacional dos Trabalhadores da Guiné-Central Sindical (UNTG-CS) pelo  antigo dirigente sindical e seu grupo.

A condenação foi expressa numa  nota da referida organização à que a ANG teve acesso esta segunda-feira, na qual refere que , a UNTG foi forçada a fechar os seus escritórios para evitar confrontos e violência e procurou a intervenção polícial.

Acrescenta que apesar da presença policial as pessoas pertencentes a grupo de Laureano Pereira da Costa invadiram as instalações e trocaram as fechaduras e assumiram o controlo da sede.

A nota ainda refere  que o grupo de Laureano da Costa alega que tem autorização do Ministério do Interior, que é da sua competência, de forma que a polícia que estava no local não podia impedi-lo de intervir.

“A Confederação Sindical Internacional foi informada que, com o apoio do  Governo, Laureano Pereira da Costa realizou um congresso paralelo em nome da UNTG-CS de 28 a 29 de Abril de 2023, apesar de uma ordem judicial que já havia validado o 5º Congresso da UNTG-CS, realizado em 22 de Outubro de 2022. O Laureano da Costa e seu agrupamento realizaram então uma reunião inaugural no dia 03 de Maio de 2023, na qual, ameaçaram assumir à força os cargos da UNTG-CS no dia seguinte”, lê-se na  nota.

De acordo com a mesma nota, as referidas ações são contrárias às obrigações do  Governo frente aos Princípios e Direitos Fundamentais no Trabalho da Organização Internacional de Trabalho (OIT), em matéria de liberdade de associação, e evidenciam uma violação do  artigo 45º nº4 da Constituição da Guiné-Bissau, que prevê a proteção adequada dos representantes sindicais contra qualquer forma de restrição ao exercício legítimo das suas funções.

A confederação Sindical Internacional, através desta nota, refere que a inviolabilidade das instalações sindicais é uma liberdade civil protegida pelos princípios de liberdade sindical da OIT, e que no entanto, o  governo guineense tem a obrigação de proteger locais como estes, em circunstâncias em que um grupo organizado tenha tomado as instalações.

“A este respeito, proteger as instalações sindicais e manter a ordem judicial que aprovou o Congresso de 2022 da UNTG-CS estaria em consonância com as obrigações do  Governo de respeitar as liberdades civis e o Estado de direito que são essenciais para o exercício dos direitos sindicais”, frisou.

A CSI solicita uma investigação imediata sobre  alegações de que funcionários do Ministério do Interior estiveram por detrás de encerramento e apreensão de escritórios da UNTG, o que segundo diz, constitui uma garantia de que as atividades sindicais normais podem ser retomadas e que as instalações não sejam violadas no futuro.

Laureano Pereira da Costa foi eleito recentemente pelos seus apoiantes novo Secretário-geral da UNTG, após ter sido declarado candidato  vencido no V congresso da UNTG, realizado em Outubro passado.ANG/DMG//SG 

 
Sociedade
/LGDH condena  ato de violência contra cidadão Fransual Dias

Bissau, 08 Mai 23 (ANG) – A Liga Guineense dos Direitos Humanos condena o que diz ser “mais um ato de violência gratuita”, contra cidadão Fransual Dias.

A informação consta no comunicado à imprensa da Liga Guineense dos Direitos Humanos , à  que a ANG teve acesso hoje, no qual a organização diz tratar-se de “acto de cobarde e vil”, que visa apenas silenciar vozes incómodas que ousam denunciar a restrição arbitrária dos direitos e liberdades fundamentais, degradação da situação económica e social e a falta de independência do poder judicial na pátria do Amílcar Cabral.  

 A direção da Liga exige ao governo e aos órgãos da polícia criminal a urgente identificação e tradução à justiça dos membros desse esquadrão de repressão que tem aterrorizado os cidadãos nos últimos anos, e a responsabilização do Estado da Guiné-Bissau por inação e cumplicidade em relação à sucessivos atos de ataques contra  cidadãos.

Segundo a LGDH que cita  informações confirmadas pela vítima, o grupo chegou a  casa do jurista Fransuar Dias, por volta das duas horas da manhã, do dia 5 de Maio, e vandalizou a  viatura antes de atear  fogo no seu interior  .

“O esquadrão da repressão disparou tiros de armas automáticas contra a  residência de Fransuar Dias para de seguida deixar mensagens de ameaça tais como “da próxima será pior”.

A organização de defesa dos Direitos Humanos apela a serenidade ao povo guineense, na expectativa de que os membros dessa equipa de terror cedo ou tarde serão identificados e exemplarmente responsabilizados.

A Liga Guineense dos Direitos Humanos disse registar com profunda indignação a ocorrência de ato de violência gratuita contra o cidadão nacional, militante do Partido da Renovação Social e membro do Conselho de Estado, Fransual Dias, perpetrada por um grupo de indivíduos armados ainda por identificar. ANG/MI//SG

 

 

Sudão/União Africana pede cessar-fogo humanitário urgente às partes em conflito

Bissau, 08 Mai 23 (ANG) - O presidente da Comissão da União Africana (UA) instou hoje as partes em conflito no Sudão a chegarem a um cessar-fogo humanitário com urgência, no dia em que decorrem as conversações promovidas pela Arábia Saudita e pelos Estados Unidos.

Em comunicado, Moussa Faki Mahamat disse estar a acompanhar de perto as conversações entre as Forças Armadas sudanesas e as Forças de Apoio Rápido (RSF, sigla em inglês), que começaram hoje em Jeddah.

Para Mahamat, um cessar-fogo humanitário com urgência será o “primeiro passo para permitir o fornecimento imediato de materiais de socorro para aliviar o sofrimento dos civis sudaneses, que têm suportado o peso desta crise”.

O presidente da UA apelou também às partes do conflito para aceitarem a abertura imediata de “corredores humanitários para facilitar a distribuição de bens essenciais e o restabelecimento dos serviços”.

E reiterou “o imperativo de as partes cumprirem o direito internacional humanitário e o direito internacional dos direitos humanos e silenciem permanentemente as armas, no supremo interesse do povo do Sudão”.

Moussa Faki Mahamat sublinhou a necessidade urgente de a comunidade internacional conjugar os seus esforços numa ação coletiva para exprimir a sua solidariedade com o povo sudanês em prol da paz, da democracia e do desenvolvimento.

O conflito no Sudão, que começou a 15 de abril, provocou 700 mortos, 5.000 feridos, 335.000 deslocados e 115.000 refugiados. ANG/Lusa



Ucrânia
/Zelensky diz que a Rússia será derrotada da mesma forma que o nazismo

Bissau, 08 Mar 23 (ANG) - O Presidente da Ucrânia declarou hoje que a Rússia será derrotada da mesma forma que o nazismo foi vencido em 1945, no dia em que acontecem as comemorações da vitória dos aliados e o fim da Segunda Guerra Mundial.

“Todo o velho mal que a Rússia moderna está a trazer será novamente derrotado da mesma forma que o nazismo foi vencido", afirmou Volodymyr Zelensky num discurso publicado nas suas redes sociais, prometendo ainda “libertar” os territórios ocupados por Moscovo.

“Assim como destruímos o mal juntos, agora destruiremos em conjunto um mal semelhante (…). Este mal, embora diferente hoje, tem o mesmo objetivo: escravizar ou destruir”, afirmou ainda.

“Vamos vencer!”, prometeu Volodymyr Zelensky, neste discurso gravado diante de um imponente memorial da Segunda Guerra Mundial com vista para o rio Dnieper, em Kiev.

Zelensky insistiu: "Nunca esqueceremos a contribuição do povo ucraniano para a vitória sobre o nazismo".

"Não permitiremos que ninguém se aproprie da vitória comum das nações da coligação anti-Hitler", declarou o Presidente ucraniano.

O dia 09 de maio tornou-se uma data central para o nacionalismo russo, que se refere à guerra contra o nazismo como a "Grande Guerra Patriótica" e destaca apenas o papel da URSS na vitória.

Zelensky acusou novamente Moscovo de colocar-se contra aos ideais democráticos e acusou os russos de “agressão e anexação, ocupação e deportação, massacre e tortura, bombardeamento de cidades e o incêndio de aldeias”.

“Não vamos perder o que ganhámos, vamos recuperar tudo o que foi capturado pelo inimigo”, assegurou ainda neste discurso de 10 minutos.

Zelensky declarou que vai enviar hoje para a Verkhovna Rada [Parlamento ucraniano] uma lei para declarar a data 08 de maio como o Dia da Vitória contra o nazismo na Ucrânia, que até agora era comemorado em 09 de maio, como a Rússia.

Desta forma, Zelensky alinha a Ucrânia com o resto dos países europeus, que comemoram a vitória dos aliados contra o nazismo em 08 de maio.

A Ucrânia diz que está a concluir os preparativos para uma grande ofensiva para recapturar os territórios ocupados pela Rússia no leste e no sul, além da Crimeia, anexada em 2014 pela Rússia.

Nos últimos dias, intensificaram-se os ataques de ‘drones’ em ambos os lados, um sinal segundo os observadores, da iminência deste ataque por parte de Kiev.

ANGLusa

Moscovo/ Kiev acusada de terrorismo após declarações de chefe da 'secreta'

Bissau, 08 Mai 23 (ANG) – Moscovo acusou hoje Kiev de patrocinar o terrorismo e organizar atos terroristas após o chefe dos serviços secretos da Ucrânia, general Kyrylo Budanov, ter afirmado que os ucranianos “continuarão a matar russos em qualquer parte do mundo”.

“Trata-se de uma declaração monstruosa. Esta declaração, o que Budanov disse, é a confirmação direta de que o regime de Kiev não só patrocina atividades terroristas, como organiza diretamente essas atividades", disse hoje o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, numa conferência de imprensa.

Questionado domingo por um órgão de comunicação social ocidental sobre o ataque de sábado ao escritor nacionalista russo Zakhar Prilepin, o chefe dos serviços secretos ucranianos foi contundente na resposta.

“Tudo o que vou comentar é que temos matado russos e vamos continuar a matar russos em todo o mundo até à vitória completa da Ucrânia"”, afirmou.

As autoridades russas disseram que o suspeito da tentativa de assassínio de Prilepin confessou estar às ordens de Kiev e criticaram o silêncio das organizações internacionais.

Segundo um comunicado do Comité de Investigação, o suspeito do atentado - identificado como Alexander Permyakov, de origem ucraniana - confessou durante o interrogatório que “agiu sob instruções dos serviços especiais ucranianos”.

O carro de Prilepin explodiu na Rússia, ferindo-o e matando o seu motorista, indicou a agência noticiosa estatal russa Tass, citando funcionários dos serviços de emergência e da polícia.

Segundo a agência AP, que se baseia na informação da Tass, o incidente que envolveu o carro de Prilepin - um conhecido escritor nacionalista e fervoroso apoiante daquilo a que o Kremlin chama uma "operação militar especial" na Ucrânia - ocorreu na região de Nizhny Novgorod, cerca de 400 quilómetros a leste de Moscovo.

Hoje, as autoridades russas acusaram de terrorismo o suspeito do ataque contra  Prilepin,  com o Comité de Investigação da Rússia a declarar, num comunicado publicado no seu portal, que Permyakov "foi acusado de crimes nos termos do artigo 205 [ato terrorista] e 222 [tráfico ilegal de armas] do código penal russo".

Da mesma forma, sublinhou que foi pedida “a sua prisão preventiva como medida cautelar”.

Peskov, nas palavras de hoje, sublinhou que as declarações de Boudanov revelam uma "característica muito importante do regime de Kiev".

"Temos serviços especiais que vão fazer tudo o que for necessário à luz destas declarações", avisou o porta-voz do Kremlin, para quem o Ocidente não pode deixar passar em branco as palavras do chefe dos serviços secretos militares ucranianos.

“Vamos hoje acompanhar de perto a reação das capitais europeias e também de Washington - especialmente Washington -, porque é muito difícil imaginar que tais declarações terroristas de Kiev possam passar sem condenação", disse Peskov.

Por último, o porta-voz do Kremlin defendeu que as declarações de Boudanov “confirmam mais uma vez que foi correta” a decisão do Presidente russo, Vladimir Putin, de iniciar a operação militar especial na Ucrânia, a 24 de fevereiro de 2022.

 ANG/Lusa

Reino Unido/Autoridades britânicas detiveram 52 pessoas nos protestos anti-monarquia na coroação de Carlos III

Bissau, 08 Mai 23 (ANG) - O dia da coroação de Carlos III, no Reino Unido, foi também marcado pelos protestos anti-monarquia, e  as autoridades detiveram 52 pessoas por distúrbios da ordem pública, com os manifestantes a reclamarem falta de liberdade de protesto no país.

No final do dia de sábado, as autoridades britânicas revelaram ter levado a cabo 52 detenções no âmbito das manifestações anti-monarquicas que decorreram durante a coroação de Carlos III. Os detidos foram acusados de "distúrbios da ordem pública, atentado contra a paz e conspiração tendo em vista perturbar a coração" e foram todos libertados no final do dia de sábado.

Entre os detidos pelas autoridades britânicas estava Graham Smith,  principal organizador das manifestações em Londres e líder do movimento republicanos no país. Graham Smith foi libertado na noite de sábado, denunciando ter ficado detido durante 16 horas e sem acesso ao seu telefone.

Mesmo com estas detenções e com muito material apreendido antes mesmo da coroação começar, centenas de pessoas puderam erguer no sábado em Londres os seus cartazes NOT MY KING para mostrarem o desagrado sobre a celebração, com muitos a vaiar o novo rei e rainha.

Para os britânicos que são favoráveis à monarquia, a festa continua hoje um pouco por todo o país com piqueniques nas ruas e nos parques e ainda um concerto com várias estrelas nacionais e internacionais em frente ao Castelo de Windsor.

A coroação foi acompanhada através da BBC por 14 milhões de pessoas, um número que não impressiona já que o funeral de Diana, por exemplo, foi acompanhado por 31 milhões de pessoas em 1997. Cerca de 15% da população britânica, segundo recentes sondagens, diz ser a favor da abolição da monarquia. ANG/RFI

   Cabul/ONU pede aos talibãs fim das execuções públicas no Afeganistão

Bissau, 08 Mai 23 (ANG) - Um relatório da ONU, divulgado hoje (8), pediu ao Governo afegão que ponha fim às execuções públicas, criticando ainda a realização de apedrejamentos e açoitamentos em público desde que os talibãs subiram ao poder no país, segundo agência Lusa.

Segundo o relatório, nos últimos seis meses, 274 homens, 58 mulheres e dois meninos foram açoitados publicamente no país, de acordo com um relatório da Missão de Assistência das Nações Unidas no Afeganistão (UNAMA, na sigla em inglês).

"O castigo corporal é uma violação da Convenção contra a Tortura e deve terminar", disse a chefe de direitos humanos da UNAMA, Fiona Frazer, que pediu também uma moratória imediata sobre as execuções.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros talibã disse em resposta que as leis do Afeganistão são determinadas de acordo com as regras e directrizes islâmicas e que a esmagadora maioria dos afegãos segue essas regras.

"No caso de um conflito entre a lei internacional de direitos humanos e a lei islâmica, o Governo é obrigado a seguir a lei islâmica", afirmou o ministério, em comunicado.

Houve um aumento significativo no número e na regularidade dos castigos corporais impostos pela justiça desde Novembro, disse o relatório.

Nesse mês, o principal porta-voz do governo, Zabihullah Mujahid, repetiu, na rede social Twitter, comentários do líder supremo dos talibãs, o mullah Hibatullah Akhundzada, sobre juízes e a forma como estavam a aplicar a lei islâmica.

Desde então, a UNAMA documentou pelo menos 43 casos de chicotadas públicas envolvendo 274 homens, 58 mulheres e dois meninos.

A maioria das punições estava relacionada com condenações por adultério e "fuga de casa", disse o relatório.

Outros supostos delitos incluíam roubo, homossexualidade, consumo de álcool, fraude e tráfico de drogas.

Numa mensagem de vídeo, o procurador-geral adjunto nomeado pelos talibãs, Abdul Malik Haqqani, disse na semana passada que o Tribunal Supremo afegão tinha emitido 175 veredictos de retribuição desde que assumiu o poder, incluindo 79 açoitamentos e 37 apedrejamentos.

Estes veredictos estabelecem o direito de uma suposta vítima, ou parente de uma vítima de um crime, de punir ou perdoar o perpetrador.

Haqqani disse que a liderança talibã está empenhada em cumprir essas sentenças.  ANG/Angop

sexta-feira, 5 de maio de 2023

                    OMS/ Declarada fim da pandemia da Covid-19

Bissau, 05 Mai 23 (ANG) - A Organização Mundial da Saúde levantou esta sexta-feira, 5 de Maio, o nível máximo de alerta sobre a pandemia de Covid-19, sublinhando que a doença está agora sob controle.

O director-geral da Organização Mundial de Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus, anunciou hoje que a OMS  levantou o nível máximo de alerta sobre a pandemia de Covid-19, sublinhando que a doença está agora sob controle.

"É com muita esperança que declaro que a Covid-19 já não é uma emergência sanitária internacional", referiu.

Essa classificação estava em vigor desde 11 de Março de 2020.

Na Guiné-Bissau os primeiros casos da doença surgiram em Março de 2020, e o vírus foi responsável pela morte de 176 pessoas entre os 9.350 infetados até 15 de Julho de 2022.

No entanto Tedros disse que isso não significa que a doença tenha deixado de ser uma ameaça para a saúde a nivel global. “É tempo dos países fazerem a transição do modo de emergência”, referiu pedindo que, a partir de agora, a doença não seja desvalorizada, porque continua a ser um risco real, ou seja que  se começe a gerir a Covid-19 juntamente com outras doenças infeciosas.

Tedros Adhanom Ghebreyesus disse ainda que a pandemia causou "pelo menos 20 milhões" de mortos, quase três vezes mais do que o balanço oficial da organização. ANG/RFI

 

 


Cooperação/
ONG Manitese e parceiros  lançam Projeto “No tene dritu a um vida sem violência”

Bissau, 05 Mai 23 (ANG) – A ONG Manitese, em parceria com as ONGs Federação Fé e Cooperação (FEC), EMGIM, e AMIC, procederam esta sexta-feira ao lançamento  do Projeto “No tene drito a um vida sem violência”, financiada pela União Europeia (UE).

Presidindo o ato de abertura, a representante da ministra da Mulher, Família e Solidariedade Social, Mariatu Djaló Candé disse que  a instituição  enfrenta  como um dos seus maiores desafios, a redução das desegualidades sociais que afetam particularmente as mulheres.

Sublinhou que prevenir e combater todas as formas de violência com base no género, tais como o casamento precoce, forçados ou combinados, a não escolarização das meninas, a violência doméstica, fazem com que o país respeite os direitos humanos.

“Para o cumprimento deste objetivo, o MMFSS conta com o apoio e colaboração das organizações da sociedade civil enquanto atores chaves não só da promoção e proteção dos direitos humanos, mas também da melhoria da qualidade de vida dos cidadãos”, sustentou Djaló Candé.

Mariatu Candé realçou  que esse fenómeno constitui um grave problema que necessita de ser reconhecido e encarado pela sociedade e pelo Estado, e defendeu a adopção de  políticas públicas que favoreçam a sua prevenção e combate, e que contribuam ainda para o reforço da rede de apoio às vítimas.

Por sua vez, a representante da ONG Manitese, Martina Pizzolato diz  que o combate à violência baseada no  género na Guiné-Bissau é uma área de intervenção prioritária da Manitese, “uma vez que o fenómino é um aspeto limitador dos direitos humanos, e do desenvolvimento pessoal e socioeconómico das pessoas que vivem num determinado país”.

Disse que  o projeto lançado hoje visa reforçar os mecanismos de proteção das vítimas de violêcia baseada no género e promoção dos direitos das mulheres na Guiné-Bissau.

Acrescenta  que foi concebido para dar seguimento à intervenção anterior feita no quadro do projeto “No na cuida de no vida, mindjeris”, cujos resultados demonstram uma redução da prática  de violência contra mulheres.

Marina Pizzolato pede o envolvimento de todos os parceiros ligados ao processo, para permitir o alcance de uma apropriação local e interiorização da necessidade de acabar com a violência e discriminação contra meninas, raparigas e mulheres.

Presente no acto, o Embaixador da União Europeia acreditado na Guiné-Bissau Artis Bertulis destacou que  atualmente no país, 37 por cento das raparigas casam antes de atingir 18 anos de idade,  27 por cento  das mulheres tiveram filhos antes dos seus 18 anos, e 50 por cento das raparigas de 14 anos foram submetidas à mutilação genital feminina.

“Os referidos dados revelam duras realidades e que merecem ser objeto de uma reflexão profunda e de ações concretas e imediátas”, alertou o diplomata.

Precupado com a situação, o Embaixador da União Europeia declarou que a sua organização priorizou o financiamento do projeto que hoje está sendo concretizada o seu lançamento.

 “No tene drito a um vida sem violência”, vai ter a duração de  15 meses, (novembro de 2022 a Fevereiro de 2024), e abrange não só o Setor Autónomo de Bissau (SAB) mas também  algumas regiões do país.ANG/LLA/ÂC//SG     

Saúde/Lançado Conselho Nacional de Fim da Malária e das Doenças Tropicais Negligenciadas no país

Bissau,05 Mai 23(ANG) – O ministro de Saúde presidiu hoje a cerimónia do lançamento do Conselho Nacional de Fim da Malária e das Doenças Tropicais Negligenciadas no país.


O evento decorreu no âmbito do Dia Mundial  da Malária que se assinala hoje, 05 de Maio, sob o lema ”È  hora de alcançar  zero malária. Investir, Inovar e Implementar”.

“É com enorme orgulho que, em nome do Presidente da República e da Aliança dos Líderes Africanos contra a Malária(ALMA), Umaro Sissico Embaló, estou aqui  para lançar, oficialmente, o Conselho Nacional de Fim da Malária e das Doenças Tropicais Negligenciadas”, disse Dionísio Cumba.

O governante acrescentou que, no quadro da ALMA há o compromisso de se  acabar com a malária em África e na Guiné-Bissau até 2030.

“Comprometemo-nos igualmente a tomar medidas definitivas para combater e eliminar as Doenças Tropicais Negligenciadas”, salientou, o ministro de Saúde, frisando que, “quer dizer que é necessário que haja mobilização de financiamentos adicionais a partir de fontes existentes e novas”.

Aquele responsável disse que a inovação pressupõe desenvolver inseticidas, medicamentos, testes e vacinas mais eficazes para a eliminação da malária.

Dionísio Cumba salientou que a ideia de criação do Conselho Nacional de Fim da Malária e das Doenças Tropicais Negligenciadas se deve ao facto de   o Presidente da ALMA ter apelado aos seus colegas e Chefes de Estados para que criassem conselhos e fundos nacionais para se pôr  fim à malária.

“Estes conselhos e fundos  reúnem altos dirigentes  de todos os setores para apoiar a implementação dos planos estratégicos nacionais. Alguns países já o criaram, cito o exemplo de Eswaatini, Moçambique, Zâmbia, Quénia, Uganda e Nigéria”, disse.

O ministro de Saúde sublinhou que a estratégia da organização exige o envolvimento direto da população nas ações de luta contra a malária, e ainda dos  líderes de opiniões, poderes tradicionais, das organizações juvenis, da sociedade civil e empresas privadas.

“Hoje, cumprimos o apelo à ação do Presidente da República e estamos lançando o Conselho Nacional de Fim da Malária  e das Doenças Tropicais Negligenciadas. Este conselho é um fórum de líderes séniores de todos os setores, nomeadamente governo, empresas e sociedade civil”, disse.

Dionísio Cumba referiu que  a missão do Conselho consistirá na  defesa para que  a malária e as Doenças Tropicais Negligenciadas permaneçam no topo da agenda de desenvolvimento nacional.

Dionísio Cumba, disse que, segundo estimativas da Aliança de Líderes Africanos contra a Malária,  a malária reduz o crescimento do Produto Interno Bruto(PIB), em até 1,3 por cento ao ano, e que  as famílias rurais podem gastar até um quarto do seu rendimento anual no tratamento da doença. ANG/ÂC//SG

Sociedade/Residência do analista político Fransual Dias atacada a tiros e  sua viatura carbonizada

Bissau, 05 Mai 23(ANG) – A residência do analista político e dirigente do Partido da Renovação Social(PRS)  Fransual Dias foi atacada esta madrugada por homens armados não identificados, no bairro de Luanda, em Bissau, com vários tiros  na parte exterior, noticiou a  Rádio Capital.

Viatura queimada
 Segundo esta emissora, uma viatura do Jurista, estacionada  em frente da sua porta foi queimada por atacantes , mas a integridade física de Fransual não foi atingida.

O juridsta analista e dirigente político concedeu recentemente uma entrevista à rádio DW-África, na qual diz  que pode-se estar  perante o período de “ golpe palaciano inventado pelo próprio Sissoco”, para adiar as eleições legislativas previstas para 04 de Junho próximo.

A Ordem dos Advogados da Guiné-Bissau(OAGB) reagiu através de uma nota de imprensa enviada à ANG na qual declara que  não se compactua com essa conduta violenta, sobretudo perpetrada contra colega advogado.

Na nota, a Ordem de Advogados diz que condena com veemência  a violência  contra o património e ameaça dirigida ao Fransual Dias.

“Instamos a Polícia Judiciária e o Ministério Público para instaurarem, de imediato, o competente  procedimento criminal com vista a apurar os responsáveis e as respetivas responsabilidades criminais. ANG/JD
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