Solidariedade/Movimento social, cultural e humanista em memória a Bruno Candé
Bissau, 21 Set
20 (ANG) - O actor luso-guineense Bruno Candé, assassinado a 25 de Julho,
em Moscavide, teria feito na sexta-feira, 18 de Setembro, 40 anos, e num
movimento de solidariedade, as receitas de oito salas e companhias de
teatro portuguesas vão reverter para a família do actor.
Ao movimento junta-se o artista plástico
Francisco Vidal, que durante a performance MAKA - Movimento de Arte e Kultura
Africana de Lisboa criou noventa e nove t-shirts em serigrafia, à
venda por 100 euros.
"As t-shirts têm esses valores para conseguir fazer com que os filhos do
actor Bruno Candé tenham aceso à educação, para perceberem que têm mesmo que
trabalhar o legado daquilo que o pai deixou", descreveu o pintor, escultor e artista visual.
"Estou a desenvolver cartazes, flyers, t-shirts para que a imagem deste actor seja
construtiva. Para que deixe de ser uma morte violenta, por
motivos raciais, e que se torne uma luz para nós construirmos salas de
teatro, escolas, museus, centros arte e mais do que tudo pontes de união e
de trocas entre todos os seres humanos", lembra
Francisco Vidal.
Em Kimbundo MAKA significa "conversa,
argumentação entre diversas pessoas", explica o
artista plástico, que não só presta homenagem a Bruno Candé Marques,
como é um dos promotores de "momento" artístico
e humanista.
Em Portugal, desde o passado 25 de Julho,
voltou a surgir uma onda de repúdio com inúmeras homenagens e
manifestações de protesto contra discriminações.
"Já
comecei a falar com várias pessoas que fizeram as manifestações, que fizeram
t-shirts e que se estão a organizar para conseguirmos compor um momento
contemporâneo que seja edificante", descreveu ainda o artista plástico.ANG/RFI
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