terça-feira, 22 de setembro de 2020

 

Especial 24 de Setembro/Régulo de Boé lamenta abandono do “berço da Independência

Bissau 22 Set 20 (ANG) – O régulo do sector de Madina Boé, região de Gabú,  leste do país, lamentou  terça-feira a deterioração, abandono e isolamento do Sector, berço da Independência.

José Adramane Djaló falava em entrevista concedida à ANG, Jornal Nô Pintcha e RDN, no quadro da comemoração de mais um ano de independência da Guiné-Bissau que se assinala no dia 24 de Setembro, disse que a situação é preocupante porque o que pensavam de Boé como local da proclamação da independência e dos projectos que estavam na manga todos foram para água abaixo.

 “Após 47 anos desde a proclamação do Estado guineense, o sector transformou-se num dos  mais vulneráveis do país. Imagina, ontem saímos com géneros alimentícios que o governo deu para as populações de Boé vitimas do sinistro causado pelas fortes chuvas e todo o apoio ficou no caminho devido a más condições das estradas o que significa que alguma coisa não está bem”, lamentou.

Adramane Djaló contou que actualmente as viaturas não podem circular naquela zona e a própria jangada que faz a travessia no rio Tchechi não está a funcionar e as pessoas são obrigadas a usar  pequenas pirogas para atravessar o rio e depois usam as motorizadas ou andam de pé para os seus destinos.

Para o régulo, o Boé como um local histórico, não podia estar nesta situação.

Referiu que  os grandes projectos de infraestruturas foram simplesmente esquecidos por sucessivos governos que passaram no país.

Adramane Djaló afirmou  que uma parte da população  de Boé vive  da Guiné Conacri, acrescentando que nestas localidades as  pessoas preferem adquirir a moeda da Guiné Conacri em vez do franco cfa, utilizado na Guiné-Bissau.

Segundo Djaló,  só uma vez é que as estradas da zona de Boé foram reabilitadas até a povoação de Beli ,e que o resto do troços e  mantem tal como estava desde a época colonial.

“Estamos cansados de pedir mas vamos continuar a apelar o Governo para que melhore as condições deste sector”, disse Djaló.ANG/MSC/ÂC//SG

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