segunda-feira, 24 de junho de 2019

Greve Função Publica


Secretário-geral da UNTG pede aos trabalhadores para acompanhar  Centrais Sindicais na 8ª ronda de paralisações.

Bissau, 24 Jun 19 (ANG) - O secretário-geral da União Nacional dos Trabalhadores da Guine (UNTG), pediu hoje aos funcionários públicos para acompanharem as duas Centrais Sindicais na oitava vaga de greve  a observar entre 25 e 27 de junho, uma vez que a luta é para defender os interesses da classe.

Júlio Mendonça em entrevista à ANG disse que independentemente dos “teatros políticos” dos últimos dias, os sindicatos vão fazer o seu papel, tendo salientado que não depende deles a escolha de quem vai governar, mas que contudo vão se relacionar com qualquer um que esteja a exercer as funções governativas.

“Se esta pessoa quer ou não, deve nos ouvir e se não o fizer a Lei nos reserva os mecanismos para que sejamos ouvidos e segundo ele, o propósito divino não falha uma vez que o Primeiro-ministro Aristides Gomes foi reconduzido, e que tinha todo tempo deste mundo para se sentar com os sindicatos para discutirem seriamente sobre os 47 pontos que constam no Caderno Reivindicativo dos sindicatos”, disse.

Mendonça frisou que as paralisações, que podiam ser evitadas,ocorrem devido ao comportamento de Aristides Gomes, como Chefe de Governo  virou costas  ao diálogo com as Centrais Sindicais fazendo com que o ano lectivo 2018/19 esteja comprometido ou quase nulo.

O Secretario-geral da UNTG disse que a luta da sua organização e da Confederação Geral dos Sindicatos Independentes da Guiné-Bissau (CGSI-G-B), é para ajudar a organizar o Estado, cumprindo o que a Lei diz e mais nada.

“Já falamos em várias ocasiões que esta luta não vai parar enquanto os objectivos preconizados não forem atingidos. Por isso, pedimos que o comportamento do Primeiro-ministro, seja outra em relação aos Centrais Sindicais e trabalhadores guineenses em geral porque a sua missão desta vez é de governar o país e não apenas de realizar  eleições como outrora justificava”, frisou.

Questionado se esperam uma mudança de atitude do Chefe do Governo, Mendonça disse que como diz um ditado popular, de que “só o burro é que não muda de posição”, salientando que um ser humano como ser racional que pensa, analisa e realiza, julga-se que deve mudar a sua postura no relacionamento com os parceiros sociais, se quiser continuar a governar para atingir os objectivos traçados no programa do PAIGC denominada “Terra Ranka”.

Sobre o benefício de dúvida ao primeiro-ministro empossado, uma vez que ainda não formou o elenco governamental, frisou que no país as pessoas que devem fazer isso são os próprios governantes ou seja já passaram 45 anos em que os trabalhadores guineenses deram benefício de incerteza aos sucessivos governos, e aos políticos, salientando que chegou a hora de mudar o paradigma das coisas.

“As paralisações que iniciaram desde o mês de Maio, não vão parar porque felizmente o Chefe de Governo continua nas funções. Temos mais razões de continuar a nossa luta uma vez que conhece muito bem o dossier das reivindicações e se nada mudar estamos prontos para fazer greve até acabar a décima legislatura ora iniciada“,vincou. ANG/MSC/ÂC//SG


FAO


                  Vice ministro da Agricultura chinês é novo diretor geral
 Bissau,24 jun 19 (ANG) -  O vice ministro da Agricultura chinês, Qu Dongyyu, foi eleito no domingo (23) diretor geral da FAO, a Agência das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação, com sede em Roma.
O candidato chinês, 55 anos, biólogo de formação, trabalhou durante 30 anos no setor agrícola e alimentar, no desenvolvimento de tecnologias digitais para agricultura e áreas rurais, onde também introduziu o microcrédito.
 Qu Dongyyu teve 108 votos - a maioria absoluta no primeiro turno- e será o primeiro chinês a ocupar o cargo.
A candidata francesa, Catherine Geslain-Lanéelle, ex-dirigente da Agência Europeia de Segurança Alimentar, teve 71 votos, e o ex-ministro da Agricultura georgiano, Davit Kirvalidze, obteve 12 votos.
Para o novo eleito, trata-se de "uma data histórica."Dongyyu prometeu fazer "o que estivesse a seu alcance para ser imparcial e neutro" e também se comprometeu lutar "concretamente" contra a fome no mundo.
Durante um discurso feito no domingo, o novo diretor geral do órgão, que assume em agosto, também propôs associar mais o setor privado, para atrair recursos financeiros e desenvolver os setores agroalimentares, principalmente dos países em desenvolvimento. representante chinês citou como possível sócia da FAO a fundação americana Bill e Melinda Gates, fundada pelo antigo presidente da Microsoft, e também o gigante chinês do varejo Ali Baba.
O representante chinês, que estará à frente do órgão de 1 de agosto a 31 de julho de 2023, substituirá o brasileiro José Graziano da Silva, que acumulou dois mandatos. O Brasil apoiou Dongyyu, apesar do alinhamento do governo Bolsonaro com os Estados Unidos, que está em guerra comercial com a China.
O futuro chefe da FAO enfrentará um dos maiores desafios para a humanidade: o aumento da fome no mundo, devido ao efeito combinado do aquecimento global e de conflitos, especialmente na África e no Oriente Médio. Segundo a ONU, uma estratégia real será necessária para alimentar uma população mundial que atingirá 10 bilhões de pessoas em 2050, 2 bilhões a mais do que atualmente.
A segurança alimentar, o desenvolvimento agrícola, a agroindústria, o comércio, a biotecnologia, o clima e o meio ambiente são algumas das questões em discussão. A FAO é uma instância de debate e direção das políticas alimentares mundiais da qual participam representantes de governos, mas com a presença importante de agrônomos e cientistas. Sob a direção do brasileiro Graziano da Silva, a FAO esboçou uma política favorável aos métodos agroecológicos.  ANG/RFI



sexta-feira, 21 de junho de 2019

Empreendedorismo


                    “ O Estado é um péssimo gestor” diz José Mário Vaz

Bissau, 21 jun 19 (ANG) – O Presidente da República José Mário Vaz disse hoje que o Estado é um péssimo gestor porque não cuida das coisas, não zela interesse naquilo que é o  comum.

José Mário Vaz que falava da sua experiência profissional esta sexta-feira aos estudantes da Universidade Lusófona da Guiné, acrescenta  que o Estado utiliza recursos de qualquer maneira porque não lhe custou a ganhar, justificando que as pessoas que representam o Estado, as vezes, são mal preparadas.

Afirmou que quando o Estado for cada vez mais gordo é um problema para os cidadãos porque têm que o financiar, e uma das formas de auto financiar é através dos impostos dos cidadãos.

Para o caso da  Guiné-Bissau disse haver  dois elementos importantes que o estado recorre para financiar o  Orçamento Geral do Estado, entre os quais: a Ajuda Pública ao Desenvolvimento.

“ A Ajuda Pública pode ser sob a forma de bem assim como de serviço. Serviço são os estrangeiros que venham cooperar connosco e ajudam-nos a desenvolver um determinado sector da nossa actividade”, referiu.

O Chefe do Estado disse ainda que quando o Estado não tem o suficiente a nível dos impostos e a nível de Ajuda Pública ao Desenvolvimento recorre ao empréstimo, mas adverte  que isso não é bom recurso, porque “não é bom para o país e nem para os jovens”.

Defende que o homem deve crescer  na base de princípios, valores e convicções, “porque  é o que torna um homem forte”, e salienta  que, para ter  sucesso, é preciso saber o quê que o mercado quer de cada um e em quê que cada um pode ser útil.

Por sua vez, Reitor da Universidade , Rui Jandi destacou que  a Lusófona é um projecto educativo nacional que foi implementado para o país e para os guineenses.

Manifestou  a disponibilidade de colaborar com qualquer que seja a entidade ou instituição que deseja dar a sua contribuição, em termos de formação ou reciclagem, aos  estudantes. 

ANG/DMG//SG

CAN 2019


                                        Egipto abre competição em casa
Bissau, 21 jun 19 (ANG) - A 32ª edição do Campeonato Africano das Nações, o CAN, inicia-se nesta sexta-feira 21 de Junho no Cairo, capital egípcia, com o jogo de abertura entre o Egipto e o Zimbabué, que vai decorrer no Estádio Internacional.
 O Egipto, que substituiu os Camarões na organização da prova a 8 de Janeiro, tem aqui uma oportunidade em ouro de vencer a competição em casa. Pela quinta vez o país organiza este evento, sendo que arrecadou três títulos durante os quatro precedentes torneios em casa.
Os egípcios, que venceram no total sete vezes o Campeonato Africano das Nações, são os actuais finalistas da prova que decorreu no Gabão em 2017. Recorde-se que o Egipto perdeu na final por 1-0 frente aos Camarões.
Para o Zimbabué será a quarta participação na competição, sendo que nas três precedentes, nunca conseguiu ultrapassar a fase de grupos.
O Egipto parte favorito para a prova, neste grupo, e para este jogo inaugural. Os egípcios poderão contar com a estrela da equipa, Mohamed Salah, que venceu a Liga dos Campeões europeus de 2019 com o seu clube, os britânicos do Liverpool.
Angola e Guiné-Bissau vão ser as duas únicas seleções lusófonas a estar em território egípcio e continuam a preparação para as respectivas estreias.
Angola vai medir forças com a Tunísia no Grupo E na próxima segunda-feira 24 de Junho De notar que os tunisinos arrecadaram o troféu em 2004.
Quanto à Guiné-Bissau vai defrontar, logo na estreia, na próxima terça-feira 25 de Junho, os Camarões, cinco vezes campeões africanos de futebol e detentores do troféu alcançado no Gabão em 2017.
O país está ao rubro com a prova, o CAN está presente em qualquer lugar da cidade com cartazes. O público vai estar presente e deverá haver lotação esgotada no Estádio de 74 mil lugares.
O Grupo A ainda conta com República Democrática do Congo e Uganda, que se defrontam no sábado.ANG/RFI

Política

Bureau Político do PAIGC mantém  Domingos Simões Pereira para  cargo de Primeiro-ministro

Bissau, 21 jun19 (ANG) – Os membros do Bureau Político do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) decidiu manter o nome do Domingos Simões Pereira, para o cargo de Primeiro-Ministro de acordo com o nº 1 do Artº 42 dos estatutos do partido que prevê que o seu Presidente, na qualidade de cabeça de lista nas eleições legislativas é seu candidato ao cargo de Primeiro-ministro, em caso de vitória.

A decisão de manter o nome do presidente do PAIGC consta nas resoluções finais da IVª reunião extraordinária do Bureau Político do mesmo partido a que a ANG teve acesso hoje.
Segundo as quais, 80 dos 91 membros votaram por unanimidade o nome do líder do partido para liderar o novo governo com base nos resultados eleitorais de 10 de março.

O Presidente da República solicitou no passado dia 17 do corrente mês ao PAIGC para lhe enviar a proposta do nome do futuro Primeiro-ministro e em resposta a carta de José Mário Vaz, os libertadores mandaram o nome do seu líder, Domingos Simões Pereira.

Na quarta-feira, o chefe de Estado guineense remeteu  uma outra carta à direcção do PAIGC em que informou sobre a sua recusa a proposta do nome de Domingos Simões Pereira para chefiar o futuro executivo, evocando competências constitucionais não identificadas.

Os membros do Bureau Político dos libertadores exortaram ainda a Comissão Permanente da Assembleia Nacional Popular a traçar uma estratégia de intervenção do Partido face ao fim do mandato do Presidente da República, José Mário Vaz.

 Alertaram a sociedade guineense e à Comunidade Internacional sobre as implicações políticas e jurídicas do fim do mandato do Presidente da República no próximo dia 23 de Junho.

Por outro lado, manifestaram total solidariedade às vitimas da tragédia ocorrida em Binar e N´tchalá. ANG/LPG/ÂC//

Alemanha


                    Prefeitos  ameaçados de morte por defender imigrantes
Bissau, 21 jun 19 (ANG) - Dois prefeitos alemães favoráveis a uma política imigratória de abertura do país receberam ameaças de morte, informou a polícia na quinta-feira (20).
Bandeira da Alemanha
O anúncio foi feito semanas depois do assassinato de um político conservador que defendia os refugiados, possivelmente por um simpatizante neonazista.
Os dois prefeitos a quem as ameaças foram confirmadas – a de Colônia, Henriette Reker, e o da pequena cidade de Altena, Andreas Hollstein – já foram atacados a facadas no passado, por razões políticas.
 Hollstein confirmou ter sido intimidado na terça-feira (18). Prefeito de um vilarejo de 17 mil habitantes, considerado modelo de integração de imigrantes, ele conseguiu escapar de uma tentativa de esfaqueamento no fim de 2017. O agressor queria protestar contra a recepção de refugiados pela Alemanha.
Já Reker não teve tanta sorte e, em outubro de 2015, foi ferida gravemente a facadas por um militante de extrema direita, que denunciava a chegada de imigrantes na cidade. Desde então, ela só sai na rua com proteção policial.
A polícia judiciária de Berlim está encarregada das investigações das ameaças, depois que cartas anônimas foram enviadas a governantes e parlamentares de todo o país e à capital alemã, de acordo com o tabloide Bild.
O ministro das Relações Exteriores, Heiko Maas, se pronunciou no Twitter sobre o caso, que segundo ele são “infames tentativas de intimidação”. “A nossa economia prospera graças aos esforços de muitos políticos e voluntários locais corajosos. Eles precisam do nosso respeito e do nosso apoio constantemente, sobretudo hoje em dia”, declarou.
 As ameaças são divulgadas semanas depois da morte a tiros de Walter Lübcke, 65 anos, político do partido conservador da chanceler Angela Merkel. Ele foi encontrado morto no dia 2 de junho no pátio de sua casa, em Wolfhagen, no oeste do país.
Um suspeito de 45 anos, com ligações com grupos neonazistas foi preso no último fim de semana. Lübcke era um notório defensor da política imigratória de Merkel, que em 2015 abriu as portas do país para os candidatos a asilo na Europa. Naquele ano, ele chegou a convidar os alemães que não concordam com a decisão a deixar o país, o que lhe transformou em um dos principais alvos da extrema direita na Alemanha. Desde então, as ameaças de morte ao político eram frequentes.
A notícia da morte de Lübcke foi comemorada por militantes neonazistas nas redes sociais, mas foi condenada duramente por todos os partidos.ANG/RFI

ANP


           Madem G-15 propõe  Satú Camará para lugar de 2º vice-presidente

Bissau,21 Jun 19 (ANG) – A Comissão Permanente do Movimento para Alternância Democrática (Madem G15), propõe o nome da deputada Adja Satú Camará Pinto para ocupar o lugar da 2º vice-presidente da mesa da Assembleia Nacional Popular (ANP).

“Após análises e discussão, a Comissão Política do Movimento para Alternância Democrática (Madem G-15), à luz do artigo trigésimo quinto dos seus estatutos, aprovou como proposta ao Grupo Parlamentar o nome da deputada Adja Satú
Camará Pinto, segunda vice coordenadora nacional do Movimento para preencher o lugar de 2º vice-presidente da mesa da Assembleia Nacional Popular”, disse o comunicado do Madem G-15 divulgado quinta-feira.

Em conferência de imprensa realizada quinta-feira, o coordenador nacional do Movimento para Alternância Democrática(Madem G-15), Braima Camará anunciou que abdicou-se de ser o candidato ao cargo de 2º vice-presidente da mesa do parlamento “ de forma a contribuir para a resolução do impasse”.

“Nunca serei um elemento perturbador e que ponha em causa  a paz na Guiné-Bissau”, afirmou Braima Camará, salientando que tomou a decisão “em nome dos interesses superiores da Nação”.

O Madem G-15, partido criado por dissidentes do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde(PAIGC), e segundo mais votado nas legislativas de 10 de março, mantém um braço de ferro com a maioria parlamentar por causa do 2º vice-presidente da mesa da ANP.

O Madem indicou o seu líder, Braima Camará, para aquele posto, mas em duas votações este não mereceu a confiança da maioria de deputados, que pedem que aquele partido indicasse uma outra figura para o lugar.

O partido que detém 27 dos 102 deputados no parlamento, tinha até quinta-feira recusado indicar outro nome.

O parlamento guineense está dividido em dois grandes blocos, um que inclui o PAIGC(partido mais votado), a APU-PDGB, a União para Mudança e o Partido da Nova Democracia(PND) com 54 deputados, e o outro que juntou o Madem G-15 e o Partido da Renovação Social(PRS), com 48 deputados.

O Presidente da República José Mário Vaz, cumpre cinco anos de mandato no Domingo e marcou eleições presidenciais para 24 de Novembro.ANG/ÂC//SG

Cuba


                 Regresso  dos postos de presidente e primeiro-ministro
Bissau, 21 jun 19 (ANG) - Cuba terá em outubro um presidente e um primeiro-ministro, cargos que desapareceram desde 1976.
O próximo Congresso cubano, no entanto, perderá mais de um quinto dos seus deputados, de acordo com um projeto de lei eleitoral publicada  quinta-feira (20).
De acordo com este projeto de lei, que será votado em julho, o presidente da República, cargo recém-criado, será eleito entre os membros do Congresso para um mandato de cinco anos, renovável uma vez.
Está também prevista a criação de um posto de primeiro-ministro, que deverá ser proposto pelo presidente da República, e aprovado pelos deputados.
O Congresso cubano, que anteriormente era o Executivo e o corpo legislativo do país, cairá de 605 para 474 deputados, enquanto o Conselho de Estado, atualmente presidido por Miguel Díaz-Canel, principal figura do poder Executivo, terá 21 membros, contra 31 hoje.
Em 1976, com o início de sua primeira Constituição Socialista, Cuba adotou uma nova estrutura governamental: os cargos de presidente e primeiro-ministro foram removidos; O Congresso havia se tornado a principal instituição do governo, reunindo-se duas vezes por ano. O Conselho de Estado assumia as responsabilidades do Executivo no restante do tempo.
O ex-líder Fidel Castro (1926-2016) foi primeiro-ministro de 1959 a 1976 antes de assumir o cargo de Presidente do Conselho de Estado de 1976 a 2008. Seu irmão Raul Castro sucedeu-o por dez anos, antes de Miguel Diaz-Canel assumir em 19 de abril de 2018.
A aprovação da lei e sua publicação no Jornal Oficial, no entanto, não resultarão em nenhuma mudança na composição do Congresso antes do fim da legislatura, em 2024.
"A atual composição da Assembleia, com 605 membros, será mantida até o final do atual Parlamento. As alterações propostas para este corpo serão aplicadas quando começar o novo mandato em cinco anos", disse o líder do Congresso cubano, Esteban Lazo, citado pelo jornal oficial Granma.
Os cargos dos presidentes da Assembleia e do Conselho de Estado também devem ser fundidos.ANG/RFI

quinta-feira, 20 de junho de 2019

CMB


Câmara Municipal de Oeiras doa quatro ambulâncias a congénere de Bissau

Bissau, 20 jun 19 (ANG)- O presidente da Câmara Municipal de Oeiras(Portugal), Isaltino Afonso Morais entregou hoje ao seu homólogo de Bissau, Luís Silva de Melo um donativo constituido de quatro ambulancias.

Segundo um comunicado do Gabinete de Comunicação e Imagem da CMB, as referidas ambulâncias são destinadas ao hospital de Bafatá, ( Leste),  Centro de Saúde de Bijimita, região de Biombo( Norte), Centro de Saúde de  São Domingos e à ONG ANADUS de Gabú, Leste da Guiné-Bissau.

A cerimónia de entrega do referido donativo decorreu esta quinta-feira em Bissau na presença da ministra da Saúde, Maria Inácia Có Sanhá e do embaixador de Portugal em Bissau, António de Carvalho.

A doação se realizou no âmbito do acordo de  geminação entre Bissau e Oeiras, em implementação  há vários anos. 

ANG//SG

CEDEAO

Missão apela PR para nomear novo PM tendo em conta resultados eleitorais

Bissau, 20 jun 19 (ANG) -  A Missão da CEDEA0 apelou ao Presidente José Mário Vaz para nomear  novo Primeiro-ministro de acordo com os resultados eleitorais, antes do dia 23 de Junho, data em que termina o mandato do chefe de Estado.


O apelo foi tornado público com a  leitura, no aéroporto de Bissau, do Comunicado Final resultante dos dois dias de consultas que a missao realizou em Bissau com diferentes actores politicos guineenses.

A missão ainda declarou que a CEDEAO irá aplicar sanções contra actores políticos  que têm estado a dificultar a estabilização política da Guiné-Bissau.

O presidente José Mário Vaz ,depois de solicitar, segunda-feira, ao PAIGC, na qualidade de vencedor das legislativas de 10 de março passado, a apresentar a sua proposta de primeiro-ministro  recusou ,no dia seguinte, o nome de Domingo Simões Pereira indicado pelo partido para essas funções.

Como alternativa, Mário Vaz solicitou que seja indicada outra pessoa para o cargo de primeiro-ministro.

O PAIGC prepara uma resposta à essa recusa de José Mario Vaz. O Bureau Político do partido está reunido e no centro dos debates está a recusa do nome do líder do partido para as funções de primeiro-ministro.

Os estatutos do PAIGC, (artigo 40) determinam que em caso de vitória eleitoral, o líder do partido, na qualidade de cabeça da lista, é o candidato ao cargo de primeiro-ministro.
A Constituição da República determina que o primeiro-ministro é nomeado tendo em conta os resultados eleitorais.

Entretanto, o coordenador do partido Madem g-15, Braima Camará anunciou esta quinta-feira a sua desistência do cargo de 2º vice-presidente da Assembleia Nacional Popular, para o qual havia sido  reprovado pela maioria dos deputados numa votação feita no parlamento, a 18 de Abril.

Camará disse que se abdica do lugar ,”em nome dos superiores interesses da nação”.

A recusa do Madem G-15 de substituir o nome de Braima Camará por outro dirigente do partido esteve no origem do impasse verificado na eleição completa da mesa da ANP, e que serviu ao Presidente Mário Vaz de pretexto para não avançar com o processo de nomeação do primeiro-ministro, três meses após eleições legislativas ganhas pelo PAIGC.

O lugar de 2º vice-presidente do parlamento, de acordo com o Regimento da ANP, é reservado ao segundo partido mais votado nas eleições mas o seu preenchimento e legtimado  por votos da maioria dos deputados presentes na sessão. 

ANG//SG

Binar


Líder da Bancada Parlamentar da APU-PDGB se solidariza com vítimas de tempestade

Bissau,20 Jun 19(ANG) – O líder da Bancada Parlamentar do partido Assembleia do Povo Unido(APU-PDGB), Marciano Indi esteve quarta-feira em Binar tendo manifestado a sua solidariedade para com as vítimas da tempestade que devastou mais de 60 casas e cacifos comerciais naquela localidade do norte do país.
Vista de uma das casas devastadas

Em declarações à Agência de Notícias da Guiné e Jornal No Pintcha, Marciano Indi disse que deslocou-se à Binar em nome do líder de APU-PDGB, Nuno Gomes Nabian que foi eleito deputado no referido Circulo Eleitoral.

“Fomos indigitados pelo líder do partido APU-PDGB, Nuno Gomes Nabian para virmos juntar com o nosso colega deputado Úmaro Conté para se inteirar “in loco” do que aconteceu com os populares do sector de Binar”, explicou.

 “Vamos informar as autoridades competentes de que, de facto, a situação é preocupante e merece uma resposta rápida e  deve ser prioridade das prioridades”, disse.

O líder da Bancada Parlamentar de APU-PDGB sublinhou que é lamentável ver as famílias sem abrigo com todas as suas reservas alimentícios destruídas, acrescentando que se as chuvas voltarem a cair  a situação vai ser ainda mais dramática devido ao facto de haverem muitas casas sem tecto.

“Por isso, penso que o Governo deve assumir as suas responsabilidades, de agir ,o mais rápido possível, de forma a colmatar a situação e minimizar o sofrimento do povo de Binar”, frisou.

Por sua vez, o deputado de APU-PDGB para o Circulo Eleitoral 5, Úmaro Conté qualificou de grave o que aconteceu em Binar. “Vocês jornalistas viram cá e constataram de facto o que aconteceu e o drama com que se depara a população.

Conté disse que na qualidade de deputado da área, a sua missão é de transmitir as dificuldades das populações às autoridades competentes neste caso ao Governo, acrescentando que, como deputado vai limitar a fazer o papel que a lei lhe confere.

“Desde as primeiras horas da tragédia estamos a envidar esforços para levar junto das autoridades competentes as informações sobre a situação, porque o nosso papel não é de executar”, referiu.

Úmaro Conté informou que segundo os levantamentos feitos no terreno, a tempestade devastou cerca de 60 casas e cacifos comerciais na secção de Binar. ANG/ÂC//SG


Tempo


          Tempestade devasta  Binar e deixa cerca de 60 famílias sem abrigo

Bissau,20 Jun 19(ANG) – Uma tempestade devastou na passada terça-feira a secção de Binar, sector de Bissorã, na região de Oio, norte do país,  tendo deixado sem abrigo cerca de 60 famílias, para além de danos materiais incalculáveis.

Segundo o que apurou o repórter da ANG junto de alguns sinistrados, a trovoada seguida de ventos fortes surpreendeu os populares da secção de Binar por volta das 21h00 horas de terça-feira, dia 18 do corrente mês.

“Ventos fortes arrancaram parcialmente  a cobertura  da minha casa. Na altura, toda a minha família que se encontrava no interior da casa entrou  em pânico, inclusive a minha filha menor assustada fugiu para a casa vizinha”, explicou uma das vítimas, Alberto Bussa Quimatcha.

Apela às autoridades competentes no sentido de apoiarem as vitimas da tempestade em Binar para evitar a destruição completa  das suas casas tendo em conta que já estamos em pleno período chuvoso.

Domingos Carlos Quidom, outra vítima, também afirmou  que a trovoada devastou-lhe toda a cobertura da casa para além de estragos causados aos seus  electrodomésticos, num valor incalculável em dinheiro.

Pediu todas as pessoas de boa vontade para lhes socorrer caso contrário não terão  onde ir se abrigar com a família.

Uma outra vítima de nome Serra Caby disse que a tempestade causou-lhe enormes danos materiais. “Todo o meu  stock de géneros alimentícios ficou destruído, inclusive o arroz. As minhas  vacas e cabras também ficaram feridas e não sei de vão resistir a morte ou não”, informou.

Serra Caby disse que se não receberem ajudas de emergências, as suas campanhas agrícolas do presente ano ficarão comprometidas, acrescentando que, os danos materiais por ele  sofrido podem ser avaliados em cerca de cinco milhões de francos CFA.

Por sua vez, Marinho Quadé explicou que se não for ajuda de Deus não estariam hoje a falar, porque seriam todos mortos. “A trovoada e o vento forte abalou repentinamente a vila de Binar e não demorou mais de dez minutos para causar tantos danos”, explicou.

A tempestade arrancou de raiz muitas árvores, devastou por completo a vedação de “quirintim” do Estádio de Futebol local.

“As nossas roupas e outros mantimentos da família foram totalmente atingidas e estragadas”, lamentou Quadé.

Marinho Quadé voltou a pedir apoios do Governo para as populares vitimadas pela tempestade da secção de Binar.

Fatinha Tavares, outra vítima da tempestade afirmou que desde que povoaram em Binar nunca viu fenómeno do tipo, frisando que só tem que agradecer a Deus porque não causou nenhuma perda humana.

O ancião João Miranda disse que a trovoada foi muito rápida em causar grandes estragos em Binar, sublinhando que nunca viram fenómenos do tipo em Binar. “Depois da tragédia se a chuva não tivesse parado, causaria muito mais danos”, disse.

João Miranda pediu apoios do Governo às vítimas de tempestade em Binar, acrescentando contudo que uma missão da Cruz Vermelha já está a fazer o levantamento de danos junto das vítimas.

Satú Cassamá outra vítima, ao responder as questões dos jornalistas sobre o sucedido, começou por deitar lágrimas, lamentando o estado degradante em que a tempestade deixou a sua casa e a do seu pai. “Já não temos ninguém na família com meios financeiros para nos ajudar a erguer de novo as nossas habitações”, lamentou Cassama com lágrimas nos olhos.ANG/ÂC//SG

França


                    Ex-presidente  Sarkozy  será julgado por corrupção
Bissau, 20 jun 19 (ANG) - Nicolas Sarkozy fez de tudo para evitar o julgamento por corrupção, mas na quarta-feira (19) o Tribunal de Cassação de Paris rejeitou os últimos recursos do ex-presidente francês.
Flagrado por grampos da polícia, Sarkozy é acusado de tentar influenciar um juiz.
Esta é a primeira vez desde a fundação da V República francesa, em 1958, que um ex-presidente do país será julgado por corrupção. O advogado de Sarkozy, Thierry Herzog, e o ex-juiz Gilbert Azibert, também são processados. Os três são acusados de “corrupção” e “tráfico de influências”.
A audiência acontecerá nos próximos meses em um tribunal de primeira instância, mas a data ainda não foi fixada.
O ex-presidente é acusado de tentar, em 2014, com a ajuda do advogado Thierry Herzog, obter informações do então magistrado Gilbert Azibert. Eles propunham ao juiz da Corte de Cassação um cargo de prestígio, em Mônaco, em troca de revelações secretas sobre o chamado “caso Bettencourt”.
Em 2013, o  ex-presidente havia sido acusado de receber doações milionárias da herdeira do grupo L’Oreal, Liliane Bttencourt ao partido UMP(União por um movimento Popular), para financiar sua campanha. Ele foi absolvido nesse.           Nessa época, o Tribunal de Paris havia autorizado o grampo dos telefones de Sarkozy na investigação de um outro caso de corrupção envolvendo o ex-presidente. As escutas acabaram revelando os diálogos e a transação com o juiz Azibert.
Sarkozy, que se retirou da política em 2016, ainda é alvo de um outro processo, o caso Bygmalion, por financiamento ilegal de campanha, em 2012.ANG/RFI



Moçambique


                                    Cimeira EUA-África decorre em Maputo
Bissau, 20 jun19 (ANG) - A 12a cimeira de negócios EUA-África está a decorrer a partir de hoje e até 21 de Junho em Maputo, contando com a presença de 14 chefes de Estado.
Vista da cidade de Maputo
Presente está também Karen Dunn Kelley, vice-secretária norte-americana do Comércio.
Em debate nesta cimeira de negócios EUA-África está o futuro das relações comerciais entre o continente africano e os Estados Unidos da América.
Nesse sentido, os governos de Moçambique e dos Estados Unidos assinaram um memorando de entendimento para impulsionar as trocas comerciais e a remoção de barreiras aos investimentos.
Karen Dunn Kelley diz que Moçambique é o quarto país a rubricar este tipo de acordo com os EUA, e o objectivo é levar à assinatura de acordos de comércio livre.
Durante a abertura do evento, o presidente da República de Moçambique recordou que o continente africano carece de financiamentos para infra-estruturas.
Filipe Nyusi convidou o empresariado norte-americano a investir em África para por cobro ao défice de financiamento que trava o desenvolvimento do continente. 
O continente apresenta um déficit de financiamento para infraestruturas estimado entre 68 e 108 biliões de dólares americanos, de acordo com o Banco Africano de Desenvolvimento
A mobilização desses recursos é vital para acelerar o processo de integração económica regional do continente, afirma o Presidente moçambicano.
Na ocasião, Karen Dunn Kelley lembrou ainda que, apesar de os Estados Unidos serem o maior doador de ajuda humanitária para África, o comércio com o continente caiu 62 por cento desde 2014.
Kelley referiu o medo de correr riscos e as violações ao Estado de Direito como razões para o fraco investimento norte-americano em África.
A cimeira Estados Unidos da América – África foi antecedida pelo histórico anúncio do consórcio liderado pela petrolífera norte-americana Anadarko que assegura a realização do maior investimento de sempre em Moçambique para a exploração de gás natural liquefeito, estimado em 22 mil milhões de euros. ANG/RFI

ONU


Relatora especial responsabiliza príncipe saudita por assassinato de jornalista Khashoggi
Bissau, 20 jun 19 (ANG) - A relatora especial das Nações Unidas Agnès Callamard afirmou  quarta-feira (19) que existem provas suficientes apontando a responsabilidade do príncipe herdeiro saudita Mohamed Bin Salman, conhecido como MBS, no assassinato do jornalista Jamal Khashoggi.
Ela pediu sanções contra os responsáveis pelo homicídio, assim como uma investigação internacional.
Crítico do regime saudita,Jamal Khashoggi foi assassinado em outubro passado, dentro do consulado de seu país em Istambul      .
 A relatora especial da ONU viajou para a Turquia e investigou o caso durante seis meses.
Agnès Callamard considera a Arábia Saudita "responsável" pela "execução extrajudicial" do jornalista. Segundo ela, o relatório, divulgado  para a imprensa, aponta a responsabilidade individual de altos funcionários sauditas, incluindo o príncipe herdeiro. "A investigação demonstrou que há provas suficientes que justificam uma investigação suplementar sobre a responsabilidade de MBS", afirmou.
A relatora, assim como outros especialistas independentes da ONU, não fala em nome das Nações Unidas.
O ministro turco das Relações Exteriores, Mevlüt Cavusoglu, afirmou que seu país "apoia " o relatório.
A especialista pediu que os países que impõem sanções, como os Estados Unidos, prossigam com a medida contra 17 sauditas, já acusados por seu papel no assassinato. Ainda assim - acrescenta Agnès -, trata-se de medida insuficiente, por não considerar a questão da responsabilidade “do mandante". Por isso, ela pede que as sanções incluam Mohamed Bin Salman e seus bens pessoais no exterior.
Jamal Khashoggi criticava abertamente o príncipe, mas tinha plenamente consciência de seus poderes e o temia", destacou Callamard. Depois negar o crime em um primeiro momento, a Arábia Saudita apresentou diversas versões contraditórias e, agora, diz que Khashoggi foi assassinado em uma operação não autorizada pelo governo.
De acordo com a imprensa americana, a CIA também acredita que o homicídio foi provavelmente encomendado por MBS, que governa de fato a Arábia Saudita.
A especialista da ONU pede ao secretário-geral da ONU, António Guterres, que inicie uma "investigação penal de acompanhamento sobre o assassinato do senhor Khashoggi para constituir relatórios sólidos sobre cada um dos supostos autores". Ela também reivindica a criação de mecanismos, como um tribunal especial, para determinar as responsabilidades no caso.
No processo, já realizado na Arábia Saudita, a acusação descartou a responsabilidade do príncipe herdeiro e indiciou 20 pessoas, com pedidos de penas de morte para cinco homens. Callamard pede a suspensão deste julgamento, por considerar que o processo judicial não respeita as normas internacionais. Também pede ao FBI (a Polícia Federal americana) a abertura de uma investigação pela morte do jornalista, que morava nos Estados Unidos.ANG/RFI