Covid-19/ Apenas menos de 10% da população desenvolve anticorpos contra doença
Bissau, 24 Set 20 (ANG) – Uma percentagem média inferior a 10% da população desenvolveu anticorpos contra a covid-19, segundo estudos da Organização Mundial de Saúde (OMS) hoje divulgados, que concluem que “a maior parte da humanidade ainda é suscetível à doença”.
A directora técnica da
OMS para a organização do estudo da covid-19, Maria Van Kerkhove, esclareceu ,
citada pela agência noticiosa Efe, que existem centenas de estudos de
soroprevalência com resultados muito diferentes e que, “por isso, é difícil
chegar a conclusões categóricas, mas em princípio mostram que mais de 90% dos
indivíduos permanecem livres de anticorpos”.
“Analisando estes casos
colectivamente, parece que menos de 10% das pessoas mostram evidências de terem
sido infectadas. Então a maioria do mundo ainda é suscetível e todos os tipos
de acções continuam a ser aplicadas para prevenir o contágio”, respondeu a
especialista, numa ronda de perguntas de internautas nas redes sociais.
A especialista
norte-americana esclareceu que em alguns estudos com trabalhadores da saúde
foram detectados percentuais mais elevados de pessoas com anticorpos, entre 20%
e 25%, e em algumas áreas específicas, como por exemplo nos subúrbios de alguns
países, foram obtidas soroprevalências superiores a 40%.
Van Kerkhove também
indicou que existem resultados diferentes nos testes de medição da resistência
desses anticorpos, uma vez que algumas investigações mostram que sua eficácia
contra o vírus diminui após um certo tempo, enquanto outras indicam que não
varia.
“Em qualquer caso, com
outros coronavírus que causam constipações, SARS ou MERS, está provado que os
anticorpos não são permanentes, então isso também pode ocorrer com a covid-19”,
concluiu a especialista.
A pandemia de covid-19
já provocou pelo menos 971.677 mortos e mais de 31,6 milhões de casos de
infecção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram
1.928 pessoas dos 70.465 casos de infecção confirmados, de acordo com o boletim
mais recente da Direcção-geral da Saúde.
A doença é transmitida
por um novo coronavírus detectado no final de Dezembro, em Wuhan, uma cidade do
centro da China.
Depois de a Europa ter
sucedido à China como centro da pandemia em Fevereiro, o continente americano é
agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes. ANG/Inforpress/Lusa
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