quinta-feira, 29 de julho de 2021

ONU/Secretário-geral  saúda retoma das comunicações entre as duas Coreias

Bissau, 29 Jul 21 (ANG) - O secretário-geral da ONU, António Guterres, saudou,  terça-feira, o anúncio de que as duas Coreias retomaram as comunicações telefónicas, 13 meses após Pyongyang as ter cortado unilateralmente em protesto contra o envio, por activistas do sul, de propaganda contrária ao regime.

"O secretário-geral (António Guterres) saúda e apoia a continuação dos esforços das partes para a melhoria nas suas relações, para uma paz sustentável e uma desnuclearização que se possa verificar na península coreana", anunciou o porta-voz da ONU, Farhan Haq.

Países vizinhos, que, tecnicamente, ainda se mantêm em guerra desde a década de 1950, a Coreia do Norte e a Coreia do Sul decidiram reiniciar as comunicações telefónicas a partir das 10h00 locais, explicou o porta-voz do Governo sul-coreano, Park Soo-hyun, num comunicado.

Por seu lado, a agência noticiosa estatal norte-coreana KCNA também deu conta do restabelecimento das comunicações e da troca de mensagens nesse sentido pelos líderes das duas Coreias.

A 09 de Junho do ano passado, Pyongyang suspendeu as comunicações telefónicas com o Sul, argumentando que Seul não tinha feito o suficiente para impedir o envio de balões de ar com propaganda a partir do seu território.

Pouco depois, Pyongyang destruiu o edifício do gabinete de ligação inter-coreano local e bloqueou o diálogo entre os dois países, retomado em 2018, menos de um ano depois de Moon Jae-in se ter tornado Presidente na Coreia do Sul.

O restabelecimento da comunicação surgiu depois de o regime de Pyongyang ter passado mais de um ano em extremo isolamento a tentar combater a pandemia de covid-19 e de ter admitido recentemente uma "crise alimentar", agravada pela onda de calor que atingiu a península coreana nas duas últimas semanas.ANG/Angop

 

 

 

Função pública/UNTG volta à greve em agosto, mas para 15 dias e não  30 habituais

Bissau,29 Jul 21(ANG) -  A União Nacional dos Trabalhadores da Guiné (UNTG) vai convocar 15 dias de greve para agosto para dar um "balão de oxigénio" ao Governo, disse quarta-feira o Yasser Turé, vice-secretário-geral da principal central sindical do país.

"Depois de constatar o esforço que o Governo está a fazer para responder às exigências da central sindical, na (terça-feira) numa reunião decidimos que vamos mostrar a nossa flexibilidade e não vamos mandar um pré-aviso de greve para 30 dias, mas um para 15 dias", afirmou Yasser Turé.

Segundo o líder sindical, a UNTG está a dar um "balão de oxigénio" ao Governo, porque também sabe qual é a situação e a condição socioeconómica do país.

"Estamos a dizer ao Governo de uma certa forma que compreendemos e também valorizamos o esforço que estão a fazer, mas é necessário continuarmos até ao fim", salientou.

Yasser Turé, que também é presidente da comissão organizadora dos protestos da central sindical, falava aos jornalistas durante a manifestação que na quarta-feira se realizou em Bissau com dezenas de pessoas a reivindicarem melhores condições de vida.

"Em primeiro lugar estamos a mostrar a resiliência do povo da Guiné-Bissau, estamos a demonstrar que desta vez vamos cumprir com as nossas obrigações no processo democrático e também estamos a trazer uma mensagem à população de que não estamos de acordo com o caminho que o país está a fazer", disse, salientando que as políticas praticadas têm de refletir o desejo das pessoas.

Sublinhando que a "vida está insustentável", Yasser Turé afirmou que é difícil para um chefe de família olhar para os filhos e mulher e cumprir com as suas obrigações.

"Numa democracia no século XXI, o que estamos a assistir é que existe uma total assimetria entre o que os dirigentes estão a propor à população e o que a população está a procurar", afirmou.

A central sindical tem convocado, desde dezembro, ondas de greves gerais na função pública, para exigir do Governo, entre outras reivindicações, a exoneração de funcionários contratados sem concurso público, melhoria de condições laborais e o aumento do salário mínimo dos atuais 50.000 francos cfa para o dobro.

A próxima manifestação realiza-se a 03 de agosto, feriado nacional que assinala o massacre de Pindjiguiti, quando a polícia colonial portuguesa reprimiu um protesto de marinheiros guineenses, provocando a morte a pelo menos 50 pessoas.ANG/LUSA

 

     França/ Filho do presidente obiang condenado definitivamente

Bissau, 29 Jul 21 (ANG) - O Tribunal de Cassação de Paris recusou o recu
rso do vice-presidente da Guiné Equatorial, Teodoro Nguema Obiang Mangue, condenando-o  quarta-feira a uma pena suspensa de três anos de prisão e ao pagamento de uma multa de 30 milhões de euros.

A decisão do tribunal foi conhecida quarta-feira a tarde, com o Tribunal a rejeitar o recurso interposto pelo vice-presidente da Guiné Equatorial e filho do Presidente, após a sua condenação em 2020 pelas autoridades francesas.

Assim, 'Teodorin' Obiang, como é conhecido, é culpado de branqueamento de dinheiro obtido com práticas corruptas no seu país, sendo válida a sentença de três anos de prisão suspensa, o arresto de bens adquiridos em França no valor de 150 milhões de euros e o pagamento de uma multa de 30 milhões de euros ao Estado francês.

Um dos bens na lista de arresto das autoridades francesas é um edifício na Avenue Foch, numa das zonas mais luxuosas da cidade, que Teodorin obteve através de várias sociedades em França financiadas por entidades públicas da Guiné Equatorial.

O vice-presidente da Guiné  Equatorial vai ainda ter de pagar 3 mil euros à organização Transparency International França pelos gastos que esta teve para rebater o seu recurso. A acção original contra o vice-presidente da Guiné Equatorial foi interposta pela Transparency International França e pela Associação Sherpa.

Os fundos confiscados a Teodoro Nguema Obiang Mangue vão ser ressarcidos pela França à população da Guiné Equatorial sob a forma de ajuda direta ao desenvolvimento neste país africano, através de uma lei aprovada na semana passada, designada lei do desenvolvimento solidário.

O Reino Unido aplicou na semana passada sanções financeiras, por considerar que o estilo de vida luxuoso de 'Teodorin' é "inconsistente com o seu salário oficial como ministro do Governo".

As sanções britânicas incluem congelamento de activos e proibição de viagens ao país, medidas que já foram aplicadas antes a outros 22 dirigentes e outras pessoas de países como a Rússia, África do Sul, Sudão do Sul e América Latina.ANG/Angop

 

 

 

Justiça/Parlamento da Guiné-Bissau não vai convocar sessão para apreciar pedido de levantamento imunidade

Bissau,29 Jul 21(ANG) - A mesa da Assembleia Nacional Popular (ANP) da Guiné-Bissau não tenciona convocar uma sessão extraordinária para apreciar o pedido de levantamento de imunidade de qualquer deputado, refere uma deliberação quarta-feira divulgada à imprensa.

Na deliberação, com data de quarta-.feira e assinada pelo presidente do parlamento Cipriano Cassamá, pode ler-se que a mesa da ANP esteve  reunida no dia 28 do corrente mês, com a presença dos presidentes dos grupos parlamentares para discutir três pontos.

Entre os três pontos estava a "análise e posicionamento da mesa sobre o requerimento do grupo parlamentar do PAIGC (Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde) à nota da Procuradoria-Geral da República, que justifica as razões de impedimento de viagem do deputado Domingos Simões Pereira e líder daquele partido.

"A mesa da ANP deliberou informar que a Assembleia Nacional Popular não tem agendado e nem tenciona convocar sessão extraordinária com o objetivo de apreciar o pedido de levantamento de imunidade a qualquer deputado da Nação", pode ler-se na deliberação.

Em causa está a ordem dada sexta-feira ao Ministério do Interior pelo procurador-geral da República para impedir a saída do país do líder do PAIGC, Domingos Simões Pereira, quando aquele se preparava para viajar para Portugal.

A 24 de junho, a Procuradoria-Geral da República pediu o levantamento da imunidade parlamentar do deputado Domingos Simões Pereira, por suspeita de crimes referente a processos do ano de 2015, 2018 e 2020.

Na sequência do pedido, a comissão de ética do parlamento entregou ao presidente do parlamento a sua decisão, unânime, de não levantar a imunidade parlamentar ao deputado Domingos Simões Pereira por falta de existência de elementos suficientes.

Na carta enviada ao Ministério do Interior, o procurador-geral da República referiu que havia "risco de fuga", porque segundo "as suas fontes" a ANP iria convocar uma reunião extraordinária para levantar a imunidade parlamentar a Domingos Simões Pereira.ANG/Lusa

 

quarta-feira, 28 de julho de 2021

 Prevenção contra coronavirus

No plano individual deve-se  manter o distanciamento físico, usar  uma máscara,  lavar as mãos  regularmente e tossir fora do alcance  dos outros. Façam  tudo isso!

A nossa mensagem às populações e aos governos é clara. Façam tudo isso!"

                                        ( Tedros Adhanom Ghebreyesus - DG da OMS)

Costa do Marfim/Ouattara e Gbagbo dão primeiro passo para reconciliação nacional

Bissau, 28 Jul 21 (ANG) - O Presidente da Costa do Marfim, Alassane Ouattara  recebeu na  terça-feira o  seu antecessor Laurent Gbagbo numa atmosfera de  reconciliação nacional, marcada  por abraços e sorrisos .

Trata-se da  primeira vez  desde  a conturbada  eleição de 2010, que os dois dirigentes se  encontraram.

Durante o encontro, Gbagbo pediu, em nome da reconciliação nacional que o chefe de Estado incumbente faça um gesto e liberte as pessoas detidas na sequência dos eventos violentos de 2010/2011.            

Aperto de mão, abraço, mãos dadas e sorrisos  marcaram  o  primeiro  encontro  entre  o Presidente  Alassane Ouattara da Costa do Marfim e o seu  antecessor, Laurent  Gbabgo, desde a  controversa  eleição  presidencial de Outubro de 2010, que desembocou numa crise e em milhares de mortos.

Após um frente a  frente à  porta fechada que  durou  trinta minutos, os dois  dirigentes marfinenses deram  uma  conferência  de imprensa, no decurso  da  qual     realçaram  o carácter  "fraterno"  e  "descontraído"  do seu encontro de 27 de Julho de 2021.

Durante o ambiente caloroso e de reconciliação nacional que marcou o  encontro, Laurente Gbagbo  apelou  o chefe de Estado marfinense  a libertar  as  pessoas detidas no decurso da violenta crise pós-eleitoral  de 2010-2011, que ainda estão na prisão.

"Nós conversamos fraterna e amigavelmente.  Estou  muito feliz  com a conversa  que tivemos , porque  ela  foi  muito descontraída . Sinto-me orgulhoso por  isso  e  desejei  que de vez em quando possamos ter este género de encontro, que contribui para aliviar a tensão  no  país.

No que me diz  respeito, eu  falei sobretudo com o presidente, insisti, na  questão dos prisioneiros, que foram detidos no momento  da  crise de 2010-2011 e  que  permanecem na prisão.

Eu disse  ao Presidente: você está de acordo comigo, eu  era  o  líder deles. Actualmente eu estou livre, mas eles estão presos. Eu gostaria que o presidente faça todos os possíveis para  que eles sejam libertados. Eu sublinhei esse facto. Tirando isso, falamos da Costa do Marfim que deve seguir em frente", disse Laurent Gbagbo.

Por  seu  lado Alassane Ouattara  afirmou  que a  crise pós-eleitoral de 2010/2011 provocou divergências , mas que tudo isso tinha ficado para trás.

O último frente a frente entre o chefe de Estado marfinense e Laurent Gbagbo  tinha ocorrido em  25 de Novembro de 2010, data  em  que os dois participaram num debate televisivo, três  dias antes da segunda volta da eleição presidencial.

N'Goran Djedri, do Partido Democrático da Costa do Marfim (PDCI), principal força política da oposição liderada  pelo  antigo presidente Henri Konan Bédié, realçou que o seu partido congratula-se com a nova vontade de diálogo manifestada por Alassane Ouattara.

Segundo Djedri, o PDCI  apoia o espírito de diálogo inclusivo na Costa  do Marfim.

A  eleição presidencial de 31 de Outubro de 2010  resultou numa grave crise, que  provocou violentos  confrontos  armados e 3000  mortos.

Laurent Gbabgo, então presidente cessante, foi acusado pelo candidato e adversário Alassane Ouattara,proclamado vencedor com 54,10% dos votos, de não querer aceitar o  resultado do  escrutínio.

Laurent Gbabgo, teria obtido, segundo o Conselho Constitucional da Costa do Marfim, 45,9% dos sufrágios.

O  Colectivo das Vítimas da Costa do Marfim, presidido por Issiaka Diaby, em nome dos mortos  da crise pós-eleitoral de 2010/2011, considerou que a  reconciliação nacional não deve circunscrever-se a duas pessoas, e que a luz deve ser feita sobre os eventos trágicos de há  onze anos. ANG/RFI

 

      
   Nigéria
/Raptores de crianças exigem mais dinheiro para as libertarem

Bissau, 28 Jul 21 (ANG) - O voluntário que na Nigéria tinha entregado o resgate aos raptores de 136 crianças está agora também cativo do grupo.

Estes confirmaram ter recebido o resgate equivalente a 61 000 euros, uma quantia que dizem  alegam estar incompleta.

Numa primeira fase os raptores tinham reclamado o equivalente a 411 000 euros, tendo depois aceitado diminuir o montante.

A 30 de Maio passado cerca de 200 homens armados a bordo de motorizadas tinham invadido a cidade de Tegina, no Estado do Niger, raptando 136 alunos e vários professores da escola privada muçulmana Salihu Tanko.

Abakar Alhassan, o director da escola, ao microfone de Victor Mauriat, relata o imbróglio em torno deste novo caso de rapto de crianças na Nigéria.

"Na segunda à noite conseguimos então o dinheiro: 61 000 euros para o resgate.Foram cidadãos implicados que estiveram a contribuir para o efeito.Fui eu próprio a entregar o dinheiro ao comité dos pais das crianças desaparecidas,disse

Segundo Alhassan, um homem, sem filhos entre os desaparecidos, voluntarizou-se para entregar o dinheiro aos raptores.Estes, em seguida, recuperaram o dinheiro para o contarem, na presença desse homem.Várias horas depois os raptores ligaram a dizer que faltavam perto de 10 000 euros.

“Disseram-me que precisavam de motorizadas e do resto do dinheiro para libertarem o nosso mensageiro e as crianças,disse Abakar acrescentando que o problema é que as pessoas que deram dinheiro por vezes tiveram mesmo que vender as respectivas casas para conseguir esses fundos.

“Eles já não podem dar mais nada !Pedimos ajuda a toda a gente, mesmo de fora da Nigéria, para que nos ajudem por forma a dar-lhes o que eles exigem para conseguirmos que os miúdos voltem para as suas casas," disse Abakar Alhassan, director da escola das crianças raptadas.ANG/RFI

 


Marcha de funcionários públicos
/”Mais de 700 policias não recebem salários”, diz Júlio Mendonça   

Bissau, 28 Jul 21 (ANG) - O Secretraio-geral da União Nacional dos Trabalhadores da Guiné (UNTG) denunciou hoje que mais de 700 policias que juraram bandeira há três anos,  não recebem os  respectivos salários.

Julio Mendonça  falava no termino  da segunda  das três marchas programadas pela UNTG, contra  os subsídios “milionários” atribuidos aos titulares dos orgãos da soberania e para o cumprimento dos acordos assinados com o governo, e que contou com  cerca de uma centena  participantes entre funcionarios e  cidadãos anónimos.

O líder da maior central sindical do país, considera  de exploração, o não pagamento de salários aos referidos agentes.

Disse que o país está na situação em que está por falta de justiça, porque, sustenta, se um ou dois governantes forem julgados por maus actos praticados a corrupção teria reduzido, e para o efeito exortou aos magistrados a fazerem o seu trabalho.

O Secretário-geral da UNTG condiciona o fim das manifestações à abolição dos cinco novos impostos introduzidos no Orçamento Geral de Estado deste ano.

Acrescentou que  não vão desistir até que o salario minimo na função pública seja fixado em 100 mil francos CFA, o dobro do salário mínimo actual.

Referiu que o governo, assim como Presidente da República reconheceram a legitimidade das exigências da UNTG  mas nunca se dignaram a cumprí-las.

 Mendonça garantiu aos marchantes de que é possivel mudar a situação a favor dos trabalhadores, porque é possivel ratificar o orçamento que está a ser aplicado.

“Não estou  preocupado com os boatos. Podem conetar-nos com todos os partidos politicos, o importante é atingir o nosso objectivo”, assegurou o Secretário-geral da UNTG.

Júlio Mendonça acredita que o país é viável, por isso promete lutar para o desenvolvimento do país, e nega que a  Guiné-Bissau  é pobre como dizem os politicos.

 “Lutamos e conseguimos o reajuste salarial e não é a dignificação dos trabalhadores que não vou  conseguir, sobretudo no momento em que os funcionarios já estão atentos”, disse.

Segundo Mendonça  a situação que os trabalhadores  e o povo da Guiné-Bissau enfrenta é alarmante, uma vez que o rendimento dos trabalhadores e do  povo não aumentou.

Disse que o povo e os trabalhadores em particular estão a sofrer as consequências dos impostos e taxas implementados pelo próprio governo para satisfazer os seus interesses e se enriquecer à custa da população.

Afirmou que as taxas e impostos implementadas pelo governo no quadro do Orçamento Geral do  Estado  do ano em curso  estão a ceifar vidas do povo em geral, porque provocou subidas dos preços dos produtos no mercado.

“Não é possivel termos as riquezas haliêuticas que temos, e as licenças de pescas  concedidas e o povo não beneficia destes recursos. Além disso, todos os partidos na Guiné Bissau dispõem de pelo menos  um barco de pesca para sustentar as suas despesas.”, disse.

 Para Júlio Mendonça a  melhor forma de interpelar os governantes é sair à rua em massa para manifestar contra acções do governo.ANG/LPG/ÂC//SG

 

Covid-19/África com 6.543.882 infectados e 166.234 mortos desde início da pandemia

Bissau, 28 Jul 21 (ANG) – A pandemia de covid-19 atingiu os 6.543.882 infectados em África, dos quais 5.761.284 recuperaram da doença, e provocou 166.234 mortos, de acordo com os dados oficiais mais recentes.

Segundo o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC), a África Austral continua a ser a região mais afectada do continente, com 3.147.190 infectados e 86,293 mortes associadas à covid-10.
Nesta região, só a África do Sul contabiliza 2.391.223 infectados e 70,338 mortes.

O Norte de África, que sucede à África Austral nos números da covid-19, atingiu os 1.882.294 casos e 53.287 óbitos associados à doença.

A África Oriental contabiliza 788.757 infecções e 16,727 mortos e a região da África Ocidental regista 522.316 infecções e 6.790 mortes.

A África Central é a região do continente com menos casos de infecção e de mortes: 203.325 casos e 3.137 óbitos, respectivamente.

A Tunísia, o segundo país africano com mais vítimas mortais a seguir à África do Sul, regista 19.027 óbitos e 578.962 casos, seguindo-se o Egipto, com 16.498 mortes e 284.090 infectados, e Marrocos, que contabiliza o segundo maior número de infecções em todo o continente, 588.448 casos, mas menos mortes do que os dois países anteriores, com 9.638 óbitos associados à doença.

Entre os países mais afectados estão também a Etiópia, com 4.374 vítimas mortais e 278.920 infecções, e a Argélia, com 4.112 óbitos e 165.204 infectados.

Em relação aos países de língua oficial portuguesa, Moçambique regista 1.341 óbitos e 113.426 casos de infecção acumulados desde o início da pandemia e Angola contabiliza 944 mortes associadas à doença e 42.110 infectados acumulados.

Cabo Verde regista 298 mortes associadas à doença e 33.626 infecções, a Guiné Equatorial 123 óbitos e 8.880 casos, a Guiné-Bissau contabiliza 74 mortos e 4.281 infectados e São Tomé e Príncipe 37 óbitos e 2.413 infecções.

O primeiro caso de covid-19 em África surgiu no Egipto, em 14 de Fevereiro de 2020, e a Nigéria foi o primeiro país da África subsaariana a registar casos de infecção, em 28 de Fevereiro.

A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 4.169.966 mortos em todo o mundo, entre mais de 194,6 milhões de casos de infecção pelo novo coronavírus, segundo o balanço mais recente da agência noticiosa France-Presse (AFP).

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detectado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e actualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil e Peru. ANG/Inforpress/Lusa

 


Política
/Governo adopta via bancária como unica forma de pagamento de salários nas instituições públicas

Bissau, 28 Jul 21 (ANG) – O Conselho de Ministros deliberou terça-feira numa reunião  que todos os salários da Administração Pública passassem a ser pagos através das instituições bancárias.

Segundo o comunicado produzido no fim desta reunião periódica do colectivo ministerial, à que a ANG teve hoje acesso, foram ainda adoptados os  instrumentos jurídicos sobre consultas Políticas e Diplomáticas entre o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau e de Senegal.

O conselho ainda aprovou o  projecto de condecoração do Embaixador Extraordinário e Plenipontenciário do Reino de Espanha na Guiné-Bissau, , Marcos Rodriguez Cantero. com a medalha de Ordem Nacional de Mérito 

Na mesma reunião  foi aprovado o decreto lei sobre o Estado dos Agentes da Policia de Ordem Publica, e o Decreto relativo ao regulamento disciplinar dos Agentes da Polícia de Ordem Pública e da Guarda Nacional.

No capitulo de nomeações, o colectivo ministerial aprovou a nomeação de vários directores afectos ao Ministério da Defesa Nacional e dos Combatentes da Liberdade de Pátria: Eduíno António Sanca, para ocupar a pasta de Presidente do Centro de Documentação e Hoistória de Luta de Libertação Nacional.

Vanessa Pereira Gomes Nanbera, Directora-geral dos Combatentes da Liberdade da Pátria, Nautaram Mancabu, Director Nacional do Centro de Ação Ante-Minas, e por último Agustinho Caetano Fontes Sá,  Director Geral de Assistência e Inserção Social dos Combatentes da Liberdade da Pátria.ANG/LLA//SG

 

terça-feira, 27 de julho de 2021

   Prevenção contra coronavirus

No plano individual deve-se  manter o distanciamento físico, usar  uma máscara,  lavar as mãos  regularmente e tossir fora do alcance  dos outros. Façam  tudo isso!

A nossa mensagem às populações e aos governos é clara. Façam tudo isso!"

                                        ( Tedros Adhanom Ghebreyesus - DG da OMS)


Caju
/Presidente da ANAG considera de “inexistente” a campanha de comercialização este ano no país

Bissau, 27 Jul 21 (ANG) – O Presidente de Associação Nacional de Agricultores (ANAG), Jaime Boles Gomes, considerou hoje de “inexistente” a campanha de comercialização da castanha de caju no país.

Numa entrevista exclusiva à ANG, sobre a  campanha de comercialicialização da castanha de caju  em curso na Guiné-Bissau, Boles Gomes disse haver  alto nível de desorganização no setor de caju, caracterizado por  decisões inoperantes do governo e  incumprimento das normas por parte de comerciantes e intermediários.

“Neste ano, o governo fixou o preço da referência na fase avançada de comercialização de castanha e quase na época chuvosa, e muitos comerciantes naquela altura já estavam a comprar a castanha num preço muito baixo, que não favorece aos produtores”, afirmou.

Segundo este reponsável, esses aspetos influenciaram negativamente os agricultores e consequentemente a economia nacional.

"Quando uma entidade governamental estipula normas para todo o mundo cumprir, e a mesma entidade vier a ser a principal violadora destas normas, provoca desordens e desacatos. Foi isso que sucedeu no presente processo de comercialização da campanha”, referiu.

O Presidente da ANAG considera que, se se continuar nesta linha, os agricultores vão se empobrecer mais, a produção vai diminuir, e acrescenta que já se depara com problemas de pragas nas plantações de caju, e de falta de tratamento para se manter a qualidade da castanha.

De acordo com Boles Gomes, para a valorização deste setor não basta a fixação dos preços anualmente, mas também fazer investimentos na fileira para incentivar a transformação local do caju, e gerar rendas e emprego para jovens e mulheres.

Boles apela ao executivo a criar, para a próxima campanha, dispositivos capazes de fazer cumprir as regras estabelecidas para a campanha.ANG/CP/ÂC//SG

 

 

Alterações climáticas/comunidade internacional analisa relatório sobre clima após série de catástrofes

Bissau, 27 Jul 21 (ANG) - Representantes de 195 países começaram a examinar segunda-feira,em Paris, as novas previsões dos especialistas sobre o clima da ONU, um relatório de referência "crucial para o sucesso" da conferência sobre o tema, a COP26, em Novembro.

Sete anos depois do último relatório dos cientistas do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), a actual avaliação será divulgada após as chuvas devastadoras na China e na Alemanha, além das temperaturas sufocantes no Canadá.

"As últimas seis semanas nos apresentaram uma série de acontecimentos devastadores, calor, inundações, incêndios, secas e mais (...) Há vários anos alertamos que era possível, que tudo isto aconteceria", afirmou a secretária executiva da Convenção Marco das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, Patricia Espinosa.

Para Petteri Taalas, secretário-geral da Organização Meteorológica Mundial (OMM), "o relatório que vão concluir será muito importante no mundo inteiro (...) Este informe de avaliação é crucial para o êxito da conferência sobre o clima de Glasgow (Escócia), em Novembro".

A menos de 100 dias da COP26, Espinosa alertou que não "estamos no caminho certo para respeitar a meta do Acordo de Paris de limitar o aquecimento global a +1,5ºC até o final do século".

"Na verdade, estamos no caminho oposto, caminhamos para mais de +3ºC. Temos que mudar de rumo com urgência, antes que seja tarde demais", insistiu.

Apesar das imagens chocantes dos desastres naturais, alguns temem que esse interesse pelo clima seja apenas passageiro e que a cimeira de Novembro não termine em acordos significativos.

"Neste momento, todos estão a falar sobre uma emergência climática e com bons motivos. Mas, quando essas tragédias acabarem, provavelmente iremos esquecer novamente e continuar como antes", lamentou a activista Greta Thunberg, que mobilizou milhões de jovens nos últimos anos por uma redução drástica nas emissões de gases de efeito estufa por parte dos governos.

O relatório do IPCC, que deve ser publicado a 09 de Agosto e cujas conclusões para os líderes políticos serão cuidadosamente negociadas ao longo de duas semanas, deve actualizar a avaliação e suas previsões climáticas sobre o aumento das temperaturas, níveis do oceano, intensificação de eventos extremos, entre outros tópicos.

Além disso, outras duas partes serão publicadas no início de 2022, incluindo uma que mostra como a Terra mudará em 30 anos, ou mesmo antes, e da qual a AFP obteve uma versão preliminar.

Mas esta ferramenta será lançada após a COP26.

Com a assinatura do Acordo de Paris em 2015, quase todos os países do planeta se comprometeram a reduzir suas emissões de CO2 para limitar o aquecimento global "bem abaixo" de +2ºC em comparação com a era pré-industrial e, se possível, +1,5°C.

Essa meta de +1,5ºC se tornou uma prioridade para muitos activistas e autoridades políticas, especialmente quando o planeta ganhou aproximadamente 1,1°C desde a Revolução Industrial. Cada décimo adicional conta, porque traz fenómenos extremos.

Mas isso pode ser alcançado? Essa é uma das perguntas que o relatório do IPCC terá de responder, com base em milhares de estudos científicos.

Alguns duvidam de que seja possível. Outros, na tentativa de evitar o desânimo, dizem que não é impossível.

"Limitar o aquecimento a +1,5ºC ainda é física, técnica e economicamente possível. Mas não por muito tempo, se continuarmos a agir pouco e tarde", estima Kaisa Kosonen, da ONG Greenpeace.

"O IPCC nos disse qual deve ser a ambição: que cada país do mundo se comprometa com a neutralidade de carbono e detalhe o plano para alcançá-la", insistiu hoje a vice-directora executiva de Meio Ambiente das Nações Unidas, Joyce Msuya.

Para atingir essa meta, as emissões devem ser reduzidas em 7,6%, em média, a cada ano entre 2020 e 2030, segundo a ONU. Em 2020, este registro caiu, devido à pandemia, mas a expectativa é que volte a aumentar.

Diante das poucas medidas planeadas para impulsionar a energia limpa, a Agência Internacional de Energia (AIE) prevê, inclusive, emissões recordes para 2023.

"Mas, se não conseguirmos, alcançar 1,6ºC é melhor que 1,7ºC, e 1,7 ºC é melhor que 1,8ºC", diz o climatologista Robert Vautard, um dos autores do IPCC.ANG/Angop

ONU/Alterações climáticas e conflitos são causa e consequência de pobreza e fome

Bissau,  27 Jul 21(ANG) – O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres disse hoje que as alterações climáticas e os conflitos são causa e consequência de pobreza e da desigualdade de rendimentos e preços da alimentação.

Guterres também afirmou, durante uma reunião em Roma, que o sistema alimentar mundial produz um terço de todas as emissões de gases com efeito de estufa. Em mensagem transmitida por vídeo, Guterres lamentou também que este mesmo Sistema seja responsável pela perda de 80% da biodiversidade.

A reunião foi convocada para preparar uma cimeira da ONU sobre sistemas de alimentação, que vai decorrer em Nova Iorque, em Setembro.

No início deste mês, um relatório da ONU salientava que havia mais 161 milhões de pessoas a passar fome do que em 2019, com muito deste agravamento a resultar da pandemia do novo coronavírus.

“Pobreza, desigualdade de rendimentos e o elevado custo da alimentação continuam a manter as dietas saudáveis fora de alcance de três mil milhões de pessoas”, disse Guterres. “As alterações climáticas e os conflitos são ambos consequências e causas desta catástrofe”.

O Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola (FIDA) apelou aos decisores políticos que “resolvam as falhas dos sistemas de alimentação”, que deixam centenas de milhões de pessoas pobres e com fome. O FIDA é uma agência da ONU destinada a ajudar a agricultura de pequena escala.

O FIAD considerou que os sistemas alimentares têm de “mudar radicalmente” para garantir acesso a comida saudável, onde a produção alimentar “protege o ambiente e a biodiversidade e onde as pessoas que produzem a comida são pagas decentemente pelo seu trabalho”.

Em 2020, pelo menos 811 milhões de pessoas passaram fome, segundo aquele relatório da ONU.

Guterres adiantou que os trabalhos preparatórios, em Roma, vão ajudar a definir o tom para a acção durante esta década e para uma “recuperação equitativa e sustentável” da pandemia do novo coronavírus.

Estes esforços têm implicações financeiras. O economista-chefe da Organização da Agricultura e Alimentação (FAO, na sigla em Inglês) estimou que a remoção de 100 milhões de pessoas do estado de subalimentação crónica exigiria 14 mil milhões de dólares (cerca de 12 mil milhões de euros) todos os anos, até 2030, e cerca do triplo para conseguir o objectivo da ONU de fome zero até 2030. ANG/Inforpress/Lusa

 

 

CAN’2021/ Guiné-Bissau no grupo-3 no sorteio marcado para o próximo mês de Agosto 

Bissau, 27 Jul 21 (ang) - A Guiné-Bissau, finalizada a fase de apuramento para a Taça das Nações Africanas em Futebol-CAN 2021, ficou integrada no grupo 3 do sorteio do próximo mês de agosto, anunciou a Confederação Africana de Futebol (CAF), entidade que rege a modalidade no continente.

Com esta colocação, a Seleção Nacional de Futebol, “os Djurtus”  não enfrentará as seleções como a Zâmbia, o Gabão, a Mauritânia, Cabo-Verde ou Serra Leoa. Todos estes países estão no mesmo pote dos “Djurtus”.

Ouvido esta segunda-feira, pelo Jornal O Democrata, o comentador desportivo, Gorky Medina disse que a integração da Guiné-Bissau no grupo 3 demonstra claramente que houve crescimento da seleção nos dois últimos CAN, porque nos sorteios anteriores ficava sempre no Pote 4, o último.

“É sinal que a Guiné-Bissau não vai defrontar três seleções muito fortes da fase final do CAN, porque agora subimos um degrau no grupo, o que mostra que podemos ter somente duas seleções fortes pelo caminho. É bom não esquecer que tivemos uma passagem nos dois últimos CAN sem uma vitória, mas melhoramos bastante em termos da qualificação no ranking que permitiu esta subida”, explicou Gorky Medina.

Na primeira participação no CAN-2017 no Gabão, os “Djurtus”, obtiveram apenas um ponto em três jogos que realizaram e no CAN do Egipto em 2019 somaram o mesmo ponto.

Medina acredita que com a integração no grupo 3 do sorteio, a Seleção Nacional consiga o apuramento para os oitavos-de-final da Taça das Nações Africanas, que arranca em Janeiro do próximo ano.

“Eu era do grupo que defendia que era importante a Guiné-Bissau conseguir participar no CAN, mas logo no dia que a seleção conseguiu a qualificação pela terceira vez consecutiva, ficou claro que as nossas responsabilidades aumentaram e que apenas a participação deixou de ter relevância”.

O comentador desportivo, que foi jogador de futebol fez lembrar aos amantes da modalidade que somente as grandes seleções em África conseguiram três qualificações consecutivas para o CAN e que a Guiné-Bissau conseguiu este feito, porque muitas coisas melhoraram bastante.

No grupo 1, estão as cinco seleções mais bem cotadas no ranking africano: Senegal, Tunísia, Nigéria, Argélia e Marrocos, mais os Camarões, o país anfitrião.

No grupo 2: o Egito (6º), o Gana (7º), o Mali (9º), a Costa do Marfim (10º), o Burkina Faso (11º) e a Guiné Conacri (13º).

Finalmente, no grupo 4, as seleções teoricamente mais fracas: o Malawi (29º), o Sudão (33º), as Comores (36º), a Guiné Equatorial (37º), a Etiópia (40º) e a Gâmbia (45º).

O sorteio vai se realizar a 15 de agosto, em Yaoundé, nos Camarões.

A 33.ª edição da Taça das Nações Africanas estava marcada para 2021, mas acabou por ser adiada para 2022, apesar de manter a designação CAN2021 – para não coincidir com a Copa América e o Euro 2020, que também foram adiados, devido à pandemia de covid-19.

A competição vai decorrer entre 9 de Janeiro e 6 de Fevereiro de 2022.ANG/odemocratagb

 

São Tomé e Príncipe/Juízes denunciam funcionamento “anormal” do Tribunal Constitucional

Bissau, 27 Jul 21 (ANG) -  Três juízes do Tribunal Constitucional de São Tomé e Príncipe contestam a recontagem de votos das presidenciais, ordenada por dois dos seus colegas, e pedem “a reposição do normal funcionamento” do Tribunal, depois de este ter feito sair dois acórdãos em sentido contrário sobre a eventual recontagem de votos.

Na missiva enviada ao Presidente da República de São Tomé e Príncipe, Evaristo Carvalho, os juízes Maria Alice Carvalho, Jesuley Lopes e Amaro Couto, que contestam a recontagem dos votos, solicitam ao Presidente Evaristo Carvalho que garanta “o normal funcionamento das instituições, inclusive o normal funcionamento do Tribunal Constitucional são-tomense.

Os três juízes fazem saber que um dos seus colegas, Hilário Garrido, que ordenou a recontagem dos votos, estava “impedido no processo” devido a “afinidades familiares” com o candidato Delfim Neves que interpôs o recurso pedindo a nulidade das presidenciais.

De referir que o outro juíz que votou pela recontagem dos votos é o próprio presidente do Tribunal Constitucional.

Os três signatários dizem ainda que a decisão de recontagem dos votos foi “tomada por minoria de juízes” (dois contra três).

Segundo os signatários, estas duas situações, o conflito de interesse e a tomada de decisão por minoria, configuram “uma situação totalmente contrária à lei.

As eleições presidenciais são-tomenses realizaram-se a 18 de agosto de 2021, estando a segunda volta marcada para 8 de agosto de 2021.

Segunda-feira dois juízes ordenaram a recontagem dos vostos das presidenciais do dia 18 de Julho, na sequência de uma queixa de Delfim Neves, um dos candidatos que interpôs junto do Tribunal Contitucional um recurso pedindo a nulidade das eleições.ANG/RFI

 

 

Caso DSP/PUN pede demissão do Procurador Geral da República “por revelar incapacidade no exercicío das suas funções”

Bissau, 27 Jul 21 (ANG) - O Partido da Unidade Nacional (PUN) pediu a demissão do Procurador Geral da República (PGR),Fernando Gomes, por “incapacidade no  exercício das suas funções”.

A informação consta numa carta de PUN à que a ANG teve hoje acesso, dirigida ao Presidente da República, em jeito de manifestação de  desagrado do partido  face a ordem da  PGR de impedir que o líder do PAIGC e deputado, Domingos Simões Pereira(DSP) viajar ao estrangeiro, na sexta-feira(23).

Na carta, o PUN refere que, o impedimento da viagem foi justificado pelo PGR como forma de evitar o risco de fuga do DSP, uma vez que tem a informação de que a Assembleia Nacional Popular (ANP) prepara-se para convocar uma sessão extraordinária para levantar a imunidade parlamentar ao deputado Domingos Simões Pereira.

“Este augumento falacioso avançado pelo PGR constitui uma mentira grosseira com a intenção de prejudicar um cidadão. Porque, o Ministério Público já tinha solicitado ao parlamento o levantamento da imunidade do deputado em causa, mas a Comissão da ética de ANP rejeitou esse pedido”,refere a carta de PUN.

Segundo essa missiva do PUN, à luz  da Constituição da República da Guiné-Bissau, assim como da lei que regula o estatuto dos deputados, nenhum procedimento judiciário e muito menos das medidas restritivas ou preventivas da liberdade podem ter lugar sem autorização prévia da plenária da ANP , pelo que, segundo o PUN, o PGR violou a própria Constituição da República e demais leis do país.

“Domingos Simões Pereira regressou à Guiné-Bissau por sua própria iniciativa e o Ministério Público não o acusou logo a sua chegada de cometer nenhum tipo de crime, desde então ele tem permanecido no país. O impedimento da sua viagem tem que ver com os motivos não movidos pela justiça”, diz o  PUN na carta.

O partido liderado por Idrissa Djaló recomendou ao Ministério de Interior à não executar,  cegamente, as ordens do PGR, para não se transformar em cúmplice na subversão dos direitos fundamentais dos cidadãos da Guiné-Bissau.

O PUN sustenta que  Fernando Gomes  não está em condições de continuar a exercer a sua função actual, porque os seus actos podem desacreditar totalmente a justiça da Guiné-Bissau e manchar, irreversivelmente, a boa reputação internacional do país.ANG/AALS/ÂC//SG