terça-feira, 12 de novembro de 2019

Presidenciais 2019


Sissoco Embalo pede ao Jomav, Cadogo e Nuno Nabiam para assinarem um Pacto de Apoio na segunda volta

Bissau,12 Nov 19(ANG) - O candidato do Movimento para Alternância Democrática – Grupo 15 (MADEM-G 15) às eleições presidenciais, Úmaro Sissoco Embaló, exortou  segunda-feira às candidaturas de José Mário Vaz, Nuno Gomes Nabiam e Carlos Gomes Júnior (CADOGO) para assinarem um pacto no qual se comprometem em apoiar o candidato que passar à segunda volta, para fazer face ao candidato do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira.
Embaló suportado pelo seu partido que detém a segunda maior força no parlamento guineene e que conta também com o apoio de outras formações políticas e de algumas individualidades, fez este pedido durante um comício popular realizado na cidade de Bissorã, região de Oio, no norte do país. 
Sissoco disse no seu discurso perante populares daquele sector que, se for eleito  Presidente da República da Guiné-Bissau, usará a sua magistratura de influência para apoiar o executivo a construir escolas, hospitais, furos de água e garantir a energia a população bem como melhorar as condições das estradas, por forma a minimizar o seu sofrimento.
Na caça ao voto, Úmaro Sissoco Embaló voltou a criticar aquilo que considera de ingerência da comunidade internacional em particular, da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) na Guiné-Bissau, tendo afirmado que neste momento o país está a ser gerido e controlado pelas forças de interposição [ECOMIB].
Embaló prometeu que, se for eleito Presidente da República, a Guine-Bissau será gerida pelas forças de defesa e segurança que serão capazes de garantir a dignidade ao povo guineense. ANG/O Democrata

Sociedade


         Vendedeiras de garrafas dizem que o negócio já não é como dantes

Bissau, 12 Nov 19 (ANG) - As mulheres vendedeiras de garrafas queixam-se de falta de negócio nos últimos tempos devido a  crise política e governativa que tem assolado a Guiné-Bissau.

Essas mulheres revelaram  as suas dificuldades numa auscultação feita hoje pela Agência de Notícia da Guiné com objectivo de se inteirar da situação das mesmas e de seus rendimentos como vendedeiras de garrafas.

Cátia Luís Pinto da Silva, uma das vendedeiras de garrafas, de 36 anos de idade disse que actualmente as dificuldades são enormes, tendo contado  que dantes ganhava mais porque vendia mais, e disse que a venda caiu devido a situação política do país.

“Vendo para colmatar algumas dificuldades como por exemplo ajudar no sustento da casa e na compra de materiais escolares para as crianças entre outras, mas com a diminuição da venda e do lucro, as minhas dificuldades só  aumentam. Por isso, peço aos nossos governantes que pensem no progresso do país, a fim de garantir um bem-estar para o povo em geral”, apelou a Cátia.

Por sua vez, Nené Mendes igualmente vendedeira de garrafas, de 57 anos de idade, disse que as vezes conseguem obter lucro com o referido negócio mas que actualmente não vende tanto, porque  os clientes simplesmente não compram muito.

 “Compramos as garrafas por 25 francos CFA e vendemos por 50. Só que, em muitos casos, as mesmas acabam por estragar no momento de lavagem e dá-nos prejuízos.

 estamos ciente desses prejuízos porque  cada negócio tem o seu risco. O problema que se coloca é que a Guiné-Bissau tenha  paz e a estabilidade para que qualquer pessoa possa viver de forma normal em qualquer que seja a actividade praticada”, desejou.

Binta Djassi de 40 anos de idade disse que anteriormente ganhava 2000 francos CFA ou três mil por dia  mas  que agora nem se quer chega a 1000 francos as vezes, tendo sublinhado que a situação de instabilidade do país agrava cada vez mais a sua situação financeira , por isso  “os guineenses devem pensar no bem da Guiné-Bissau”.

Maimuna Cá, vendedeira de 60 anos de idade disse que vende para ter a sua própria economia, de modo a ser independente e poder resolver certos assuntos, sem ter que dirigir ao terceiro para pedir ajuda.

“Vendo diariamente, só não vendo quando estou com problemas de saúde ou quando tenho algum assunto importante para resolver. Actualmente  não vendo tanto como vendia anteriormente”, disse Maimuna Cá.

As eleições presidenciais estão previstas para 24 de novembro algumas vendedeiras de garrafas acreditam que uma vez eleito um novo presidente a situação política do país vai ter uma certa estabilidade. ANG/AALS/ÂC//SG

Transporte público

                      Cuntum Madina sem “Toca-toca” há dois anos

Bissau,12 nov 19 (ANG) – Os moradores do bairro de Cuntum Madina informaram hoje que vivem há dois anos sem meio de transporte colectivo próprio designado “toca-toca”, a semelhança de outros bairros de Bissau, por causa de más condições da estrada.

Ouvido pela Agência de Notícias da Guiné (ANG), os moradores Maimuna Conté, João Gomes e Amado Si lamentaram as dificuldades por que passam dia-a-dia, em termos de acesso ao transporte para se deslocam para o centro da cidade.

Dizem que  são obrigados a percorrer  grandes distâncias  até aos locais de trabalho com muitas dificuldades devido a insuficiência de transportes.

Maimuna Conté disse que as vezes as pessoas ficam mais de três horas a espera do transporte e que mesmo assim não houve nenhum tipo de preocupação da parte das autoridades competentes ou seja do governo em empreender uma política de massificação e melhoria dos transportes colectivos urbanos, principalmente para o seu bairro, que nesta altura não dispõe de uma viatura própria de transporte.

 Amado Si e João Gomes partilharam a mesma opinião, acrescentando  que para além dos trabalhadores que chegam tarde aos seus locais de trabalho, as pessoas que têm de se deslocar para  grandes distâncias, se deparam com  dificuldades para terem acesso a determinados tipos de serviços, como escolas e hospitais, pelo que  precisam de transporte.  

Exortaram ao governo no sentido de reabilitar ou alcatroar a referida via para acabar com as dificuldades que os moradores enfrentam, sobretudo no período de manhã ou seja das 8h às 9 horas, momento de maior aglomeração das pessoas.

O transporte de passageiro para o bairro é assegurado por viaturas de transportes públicos, denominado “toca-toca”, de outras linhas entre os quais da linha 6 Pluba Antula; linha 2 Aeroporto, linha 3 Quelele; linha 9 Antula Bonu e linha 1, Bairro militar.

Gene Ocante Có e Augusto Nanque, dois motoristas que asseguram o serviço de transporte naquele bairro, justificaram a prestação do serviço com as necessidades de diminuir as dificuldades com que  os moradores se deparam em termos de deslocação para o centro da cidade, sobretudo as crianças para a escola e os  funcionários para os seus locais de trabalho.
.ANG/LPG/ÂC//SG

Jogos de Azar


 Apostadores apontam falta de emprego como causa de adesão massiva dos jovens

Bissau 12 Nov 19 (ANG) – Apostadores de diferentes Casas de Apostas da cidade de Bissau nomeadamente o Milionário, Winners e Bissau Game, foram unânimes hoje em apontar a falta de emprego no país, como a causa principal da adesão dos jovens aos jogos de apostas.

Num inquérito feito pela ANG, para saber dos motivos que levam os jovens e não só, a se dedicarem em massa à essa prática, os entrevistados igualmente apontaram a falta de ocupação e de uma fonte de rendimento, uma vez que passam horas e horas sentados nas bancadas, sem produzir e as apostas acabam por ser uma alternativa.

Toni João Gomes, um apostador regular, comerciante e morador de bairro Bandim 1, disse que, o que o leva a jogar as apostas, são as dificuldades que enfrenta no seu dia a dia.

“Se tínhamos onde trabalhar não teríamos tempo de ir jogar as apostas,  por outro lado, o país enfrenta uma grave crise económica. Ganhamos montantes diferentes ou seja há os que ganham mais outros menos, e alguns ainda nunca ganharam nada, por isso  chamamos-lhe de jogos de azar”, explicou.

João Gomes exemplifica  que alguns já ganharam  montantes que variam entre 6 mil e 100 mil fcfa, dependendo da sorte e da quantidade do dinheiro que o jogador apostou.

Salientou que, com mais dinheiro apostado a pessoa tem mais possibilidades  de ganhar alguma coisa, frisando que as senhas custam 250 francos.

Por seu turno, Dionca Miguel Sanca vendedor de roupas e morador de bairro de Reino, disse que agradece estas empresas de apostas porque, segundo ele, esses jogos não é sinónimo de delinquência como muitos afirmam, mas que a falta de trabalho na Guiné-Bissau levou as pessoas a auto empregar-se nas Casas de Apostas.

“Porque  através das apostas se consegue ter dinheiro para resolver muitos  problemas diários, apesar de que não se ganha sempre. Essa actividade  pode evitar-nos de muitas outras tentações, como roubar telemóveis, carteira das mulheres entre outras práticas nocivas paraa  sociedade “,disse.

Miguel Sanca disse que as vezes, o vencedor leva para casa somas que variam entre 300 e 600 mil francos CFA, frisando que no seu caso ele joga todos os dias adquirindo as senhas conforme as suas possibilidades nos preços que oscilam entre 250 e 500 francos CFA.

Vladimir Sá, barbeiro morador de bairro de Mindará disse que a  falta de emprego é que fez aos  jovens recorrer a s casas de jogos como alternativa para uma certa autonomia financeira.

“No meu caso, as vezes perco e outras vezes consigo ganhar as apostas dependendo do montante, e depois faço o plano de investimento do dinheiro ganho”, explicou.

 Afirmou que chegou mesmo de ganhar um montante cujo valor não revelou mas que lhe permitiu  concluir um projecto de construção do seu apartamento residencial.

Disse já está nesse jogo  há três anos mas reconhece que também tem desvantagens desvantagens: “quem sabe que não vai estar à altura de sustentar as suas apostas através dos seus meios financeiros que não dá o primeiro passo, porque pode ser fatal.   certas pessoas que chegam a roubar para apostar”.

 Declarou que, normalmente, aposta com mais frequência nos finais de semanas com excepção dos dias dos jogos dos clubes campeões e da liga Europa, salientando que, quando houver estes jogos aposta nos dias úteis da semana.

Alqueia Na Clode, estudante morador de bairro de Antula Paal, disse que apesar dos perigos dos jogos de azar, ele  considera de positiva a sua aventura uma vez que segundo ele, chegou de ganhar uma quantia  que lhe permitiu pagar um trimestre dos seus estudos, explicando que também já perdeu muito.

“Aconselho aos jovens a serem cautelosos nos jogos, porque podem se tornar viciados: Se assim for, começam os problemas: casos de dívidas, venda de objectos de valor e até pegar no que  não te pertence  para poder apostar/jogar, o que muitas das vezes pode nos levar a prisão”, referiu. ANG/MSC/ÂC//SG

Processo eleitoral/viaturas alugadas


    DG do GTAPE diz ter liquidado cerca de 50 por cento das dívidas contraídas

Bissau, 12 nov 19 (ANG) – A Diretora-geral do Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral (GTAPE), afirmou que dos 621 milhões de francos FCA de dívidas contraídas com os proprietários das viaturas alugadas para o recenseamento eleitoral nas legislativas de 10 de março já foram liquidadas cerca de 50 por cento, ou seja, 300 milhões e 100 mil fcfa.

Beatriz  Furtado 
Em entrevista exclusiva esta terça-feira à ANG, Beatriz Furtado disse que 300 milhões e 100 mil fcfa foi o montante disponibilizado pelo governo através do tesouro público para pagar parte desta dívida, garantindo que o montante já está a ser canalizado para as contas bancárias dos beneficiários.

Perguntada sobre as dívidas de 10 dias contraídas com os brigadistas, durante o recenseamento, aquela responsável disse que vão agendar o seu  pagamento, acrescentando que o governo, assim como os parceiros nomeadamente Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), estão a fazer esforço enorme para cobrirem todas as dívidas mas que de  momento a preferência recai sobre a realização das presidenciais.

Beatriz Furtado garantiu que a sua instituição está a trabalhar no sentido de liquidar a dívida restante, garantindo igualmente que está a ser paga a dívida do prolongamento de 10 dias aos bigadistas,  e promete pagar todas as dívidas contraídas.  

Disse que solicitou aos proprietários das viaturas e  pessoas que celebraram contrato com o GTAPE à entregarem suas contas bancárias, através da qual se fez  uma lista que foi entregue ao Ministério das Finanças.

Brigadistas em protesto
Entretanto, os supervisores e brigadistas realizaram na manhã de hoje uma manifestação junto às instalações do GTAPE, exigindo o pagamento dos 52 milhões de francos CFA de dívidas de nove dias prolongados no recenseamento para às legislativas de 10 de março.

Em nome dos manifestantes, Oji Venâncio Madeira acusou o GTAPE de não estar a cumprir com o seu compromisso.

“Sempre recebemos uma garantia de pagamento por parte do GTAPE mas quando chega o tempo não pagam. Ficamos a seguir os trâmites dos documentos daqueles nove dias das dívidas no Ministério das Finanças. Tivemos informações de que o Tesouro Público já desbloqueou o dinheiro para depositar na conta do GTAPE”, revelou.

Madeira disse que o pagamento das referidas dívidas devia acontecer desde a semana passada, segundo a promessa da Diretora do GTAPE mas que até então não receberam, razão pela qual estão lá a pedir uma explicação, para saber quando vão ser pagas as dívidas. ANG/DMG/ÂC//SG

Presidenciais 2019



Bissau,12 Nov 19(ANG) – Os Chefes de Estado e de Governos da CEDEAO reiteram confiança em Aristides Gomes , reforçam contingente militar e querem sancionar aqueles que perturbaram o processo eleitoral.

Faustino Imbali, empossado pelo Presidente José Mário Vaz no dia 29 de Outubro,  nas funções de primeiro-ministro demitiu-se  sexta-feira das suas funções, no mesmo dia em que os chefes de Estado e de governo da Comunidade Económica de Estados da África Ocidental (CEDEAO), reunidos em cimeira extraordinária no Níger, exigiram a sua demissão.

Reiterando o seu apoio a Aristides Gomes como legítimo representante do Governo saído das eleições de 10 de Março, a CEDEAO decidiu reforçar a sua missão militar na Guiné-Bissau (ECOMIB) “para lhe permitir fazer face aos desafios que se puserem daqui em diante, antes e depois das eleições”

As presidenciais, em que José Mário Vaz concorre contra 11 outros candidatos, entre eles Domingos Simões Pereira, líder do PAIGC, realizam-se a 24 de Novembro.

Face a esta situação, os chefes de Estado e de Governo decidiram ainda pedir ao presidente da comissão da organização, o marfinense Jean Claude Kassi, que proponha “uma lista de pessoas que cometeram actos que visavam fazer derrapar o processo eleitoral e a normalização política para que sejam sancionados imediatamente”. O que poderá levar à aplicação de sanções ao Presidente guineense e ao primeiro-ministro demissionário.

Vaz preferiu não se deslocar a Niamey para assistir à cimeira, continuando a sua campanha eleitoral, e disse que sabe o que lhe esperava em Niamey.

Uma missão militar de manutenção da paz e ordem da CEDEAO se encontra em Bissau desde abril de 2012, na sequência do golpe de Estado ocorrido nessa data.
A missão de cerca de 600 homens tem como objectivo garantir segurança e protecção às instituições e titulares de órgãos de soberania. ANG/Público


segunda-feira, 11 de novembro de 2019

Campanha eleitoral


Painel de Monitorização considera positiva  actuação da imprensa na primeira semana de “caça ao voto”  

Bissau,11 Nov. 19 (ANG) - O Painel de Monitorização da cobertura jornalística da campanha para  eleições presidenciais considera de positivo a actuação das médias durante a primeira semana de “caça ao voto”.

Segundo o relatório desse Painel  à que a ANG teve acesso hoje,  as 10 rádios, subscritoras do Código de Conduta eleitoral trataram de igual modo todos os candidatos na difusão das suas ideias e projectos, tanto nos seus blocos de  notícias assim como nos jornais de campanha.

Segundo  os monitores, a Televisão da Guiné-Bissau (TGB) também deu a mesma oportunidade aos candidatos nas emissões de tempo de antena e jornais eleitoral.

Quanto aos jornais, por serem semanários, o Painel revela que não foram feitas as análises de actuação desses órgãos de comunicação social, mas promete fazê-la já na próxima terça-feira.

Apesar de considerar positiva a actuação dos médias na cobertura das presidenciais, o Painel de Monitorização criado pelo Conselho Nacional de Comunicação Social, órgão que regula a actuação da imprensa guineense, lamenta a actuação de algumas rádios que “aproveitam dos espaços de programas matinais de interacção para utilizarem linguagens violentos, incitando ódio e descriminação étnico-religiosa”.

Doze candidatos concorrem às eleições presidenciais marcadas para 24 de Novembro, cuja campanha    cumpriu  o 10º dia de caça ao voto.
ANG/MI/ÂC//SG         

Transporte marítimo


Associação de Operadores Turísticos enaltece aquisição de mais um navio de transporte de passageiros para as ilhas

Bissau,11 Nov 19(ANG) – O vice-presidente da Associação dos Operadores Turísticos e Similares da Guiné-Bissau enalteceu a recente aquisição de mais um navio de transporte de passageiros e cargas para as ilhas bijagós, com capacidade de 500 lugares.

Em entrevista exclusiva à ANG, Ado Callahan disse que a aquisição da referida embarcação pela empresa Consulmar, em parceria com o Governo, irá ajudar muito no transporte de pessoas e os materiais para o arquipélago dos bijagós.

“A nossa maior preocupação como dirigentes da Associação dos Operadores Turísticos da Guiné-Bissau é no sentido de desencravar as ilhas bijagós, aliás zona de maior potencialidades turísticas do país”, explicou.

Aquele responsável disse que isso vai permitir as pessoas, em especial aos turistas, viajarem de forma segura para as ilhas sem ter que recorrer à pirogas que  as vezes acarreta riscos de vida.

“O barco, com a dimensão que tem vai permitir a população das ilhas, escoarem os seus produtos agrícolas para Bissau ganhando rendimentos e combatendo a pobreza”, salientou.
Ado Callahan afirmou que o Governo deve criar  parcerias no sentido de adquirir mais embarcações, facilitando o transporte inter-ilhas de pessoas e cargas e não exclusivamente para Bubaque.

Disse que o Governo deve incentivar as empresas que operam no sector de transportes marítimos, através de isenção de taxas pagas bem como na subvenção de combustíveis em benefício das populações.

“A titulo de exemplo, se o Estado isentar os combustíveis às empresas de transporte marítimos claro que a tarifas cobradas aos passageiros  irão diminuir e isso é um aspecto muito importante para o desenvolvimento das ilhas”, referiu Callahan.ANG/ÂC//SG

Futebol/campeonato Inter-Bairros


       Praça FC vence  3ª edição  e leva prémio de cinco milhões de FCFA

Bissau, 11 Nov 19 (ANG) – A equipa de Praça FC se tornou no último fim-de-semana, no grande vencedor da 3ª  Edição do Campeonato Inter-Bairros, organizado pela  Associação de Treinadores de Futebol, de Árbitros e de Antigos Jogadores de Futebol, e foi premiado com  cinco milhões de  francos CFA.

No 1º tempo do jogo, a equipa de Praça esteve em vantagem logo nos primeiros 8 minutos da partida, através de um golo apontado por intermédio de seu atacante, Caramo.

A equipa de Djolo FC reagiu e conseguiu marcar aos 23 minutos da partida, mas o golo não foi validado pelo juiz da partida, Aldair Grabe, o que gerou uma onda de protestos da parte dos djolistas.

A primeira metade do jogo terminou com a vantagem da equipa de Praça por 1-0, e com cartolinas amarelas apontadas à alguns dos jogadores da equipa de Djolo, que mostraram um pouco de nervosismo no decorrer da partida.

Entretanto, na segunda parte do jogo, a equipa de Djolo FC entrou e assumiu o comando da partida, mas em termos da finalização não esteve bem, por motivo de muitas oportunidades dispersadas na baliza do seu adversário.

Aos  24 minutos do jogo  conseguiu finalmente igualar a partida, através de um penálti cometido por um defesa de Praça FC.

No final do jogo, as duas equipas saíram empatados a 1-1, e seguiram directamente para a marcação de grandes penalidades, que culminou com a  vitória da equipa de Praça FC .
Sagrando-se o  justo vencedor , os rapazes de Praça levaram para casa o prémio de  5.000.000,00fcfa, doado pela Empresa de Telecomunicação, Orange Bissau.

A equipa de Djolo FC na qualidade do segundo qualificado, foi premiado com um montante de dois milhões de francos cfa a de Lala Quema foi distinguida a equipa Far-play e recebeu como  recompensa de bom comportamento mostrado durante a sua participação no campeonato, a  soma de  300 mil FCFA.

Mauro Mané da equipa de Djolo foi premiado com um montante de 200 mil FCFA, na qualidade de guarda-redes menos batido da prova.            

Em representação da Secretaria de Estado da Juventude e Desportos, Cipriano Có, encorajou a Comissão Organizadora da prova a organizar mais eventos do género e manifestou a vontade de o governo  continuar a apoiar a iniciativa.

Por seu turno, o treinador da equipa de Praça FC ,Sidney Alves da Silva, considerou a vitória justa da sua equipa, destacando por outro lado que a conquista se deveu ao  desempenho e trabalho dos seus pupilos.

Por seu lado, o técnico da equipa de Djolo FC,  Braima Camará criticou a equipa de arbitragem, alegando que o juiz da partida favoreceu a equipa de Praça.

“A minha equipa é muito madura. Estou a falar de uma equipa que presenciou nos últimos tempos, quatros finais consecutivos vencendo três. Perdemos  hoje mas  considero que  fomos penalizados para não vencermos”, disse o técnico.

O campeonato inter-bairros contou com a participação de 20 equipas. ANG/LLA/ÂC//SG

Debate televisivo


“Semipresidencialismo ou Presidencialismo, qualquer um pode servir para Guiné-Bissau”, diz DSP

Bissau,11 Nov 19(ANG) – O líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde(PAIGC), disse não ter uma preferência particular nem para o regime semipresidencial nem para o presidencialismo.

Domingos Simões Pereira respondia à uma questão que lhe foi colocada num debate televisivo na sexta-feira, sobre a sistema político ideal para a Guiné-Bissau, organizado pela Rádio Difusão Nacional e a Televisão da Guiné-Bissau, no quadro de campanha eleitoral para as presidenciais de 24 de novembro em curso que conta com 12 concorrentes.

 Simões Pereira salientou que tanto o sistema semipresidencial como o presidencialismo  são regimes democráticos.

“A diferença que existe entre o sistema presidencial ou semipresidencial, reside em saber fazer a escolha. Se formos ver em termos de doutrina ou teoria, o semipresidencial é muito mais complexo e democrático tendo em conta que exige a separação de poderes”, sublinhou.

O líder do PAIGC frisou que como africanos, têm dificuldades em conviver com duas cabeças com diferentes competências, preferem simplificar as coisas, onde assim em muitas situações preferem o sistema presidencial.

A Televisão da Guiné-Bissau e a Rádio Difusão Nacional, iniciaram  dia 08 do corrente mês, ciclos de debates televisivos entre  os 12 candidatos às eleições presidenciais de 24 de Novembrro e com as retransmissões em diferentes rádios do país.

 O primeiro grupo de quatro candidatos devia estar em debate no dia 08 mas só Domingos Simões Pereira do PAIGC e Nuno Nabian da APU-PDGB compareceram para o efeito, contras ausências de Afonso Té do PRID e o independente Mutaro Djabi.

Referindo ao litígio evocado pelo seu adversário;Nuno Nabian no quadro do Acordo político de Incidência Parlamentar e Governativo, assinado entre as duas e mais outras formações políticas, Simões Pereira disse que à Assembleia do Povo Unido(APU-PDGB), foi afectada todas as pastas governamentais  solicitadas no âmbito do Acordo de Incidência Parlamentar assinado entre as duas formações políticas após as legislativas de 10 de março.

O líder do PAIGC disse que sendo presidente de um partido vencedor das legislativas, tem uma responsabilidade acrescida e por isso não poderia aceitar a nomeação de elementos sem preparação necessária em determinados lugares governativos.

“Depois das eleições legislativas de 10 de Março, a minha reunião enquanto partido vencedor das eleições com o líder de APU-PDGB, não durou mais de dez minutos, porque não havia nenhuma discussão em relação a distribuição de pastas governamentais. As pastas que a APU-PDGB nos propuseram foram aceites integralmente”, esclareceu.

O lider da Assembleia  do Povo Unida disse em debate televisivo que o PAIGC não permitiu a nomeação de seus militantes  em diferentes estruturas governamentais que lhe foram concedidas no quadro do Acordo de Incidência Parlamentar e Governativa.

Domingos Simões Pereira disse que nunca questionaram a distribuição  de pastas governamentais, acrescentou que, a título de exemplo existem pessoas no Governo que pertencem aos partidos sem representação parlamentar.

“Agora quando o Nuno Nabiam afirma que nomeei o meu irmão Camilo Simões Pereira  para uma determinada função, isso desvia um pouco daquilo que é essência da questão que todos sabem”, explicou.

O líder do PAIGC disse que, não tem competências para nomear Camilo Simões Pereira, tendo em conta que não pertence ao executivo.

Esclareceu ainda que Camilo Simões Pereira é médico com formação sólida, frisando que tinha defendido em 2014 a questão da reforma do sector de saúde, no sentido  de garantir uma cobertura integral, primeiro dos que são  funcionários públicos e depois em relação aos que são beneficiários de programas de assistência através de solidariedade.

“Em 2015, isso não foi possível porque depois de entregar-mos a pasta da Função Pública ao nosso parceiro de governação neste caso o Partido da Renovação Social(PRS) e na altura propomos-lhe a nomeação de elementos necessários para a implementação da referida reforma, ele recusou a proposta”, salientou.

Domingos Simões Pereira sublinhou que no seu primeiro encontro mantido com o líder de APU-PDGB após as legislativas de 10 de Março, explicou-lhe que o governo está num processo de fazer a reforma de saúde visando a cobertura médica e medicamentosa tanto para os funcionários públicos como para os beneficiários da segurança social.

Disse que, nesse sentido Camilo Simões Pereira era a pessoa mais preparada para a materialização prática desse projecto.ANG/ÂC//SG

Debate televisivo


“Falta de lealdade do PAIGC está na origem das divergências com APU-PDGB”, diz Nuno Nabian

Bissau, 11 Nov 19 (ANG) - O Presidente da Assembleia de Povo Unido-Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB), Nuno Gomes Na Biam, disse no último fim de semana que a falta da lealdade por parte do Partido Africano da Independência de Guiné e Cabo-verde (PAIGC), na destruição de pastas governamentais está na origem das divergências entre as duas formações políticas.

Nuno Gomes Na Biam fez essa afirmação  durante um debate televisivo entre os candidatos às presidenciais e que o colocou frente a frente com o seu adversário do PAIGC, Domingos Simões Pereira.

No referido debate deviam estar presentes quatros candidatos entre eles, António Afonso Té, Nuno Gomes na Biam, Domingos Simões Pereira e Mutaro N’tai Djabi, mas só comparecerem os dois: Domingos Simões Pereira e Nuno Gomes Na Biam , e os restantes dois não comparecerem por motivo desconhecido.

“Digo que a falta de lealdade do PAIGC no cumprimento de Acordo de Incidência Parlamentar rubricado após as eleições legislativas de Março passado, é que motivou o  desentendimento entre as duas formações políticas.

Nuno Nabiam sublinhou que o PAIGC  não cumpriu com a sua promessa ou seja de permitir a APU-PDGB colocar as pessoas nos Ministérios que pertencem ao partido no actual executivo de Aristides Gomes.

A título de exemplo, Na Biam disse que o irmão de Domingos Simões Pereira, Camilo Simões Pereira não devia ser nomeado nas funções de Presidente do Instituto Nacional Segurança Social (INSS) uma vez que é uma instituição que lhes pertence.

Sublinhou que o APU-PDGB está e estará sempre disposto para dar a sua contribuição no que diz respeito ao bem-estar e desenvolvimento da Guiné-Bissau de modo a garantir a paz e a estabilidade política e governativa.

“Caso venho a vencer às eleições presidenciais estarei em condições de promover a paz social, porque terei a capacidade de dialogar com diferentes quadrantes da sociedade, ao contrario do Simões Pereira que mesmo sendo o vencedor das presidenciais, acho que vai fazer pior governação em comparação com o Presidente cessante José Mário Vaz, porque não terá capacidade de dialogar e de encontrar as soluções com os seus adversários políticos”, afirmou Nuno Na Biam.

Acrescentou que a capacidade de diálogo e de resolução de problemas é fundamental para um governante e que por isso, jamais deve ser ignorada,de modo a salvaguardar  sempre o bem comum.

Nuno Gomes Na Biam disse que sendo ele vencedor das eleições presidenciais a sua luta centrará em eliminar a corrupção no país e que priorizará a capacidade intelectual na Função Pública guineense.

Questionado pela plateia qual será a influencia que irá utilizar junto do governo para implementar as políticas a favor da juventude e para incentivar o equilíbrio do género na Administração Pública guineense, respondeu que primeiramente vai lutar para que o país tenha um sistema educativo competitivo de modo a permitir que os jovens estejam preparados para enfrentar o futuro e que não vai ficar as mulheres de fora na luta pelo progresso da Guiné-Bissau. ANG/AALS/ÂC//SG
  

CEDEAO


Chefes de Estados de seis países  chegam a Bissau no próximo dia 16 de Novembro

Bissau, 11 nov 19 (ANG) – Uma delegação composta por seis chefes de Estados da Comunidade Económica do Estados África Ocidental CEDEAO, chega a Guiné-Bissau no próximo sábado, dia 16 do mês curso, em cumprimento de uma das decisões saídas na Cimeira Extraordinária da CEDEAO realizada recentemente na capital do Níger ,sobre a  situação política na Guiné-Bissau..
 
A delegação liderada pelo presidente do Níger é composta pelo Presidente da Nigéria, da Costa de Marfim, do Gana,  da Gambia e da Guiné-Conacri,

Segundo um comunicado do Ministério Guineense dos Negócios Estrangeiros,esta delegação será precedida de uma missão dos Chefes de Estado-maior da CEDEAO. 

 Os chefes de Estados e de Governos da CEDEAO defenderem na cimeira de Niamey ,realizada dia 08 do corrente, a necessidade de se fazer uma revisão da Constituição da Guiné-Bissau.
 “É urgente fazer uma revisão constitucional na Guiné-Bissau, mas não antes das eleições”, referiram em comunicado.

A organização diz, no comunicado final da cimeira, que Vaz não tinha poderes para demitir o Executivo de Gomes e nomear um outro, liderado por Imbali, porque o seu mandato acabou a 23 de Junho e tinha acordado com a CEDEAO “permanecer em funções até à próxima eleição presidencial, mas a gestão dos assuntos correntes será assegurada pelo Governo”.

Face a esta situação, os chefes de Estado e de Governo decidiram ainda pedir ao presidente da comissão da organização, o marfinense Jean Claude Kassi, que proponha “uma lista de pessoas que cometeram actos que visavam fazer derrapar o processo eleitoral e a normalização política para que sejam sancionados imediatamente”. O que poderá levar à aplicação de sanções ao Presidente guineense e ao primeiro-ministro demissionário, Faustino Fudut Imbali.

Na sua carta de pedido de demissão, com data de 8 de Novembro, Imbali refere que o seu acto visa evitar um conflito armado no país. “Não faz sentido mobilizar os cidadãos neste momento para derramar mais sangue por uma inadmissível interferência de nossos próprios irmãos e irmãs africanas, que escolheram tomar partido numa disputa política local”.

Para os líderes da CEDEAO, se há alguém que colocou o país em risco de uma guerra civil foi o Presidente que decidiu nomear um novo executivo, quando não tem poderes para isso por o seu mandato já ter terminado e durante uma campanha eleitoral onde se apresenta como candidato.

“Os chefes de Estado e de Governo da CEDEAO exprimiram a sua grande preocupação perante esta nova reviravolta na situação, fazendo o país correr riscos políticos e institucionais, assim como uma potencial guerra civil”, lê-se no ponto 11 do comunicado de sete páginas.  ANG/LPG//SG



TPI


Gâmbia processa Myanmar por crimes contra humanidades dos rohingya muçulmanos

Bissau, 11 nov 19 (ANG) -  A Gâmbia abriu um processo hoje no Tribunal Internacional de Justiça acusando Myanmar de genocídio durante a campanha contra a minoria muçulmana rohingya, noticiam as agências internacionais.
Em comunicado, os advogados da Gâmbia afirmaram que também foi pedido ao Tribunal Internacional de Justiça para que tome medidas “que parem a conduta genocida de Myanmar imediatamente”, noticia a Lusa que cita as agências internacionais.
O caso foi aberto em nome da Organização para a Cooperação Islâmica (OCI).
O processo alega que a campanha de Myanmar (antiga Birmânia) contra os rohingya inclui “matar, causar sérias lesões mentais e corporais, gerar condições que levem à destruição física, impor medidas que impedem nascimentos e impor transferências forçadas, e são consideradas genocidas porque têm a intenção de destruir o grupo rohingya como um todo ou em parte”.
O procurador-geral e ministro da Justiça Abubacarr Marie Tambadou declarou, num comunicado, que “a Gâmbia tomou esta decisão com a finalidade de fazer justiça e responsabilizar pelo genocídio que está a ser cometido em Myanmar contra os rohingya e para defender e fortalecer a norma global contra o genocídio acordado por todos os estados”.
O procurador do Tribunal Penal Internacional pediu permissão à instituição, em Julho, para abrir uma investigação aos crimes contra a humanidade alegadamente cometidos contra os muçulmanos rohingya de Myanmar.
O chefe da Missão de Averiguação Internacional da ONU em Myanmar avisou, em Outubro, “que há um sério risco de o genocídio se repetir”.
As forças militares de Myanmar começaram, em Agosto de 2017, uma campanha de combate contra os rohingya em resposta a um ataque, tratando-os como rebeldes.
Mais de 700 mil rohingya fugiram para o Bangladesh, país vizinho, para escapar ao que foi chamado de campanha de limpeza étnica que envolveu violações em massa, mortes e casas queimadas da minoria.
A missão afirmou, no último relatório, em Setembro, que Myanmar deve ser responsabilizado internacionalmente pelo alegado genocídio contra a minoria rohingya.
Fatou Bensouda, procuradora de justiça criminal internacional, afirmou que pretende investigar crimes de deportação, actos desumanos e perseguição alegadamente cometidos quando os rohingya foram expulsos de Myanmar, que não é membro do Tribunal Internacional, para o Bangladesh, que é.
O Tribunal Penal Internacional condena pessoas por crimes enquanto o Tribunal Internacional de Justiça intermedeia disputas entre nações.
Ambos os Tribunais estão sediados em Haia, na Holanda.
O embaixador da ONU em Myanmar, Hau Do Suan, afirmou que a Missão de Averiguação da ONU é “unilateral” e baseada em “informação enganosa e fontes secundárias”.
Hua Do Suan assegura que o Governo de Myanmar vê a responsabilização como um assunto sério, e que os autores de violações de direitos humanos que “causam a grande fuga de pessoas para o Bangladesh têm de ser julgados”. ANG/Angop