terça-feira, 15 de setembro de 2020

Dia dos fuzileiros navais/ Comandante de Regimento de fuzileiros pede retoma da cooperação com  parceiros bilaterais

Bissau, 15 Set 20 (ANG) – O comandante do Regimento dos fuzileiros Navais, pediu que seja retomada a cooperação com os parceiros bilaterais, na área de fuzileiros navais, sobretudo com Portugal para se fazer face  a falta de meios logísticos e melhorar as condições das infraestruturas.


Adelino Nbó que falava  na cerimonia de celebrações dos 51º aniversario dos Fuzileiros Navais, disse que no âmbito da cooperação, em  1992,  Portugal apoiou a formação local dos fuzileiros nacionais.

“As forças navais se deparam com falta de meios materiais de operação e as nossas instalações estão em degradação progressiva e muitas das vezes inundadas com a água”, revelou o Adelino Nbó.

Por isso, disse ser do seu interesse que a cooperação  entre a Guiné-Bissau e os seus parceiros bilaterais na área dos fuzileiros navais seja retomada para melhorar as condições dos fuzileiros navais.

Referiu  que ao longo dos anos, os fuzileiros navais desempenharam as suas funções com profissionalismo, na defesa do território nacional e marítima, tendo ainda participado em missões internacionais de manutenção da paz em Ruanda, em 1994 e Libéria, em 2003.

Segundo o  chefe de gabinete do  Chefe de Estado-maior da Armada(CEMA), Boaventura Djassi, a criação deste corpo da Marinha a 12 de setembro foi uma ideia do líder imortal Amícal Cabral, que nasceu a 12 de Setembro.

 “No contexto da luta da libertação Nacional tratava-se de uma estratégia muito bem definida por este homem genial baseada na implementação de uma gigantesca política de formação de quadros navais”, disse.

Acrescentou que, as fugas de duas embarcações coloniais denominadas de “Murandela e Arouca”, em Março de 1963, para o porto de Boké(Guiné-Conacri),  com o propósito de se aderir a luta armada de libertação nacional, e a fuga de mais duas, em maio do mesmo ano, despertaram a Amílcar Cabral uma longa visão marítima para o futuro.

“As quatro embarcações coloniais que serviam de transporte de armas, munições e ainda de mobilidade dos combatentes para a frente sul eram desprovidos de estrutura de defesa e combate à médio e longa alcance, para fazer face ao inimigo em caso de ataque”, explicou  Boaventura Djassi.

Ainda segundo Boaventura Djassi, Amílcar Cabral decidiu mandar superar à 12 de setembro  1969, 76 elementos no universo dos 166 combatentes estudantes que se encontravam na cidade Potche, antiga União Soviética, para formação no âmbito de fuzileiros navais.

“Em 1970, Cabral voltou a enviar,  mais uma vez,  para a cidade Potche ex URSS, 150 combatentes para formação de fuzileiros especiais por um período de dois anos, com o objectivo de planear uma operação na ilha de Sal, Cabo Verde, onde se encontrava o  depósito central de munições de guerra da então província da Guiné.    

Explicou que o objectivo de Amílcar Cabral era de dar seguimento a sua estratégia da evolução da luta armada e  a necessidade de aplicar maior intensidade de combate nas frentes leste, norte e sul.

 A cerimónia da celebração dos 51º aniversário dos fuzileiros Navais iniciou  com a observação de um minuto de silêncio em memória dos mártires de Pindjiguiti, combatentes de liberdade da pátria e sobretudo aqueles que participaram na fundação dos fuzileiros navais da Guiné-Bissau à
 12 de setembro de 1969.

No acto, o ministro da Defesa Nacional  foi representado pelo seu conselheiro, Marcelino Simões Cabral que destacou que  a principal missão dos fardados é defender a integridade territorial e a  soberania nacional.

ANG/LPG/ÂC//SG

 

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