Especial
24 de Setembro/Sobrevivente
de Komo pede intervenção do Governo central na resolução do problema de pensões
Bissau, 21 Set 20(ANG) – O
combatente da Liberdade da Pátria, Abubacar Camará pede ao governo central para
intervir na resolução dos problemas dos 70 antigos combatentes existentes na
ilha de Komo dos quais somente 10 recebem pensões, mas com muita dificuldade.
Camará falava em entrevista concedida aos repórteres da ANG, Jornal Nô P
intcha e RDN no âmbito das celebrações dos 47 anos da independência, que se assinala no próximo dia 24 de Setembro.Abubacar Camará diz estar triste com a atual situação de
vida que os verdadeiros combatentes
enfrentam , desde a falta de reconhecimento, não pagamentos das pensões , falta de
infraestruturas e isolamento da ilha de Komo que foi um dos lugares mais
histórico da luta de libertação.
Precisou que a batalha de
Komo iniciou a 04 de Fevereiro de 1964 e teve uma duração de 72 dias e noites.
“Os portugueses quando
atacaram a barraca dos guerrilheiros do PAIGC em Komo, havia somente sete pessoas e os restantes
eram população residente que tinha como meios de defesa, catanas e algumas armas de fogo para se
defenderam dos agressores,” lembrou.
Aquele antigo combatente
afirmou que a batalha de Komo foi a mais intensa e violenta durante a luta de
libertação e que durou 72 dias e noites de troteiro intenso.
Os homens mais destacados naquela grande batalha, segundo Camará
foram Quedelé Na Ritch
que desempenhava o papel de
informante perante guerrelheiros, Pansau
Na Isna, Abdú Mané, Buota Nambatcha, Augusto Gomes Tavares vulgo (Augusto
Duanhe) e outros tendomorrido nesa históriac batalha 38 homens do PAIGC.
Aquele sobrevivente da
grande batalha de Komo explicou que, quando foi recrutado para ingressar na
luta de libertação, na altura havia um
barco que fazia trânsito de Catabane para ilha de Komo, frisando que os
colonialistas portugueses chegaram e assaltaram o aquartelamento da ilha e
assassinaram o comandante Ndinh na Barna.
Por sua vez, o grande
colaborador clandestino dos guerrilheiros da luta N`sumba Na Quidum lembrou que levava
alimentos e transportava armas de fogo
de Candjafra, na Guiné Conocri, para os combatentes do PAIGC durante a batalha
de Komo.
Revelou que fizeram uma
reunião secreta na casa do senhor Bacar
Biai, para mobilização dos jovens e das populações da zona sul para ingressarem
na luta armada.
Disse também que está triste porque os que libertaram a Guiné-Bissau foram esquecidos, apesar de estar ele a receber todos os meses a sua pensão como antigo combatente.
Lamenta no entanto as
dificuldades que enfrenta para se deslocar à Bissau para receber a sua pensão.
Os repórteres dos
três
órgãos públicos de comunicação social constataram durante a viagem para aquela
zona sul do país a falta de transportes mistos
para os populares residentes devido
as más condições das estradas que ligam a capital Bissau à cidade de Buba. ANG/JD/ÂC//SG
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