segunda-feira, 11 de maio de 2015

Caju




“Cerca de 23 mil toneladas prontas para exportação”, diz Ministro do Comércio

Bissau, 11 Mai 15 (ANG) – Pelo menos 23 mil toneladas de castanhas de caju já se encontram stockados em Bissau e prontas para serem exportadas, anunciou hoje o Ministro do Comércio da Guiné-Bissau.

Em declarações exclusivas à ANG, António Serifo Embalo disse que até aqui o processo da comercialização da castanha de caju não registou nenhum obstáculo.

O governante esclareceu que por ora não se iniciou a exportação do produto.

Serifo Embalo explicou que a colaboração das populações das zonas fronteiriças está a contribuir bastante na detecção e apreensão da castanha em fuga para países vizinhos.

Embalo revelou terem sido apreendidas nesse quadro motorizadas, carroças de burros, viaturas e bicicletas.

“Temos agentes fiscais em todos os postes da Guiné-Bissau com a finalidade de fazer com que os agricultores conhecem as vantagens dos cuidados com a castanha de caju uma vez que esses cuidados contribuem para a dignificação do nome da Guiné-Bissau”, disse.

António Serifo Embalo disse que infelizmente na semana passada registou-se algumas hesitações na comercialização de castanha de caju, em que algumas pessoas compraram a castanha por 650 francos CFA, o quilo.

A propósito Embalo disse que reagiram a tempo de por cobro a situação. 

“ Não era  o preço que estava em causa mas sim a forma como introduziram o preço no mercado. E que levantou muitas suspeitas relacionadas a possível utilização de dinheiro falso uma vez que o referido preço não pode permitir grandes benefícios ”, explicou António Serifo Embalo. 

ANG/AALS/JAM/SG

Mansaba




Autoridades policiais colaboram na recuperação de madeiras

Bissau,11 Mai 15 (ANG) - O Comando da Guarda Nacional do sector de Mansaba, região de Oio, está a colaborar com o Comité Técnico Interministerial de Gestão das Madeiras Aprendidas na localização e recuperação dos troncos que ainda se encontram nas matas daquela localidade.

Mussa Candé, chefe da Brigada de Guarda Nacional de Mansaba afirmou à ANG que os seus serviços identificaram as tabancas onde se encontram guardadas as madeiras, assim como teria registado todos os contentores de madeiras retirados até agora.

O Comandante da Guarda Nacional de Mansaba, disse que é urgente o resgate das madeiras que ainda se encontram nas matas antes do cair das  chuvas.

"Existem zonas muito próximas das bolanhas onde se fez as cortes e com o cair da chuva nenhuma viatura vai poder penetrar ai para retirar os troncos", avisou Mussa Candé.

Por sua vez, o Régulo de Mansaba, Abubacar Seidi sublinhou que  todas as localidades onde se derrubaram arvores, pertencem ao seu regulado, salientando que, isso significa que, o poder tradicional não pode ficar de fora nesse processo.

"Como representante da população estamos a seguir o processo. E o que as pessoas estão a dizer, que as madeiras serão confiscadas pelo Governo não correspondem a verdade. E se era para esse fim eu, na qualidade do Régulo, não faria parte desse comité", esclareceu.

Alguns madeireiros manifestam a disponibilidade de colaborar com o Governo na identificação e recuperação das madeiras.

Eles reconheceram as ilegalidades cometidas e recomendam ao executivo para que encontre uma solução equilibrada para  o processo de recuperação das madeiras aprendidas.

"Por mais que cometemos a ilegalidade o Governo deve-nos ajudar porque a situação não está nada bem", exortou um dos madeireiros que não quis identificar.

Disse contudo que está satisfeito com as informações avançadas pelo Comité segundo as quais  as madeiras não serão confiscadas, razão pela qual prometem  colaborar na recuperação de todos os troncos que ainda se encontram nas matas.

Segundo o  Porta-Voz do Comité, Degol Mendes o Governo decide a apreensão de madeiras mas abre a possibilidade de atender  reclamações e levar em conta os direitos adquiridos.

Aquele responsável afirmou contudo que, ainda o Comité não entrou na fase de atender as reclamações, mas sim na de identificação e transporte de madeiras para Bissau e só posteriormente é que vão abrir o atendimento de reclamações.

O Comité já recuperou mais de dois mil troncos de Madeiras no sector de Mansaba. 

ANG/AC/JAM/SG




   





Mansaba




“Cerca de 90 por cento de pau sangue cortada”, diz régulo local

Mansaba, 11 Mai 15 (ANG) - O Régulo do Sector de Mansaba (norte do país) afirmou no ultimo fim-de-semana que durante o período de transição,(2012-2013) cerca 90 por cento do “pau sangue” da floresta daquele concelho fora “devastada” pelos  madeireiros.

Em entrevista exclusiva ao repórter da ANG que acompanhava os trabalhos da Comissão Técnica da Gestão de Madeiras Apreendidas, Bubacar Seidi disse que entre as várias espécies de árvores como, “pau conta e bissilão”, o “pau sangue” foi o que mais corte “abusivo” sofreu, dada a sua importância económica e qualidade para o fabrico dos derivados de madeira.

Sobre a opiniäo do poder tradicional relativamente a decisão  do governo de interditar a corte de madeiras durante cinco anos no país, para permitir a regeneração da flora, Seidi disse que está “inteiramente de acordo com a medida”.

“Houve uma grande exploração de madeira durante esse período e como sabemos, no futuro pode trazer prejuízos à todos nós. Isso fez com que a comunidade sob a nossa jurisdição esteja de acordo com esta medida do Estado”, acrescentou.

Bubacar Seidi declarou que neste momento, graças ao trabalho que estão a levar a cabo, todos os régulos e chefes de tabancas da zona estão sensibilizados, para o cumprimento dessa  medida do executivo.

Perguntado  se confirma a  alegada cumplicidade das comunidades locais nessa “devastação descontrolada” da madeira, Bubacar Seidi refuta essa tese e refere que muitas povoações viram as suas matas “invadidas à força”, por várias pessoas e empresas e, até por alguns militares.

“Como as populações estavam a ver tudo isso, sem que beneficiassem de nada, apesar de as florestas em causa estarem nas suas zonas e protegidas por elas, algumas delas decidiram entrar no processo, para conseguir alguma coisa”, defendeu.

Finalmente, este responsável tradicional apelou ao governo a ficar pelo menos 35 por cento das futuras receitas provenientes da venda de  madeiras para o desenvolvimento local, numa eventual exploração, depois dos cinco anos de interdição.

Mansaba, norte do país, tem cerca de 50 mil habitantes, segundo o seu régulo, Bubacar Seidi, e é a localidade mais afectada com a corte “abusiva” de troncos mas a sua “população não beneficiou quase de nada”.

Ainda em Mansaba, os trabalhos da Comissão Técnica de Gestão das Madeiras Apreendidas prosseguiram com a identificação das madeiras e registos dos seus proprietários nas diferentes tabancas que compõem este sector. 

ANG/QC/SG

sexta-feira, 8 de maio de 2015

Pós mesa redonda




ONG,s apelam estabilidade para o país beneficiar dos apoios dos parceiros

Bissau, 07 Mai 15 (ANG) - Os membros das Organizações Não Governamentais advogam a necessidade de ambiente de  estabilidade e boa governação como principais condições para que a Guiné-Bissau possa receber os 1.5 bilhões de Dólares prometidos pelos parceiros na conferência de doadores de Bruxelas, Bélgica.

Em declarações a ANG quinta-feira a margem da Conferência sob o Lema, “Guiné-Bissau: desafios de uma agenda de transformação estrutural pós mesa redonda”, Isabel Garcia de Almeida, “Belita”, membro fundadora a ONG ALTERNAG alertou as autoridades nacionais no sentido levarem a cabo reformas e, em particular, na Administração Pública.

Segundo Belita só assim se poderá absorver de maneia eficaz os fundos prometidos em Bruxelas, dado que as verbas em causa são essencialmente, destinadas ao investimento público.

Para além de acções de manutenção da paz na Guiné-Bissau, Isabel de Almeida assegurou que é essencial a “boa governação” para que o país possa continuar a merecer a assistência financeira de fora.

“Um dos factores que nos levou aos sucessivos conflitos foi a má governação. Por isso, acho que se deve dar uma atenção especial a esta problemática”, alertou.

Por seu turno o Vice-presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos afirmou que “sem a estabilidade, nenhum centavo virá” para a Guiné-Bissau, por isso Augusto Mário exortou a todos os guineenses a trabalharem para conservar a paz.

Por outro, este activista dos direitos humanos pediu aos parceiros internacionais a acreditarem nas novas autoridades guineenses, porque segundo ele, é possível desenvolver o país nos próximos anos.

Augusto Mário que realçou o trabalho do governo com vista a traduzir o resultado da mesa redonda em “ganhos concretos”, aconselhou o executivo a definir políticas “claras” para alavancar a economia do país.

Durante a referida conferência, várias pessoas defenderam a criação de condições objectivas de absorção destes fundos, em prol do seu impacto directo nas populações.

ANG/QC/JAM

Ébola




Poder Tradicional agradece a UNICEF pelo apoio dado na prevenção da doença

Bissau 08 Maio 15 (ANG) – Os Representantes do Poder Tradicional agradeceram hoje o Fundo das Nações Unidas para Infância (UNICEF), pelos apoios beneficiados para a prevenção do vírus do Ébola, que assola alguns países da sub-região.

Num encontro tido com o representante residente do UNICEF, o Coordenador do Poder Local disse que vieram agradecer a UNICEF o apoio no domínio da informação, sensibilização e cuidados preventivos de como evitar a contaminação da doença.

Augusto Fernandes salientou que os conselhos recebidos estão a ser postos em prática pela população nas zonas rurais, nomeadamente a construção de latrinas nas tabancas, abstinência do consumo de carne de certos animais, lavagem das mãos com lixívia e sabão entre outras práticas higiénicas.

“ Tudo isso não seria possível sem ajuda do UNICEF, um parceiro de há vários anos “ vincou o Coordenador do Poder local.

O responsável dos régulos confirmou que os ensinamentos recebidos do UNICEF permitiu a população mudar os seus hábitos e comportamentos higiénicos em relação a mutilação genital feminina, defecação ao ar livre.

O Representante do UNICEF qualificou que o encontro se insere no quadro da cooperação existente entre as duas partes, tendo informado que os resultados só podem ser atingidos se houver uma articulação com aqueles que a nível da comunidade trabalham com as famílias, as mulheres e crianças.

“A nossa relação já dura a bastante tempo, o que nós fizemos hoje foi falar dos resultados atingidos, olhar para os desafios que ainda existem no sentido de tentar em conjunto e através duma reflexão colectiva encontrar os caminhos que nos ajudem a atingir os melhores resultados “ almejou Abubacar Sultam.

ANG/MSC