segunda-feira, 19 de novembro de 2018

CEDEAO


Acra acolhe Conferência da Sociedade de Transfusão de Sangue 

Bissau, 19 Nov 19 (ANG) - A Terceira Conferência Regional da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e da Sociedade Africana de Transfusão de Sangue (AfSBT), terá início nesta segunda-feira, em Accra, no Ghana, noticiou a Prensa Latina.
O evento tem como lema: Doação voluntária de sangue sem pagamento: requisito para um sistema da saúde de qualidade.
Esta conferência de dois dias será presidida pelos Executivos regionais da CEDEAO e do AfSBT, em colaboração com o Serviço nacional de sangue (NBS) e da Sociedade de hematologia do Ghana, sob os auspícios do ministério da Saúde deste país, adiantaram fontes desta actividade científica.
Segundo as mesmas fontes, prevê-se que os participantes partilham os seus conhecimentos e a informação dos seus países no que concerne a transfusão de sangue, a qual se considera relevante para a região africana.
Serão igualmente realizadas exposições orais sobre o tema, assim como a apresentação de póster com artigos científicos dos participantes de toda a região ocidental do continente, que integram a CEDEAO.
Os organizadores do encontro explicaram que as apresentações se basearão em grande medida nas práticas e experiências de transfusão e os requisitos correspondentes à segurança do sangue.
Um total de 15 países integra a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental.
ANG/Angop


Etiópia


UA cria fundo para promover paz e segurança em África

Bissau, 19 Nov 18 (ANG) –  A União Africana(UA) lançou sábado, em Addis Abeba, Etiópia, um novo Fundo para a Paz, visando promover a Paz e a Segurança em África em todo o continente.
Lançado durante a 11ª cimeira Extraordinária da UA, o Fundo será especialmente versado em três grandes domínios temáticos, nomeadamente, os esforços de mediação e a diplomacia preventiva, capacidades institucionais e operações de apoio à Paz.
Esse fundo, que já tem um conselho de administração de cinco membros e um director, deve começar com um orçamento inicial de 100 milhões de dólares norte-americanos, de acordo com a UA.
O presidente rwandês, Paul Kagame, que actualmente assume a presidência rotativa da UA, disse sábado à noite durante a cerimónia de lançamento desta iniciativa que o fundo terá como objectivo "garantir que os desafios de paz e segurança sejam resolvidos por mecanismos africanos".
Kagame agradeceu os 42 Estados membros da UA que já contribuíram para o fundo, e chamou os últimos doze membros para preencher a sua cota.
O presidente da Comissão da UA, Moussa Faki Mahamat, disse que o fundo seria supervisionado por um conselho de administração composto por "cinco personalidades africanos estimados", mas também por outros dois parceiros de desenvolvimento, a União Europeia UE e a ONU.
A 11ª cimeira extraordinária da UA foi realizada nos dias 17 e 18 de Novembro.
ANG/Angop


Política


“Um partido desorganizado não pode governar um país”, diz secretário-geral de APU-PDGB  

 Bissau, 19 Nov 18 (ANG) – O Secretário-geral do partido Assembleia do Povo Unido- Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB) disse no último fim-de-semana que um partido desorganizado não pode governar um país.

Juliano Fernandes falava no acto de entrega de cartões do partido aos militantes do Círculo 28 no qual salientou que o progresso e a organização caminham sempre de mãos dadas.
 “Um partido desorganizado não pode dirigir um país. Se calhar o nosso país está do jeito que está por motivo de falta de organização dos partidos políticos que já governaram”, disse o secretário-geral de APU-PDGB.

Juliano Fernandes informou que a APU-PDGB elege como prioridade a organização do Estado da Guiné-Bissau de forma a desenvolver o país e  garantir a paz e segurança ao povo guineense.

“Se verificamos, muitos governantes tomam um partido como meio para garantir as suas vidas ou bem-estar das suas famílias mas, na realidade, o povo é que devia merecer mais atenção, uma vez que o principal papel de um governante é  servir uma nação e não se enriquecer a custa do povo”, referiu aquele político.

Fernandes sublinhou que a Guiné-Bissau é um dos países mais atrasados do mundo no que concerne ao desenvolvimento, tendo acrescentado que para mudar a essa situação é necessário começar por organização de base, pelo que  todos os partidos políticos devem se organizar para que, no futuro, possam ser capazes de fazer algo de positivo para o país.

ANG/AALS/ÂC//SG







sexta-feira, 16 de novembro de 2018

África


                                Lisboa acolhe exposição de peças africanas

Bissau, 16 nov 18 (ANG) -  Uma exposição denominada “Contar África” vai ser inaugurada no dia 25 de Novembro, no Padrão dos Descobrimentos, em Portugal, noticia a LUSA.

Coordenada por António Camões Gouveia, a exposição que reúne peças escolhidas por 45 investigadores estudiosos da África, é "um exercício da descoberta de África e das muitas África que a compõem", segundo a organização.
A exposição que vai até 21 de Abril, é o resultado de um "exercício científico -museológico", cujo desafio foi "contar África, e não a visão que de África tiveram os portugueses”, explicou António Camões Gouveia.
Cada peça conta uma história e resulta numa análise e reflexão por parte de quem a escolheu.
O objectivo da organização é que o conjunto das peças "conte a história de uma África plural".
As escolhas dos investigadores e especialistas são a base do desenho da narrativa museológica que forma um circuito de visita, que é aberto e não condicionado.
Alexandra Curvelo, Ângela Barreto Xavier, Beatriz Gomes, Carlos Sousa, Catarina Madeira Santos, Edalina Sanches, Filipa Lowndes Vicente, Hugo Ribeiro da Silva, Inês Beleza Barreiros, Joacine Katar Moreira, João Vasconcelos, Manuel dos Santos, Maria Emília Madeira Santos, Nuno Domingos, Nuno Senos, Paulo Almeida Fernandes, Ricardo Roque e Santiago Macías são alguns dos 45 investigadores que escolheram as peças para a mostra.
António Camões Gouveia, nascido em 1958, é licenciado em História, pós-graduado em História Cultural e Política e doutorado em História e Teoria das Ideias, especialidade em História das Ideias Sociais, pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, onde dá aulas desde 1981.
Lecciona História da Sociedade e da Cultura, dos séculos XVI a XVIII, e da programação de cultura.ANG/Angop

FARP


“As novas regras impostas nos quartéis dão mais seguranças às instituições do Estado”, diz CEMGFA

Bissau, 16 Nov 18 (ANG) – O Chefe de Estado Maior General das Forças Armadas (CEMGFA), afirmou hoje que as novas regras impostas nos quartéis, permitem que as instituições de Estado funcionem em  segurança.

Biaguê Na Ntan que falava no acto da abertura da cerimónia de festejos dos 54 anos da fundação das FARP, disse que depois da independência as Forças Armadas eram conhecidas como braço armado de um partido, mas que, com o aparecimento do  multipartidarismo em 1994, as FARP tornaram-se apartidárias, passando a não  pertencer à nenhuma formação política.

“Apesar de se tornarem apartidárias, em consequência da queda do artigo 4º, da Constituição da República da Guiné-Bissau, as FARP não conseguiram escapar das influências nefastas políticas partidárias que se fizeram sentir até meado de 2014”,acrescentou.

De acordo com Biaguê Na Ntan, depois da sua nomeação como o chefe de Estado-Maior General das FARP, a sua direcção se empenhpou em trabalhos de base de restruturação das FARP visando a mudança de sua imagem negativa para positiva.

“Criamos escolas nas diferentes unidades militares do país, promovemos formações dos soldados assim como oficiais militares, fizemos acções de sensibilização dos nossos agentes militar para se afastarem dos políticos e permanecerem nos quartéis, reabilitamos quarteis de Amura assim como outros do país, criamos condições com os nossos recursos próprios para que os militares passam  cultivar  produtos alimentícios. Vamos manter os contactos com  os parceiros para trazer mais benefícios para as nossas FARP”, disse Biaguê Na Ntan.

Em nome das mulheres das FARP, Maria Na Ncanha destacou  que durante a luta armada de libertação nacional, as mulheres estiveram ombro a ombro com os homens.

“Muitas mulheres estiveram na linha de frente assistindo os feridos de guerra, e aquelas que ficavam nas tabancas também desempenhavam um importante papel porque não poupavam as suas vidas e andavam quase por toda a parte para levar comidas aos combatentes”, referiu a porta-voz das mulheres combatentes.

 Maria Na Ncanha lamentou que  depois da luta de libertação nacional, os sucessivos governos desviaram as suas atenções  sobre elas, esquecendo que ontem as mulheres jogaram um papel muito importante para a libertar a Guiné-Bissau.

“Com tudo isso, pela primeira vez, depois da nossa entrada à cidade de Bissau, fomos recebidos pelo actual Chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA), Biaguê Nan Tan, e o gesto marcou-nos tanto e sentimos que  existe alguém que reconheceu o nosso respeito e valor como militar e combatente da liberdade da pátria”, sustentou Maria Na Ncanha. 

No final de tudo, as FARP ofereceram 13 sacos de batatas para o Hospital Nacional Simão Mendes  e 12 para o Hospital Militar, frutos da colheita do campo de lavoura militar na zona leste do país.
ANG/LLA/ÂC