Dia dos fuzileiros navais/ Comandante de Regimento de fuzileiros pede retoma da cooperação com parceiros bilaterais
Bissau, 15 Set 20 (ANG) – O comandante do Regimento dos fuzileiros Navais, pediu que seja retomada a cooperação com os parceiros bilaterais, na área de fuzileiros navais, sobretudo com Portugal para se fazer face a falta de meios logísticos e melhorar as condições das infraestruturas.
Adelino Nbó que
falava na cerimonia de celebrações dos
51º aniversario dos Fuzileiros Navais, disse que no âmbito da cooperação, em 1992, Portugal
apoiou a formação local dos fuzileiros nacionais.
“As forças navais se
deparam com falta de meios materiais de operação e as nossas instalações estão
em degradação progressiva e muitas das vezes inundadas com a água”, revelou o
Adelino Nbó.
Por isso, disse ser
do seu interesse que a cooperação entre
a Guiné-Bissau e os seus parceiros bilaterais na área dos fuzileiros navais
seja retomada para melhorar as condições dos fuzileiros navais.
Referiu que ao longo dos anos, os fuzileiros navais
desempenharam as suas funções com profissionalismo, na defesa do território nacional e marítima, tendo ainda participado em missões internacionais de
manutenção da paz em Ruanda, em 1994 e Libéria, em 2003.
Segundo o chefe de gabinete do Chefe de Estado-maior da Armada(CEMA),
Boaventura Djassi, a criação deste corpo da Marinha a 12 de setembro foi uma
ideia do líder imortal Amícal Cabral, que nasceu a 12 de Setembro.
“No contexto da luta da libertação Nacional
tratava-se de uma estratégia muito bem definida por este homem genial baseada
na implementação de uma gigantesca política de formação de quadros navais”, disse.
Acrescentou que, as
fugas de duas embarcações coloniais denominadas de “Murandela e Arouca”, em Março
de 1963, para o porto de Boké(Guiné-Conacri),
com o propósito de se aderir a luta armada de libertação nacional, e a
fuga de mais duas, em maio do mesmo ano, despertaram a Amílcar Cabral uma longa
visão marítima para o futuro.
“As quatro
embarcações coloniais que serviam de transporte de armas, munições e ainda de
mobilidade dos combatentes para a frente sul eram desprovidos de estrutura de
defesa e combate à médio e longa alcance, para fazer face ao inimigo em caso de
ataque”, explicou Boaventura Djassi.
Ainda segundo
Boaventura Djassi, Amílcar Cabral decidiu mandar superar à 12 de setembro 1969, 76 elementos no universo dos 166
combatentes estudantes que se encontravam na cidade Potche, antiga União
Soviética, para formação no âmbito de fuzileiros navais.
“Em 1970, Cabral
voltou a enviar, mais uma vez, para a cidade Potche ex URSS, 150 combatentes
para formação de fuzileiros especiais por um período de dois anos, com o
objectivo de planear uma operação na ilha de Sal, Cabo Verde, onde se
encontrava o depósito central de
munições de guerra da então província da Guiné.
Explicou que o objectivo de Amílcar Cabral era de dar seguimento a sua estratégia da evolução
da luta armada e a necessidade de
aplicar maior intensidade de combate nas frentes leste, norte e sul.
A cerimónia da celebração dos 51º aniversário
dos fuzileiros Navais iniciou com a
observação de um minuto de silêncio em memória dos mártires de Pindjiguiti,
combatentes de liberdade da pátria e sobretudo aqueles que participaram na
fundação dos fuzileiros navais da Guiné-Bissau à
12 de setembro de 1969.
No acto, o ministro
da Defesa Nacional foi representado pelo
seu conselheiro, Marcelino Simões Cabral que destacou que a principal missão dos fardados é defender a integridade
territorial e a soberania nacional.
ANG/LPG/ÂC//SG
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