quarta-feira, 26 de março de 2025

 Comunicação Social/ Jornal Nô Pintcha assinala 50 anos com realizações de   exposição fotográfica e conferência

Bissau, 26 Mar 25 (ANG) – O Jornal Nô Pintcha assinala quinta-feira(27)o 50º  aniversário da sua existência, sob o lema: “Jornal Nô Pintcha: 50 anos Narrando Factos e Construindo Histórias”.

A propósito, a Direção do Jornal realizou terça-feira uma exposição fotográfica, patente no Cento Cultural Franco-Bissau-Guineense alusivo a data, e que retrata o passado e presente deste órgão público de comunicação social.

Na conferência subordinada ao tema “Percurso Histórico do Nô Pintcha e Desafios de Actualidade,  presidida pelo ministro da Comunicação Social, Florentino Fernando Dias, foram orados  três temas: “O Panorâmica Sintética do Jornal sobre a Origem do Nome, Criação e  seu Mandato”, orado por  Bacar Baldé, “O Percurso histórico do Jornal Nô Pintcha e Formação do homem Novo”, apresentado por  Pedro Quadé, “O Nô Pintcha na Transição e Desafios da Actualidade”, orado por Humberto Monteiro.

Os  temas das palestras foram orados pelos  antigos Diretores-gerais do  Jornal Nô Pintcha, na presença do antigo Secretário de Estado da Comunicação Social Muniro Conté e dos Directores-gerais  da Agência de Notícias da Guiné (ANG) Salvador Gomes, da Rádio Difusão Nacional, Mama Saliu Sané.

Na ocasião, o  ministro da Comunicação Social Florentino Fernando Dias sublinhou  que o Nô Pintcha revela ser um acervo de informação e da história do país.

Disse que, ao longo do 50 anos, desde a sua fundação, o Nô Pintcha tem se adatado às circunstâncias e  exigências do público e do tempo.

De acordo com o governante, no mundo digital,  os jornais sentiram a necessidade de se adaptarem, acompanhando deste modo a exigência do tempo, facto que se verificou com o Nô Pintcha, evidenciado nas  publicações regulares, nas diferentes plataformas digitais.

“Os desafios dos jornais são muito facetados, sobretudo nesta era de digital, e impõem,  cada vez mais, a necessidade de se adaptar, desde a sustentabilidade até ao interesse do público de acompanhar e seguir o jornal, face à evolução de hoje que o mundo conhece e a produção de informação à uma velocidade muito rápida”, disse Florentino Fernando Dias.

Felicitou aos profissionais que trabalharam para  o Jornal ao longo destes anos e aos atuais, encorajando-lhes a continuar com esta empreitada que diz tanto serviu o país.

Para o Diretor-geral do Jornal Nô Pintcha, Adulai Djaló , a data impõe uma introspeção e uma análise profunda do percurso desse órgão pioneiro da imprensa escrita da Guiné-Bissau.

Djaló afirmou que não se pode falar do nascimento do jornalismo guineense sem fazer referencia ao Jornal Nô Pintcha.

“É neste quadro  que se  organizou esta conferencia que vai servir de espaço de partilha de experiências entre a velha e nova geração de jornalistas”, disse.

Adulai Djaló promete maior  dinamismo e mais ações do órgão sobre   o quotidiano da população, visando  influenciar a agenda politica do Governo em prol do povo.

Em relação as dificuldades, disse que o Jornal se depara com dificuldades que vão desde falta de matéria-prima, passando pela dependência de  impressão do jornal.

Djaló defende a   independência do jornal no que se refere a impressão, para se evitar do recurso à gráficas, que as vezes, divido as suas agendas, acabam por se atrasar na impressão do jornal. ANG/LPG/ÂC//SG

 

 

Angola/ João Lourenço desdramatiza fim da mediação para a crise no leste da RDC

Bissau, 26 Mar 25 (ANG) - O Presidente angolano diz que o facto de Angola abandonar a mediação do conflito armado no leste da República Democrática do Congo, para se dedicar a questões da União Africana, não se significa o “distanciamento” das relações diplomáticas entre os países implicados. João Lourenço também desvalorizou uma possível incursão militar do M23 em Angola, tendo em conta a vasta fronteira que este país partilha com a RDC.

João Lourenço também desvalorizou uma possível incursão militar do M23 em Angola, tendo em conta a vasta fronteira que este país partilha com a RDC. Angola renunciou esta semana ao papel de mediador no conflito no Leste da República Democrática do Congo, depois do falhanço do encontro , em Luanda, que visava juntar o Governo de Kinshasa e do movimento armado M23 “23 de Março”, apoiado pelo Ruanda.

O posicionamento do estadista angolano ocorreu depois de ter inaugurado nesta terça-feira, 25, a circular rodoviária da Lunda Sul. João Lourenço resumia à imprensa os dois dias de visita que efectuou à província.

Questionado sobre uma possível invasão na fronteira angolana pelo M23, devido ao evoluir da crise na RDC, João Lourenço descartou tal hipótese, mostrando-se “confiante pela prontidão” das forças de defesa e segurança.

“Uma hipotética invasão externa, também não sei o que leva a pensar que isso pode acontecer. Não tem ligação absolutamente nenhuma entre uma coisa e outra. Mas, se vier a acontecer, é fácil de se resolver. Vamos arranjar uma farda e uma arma e entregá-la a si e mobilizá-la para as Forças Armadas. E pronto, fica o problema resolvido”, disse Presidente angolano, respondendo a uma pergunta colocada por uma jornalista da rádio católica angolana Ecclesia.

Quanto ao abandono da mediação para o leste da RDC, o chefe de Estado angolano diz que o facto de Luanda sair do processo, não é sinal de animosidade entre os países implicados.

“O facto de nós termos abandonado a mediação, isso não é nenhum sinal de inimizade com absolutamente ninguém”, revelou João Lourenço que, durante dois dias, esteve em visita à província da Lunda Sul, leste de Angola, onde presidiu a reunião do Conselho de Governação Local, tendo feito visitas de empreendimentos e inaugurado infraestruturas sociais naquela província.

Em entrevista à RFI,  o coordenador do Observatório Político e Social de Angola, Sérgio Calundungo, admitiu que tanto o Ruanda como o M23 desconfiavam da neutralidade de Angola nesta mediação.

"Ficou claro que havia um mal-estar, provavelmente mais do lado do Ruanda e do M23 com a mediação angolana, muitas vozes se levantaram desse lado, questionando a neutralidade de Angola, que é algo essencial para um mediador. A minha impressão é que tanto o Ruanda como o M23 não estavam confortáveis com a mediação angolana, embora eu acredite que Angola tinha um interesse genuíno em resolver o conflito", explicou.

Sérgio Calundungo mostrou-se surpreso com o envolvimento do Qatar, uma decisão que mostra a fragilidade das organizações regionais.

"É, sem dúvida, uma mudança substancial. Há um ou dois anos, seria impensável que o Qatar assumisse esse papel. Isso reflecte uma transformação significativa. No entanto, muitas vozes criticam a tendência africana de recorrer a actores externos para resolver os seus próprios problemas, em vez de fortalecer soluções internas. O mais importante é que o Catar tenha influência suficiente para levar as partes à mesa de negociações e alcançar um acordo. No fim das contas, o essencial para aquela região e para os seus povos é a paz", notou.

O Qatar entrou como mediador nas negociações de paz para pôr fim ao conflito entre o grupo rebelde M23, apoiado pelo Ruanda e o exército congolês no leste da Républica Democratica do Congo (RDC). Na semana passada, o Presidente do Ruanda, Paul Kagame, e o homólogo congolês, Félix Tshisekedi, reuniram-se com o emir do Qatar, Tamim bin Hamad Al Thani, na capital, Doha.

No final do encontro, numa declaração conjunta divulgada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros do Qatar, os dois presidentes africanos reafirmaram o seu empenho num cessar-fogo "imediato e incondicional". No entanto, não ficou claro como é que seria implementado ou monitorizado, uma vez que não foram anunciadas resoluções imediatas.ANG/RFI

Regiões/Delegada Regional de Comércio  diz que o caju já é vendido a 500 fcfa, o quilo em Cacheu

Canchungo, 26 Mar 25 (ANG) - A Delegada Regional de Comércio para região de Cacheu, norte do país disse terça-feira que o caju já está a ser comprado ao produtor ao preço de 500 fcfa, por cada quilograma.

Cristina Queirós Coiaté Aruth que falava, em Canchungo, ao Correspondente regional da ANG prometeu a  aplicação de “medidas punitivas severas” contra qualquer pessoa que for apanhada na tentativa de ir vender a castanha de caju nos países vizinhos.

Disse que não quer ver  armazéns de comercialização da castanha de caju na linha fronteiriça
, e avisa que qualquer individuo que for apanhado a transportar o caju para fora do país  vai sofrer punições.

 A campanha de comercialização da castanha de caju, principal produto de exportação da Guiné-Bissau, já vai na sua terceira semana.ANG/AG/AALS/ÂC//SG


      Justiça/Sindicatos do setor prevêm entrega de novo  pré-aviso de greve

Bissau,26 Mar 25(ANG) - A greve no setor da Justiça terminou terça-feira sem consenso sobre as reivindicações, e os promotores da paralisação falam da possibilidade de um novo pré-aviso de greve ser entregue.

Segundo a Rádio Sol Mansi(RSM),que cita fonte próxima  aos sindicatos do setor da justiça Governo e os grevistas não se chegaram a um entendimento para pôr fim à greve.

A estação emissora católica avança que novo pré-aviso de greve deverá ser entre nos próximos dias.

Segundo Sol Mansi, o principal obstáculo à assinatura do memorando de entendimento se relaciona  à exigência de  implementação, na íntegra, do Estatuto Remuneratório dos Magistrados, aprovado e promulgado em 2019, mas que até então não é aplicado.

A primeira vaga de greve afetou a população que recorre à Justiça para dirimir os seus conflitos.

Segundo fontes sindicais, a primeira vaga da greve teve 100% de adesão por parte dos magistrados e funcionários judiciais.

Os sindicatos contestam com a greve as condições de segurança nas instalações judiciais, a decisão do Governo de transferir o Cofre Geral da Justiça para o Tesouro Público, medida adotada em Dezembro de 2024.

A paralisação já impacta o funcionamento do sistema judicial, com processos adiados e o acesso à Justiça comprometido para milhares de cidadãos.

O recurso à greve foi feito após  meses de manifestação de insatisfação pelos  profissionais do setor, que alegam que a transferência do Cofre Geral da Justiça para o Tesouro Público tem criado entraves burocráticos, dificultando o funcionamento normal dos tribunais.

Outro ponto de conflito é o não pagamento de salários retroativos aos magistrados recém-nomeados e promovidos, e aos oficiais de justiça.

Os tribunais  de Bubaque, Cacheu e Mansoa, também estão fechados ou não funcionam adequadamente.

A paralisação, segundo a RSM, tem levado à detenção ilegal de cidadãos que ultrapassam o prazo legal de 48 horas sem apresentação a um juiz  do JIC(Juíz de Instrução
Criminal), agravando as violações de Direitos Humanos.ANG/RSM

 

sexta-feira, 21 de março de 2025

Dia Mundial de Água/ Governo  defende  utilização e controlo sustentável dos recursos hídricos

Bissau, 21 Mar 25 (ANG) – A Inspetora Geral do Ministério dos Recursos Naturais, disse que a comemoração do Dia Mundial de Água serve para  chamar a atenção para a importância da água doce, por isso recomenda a utilização e controlo sustentável dos recursos de água potável.

Aissatu Indjai falava hoje, em representação do ministro dos Recursos Naturais, na abertura de um ateliê organizado pelo Governo, em parceria com o Fundo das Nações Unidas para Infância UNICEF; alusivo a celebração do Dia Mundial de Água, que se assinala sábado,  sob o lema: “Preservação de Glaciares”.

Neste ateliê, os participantes vão debater os temas relacionados com as consequência do derretimento dos glaciares e o impacto das alterações Climáticas nas crianças da Guiné-Bissau.

Na ocasião, Aissatu Indjai lembrou que a data foi instituída pela ONU em 22 de março de 1992 e visa consciencialização da população a respeito dessa substância, que é essencial para a vida no planeta.

“Cuidar das fontes de água é fundamental para nossa sobrevivência”, disse.

Em representação do UNICEF na Guiné Bissau, Sandra Martins destacou  que a data serve para  lembrar à todos que a água é essencial pelas vidas e para o desenvolvimento.

O tema “preservação de Glaciares”, segundo Sandra Martins,  foi escolhido para chamar a atenção ao  mundo sobre as crescentes ameaças  que os glaciares  enfrentam hoje, devido a mudanças climáticas.

“Os gigantes de água doce estão a desaparecer rapidamente, o que ameaça o abastecimento de milhões e milhões  de pessoas em todo o mundo”, alertou.

Afirmou que, na Guiné- Bissau, muitas comunidades ainda carecem de acesso regular à água potável e condições  de saneamento dignas.

Sustentou que, apenas 24 por cento da população tem acesso à água potável de forma segura, 15 por cento tem o acesso ao saneamento básico e apenas 20 por cento da população possui instalações de higiene com sabão em casa.

Em relação às redes de abastecimento da água, disse que estão limitadas em algumas áreas urbanas, tais como  Bissau e algumas capitais regionais, enquanto que as redes de esgotos são praticamente inexistentes.

Sandra Martins afirmou que esta situação afecta as fontes subterrâneas que na Guiné-Bissau são importantes para o abastecimento de água para a população e vitais para o acesso a água, mas que enfrentam hoje sérios problemas ligados a poluição seja ela quinina ou biológica tornando a água impropria para o consumo.

Por isso, disse que é urgente preservar os aquíferos e garantir a gestão sustentável dos recursos hídricos, porque a água subterrânea é uma fonte crucial para as populações que não têm acesso  à água superficial,  e que a sua preservação é vital para garantir o abastecimento de água a longo prazo.

Acrescentou que é urgente priorizar o acesso a água potável livre da contaminação e garantir o saneamento básico.

Sandra Martins assegurou que o UNICEF está plenamente comprometido para continuar a apoiar o Governo da Guiné-Bissau nas suas iniciativas para garantir o acesso universal da água potável e ao saneamento.

Afirmou que a parceria do UNICEF com as autoridades nacionais e locais bem como com as organizações da sociedade civil vão continuar, por serem fundamental para garantir o alcance às metas  do Desenvolvimento Sustentável, e melhorar a qualidade de vida das comunidades, sobretudo das crianças, que são  vulneráveis.

“Sem se esquecer das vulnerabilidades  e de difícil acesso,  como as áreas que o UNICEF tem vindo a trabalhar, como as Ilhas dos Bijagós, Cacheu e Oio”, acrescentou.

Nesta regiões, a Unicef tem proporcionado o acesso à água potável à mais  de 10 mil pessoas, em diversas tabancas, garantindo que as comunidades mais isoladas se beneficiassem doe acesso à água.

“Neste dia que celebramos o Dia Mundial de Água, o UNICEF apela à todos: o Governo, as organizações e   comunidades, para renovarem o compromisso com o acesso universal à água segura e ao saneamento para cada criança”, concluiu Sandra Martins.ANG/LPG/ÂC//SG

Religião/ Primeira-dama oferece géneros alimentícios às organizações religiosas do país

Bissau, 21 Mar 25 (ANG) – A primeira-dama ofereceu, quinta-feira, géneros alimentícios às Dioceses de Bissau e Bafatá, ao Conselho  Nacional Evangélico, à Comunidade Muçulmana e ao Hospital  de Cumura.

A oferta é feita  no âmbito de apoios aos fiéis cristãos e muçulmanos neste período de sacrifício de Quaresma e  Ramadão.

A entrega da referida doação foi feita pela diretora de Gabinete de primeira-dama, Gilda Lobo de Pina, que, na ocasião, disse que o ato  será extensivo à diferentes  regiões do país.

O Padre David Scioko, em representação da Igreja católica , agradeceu o gesto, referindo que no período de Quaresma os cristãos devem gastar menos para poder dividir o que têm com o próximo mais necessitado.

Afirmou que o donativo não vai ser distribuído só para os católicos, mas sim para todos os carenciados sem distinção de religião.

Segundo o Frei António Tchami, do Hospital de Cumura, os géneros alimentícios doados vão ajudar os doentes internados.

Em nome da religião  islâmica falou Aladje Siradjo Bari, recordando que este gesto da primeira-dama não se verifica  só nos tempos de  sacrifício ,tantos dos cristãos como dos muçulmanos, mas também em épocas festivas.

Em nome da Igreja Evangélica o Pastor Mendes Djú disse estar satisfeito com a oferta, mas pede  a primeira-dama  para continuar a ajudar os mais necessitados.ANG/JD/ÂC//SG

 

Cultura/Secretária de Estado da Cooperação Internacional reitera compromisso da Guiné-Bissau  com a francofonia

Bissau, 21 Mar (ANG) – A Secretária de Estado da Cooperação Internacional, reiterou, quinta-feira, o compromisso da Guiné-Bissau com a “família francófona” apesar de o país ser lusófono.

“A Guiné-Bissau, é um membro comprometido da grande família “francófona”, desde a sua adesão à Organização Internacional da Francofonia”, disse Fatumata Jau, ao presidir a cerimónia de abertura do festival da francofonia que vai decorrer durante uma semana, em Bissau.

Jau acrescentou que o francês  é uma língua internacional de comunicação que oferece, ao mesmo tempo, clareza , riqueza, precisão e nuance

Segundo a governante, o tema deste ano, “Eu Educo-me, Logo, Ajo”, destaca uma verdade essencial, que é a educação enquanto  alicerce da identidade humana,  assim como da liberdade e do futuro para todos.

Para Fatumata Jau,  a aprendizagem da língua francesa na Guiné-Bissau representa uma porta aberta para novas oportunidades académicas e profissionais, especialmente para a juventude que aspira uma melhor integração num mundo interligado.

De acordo com a Secretária de Estado da Cooperação Internacional, apesar dos esforços empreendidos para melhorar o setor educativo na Guiné-Bissau,  ainda enfrenta grandes obstáculos para melhorar.

“Cabe-nos agir pela educação, dando à nossa juventude os meios para aprender, abrir-se ao mundo e exercer, plenamente, o seu papel de cidadão”, disse Fatumata Jau.

Realçou ainda que, perante este desafio, o Governo trabalhará em estreita colaboração com a Organização Internacional da Francofonia (OIF) e  seus parceiros, para promover programas de formação, mobilidade académica e  reforço das capacidades educativas.

 “A educação é uma arma contra a ignorância, uma barreira contra a pobreza,   ao mesmo tempo, um motor definitivo de progresso, porque dá-nos os meios para sonhar, criar e inovar, Ela é a chave do nosso futuro comum, e é ainda o alicerce das sociedades justas e inclusivas”, sublinhou  a governante.    

 Durante uma semana, jovens e estudantes terão a oportunidade de testemunhar a francofonia, através do teatro, cinema e do debate de ideias.

A  gastronomia francófona estará incluída  nestas celebrações da 30ª edição  da Francofonia .

Para o Embaixador da França na Guiné-Bissau, Arnaud Roux, a francofonia vai além da língua, ela representa um compromisso com os direitos humanos, a educação,  solidariedade e  diversidade cultural.    

O festival da francofonia é promovido pelo  Centro Cultural Franco-Bissau-Guineense (CFBG) em parceria com as Embaixadas de Cabo Verde, Marrocos
, Mauritânia, França, República de Guiné  e  Senegal, e conta com apoios da Secretaria de Estado da Cooperação Internacional, do Ministério da Educação, Ensino Superior e  Investigação Científica (MEESIC), e ainda da Direção Geral da Francofonia.  ANG/LLA/ÂC//SG

 

Contas Públicas/Tribunal de Contas entrega à ANP três pareceres sobre Contas Gerais do Estado referente aos anos  2014 à 2016

Bissau, 21 Mar 25 (ANG) - O Tribunal de Contas entregou, quinta-feira, à Assembleia Nacional Popular (ANP)  pareceres sobre Contas Gerais do Estado referentes aos exercícios de  2014 à 2016 para avaliação política e financeira  das atividades  do Estado durante este período.

Segundo uma Nota à Imprensa deste tribunal, em 2014, as receitas e despesas orçamentais do Estado não foram registradas, contabilisticamente, de acordo com a contabilidade patrimonial, o que, segundo o mesmo documento, impediu a implementação plena do plano de contabilidade do Estado.

“Em 2015, o Tribunal de Contas não recebeu os indicadores de riscos relacionados à emissão de bilhetes do tesouro, nem justificativos sobre os empréstimos, incluindo os objetivos do endividamento, os juros pagos e as taxas de câmbio”, lê-se na Nota à Imprensa.

O Tribunal de Contas registrou igualmente  o incumprimento de uma disposição da Lei do Orçamento Geral do Estado de 2015, que obriga o depósito em uma conta especial gerida conjuntamente pelos Ministérios da Função Pública, Economia e Finanças.

“Este depósito é referente ao desconto de 6% sobre o salário bruto mensal dos funcionários públicos, destinado ao fundo de pensões para aposentadoria”, indica a Nota .

Em  2016,acrescenta, foi constatada a inexistência de um Orçamento Geral do Estado e como resultado, conforme indicado no documento, o Governo executou a proposta do orçamento de 2015, em vez de cumprir o Orçamento do Estado de 2016, violando, assim, as regras de execução orçamental previstas pelo regime duodecimal.

Os três pareceres sobre Contas Gerais do Estado resultam de dois anos de trabalho levados a cabo de forma conjunta pela União Europeia, em colaboração com o Controlo Externo das Finanças Públicas e Equipa Técnica do Parecer de Contas Gerais de Estado da Guiné-Bissau.ANG/AALS/ÂC//SG

 

Israel/Governo ordena anexação de áreas em Gaza até libertação dos reféns

Bissau, 21 Mar 25 (ANG) - O ministro da Defesa israelita, Israel Katz, ordenou hoje ao exército a tomada de mais territórios na Faixa de Gaza para serem anexados a Israel até que o Hamas liberte todos os reféns.


"Quanto mais o Hamas mantiver a sua recusa, mais território perderá, que será anexado a Israel", afirmou num comunicado divulgado pelo ministério e citado pela agência espanhola EFE.

Katz disse que as tropas devem retirar as populações palestinianas das áreas adicionais ocupadas para expandir as zonas de segurança e, assim, "proteger as comunidades israelitas e os soldados israelitas através do controlo israelita permanente do território".

Até agora, Israel ordenou a evacuação dos bairros orientais da cidade de Khan Younis, no sul de Gaza, e da cidade vizinha de Beni Suheila.

Ordenou igualmente a evacuação de Beit Lahia, no norte, onde as tropas lançaram uma operação terrestre.

As forças israelitas também ocuparam parcialmente o corredor de Netzarim para separar o norte e o sul de Gaza, e apelaram à população do norte para se retirar para o sul pela estrada costeira de Rashid.

O ministro da Defesa avisou que Israel "vai intensificar os combates com ataques aéreos, marítimos e terrestres, expandindo as manobras terrestres", até que os 59 reféns ainda em Gaza sejam libertados "e o Hamas seja derrotado".

Outras medidas incluem "a implementação do plano de transferência voluntária" proposto pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump para os residentes do território palestiniano.

O plano de "transferência voluntária" de Trump refere-se a uma saída da população de Gaza para outros países para transformar o enclave palestiniano numa zona turística.

Muitas organizações internacionais e a população árabe criticaram a proposta de Trump como um plano de limpeza étnica dos habitantes de Gaza.

A população de Gaza está sujeita, há quase um ano e meio, a uma guerra que já causou cerca de 50.000 mortos e uma crise humana sem precedentes.

A ofensiva israelita na Faixa de Gaza foi desencadeada pelos ataques do Hamas no sul de Israel em 07 de outubro de 2023, que causaram cerca de 1.200 mortos e de 250 reféns.

Katz reafirmou no comunicado que Israel continua empenhado na proposta do enviado norte-americano para o Médio Oriente, Steve Witkoff, para a "libertação de todos os reféns, vivos e mortos, antecipadamente e em duas fases, com um cessar-fogo pelo meio".

A proposta prevê a prorrogação da primeira fase do cessar-fogo por cerca de 50 dias, devendo metade dos reféns ser libertada no primeiro dia e a outra metade no último dia.

A primeira fase do cessar-fogo iniciado em 19 de janeiro terminou em 02 de março, dia em que deveria ter começado a segunda fase, que previa o fim duradouro das hostilidades em Gaza e a libertação dos reféns no território palestiniano.

As negociações para a segunda fase não se realizaram e a situação ficou num impasse até segunda-feira à noite, quando Israel quebrou definitivamente o cessar-fogo com uma vaga de bombardeamentos que matou centenas de palestinianos.

O grupo radical Hamas nunca aceitou a proposta de Witkoff e exigiu desde o início que o acordo originalmente assinado fosse cumprido, passando à segunda fase. ANG/Lusa

 

ONU/Mais de 8.900 pessoas morreram nas rotas de migração no mundo 2024

Bissau, 21 Mar 25 (ANG) - Pelo menos 8.938 pessoas morreram nas rotas de migração em todo o mundo em 2024, um número recorde, anunciou hoje a ONU, sublinhando que o número real é provavelmente muito maior.

 

De acordo com os dados levantados pela Organização Internacional para as Migrações (OIM), pelo menos 8.938 pessoas morreram em rotas migratórias em todo o mundo em 2024, "tornando-o o ano mais mortífero de que há registo".

Este é o quinto ano consecutivo em que a OIM regista um aumento.

O número divulgado hoje representa um aumento de 2,1% em relação a 2023, quando foram registadas pelo menos 8.747 mortes de migrante.

"O número crescente de mortes de migrantes em todo o mundo é uma tragédia inaceitável e evitável. O número crescente de mortes em muitas partes do mundo destaca a razão pela qual precisamos de uma resposta internacional e holística para evitar mais perdas trágicas de vidas", disse Ugochi Daniels, diretora-geral adjunta da OIM, num

De acordo com a OIM, "2024 foi o ano mais mortífero já registado na maior parte do mundo, incluindo a Ásia (2.778 mortes registadas), África (2.242) e Europa (233)".

As 2.452 mortes documentadas na rota do Mar Mediterrâneo em 2024 não são um recorde, de acordo com a OIM, que, no entanto, sublinhou que este "elevado número demonstra a necessidade de sistemas de busca e salvamento adequados, bem como a necessidade de rotas de migração seguras e regulares".

A OIM explicou ainda que os dados finais não estão disponíveis para a região das Américas, mas os dados atuais indicam pelo menos 1.233 mortes, incluindo números recorde de 341 nas Caraíbas e 174 na selva de Darien, localizada entre o Panamá e a Colômbia.

A OIM estima que "o número real de mortes e desaparecimentos de migrantes é provavelmente muito maior, uma vez que muitos não foram documentados devido à falta de fontes oficiais".

Além disso, a identidade e a origem da maioria dos migrantes que morreram ou desapareceram são desconhecidas.

"O aumento de mortes é terrível por si só, mas o facto de milhares de pessoas permanecerem não identificadas todos os anos é ainda mais trágico", comentou Julia Black, que coordena o Projeto Migrantes Desaparecidos da OIM.

"Para além do desespero e das questões não resolvidas enfrentadas pelas famílias que perderam entes queridos, a falta de dados mais abrangentes sobre os riscos que os migrantes enfrentam está a dificultar respostas que salvam vidas", acrescentou.ANG/Lusa

 

África do Sul/Reunião preparatória para Cimeira de Investimento em Água em África

Bissau, 21 Mar 25 (ANG) - Uma reunião preparatória para a Cúpula de Investimento em Água da União Africana 2025 e o Programa Africano de Investimento em Água (AU-AIP) começou quinta-feira na Cidade do Cabo, África do Sul.


A reunião, realizada paralelamente ao Congresso da Associação Internacional da Água (IWA), atualmente em andamento na Cidade do Cabo, reúne as principais partes interessadas, incluindo representantes do governo, agências internacionais de desenvolvimento, investidores do setor privado e organizações da sociedade civil, para refinar os objetivos, as áreas temáticas e os resultados esperados da cúpula.

A reunião preparatória também serve como plataforma para consolidar parcerias bilaterais e garantir compromissos. Além disso, garantirá que a cúpula contribua efetivamente para a segurança hídrica e a mobilização de investimentos na África.

Os palestrantes explicaram que a cúpula pretende mobilizar pelo menos US$ 30 bilhões anualmente para iniciativas de água e saneamento resilientes ao clima em todo o continente, em linha com as prioridades da África para crescimento econômico, sustentabilidade climática e aumento do financiamento para o desenvolvimento.

A África enfrenta um grande desafio em termos de acesso à água potável e saneamento. De acordo com um relatório da UNICEF e da OMS, 411 milhões de africanos não têm acesso a água potável, 779 milhões não têm serviços de saneamento adequados e 839 milhões não têm acesso a infraestrutura básica de higiene.

Essas deficiências têm consequências dramáticas para a saúde pública, promovendo a disseminação de doenças transmitidas pela água, como cólera e diarreia, que são responsáveis ​​por mais de 400.000 mortes por ano na África, observaram os participantes.

Eles argumentam que, com uma população prevista para dobrar até 2050, a África deve enfrentar urgentemente o desafio do acesso à água e ao saneamento para garantir seu desenvolvimento sustentável. ANG/FAAPA

 

Marrocos/ África chamada a tornar-se ator ativo nas questões relacionadas a Inteligência Artificial

Bissau, 21 Mar 25 (ANG) – O continente africano é chamado a se tornar um ator ativo em questões relacionadas à Inteligência Artificial (IA), disse quinta-feira em Rabat o Ministro das Relações Exteriores, Cooperação Africana e Marroquinos no Exterior, Nasser Bourita.

Durante uma coletiva de imprensa após a reunião ministerial do Conselho de Paz e Segurança da União Africana (AU-PSC), realizada por videoconferência, o Sr. Bourita enfatizou que "o continente deve ser um ator ativo e envolvido nas questões globais atuais, incluindo a da IA, e não permanecer como um assunto de debates e agendas".

Ele lembrou que esta reunião faz parte da presidência marroquina do UA-PSC para o mês de março e das atividades e reuniões programadas para esse fim, acrescentando que esta é a primeira reunião da União Africana dedicada à IA em nível ministerial.

Foi marcado pela participação de oito membros do Conselho de Paz e Segurança de um total de 15, disse o funcionário do governo.

Este encontro, continuou, está em linha com a Visão iluminada do Rei Mohammed VI quanto ao posicionamento da África, particularmente em termos de Inteligência Artificial, a fim de enfrentar os desafios colocados por esta tecnologia e aproveitar suas oportunidades e potencial, enfatizando a necessidade de o continente dominar esta nova ferramenta para fortalecer sua segurança e estabilidade.

Da mesma forma, o Sr. Bourita enfatizou que a África, que enfrenta muitos desafios clássicos, como conflitos armados e grupos separatistas, agora enfrenta o advento de novos desafios relacionados à IA, explicando que 40% dos grupos terroristas usam essas tecnologias em suas operações, enquanto 47 países ao redor do mundo foram alvos de intervenções usando IA em seus processos eleitorais.

A este respeito, ele observou que a disseminação de vídeos falsos aumentou em 900% nos últimos cinco anos, enquanto as notícias falsas cresceram mais de 300% nos últimos três anos, o que demonstra a extensão do impacto desta tecnologia na segurança e estabilidade na África.

Por outro lado, continuou o governante, a IA oferece enormes oportunidades, particularmente no campo da produção agrícola, que poderá aumentar entre 10 e 20% graças a esta tecnologia, numa altura em que o continente também enfrenta desafios em termos de segurança alimentar.

Além disso, o ministro destacou a importância do compromisso ativo da África na promoção da IA, lembrando o papel do Marrocos nessa área, particularmente por meio do lançamento do Grupo de Amigos sobre Inteligência Artificial para o Desenvolvimento Sustentável no âmbito das Nações Unidas.

Além disso, o Sr. Bourita enfatizou a necessidade de fortalecer a formação e investir em capital humano especializado nessas tecnologias, observando que apenas 1% dos especialistas e engenheiros em Inteligência Artificial são da África e que quase 70.000 deles emigraram para o exterior.

Nesse sentido, ele enfatizou o desenvolvimento de infraestrutura na África para acompanhar o rápido desenvolvimento do setor e o estabelecimento de um arcabouço jurídico adequado, observando que Marrocos, sob a liderança do Rei Mohammed VI, está disponibilizando sua expertise digital aos seus irmãos africanos, no âmbito da cooperação Sul-Sul defendida pelo Reino. ANG/FAAPA

 

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Fonte:BCEAO

Eliminatória Mundial 2026/ Selecção nacional chega hoje à Bissau para preparar o jogo com o Burkina Faso

Bissau, 21 Mar 25(ANG) - A seleção nacional do futebol da Guiné-Bissau está a caminho de Bissau para começar a preparação do jogo com o Burkina Faso, no próximo dia 24 do corrente mês no Estádio Nacional 24 de Setembro, em Bissau, na partida referente a sexta jornada do Grupo A de apuramento para a Copa de Mundo 2026.

De acordo com a página da Federação de Futebol da Guiné-Bissau na Facebook, a comitiva dos Djurtus deixou o hotel onde estava hospedada na Libéria, na madrugada desta sexta-feira, depois da derrota sofrida na tarde de quinta-feira, por 3-1, frente a Serra Leoa, no jogo da 5ª jornada do grupo A da qualificação para a fase final do Mundial 2026.

A chegada à Bissau da Seleção Nacional de Futebol está prevista para às 18, 15 horas de hoje.

Na partida disputada no complexo desportivo do estádio Samuel Kanyon Doe, em Libéria, os comandados do Luís Boa Morte entraram mal na partida, e em  consequência, aos 19 minutos, a seleção da Serra Leoa adiantou no marcador por intermédio de Bundu que aproveitou um erro causado pela desatenção da barra defensiva da turma nacional.

O estreante, Babacar Fati, através da má abordagem ao lance, fez um curto atraso ao guarda-redes Manuel Baldé que, por sua vez, não chegou a tempo e o Bundu aproveitou para colocar a bola no fundo das redes dos Djurtus.

No segundo tempo, a turma nacional voltou a cometer  novo erro que custou mais um golo à passagem aos 61 minutos. A seleção serra-leonesa dilatou a vantagem por duas bolas sem resposta após a um novo erro da linha defensiva entre Vitor Rofino que atrasou a bola ao Manuel Baldé e este, na tentativa de retornar o esférico ao Rofino, bateu no jogador adversário, e Kamara aproveitou para encostar no fundo das redes.

Já nos descontos, ou seja, aos 90+6′, a turma nacional voltou a sofrer o terceiro golo, apontado por Turay que aproveitou a passividade defensiva da Guiné-Bissau.

Por meio, o estreante e ponta de lança do Portimonense, Tamble Monteiro, aos 68′, marcou o único tento dos Djurtus num remate fora de área sem hipóteses para o guarda-redes de Serra-Leoa.

Salienta-se que, a partida foi marcada pelas estreias das quatro novidades nomeadamente: Vando Félix, Babacar Fati, Tamble Monteiro e Mário Júnior.

Com este resultado, a Guiné-Bissau caiu provisoriamente para a terceira posição, com seis pontos, enquanto Serra-Leoa passa a somar oito pontos no segundo lugar do grupo A da qualificação para fase final do Campeonato do Mundo 2026.ANG/O Golo GB