quinta-feira, 17 de setembro de 2020


Covid-19/”
Países mais ricos já reservaram metade das futuras doses de vacinas”, diz Oxfam

Bissau, 17 Set 20 (ANG) - Um grupo de países ricos, que representam 13% da população mundial, já adquiriu metade das futuras doses de vacina contra a covid-19 em estudo, indicou um relatório da organização não-governamental (ONG) Oxfam, noticiou a Lusa.

O objectivo destes países, que incluem os Estados Unidos (EUA), Reino Unido, UE e Japão, é garantir o fornecimento junto

de múltiplos concorrentes, na esperança de que pelo menos uma das vacinas em estudo se revele eficaz, uma política que agrava as dificuldades que a maior parte da população mundial terá para conseguir vacinas, de acordo com o relatório, divulgado na quarta-feira.

Em maio, os EUA assinaram vários contratos para garantir a produção e entrega de vacinas, caso os ensaios clínicos em curso sejam bem sucedidos, já a partir de outubro, podendo ser distribuídas no prazo de 24 horas, após autorização sanitária.

A empresa farmacêutica AstraZeneca, parceira da Universidade de Oxford, assinou a maioria destes contratos, mas a Sanofi, Pfizer, Johnson & Johnson, a empresa norte-americana de biotecnologia Moderna, o laboratório Sinovac na China e o instituto russo Gamaleia também venderam centenas de milhões de doses em todo o mundo, por vezes em parceria com fabricantes locais.

Segundo a Oxfam, já foram assinados contratos com cinco destes fabricantes na fase 3 de ensaios clínicos para 5,3 mil milhões de doses, 51% dos quais para países desenvolvidos, incluindo, além dos EUA, Reino Unido, UE e Japão, também Austrália, Hong Kong, Suíça e Israel. Os números não incluem compras a fabricantes que estão ainda em fases inferiores no desenvolvimento de vacinas.

O restante foi prometido à Índia (sede do gigantesco fabricante Serum Institute of India), Bangladesh, China, Brasil, Indonésia e México, de acordo com a Oxfam.

Os Estados Unidos, com 330 milhões de habitantes, reservaram um total de 800 milhões de doses junto de seis fabricantes, enquanto a UE, com 450 milhões de habitantes, comprou pelo menos 1,5 mil milhões de doses, de acordo com uma contagem da agência de notícias France-Presse (AFP).

"O acesso vital às vacinas não deve depender de onde se vive ou de quanto dinheiro se tem", criticou um responsável da Oxfam, Robert Silverman.

A Oxfam também denunciou o boicote dos Estados Unidos a um mecanismo de mutualização internacional de vacinas apoiado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que carece de financiamento para poder oferecer imunização em países em desenvolvimento.

Há uma semana, o secretário-geral da ONU, António Guterres, anunciou que a OMS precisa de 35 mil milhões de dólares (29,3 mil milhões de euros) para os programas de desenvolvimento e distribuição de vacinas, tratamentos e diagnósticos contra a covid-19.

Em maio, a OMS criou o programa ACT Accelerator, com apoio da UE, para financiar investigações sobre respostas médicas à pandemia e, posteriormente, distribuí-las em países sem poder aquisitivo.

No entanto, o organismo só conseguiu arrecadar menos de 10% do total necessário para garantir o acesso às vacinas dos países em desenvolvimento, três mil milhões de dólares (2,5 mil milhões de euros).

Pelo menos 15 mil milhões de dólares (12,6 mil milhões de euros) vão ser necessários nos próximos três meses "para não perder a janela de oportunidade e potenciar o uso das novas vacinas" contra a covid-19 que tiverem sucesso, sublinhou Guterres.

Nessa altura, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, que participaram numa reunião do conselho do programa ACT Accelerator, recordaram que, se a pandemia não for travada nos países em desenvolvimento, poderá regressar aos desenvolvidos, ainda que haja vacinas e melhores terapias.

A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 936.095 mortos e mais de 29,6 milhões de casos de infeção em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detectado no final de Dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em Fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes. ANG/Angop

 

quarta-feira, 16 de setembro de 2020

 Prevenção contra coronavirus

No plano individual deve-se  manter o distanciamento físico, usar  uma máscara,  lavar as mãos  regularmente e tossir fora do alcance  dos outros. Façam  tudo isso!

A nossa mensagem às populações e aos governos é clara.Façam tudo isso!"

                                        ( Tedros Adhanom Ghebreyesus - DG da OMS)

Presidenciais 2019/“O último Acórdão do STJ foi extemporâneo mas serve para esclarecer as dúvidas sobre eleições”,diz advogado da CNE

Bissau, 16 Set 20 (ANG) - O advogado da Comissão Nacional das Eleições (CNE) José Paulo Semedo disse que o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) foi extemporâneo na sua decisão sobre a impugnação dos resultados da segunda volta das eleições presidenciais de 2019 tal como devia ser, mas que a mesma serve para esclar

ecer as dúvidas sobre o referido processo.

O advogado da CNE falava em conferência de imprensa realizada esta quarta-feira, em reação ao último acórdão nº 5/2020 do STJ feito para pronunciar a sua decisão face a situação do contencioso eleitoral no qual se deu por improcedente a impugnação dos resultados eleitoral solicitado pelos advogados do candidato suportado pelo PAIGC,Domingos Simões Pereira.

No acordão o STJ disse que antes devia-se apreciar a questão relacionada com as actas de apuramento regionais, discrepância entre número de inscritos e votantes e duplicações das actas como as irregularidades que constatou.

“Não estamos aqui para agradecer a decisão do STJ, mas sim só queremos dizer que a morosidade do mesmo órgão face à este assunto não tinha necessidade de acontecer, uma vez que as eleições foram justas, livres e transparente. O STJ nem se quer devia aceitar o pedido de impugnação feito pelo candidato suportado pelo PAIGC, porque ele não apresentou provas concretas”, disse aquele Advogado. 

José Paulo Semedo sublinhou que no apuramento nacional não constam as actas das mesas, mas sim  das regiões, acrescentando que não têm simplesmente as actas das regiões de Gabú e Bafatá tal como muitos dizem, mas sim  actas de todas as regiões do país.

“O candidato proclamado como vencedor pela CNE, na realidade é o vencedor mesmo, porque não existe motivos para falsificar os resultados ou para fazer fraudes. A CNE trabalha apenas com os factos”, referiu Paulo Semedo.

O STJ considerou  improcedente no seu Acórdão o recurso de contencioso eleitoral emitido pelo candidato suportado pelo Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo-Verde (PAIGC) Domingos Simões Pereira vulgo DSP, por  não ter havido reclamação conforme a Lei Eleitoral ou  seja nas assembleias de  voto.

“As alegadas irregularidades apontadas pelo candidato suportado pelo PAIGC, nomeadamente, a existência de actas de apuramento regionais discrepância entre números dos inscritos e votantes e duplicação de actas, deveriam ser previamente reclamadas em sede e momento próprio, e não em fase posterior por se revelarem consolidadas por força do princípio de aquisição progressiva dos atos eleitorais”, refere o  Acórdão do STJ. ANG/AALS/ÂC//SG

 

Eleição na FFGB/ “A nossa candidatura não reconhece Carlos Teixeira como candidato”,diz mandatário de Fernando Tavares

Bissau, 16 Set 20 (ANG) – O mandatário do candidato ao cargo de Presidente da Federação de Futebol da Guiné Bissau(FFGB) Sana Djau disse hoje que não reconhecem Carlos Teixeira(Caito) como um dos concorrente ao cargo.

Em declarações à ANG, Sana Djau disse que não compreenderam as razões que levaram a Comissão eleitoral a readmitir a candidatura de uma pessoa que já fizera uma  declaração pública da sua desistência e o seu apoio à outra candidatura.

Disse que essa possibilidade podia acontecer se a Comissão Eleitoral tivesse anunciado uma nova reabertura  de candidaturas, mas que não pode ser só para uma pessoa.

“No que toca a  readmissão da candidatura, parece que a Comissão está a trabalhar à reboque do Comité Executivo cessante, porque desde que a FIFA impediu a candidatura de Manelinho, agora está a forçar a candidatura de uma pessoa que já tinha declarado, publicamente, a desistência e o seu apoio a outra candidatura”, disse.

Sana Djau garantiu contudo que vão participar no congresso agendado para o dia  30 de Setembro, e que  vão accionar mecanismos para impugnar o acto caso seja confirmada a participação da candidatura de Carlos Teixeira para o cargo do Presidente da Federação de Futebol da Guiné-Bissau.

“Para nós, o Carlos Teixeira não é candidato. Candidato para nós, são aqueles cinco  que participaram no Congresso que decorreu no passado dia 08 de Agosto e os mesmos é que devem concorrer”, disse o mandatário de Fernando Tavares.

De acordo com Sana Djau, a FIFA na sua carta, recomendou apenas a reorganização do congresso, mas nunca falou na readmissão de outras candidaturas.

“As pessoas estão a fazer tudo o que puderem para manter nas suas funções, mas eu acho que não deve ser assim, porque podiam apoiar um candidato entre os cinco para poderem continuar nas suas funções”, indicou .

Perante esta situação, Sana Djau prometeu fazer o uso dos seus direitos ou seja aquilo que a lei lhes assiste para apresentar uma reclamação junto da comissão eleitoral.

Por outro lado, criticou a intenção da  Comissão eleitoral de realizar o congresso para eleger apenas o presidente da Federação de Futebol da Guiné Bissau.

Acrescentou que  os 48 congressistas  ficarão  fora da sala onde o congresso vai decorrer e terão que entrar um de cada vez para o exercício do seu direito de voto, o que considera de  “inaceitavél”.   

“ O Congresso é um acto de congregação de pessoas e o acto de eleição decorre dentro de um congresso e não deve ser assim. Se até hoje o congresso não teve lugar,  é porque a sala em  que Comissão pretendia que o acto se realizasse não tem condições no que refere as regras de distanciamento físico como exige o Alto Comissariado da Covid-19”, explicou.

Segundo Sana.  a Secretária-geral da Federação de Futebol,  após uma reunião  com o Movimento Nacional da Sociedade Civil,  afirmara  que o congresso vai ser realizado na sala da reunião da Federação.

“Sabem que o Alto Comissariado de Covid-19 tinha dito que essa sala não reúne condições para albergar o número das pessoas que vão participar no congresso”, disse.  ANG/LPG/ÂC//SG

 

 

 


Saúde mental
“Consumo de drogas é maior  causa de problemas mentais no país “ diz António Na Canté

Bissau, 16 Set 20 (ANG) – O Director Clínico da Clínica “Henrí” afirmou que o consumo de drogas é o maior causador de problemas mentais no país, principalmente na camada juvenil.

Em entrevista exclusiva à ANG, António Na Canlé disse que a sua instituição, desde a sua entrada em funcionamento, à 26 de Junho passado, já atendeu 70 pacientes com diferentes problemas mentais, sendo 46 do sexo masculino e 24 do feminino, dos

quais  37 internados,  20 já tiveram altas, além dos  32 com tratamentos ambulatórios.

Revelou que dos 70 atendidos e internados, as   patologias sofridas por pacientes são toxicodependência(16), psicoses aguda (17) , e crónicas(12), epilepsia(10), depressão  bipolar(4), surto psicótico(4), depressão monopolar pós parto(1) , e bipolar(1)  toxicodependência de álcool(2),  esquisofrenia(2), e ansiedade(1).

 Explicou que o esquema feito das faixas etárias dos pacientes começa dos  15 à 49 anos de idade, e representa o grupo que mais possui  transtornos mentais derivados de consumo de drogas.

António Na Canlé aconselha aos  jovens guineenses a se abdicarem do consumo de drogas para o bem da sua própria saúde físico-mental.

A título de exemplo afirmou que a  maioria dos jovens que anda  nas ruas  de um lado para outro é vítima de  consumo excessivo de drogas e álcool.

O director clínico de  Henri  recomenda à famílias com jovens que apresentam  comportamentos inadequados a recorrerem à clínica para tratamento, quanto mais cedo possível. ANG/JD/ÂC//SG

                          
                      Saúde
/SINETSA inicia hoje uma greve de sete dias

Bissau,16 Set 20 (ANG) – O  Sindicato Nacional dos Enfermeiros, Técnicos de Saúde e Afins- SINETSA, observa, a partir desta quarta-feira, uma greve de sete dias no sector, que paralisa parcialmente os serviços de saúde.

Em declarações à ANG, o Presidente do SINETSA, Yoio João Correia, disse que entre os pontos chaves no Caderno Reivindicativo se destacam os pagamentos de dívidas salarial, subsídios relacionados aos anos 2015, 2017 e 2018, aprovação de documento da carreira dos técnicos de


saúde e  atribuição de Carteira Profissional.

Disse que esta decisão de paralisar o setor da saúde surge  depois de o sindicato ter explorado, sem resultado esperado, todos os recursos junto do governo.

Acrescenta  que agora não resta outra saída a não ser a paralisação de setor “para merecera  atenção do executivo”.

Questionado sobre pertinência da greve nesta altura de pandemia e de estado de calamidade, este sindicalista disse que perante este contexto é que o Governo devia reforçar a atenção aos  enfermeiros e técnicos de saúde para melhor darem  resposta, e “não empurá-los para sacrifícios”.

Yoyo Correia disse estar convencido de que  a participação de todos os enfermeiros, técnicos e afins na greve pode mudar a situação que contestam.

ANG/CP/ÂC//SG

  

Covid-19/Criado no Brasil plástico que inactiva o novo coronavírus em minutos

Bissau, 16 Set 20 (ANG) – Maçanetas, botões de elevadores e até ecrãs sensíveis ao toque não poderão mais transmitir o novo coronavírus devido a um plástico adesivo desenvolvido no Brasil, que pode inactivar o SARS-CoV-2 em minutos por contacto, foi terça-feira anunciado.

Adicionar legenda

Segundo um estudo  divulgado, que mostrou que o material em causa, feito de polietileno e com micro partículas de prata e sílica (óxido de silício) na sua estrutura, mostrou-se capaz de eliminar 99,84% das partículas do novo vírus após dois minutos de contacto.

Lançado pela empresa Promaflex, especializada na produção desse tipo de películas, o material foi desenvolvido pela companhia Nanox com o apoio do programa de investigação inovadora para pequenas empresas da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP).

As normas técnicas que medem a actividade antiviral em plásticos e outras superfícies não porosas estabelecem que o material deve confirmar essa acção em pelo menos quatro horas.

Testes que seguiram a norma ISO 21702:2019, realizados no laboratório de biossegurança de nível três (NB3) do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo, mostraram que o material desenvolvido pode eliminar o vírus muito mais rápido.

“A película plástica com o aditivo mostrou-se capaz de atingir esse objectivo num tempo bem menor e a acção viricida aumentou com o tempo”, disse Lúcio Freitas Júnior, investigador do instituto, citado num comunicado divulgado pela FAPESP.

Para o estudo foram utilizadas amostras de materiais com e sem micro partículas de prata e sílica incorporadas na estrutura, que foram mantidas em contacto directo com o SARS-CoV-2 em diferentes intervalos de tempo.

Decorridos os prazos estipulados, o novo coronavírus presente nas amostras do material foi recolhido e colocado em contacto com células Vero – tipo de linhagem celular utilizada em cultivos microbiológicos – para avaliar a capacidade de infecção e multiplicação após exposição no plástico adesivo.

Os resultados indicaram uma redução de quase 100% nas cópias do SARS-CoV-2 que estiveram em contacto com amostras do plástico adesivo após dois minutos de exposição ao material.

“À medida que se adicionam micro partículas de prata e sílica à massa plástica durante a produção, a acção antimicrobiana mantém-se durante toda a vida útil do material”, indicou Luiz Gustavo Pagotto Simões, director da Nanox.

A fabricante do plástico com o aditivo recomenda, porém, o seu uso por até três meses, para evitar o desgaste do material por contacto excessivo.

A película adesiva é o segundo material plástico com micro partículas de prata e sílica comercializado pela Nanox, que desenvolveu uma máscara reutilizável feita com um plástico flexível e com o aditivo aplicado na sua superfície.

Micro partículas de prata e sílica também foram aplicadas pela Nanox em tecidos para o desenvolvimento de roupas anti-covid-19.

Nos tecidos, as micro partículas de prata e sílica são impregnadas na superfície por um processo de imersão, seguido de secagem e fixação, denominado ‘pad-dry-cure’.

O Brasil é o país lusófono mais afectado pela pandemia e um dos mais atingidos no mundo, ao contabilizar o segundo número de mortos (mais de 4,3 milhões de casos e 132.006 óbitos), depois dos Estados Unidos da América.

A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 929.391 mortos e mais de 29,3 milhões de casos de infecção em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP. ANG/Inforpress/Lusa

 

 

 


Saúde pública
/OMS diz  que mais de 2 milhões de pessoas morrem nos países de baixo rendimento devido a cuidados sanitários pouco seguros

Bissau, 16 Set 20 (ANG) – A Directora Regional da Organização Mundial de Saúde (OMS) para África disse  terça-feira que todos os anos ocorrem 134 milhões de eventos adversos em todo mundo devido a cuidados pouco seguros nos hospitais de países de baixo e médio rendimentos, contribuindo para 2,6 milhões de mortes.

De acordo com a nota da OMS enviada a ANG no quadro da comemoração do Dia Mundial da Segurança do Doente que se assinala amanhã, 17 de Setembro, sob o lema,”Segurança dos Profissionais d


e Saúde :Uma prioridade para a segurança dos doentes”,, Matshidiso Moeti disse que para prestar cuidados de saúde de qualidade, o primeiro passo é não causar danos.

“A pandemia de Covid-19 reafirmou que, para manter os doentes seguros, os profissionais de saúde devem ser protegidos. Por isso, foi retido este lema para o ano de 2020 ou seja, estes profissionais na linha de frente correm risco de infecção devido aos cuidados que prestam aos doentes “, lê-se no documento.

Na missiva Moeti salienta que na região Africana da OMS, mais de 41 mil profissionais de saúde foram infectados pelo coronavírus, representando 3,8 por cento de todos os casos notificados, frisando que alguns países, como a Costa do Marfim e a Serra Leoa, fizeram progressos na redução da percentagem de infecções nos profissionais de saúde, outros como a Eritreia, o Ruanda e as Seicheles, não registaram um único caso de Covid-19 entre os profissionais de saúde.

Para proteger os profissionais de saúde de coronavírus, segundo a nota, e contribuir para uma maior segurança dos doentes, em colaboração com os parceiros e autoridades nacionais e provinciais, a OMS formou mais de 50 mil agentes de saúde na região Africana em prevensão e controlo de infecções e prevê formar mais de 200 mil e foram enviados para os Estados membros cerca de 31 milhões de artigos de equipamento de protecção individual .

“E estão a ser elaborados documentos de orientação sobre as melhores práticas de cuidados para apoiar a criação de ambientes propícios à segurança dos profissionais de saúde e dos doentes e muitas das vezes a solução para melhorar a segurança dos infermos são simples e apresentam uma boa relação custo-éficacia”, disse.

Acrescentou que, por exemplo, após a criação de uma Unidade de Gestão da Qualidade na serra Leoa ,a taxa de mortalidade infantil em 13 hospitais com fardo elevado de morbilidade baixou de 15,6 por cento em 2017, para 9,6 por cento em 2019.

A nota frisa que a segurança dos doentes é uma componente essencial no reforço dos sistemas de saúde para se alcançar a cobertura universal de saúde ,e isto requer colaboração e comunicação aberta entre as equipas multidisciplinares de cuidados de saúde, os doentes e as organizações dos mesmos bem como entre as associações profissionais e outras partes interessadas.

O documento refere que os doentes a suas famílias devem poder tomar medidas preventivas e sistematicas de forma a contribuírem para a melhoria da segurança dos cuidados e para reduzir os riscos para todos ,em particular os grupos de risco que incluem pessoas com dificiência e idosas.

“Para  tornar os cuidados de saúde mais seguros é necessário adoptar políticas centradas no doente, reestruturar os processos existentes, reforçar as práticas de higiene e transformar as culturas organizacionais, é por isso que hoje apelo a todos para trabalhamos em conjunto de forma a proteger os profissionais de saúde para que possam proteger os doentes em ambientes favoráveis e propícios à prestação de cuidados de saúde de qualidade”, refere a Matshidiso Moeti na sua mensagem alusivo ao dia da segurança do doente.ANG/MSC/ÂC//SG

Covid-19/Institutos de Saúde Pública da CPLP vão estudar impacto da abertura de escolas

 

Bissau, 16 Set 20 (ANG) – Os institutos nacionais de Saúde Pública dos nove Estados-membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) vão estudar os impactos da abertura de escolas nos indicadores da covid-19, para uma eventual cooperação dos países neste domínio.

A decisão foi tomada terça-feira na 6.ª reunião (virtual) da re

de de institutos nacionais de saúde pública da CPLP e o “objectivo é encontrar formas de cooperação neste domínio, ou mesmo uma estratégia conjunta de actuação, a sugerir aos ministérios da Saúde dos países”, disse à Lusa o director de cooperação da comunidade, Manuel Lapão, após o encontro.

Sublinhando que o papel do
s Institutos de Saúde Pública é o de aconselhamento das decisões políticas neste setor, Manuel Lapão referiu que outra das questões abordada no encontro e que preocupa estas entidades é o papel que devem ter nos testes à covid-19.

Uma questão que abrange a utilização e tipologia dos testes, assim como a oferta económica.

Outro assunto abordado no encontro de peritos da Saúde da CPLP de hoje e que deve ser tema de um seminário, a realizar em finais de Outubro, é a necessidade do equilíbrio entre as medidas para evitar propagação da pandemia aplicadas no trabalho e na vida social, adiantou Manuel Lapão.

Na reunião técnica da Rede de Institutos de Saúde Pública da CPLP foi discutida também a discrepância entre o conhecimento científico sobre a forma como o novo coronavírus se propaga, o volume de informação divulgada sobre o assunto e, por outro lado, o aumento do número de casos.

A conclusão é que há mensagens que não passam, disse Manuel Lapão.

Assim, os institutos vão identificar mensagens que sejam eficazes e dissuasoras de comportamentos que conduzam ao contágio, para depois serem levadas à discussão com a parte política nos Estados-membros.

A CPLP integra Angola, Cabo Verde, Brasil, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, Timor-Leste e São Tomé e Príncipe.

A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 929.391 mortos e mais de 29,3 milhões de casos de infecção em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 1.875 pessoas dos 65.021 casos de infecção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direcção-Geral da Saúde.

Em África, há 32.795 mortos confirmados em mais de 1,3 milhões de infectados em 55 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia no continente.

Entre os países africanos que têm o português como língua oficial, Angola lidera em número de mortos e Moçambique em número de casos. Angola regista 139 mortos e 3.569 casos, seguindo-se a Guiné Equatorial (83 mortos e 5.000 casos), Cabo Verde (46 mortos e 4.904 casos), Guiné-Bissau (39 mortos e 2.303 casos), Moçambique (37 mortos e 5.713 casos) e São Tomé e Príncipe (15 mortos e 906 casos).

A doença é transmitida por um novo coronavírus detectado no final de Dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China. ANG/Inforpress/Lusa

 

 

 FFGB/ Comissão Eleitoral readmite  candidatura de Caíto Teixeira e mantém a data de eleição 

Bissau,16 Set.20(ANG) - A Comissão Eleitoral do Congresso da Federação de Futebol da Guiné-Bissau (FFGB) readmitiu a candidatura de Carlos Teixeira (Caíto), que tinha desistido a favor do presidente cessante da FFGB, Manuel Irénio Nascimento Lopes, a quem agora foi vedado o direito de concorrer, pela Federação Interna

cional de Futebol (FIFA).

A comissão confirmou também a data para a eleição da liderança da FFGB para 30 de setembro em curso.

A informação consta do mapa de atualização de candidatos da Comissão a que o semanário O Democrata teve acesso esta terça-feira, no qual não se avança nenhum pormenor sobre as razões da readmissão da candidatura de Caíto Teixeira.

Segundo informação disponível, a decisão de validação da candidatura do dirigente desportivo foi tomada por quatro dos cinco elementos que integram a Comissão Eleitoral, nomeadamente, Lino Lopes, presidente; Faustino Paulo Mango, vice-presidente; Herculano Cubala, secretário e Hedmer Lopes de Barros Djaló, segundo vogal.

Confrontado com a situação, o primeiro vogal da comissão, Abdu Mané, confirma que não foi informado da reunião, na qual a candidatura de Caíto Teixeira foi novamente aprovada.

“Começo por esclarecer que eu não soube nada sobre esta matéria, porque não fui informado de forma oficial para tomar parte na reunião da Comissão Eleitoral, mas prometo falar do assunto nos próximos dias, para esclarecer todos os equívocos aos guineenses e o que está a acontecer dentro da nossa estrutura”, disse Mané por telefone ao  jornal O Democrata.

Mané entrou em rota de colisão com os restantes membros da comissão desde o passado dia 08 de agosto, quando decidiu presidir o ato eleitoral da FFGB, no qual o empresário, Fernando Tavares, foi  declarado presidente eleito do órgão, num processo que viria a ser considerado “ilegal” pela FIFA, que alega “violação dos estatutos do organismo”.

Segundo o O Democrata, para além da readmissão da candidatura de Caíto Teixeira, a outra questão em debate  é o local onde vai decorrer o Congresso Eleitoral. A comissão eleitoral anunciou recentemente que o ato teria lugar na sala de reuniões da FFGB.

No passado dia 25 de julho o Alto-Comissariado de Luta Contra a Civid-19 havia advertido a comissão sobre a exiguidade da sala, que tem capacidade máxima para 28 pessoas. 

Nesta segunda-feira, 14 de setembro, o coletivo dos cinco candidatos à liderança do organismo que gere o futebol nacional reuniu com a Comissão Eleitoral, com o propósito de revogar a decisão de realizar o congresso na sede da FFGB, no alto de Bandim, em Bissau, mas sem sucesso, pelo menos no âmbito desse reunião.

Além de Caíto Teixeira, estão na corrida à liderança da FFGB mais cinco candidatos, nomeadamente:  Fernando Tavares,  Paulo Mendonça,  António Patrocínio,  Benelívio Cabral Nancassa Insali e  Mutaro Bari.

O substituto do presidente cessante do órgão será conhecido no Congresso Extraordinário eletivo da FFGB agendado para o dia 30 do mês em curso.


O Democrata tentou, sem sucesso, obter a reação da Comissão Eleitoral sobre a razão de encerramento da reunião sem nenhuma conclusão
  sobre o local de realização do congresso. ANG/O Democrata

    UE/ Presidente da Comissão  anuncia pacto migratório para “sarar feridas”

Bissau, 16 Set 20 (ANG) -
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou hoje perante o Parlamento Europeu, em Bruxelas, que o novo pacto migratório europeu servirá para sarar "as feridas abertas" na União Europeia (UE) através de uma "visão humanitária".

"A crise migratória de 2015 provocou muitas divisões entre os Estados-membros e ainda existem feridas abertas, apesar de ter sido feita muita coisa entretanto", afirmou Ursula von der Leyen, no seu primeir

Adicionar legenda

o discurso sobre o Estado da União enquanto presidente do executivo comunitário.

Apontando que "a migração sempre foi uma realidade do continente europeu, (já que) foi a migração que definiu as sociedades e a cultura europeias", a líder do executivo comunitário argumentou que a UE "pode chegar a um compromisso, respeitando completamente os seus princípios", relativamente a esta matéria.

Por isso, a proposta que a Comissão Europeia irá apresentar na próxima semana para novo pacto migratório prevê uma "nova visão humanitária", no âmbito da qual "deixou de ser uma mera opção salvar vidas do mar".

Acresce que "os países (europeus) mais expostos precisam de contar com toda a solidariedade da UE", defendeu, vincando que "a Europa precisa de agir em conjunto" e que cada Estado-membro deve "fazer a sua parte" relativamente às migrações.

Ao mesmo tempo, com o novo pacto migratório, a Comissão Europeia quer "uma definição clara entre asilo e retorno", bem como "vias jurídicas seguras" e medidas mais apertadas contra o tráfico.

"Aqueles que têm o direito de permanecer devem integrar-se e sentir-se bem-vindos", disse Ursula von der Leyen.

Já numa alusão aos incêndios da semana passada no campo de refugiados de Moria, o maior da Europa na ilha grega de Lesbos, a responsável considerou que "o que aconteceu foi um exemplo doloroso".

E anunciou que "a Comissão está, juntamente com o Governo grego, a criar um plano para um novo campo em Lesbos para acelerar os processos de asilo, melhorando também as condições para os refugiados".

Num longo discurso, de quase uma hora, Ursula von der Leyen abordou também a parceria europeia com África, vincando que os dois continentes "não são apenas vizinhos, mas sim parceiros naturais".

"África será um parceiro chave na construção do mundo em que queremos viver, quer seja no clima, digital ou comercial", frisou, pedindo uma "parceria de igual para igual". ANG/Angop

 

                
                 Mali
/CEDEAO concorda com transição civil de 18 meses

 

Bissau, 16 Set 20 (ANG) – Os líderes dos países da África Ocidental aceitaram uma transição política no Mali de 18 meses, em vez de um ano, pedida pela junta militar que assumiu o poder em Agosto, desde que presidente e primeiro-ministro sejam civis.

“Nós, chefes de Estado e de Governo, tomamos nota de que a duração da transição política será de, no máximo, 18 meses, contados a partir de 15 de Setembro de 2020”, lê-se num comunicado da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) divulgado hoje de madrugada.

Adicionar legenda

Além disso, entre as decisões acordadas em Acra, durante a cimeira extraordinária de dirigentes do bloco regional, que contou com a presença do chefe do Comité Nacional de Salvação do Povo (CNSP, militar) do Mali, o coronel Assimi Goita, há também a reivindicação, repetida em várias ocasiões, de que os dois chefes da transição sejam civis e que o CNSP “se dissolva imediatamente após instalado o período de transição”.

Oito presidentes e vice-presidentes de países da África Ocidental reuniram-se a convite do chefe de Estado do Gana, Nana Addo Akufo-Addo, que na semana passada assumiu a presidência rotativa da CEDEAO, um órgão regional com 15 países membros ao qual Mali pertence, bem como os lusófonos Cabo Verde e Guiné-Bissau.

“Não podemos permitir mais atrasos no estabelecimento de um governo responsável no Mali depois do golpe” de 18 de Agosto, declarou Akufo-Addo, que falava na residência oficial em Peduase, nos arredores de Acra.

O prazo termina hoje para a junta militar designar os 25 membros que deveriam fazer parte do governo interino, de acordo com o pedido da CEDEAO.

Segundo o comunicado, a nomeação do presidente e do vice-presidente de transição “será feita de imediato” e, assim que assumirem os seus novos cargos, serão retiradas as sanções impostas ao Mali pela CEDEAO.

Essas sanções incluem o encerramento de fronteiras, a suspensão dos fluxos financeiros e a exclusão do Mali de todos os órgãos de decisão da CEDEAO até que a ordem constitucional seja restaurada, uma medida também adoptada pela União Africana.

No passado sábado, o diálogo entre as forças políticas do país e a junta militar, que assumiu o poder no Mali após o golpe que derrubou o presidente Ibrahim Boubacar Keita (IBK), terminou com a elaboração de um plano de transição de dezoito meses de duração, um requisito com o qual a CEDEAO agora parece concordar.

Depois de encerrada a reunião, na madrugada de hoje, o Presidente ganês disse aos órgãos de comunicação social que o líder do conselho aceitou o pedido da CEDEAO para formar um governo civil em breve e que terá de o discutir em Bamako com os seus colegas.

“O ponto de vista da CEDEAO é que as questões que foram apresentadas devem ser tratadas numa questão de dias, e não semanas, para que possamos iniciar o processo de normalização da situação no Mali”, concluiu o chefe de Estado.

Akufo-Addo anunciou que o mediador da CEDEAO, o ex-presidente nigeriano Goodluck Jonathan, viajará para Bamako daqui a alguns dias e que espera que, quando chegar à capital do Mali, a junta militar tenha tomado as medidas exigidas pela organização para poder levantar as sanções impostas após o golpe.

O movimento M5-RFP, o maior grupo de oposição ao regime do agora ex-presidente Ibrahim Boubacar Keita, afastou-se do plano de transição acordado após três dias de diálogo nacional, entre outros motivos, para não limitar a uma personalidade civil os cargos de presidente interino e primeiro-ministro.

Os líderes regionais temem que o golpe possa abrir um precedente perigoso na África Ocidental e permitir que as forças jihadistas com laços com a Al Qaida e a organização terrorista designada Estado Islâmico tomem mais terreno na região do Sahel.

O golpe de 18 de Agosto surgiu após várias semanas de grande instabilidade no país, com protestos em massa e tumultos nas ruas liderados por multidões exigindo a renúncia de Ibrahim Boubacar Keita, no cargo desde 2013. ANG/Inforpress/Lusa

 

 

 

Costa do Marfim/Oposição contesta validação de candidatura de Ouattara

 

Bissau, 16 Set 20 (ANG) - A oposição da Costa do Marfim contestou terça-feira a decisão do Conselho Constitucional, que validou a candidatura do Presidente Alassane Ouattara a um terceiro mandato e rejeitou 40 dos 44 candidatos às eleições de Outubro.

De acordo com a lista final de candidatos às eleições presidenciais de 31 de Outubro na Costa do Marfim, divulgada segunda-feira pelo Conselho Constitucional, entre os 40 candidatos rejeitados estã

o o ex-chefe de Estado Laurent Gbagbo e o antigo líder rebelde e ex-primeiro-ministro Guillaume Soro.

Eleito em 2010 e reeleito em 2015, Ouattara tinha inicialmente anunciado em Março a sua decisão de desistir de concorrer a um terceiro mandato. Mudou de ideias em Agosto, após a morte súbita do então primeiro-ministro e candidato presidencial do partido no poder, Amadou Gon Coulibaly.

O anúncio da sua recandidatura provocou confrontos, que resultaram pelo menos em 15 mortes.

O Conselho considerou que, com a nova Constituição de 2016, o país tinha entrado numa nova República e que a contagem de mandatos tinha sido recolocada a zero, embora o novo texto, tal como o anterior, limite o número de mandatos presidenciais a dois.

Um antigo primeiro-ministro de Laurent Gbagbo, Pascal Affi Nguessan, cuja candidatura foi validada, condenou "a espiral de exclusão em que se afunda a Côte d’Ivoire ", que descreveu como "a manifestação mais bem-sucedida da natureza tirânica do regime".

"O Conselho Constitucional perdeu a oportunidade histórica de marcar a sua independência ao aceitar a candidatura do presidente cessante, que é claramente inelegível, e ao rejeitar as candidaturas do presidente Laurent Gbagbo e de Guillaume Soro, que foram privados dos seus direitos cívicos por razões de conveniência política", acrescentou numa declaração.

Absolvido na primeira instância de crimes contra a humanidade pelo Tribunal Penal Internacional, Gbagbo aguarda um possível recurso na Bélgica.

Os seus apoiantes tinham apresentado a sua candidatura para as eleições presidenciais, mas o próprio nunca expressou a sua opinião sobre o assunto.

A candidatura foi invalidada devido a uma pena de 20 anos de prisão a que foi condenado, em Janeiro de 2018, pelo sistema judicial marfinense no contexto da crise política de 2010-2011.

"Esta lista parcial e tendenciosa obriga-me a uma vitória clara para virar esta página negra na história do nosso país", disse Affi Nguessan.

Guillaume Soro, cuja candidatura foi considerada inadmissível devido a uma sentença de 20 anos de prisão por um tribunal da Côte d’Ivoire por "desvio de fundos públicos", tinha reagido já na segunda-feira à noite no Twitter e no Facebook.

"Contesto vigorosamente a decisão injusta e infundada tomada pelo Conselho Constitucional. Considero-a uma decisão iníqua, politicamente motivada, legalmente errada e parte de uma lógica de aniquilação da democracia e do Estado de direito", disse Soro, um antigo aliado de Ouattara a quem ajudou a chegar ao poder em 2010.

Denunciando "o perjúrio de Ouattara", Guillaume Soro, que vive no exílio em Paris, anunciou "uma nova etapa da luta pela democracia no país".

"Será amargo, mas vamos ganhar", prometeu, remetendo mais informações para uma conferência de imprensa em França, na quinta-feira.

O Partido Democrático da Côte d’Ivoire, do ex-Presidente Henri Konan Bédié, cuja candidatura foi validada e que se espera seja o principal opositor do Presidente Ouattara, não reagiu à decisão do Conselho.

Contudo, anunciou que não irá participar nas eleições para as Comissões Eleitorais Locais, que se realizam hoje.

O PDCI e a oposição têm vindo a pedir há meses uma reforma da Comissão Eleitoral Independente (CEI), que consideram "subserviente" ao governo e ameaçaram boicotar as eleições.

Mas, de acordo com a CEI, a falta de envolvimento do PDCI não impedirá o processo eleitoral, devendo dar ao partido do Presidente Ouattara a maioria das presidências locais.

Na segunda-feira, enquanto a decisão do Conselho Constitucional não era conhecida, manifestações e marchas contra a candidatura de Ouattara terminaram em confrontos com as forças de segurança em várias cidades da Côte d’Ivoire.

Uma grande força policial era visível em Abidjan na manhã de terça-feira, tendo sido igualmente enviados reforços para outras regiões do país.ANG/Angop

 

 

terça-feira, 15 de setembro de 2020

 Prevenção contra coronavirus

No plano individual deve-se  manter o distanciamento físico, usar  uma máscara,  lavar as mãos  regularmente e tossir fora do alcance  dos outros. Façam  tudo isso!

A nossa mensagem às populações e aos governos é clara.Façam tudo isso!"

                                        ( Tedros Adhanom Ghebreyesus - DG da OMS)