Assembleia Geral da ONU/Presidente da República defende renovação de compromisso e fortalecimento de multilateralismo
Bissau,25 Set 20(ANG) – O Presidente da República defendeu a renovação de compromissos e fortalecimento do multilateralismo para se ter Nações Unidas desejada, capaz de lidar e combater as adversidades globais da actualidade.
“Só assim poderemos avançar com agenda
humanitária tendo em contas as vulnerabilidades”, sustentou Umaro Sissoco
Embaló no discurso apresentado quinta-feira na ONU no âmbito da 75ª Assembleia
Geral da organização que decorre em video-conferência, em Nova Iorque.
O Chefe de Estado sublinhou
que neste ano em que se celebra os 75 anos desde a fundação das Nações Unidas
deve-se trabalhar juntos para devolver a
organização, os valores e os ideais para os quais foi criada.
“Sinto-me honrado de estar a
dirigir esta magna Assembleia hoje, 24 de Setembro, o dia em que o meu país, a
Guiné-Bissau completa mais um ano da sua existência como nação livre e
independente. Uma independência conquistada com muita honra e sacrifício.
Parabéns ao meu Povo”, enalteceu.
O Presidente da República
afirmou que nestes 47 anos da
independência, a Guiné-Bissau viveu momentos difíceis em busca do seu caminho,
da estabilidade e desenvolvimento sustentável para o bem estar dos seus filhos.
Disse que o acompanhamento
da comunidade internacional , em especial das Nações Unidas e dos organismos
regionais e sub-regionais têm sido
fundamental para que finalmente se chegue ao fim dos conflitos que têm abalado
o país.
Afirmou que o ano 2020 tem
sido de muitos desafios para todos sem excepção, mas que se tornou ainda mais
impactante para os países mais frágeis como a Guiné-Bissau, com uma
vulnerabilidade extrema.
Úmaro Sissoco Embaló disse
que a pandemia de covid-19 veio adicionar a já existentes fragilidades,
acabando por afectar ainda mais os problemas socioeconómicos do país e a vida
das populações.
“A volatilidade da cadeia de
suprimentos e dos preços das comodidades têm impactado negativamente o comercio
internacional e a Guiné-Bissau um país dependente da agricultura e dos seus
mares não ficou de fora”, informou.
De acordo com o chefe de
Estado, a campanha de castanha de caju, principal produto e exportação da
Guiné-Bissau foi gravemente afectada, o que reflectiu negativamente na economia
e bem estar do Povo.
Acrescentou que esse crescimento negativo já está
impactando as tendências de pobreza de muitos países como a Guiné-Bissau,
colocando em risco aqueles que já se encontram sem protecção social.
“As alterações climáticas
são uma realidade irrefutável, que embora já se faz sentir nos países insulares
em desenvolvimento(SIDS), de que a Guiné-Bissau é parte integrante, é um perigo
para todos, uma vez que ameaça a existência do planeta”, disse.
O Presidente da República
sublinhou que o Governo elaborou estratégias nacionais e políticas sectoriais
com parceiros internacionais para fazer face a estes desafios bem como os
planos de adaptação à alterações
climáticas à médio e longo prazos e extendeu o sistema nacional da
s
áreas protegida terrestres e marinhas para mais de 26 por cento do território
nacional.
Umaro Sissoco Embaló
salientou que a igualdade de género é um assunto de muita importância para a
Guiné-Bissau e que a participação da mulher é notável em todas as esferas da
sociedade desde os tempos da luta para a independência até a data presente. ANG/ÂC//SG
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