Estados Unidos/ Procurador-geral
compara confinamento a escravatura
Bissau, 18 Set
20 (ANG) - O procurador-geral norte-americano, Willian Barr,
apoiante do Presidente Donald Trump, afirmou que as medidas sanitárias para
enfrentar a pandemia de Covid-19, como o confinamento, acabam por ir contra as
liberdades individuais, admitindo que «esta é a maior das violações às
liberdades cívicas da história norte-americana».
Declarações
controversas do procurador-geral dos Estados Unidos que não tardaram a provocar reacções nos diferentes
quadrantes da política norte-americana.
Para William Barr «decretar um co
nfinamento nacional, tomar medidas de quarentena, é como ficar em prisão domiciliária».O procurador foi
mais longe e acrescentou que «além
da escravatura, que foi um tipo diferente de restrição, esta é a maior das
violações às liberdades cívicas da história norte-americana», concluiu
Barr, que falava num estabelecimento de ensino ligado aos conservadores no
Michigan.
Em reação James Clyburn, representante afro-americano do Partido Democrata
na Câmara dos Representantes, afirmou
que a declaração de «Barr é a mais ridícula e a mais
desconectada da realidade» que
ouviu. «É incrível que aquele que garante o respeito do
direito neste país, faça uma ligação entre a escravatura e os conselhos de
especialistas para salvar vidas. A escravatura não servia para salvar vidas.
Tinha como objectivo a desvalorização da vida», acrescentou.
Nos Estados Unidos, os diferentes estados
impuseram confinamentos de níveis e durações diferentes. O próprio presidente Donald Trump sempre
recusou um confinamento nacional de forma a travar a propagação da pandemia que
no país já tirou a vida a mais de 200 000 pessoas.ANG/RFI
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