quarta-feira, 16 de setembro de 2020


Saúde pública
/OMS diz  que mais de 2 milhões de pessoas morrem nos países de baixo rendimento devido a cuidados sanitários pouco seguros

Bissau, 16 Set 20 (ANG) – A Directora Regional da Organização Mundial de Saúde (OMS) para África disse  terça-feira que todos os anos ocorrem 134 milhões de eventos adversos em todo mundo devido a cuidados pouco seguros nos hospitais de países de baixo e médio rendimentos, contribuindo para 2,6 milhões de mortes.

De acordo com a nota da OMS enviada a ANG no quadro da comemoração do Dia Mundial da Segurança do Doente que se assinala amanhã, 17 de Setembro, sob o lema,”Segurança dos Profissionais d


e Saúde :Uma prioridade para a segurança dos doentes”,, Matshidiso Moeti disse que para prestar cuidados de saúde de qualidade, o primeiro passo é não causar danos.

“A pandemia de Covid-19 reafirmou que, para manter os doentes seguros, os profissionais de saúde devem ser protegidos. Por isso, foi retido este lema para o ano de 2020 ou seja, estes profissionais na linha de frente correm risco de infecção devido aos cuidados que prestam aos doentes “, lê-se no documento.

Na missiva Moeti salienta que na região Africana da OMS, mais de 41 mil profissionais de saúde foram infectados pelo coronavírus, representando 3,8 por cento de todos os casos notificados, frisando que alguns países, como a Costa do Marfim e a Serra Leoa, fizeram progressos na redução da percentagem de infecções nos profissionais de saúde, outros como a Eritreia, o Ruanda e as Seicheles, não registaram um único caso de Covid-19 entre os profissionais de saúde.

Para proteger os profissionais de saúde de coronavírus, segundo a nota, e contribuir para uma maior segurança dos doentes, em colaboração com os parceiros e autoridades nacionais e provinciais, a OMS formou mais de 50 mil agentes de saúde na região Africana em prevensão e controlo de infecções e prevê formar mais de 200 mil e foram enviados para os Estados membros cerca de 31 milhões de artigos de equipamento de protecção individual .

“E estão a ser elaborados documentos de orientação sobre as melhores práticas de cuidados para apoiar a criação de ambientes propícios à segurança dos profissionais de saúde e dos doentes e muitas das vezes a solução para melhorar a segurança dos infermos são simples e apresentam uma boa relação custo-éficacia”, disse.

Acrescentou que, por exemplo, após a criação de uma Unidade de Gestão da Qualidade na serra Leoa ,a taxa de mortalidade infantil em 13 hospitais com fardo elevado de morbilidade baixou de 15,6 por cento em 2017, para 9,6 por cento em 2019.

A nota frisa que a segurança dos doentes é uma componente essencial no reforço dos sistemas de saúde para se alcançar a cobertura universal de saúde ,e isto requer colaboração e comunicação aberta entre as equipas multidisciplinares de cuidados de saúde, os doentes e as organizações dos mesmos bem como entre as associações profissionais e outras partes interessadas.

O documento refere que os doentes a suas famílias devem poder tomar medidas preventivas e sistematicas de forma a contribuírem para a melhoria da segurança dos cuidados e para reduzir os riscos para todos ,em particular os grupos de risco que incluem pessoas com dificiência e idosas.

“Para  tornar os cuidados de saúde mais seguros é necessário adoptar políticas centradas no doente, reestruturar os processos existentes, reforçar as práticas de higiene e transformar as culturas organizacionais, é por isso que hoje apelo a todos para trabalhamos em conjunto de forma a proteger os profissionais de saúde para que possam proteger os doentes em ambientes favoráveis e propícios à prestação de cuidados de saúde de qualidade”, refere a Matshidiso Moeti na sua mensagem alusivo ao dia da segurança do doente.ANG/MSC/ÂC//SG

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