Caju/Presidente da ANAG considera de “inexistente”
a campanha de comercialização este ano no país
Bissau, 27 Jul 21 (ANG) – O
Presidente de Associação Nacional de Agricultores (ANAG), Jaime Boles Gomes,
considerou hoje de “inexistente” a campanha de comercialização da castanha de
caju no país.
Numa entrevista exclusiva à
ANG, sobre a campanha de
comercialicialização da castanha de caju em curso na Guiné-Bissau, Boles Gomes disse
haver alto nível de desorganização no
setor de caju, caracterizado por decisões
inoperantes do governo e incumprimento
das normas por parte de comerciantes e intermediários.
“Neste ano, o governo fixou o
preço da referência na fase avançada de comercialização de castanha e quase na
época chuvosa, e muitos comerciantes naquela altura já estavam a comprar a castanha
num preço muito baixo, que não favorece aos produtores”, afirmou.
Segundo este reponsável, esses
aspetos influenciaram negativamente os agricultores e consequentemente a
economia nacional.
"Quando uma entidade
governamental estipula normas para todo o mundo cumprir, e a mesma entidade vier
a ser a principal violadora destas normas, provoca desordens e desacatos. Foi
isso que sucedeu no presente processo de comercialização da campanha”, referiu.
O Presidente da ANAG considera
que, se se continuar nesta linha, os agricultores vão se empobrecer mais, a
produção vai diminuir, e acrescenta que já se depara com problemas de pragas
nas plantações de caju, e de falta de tratamento para se manter a qualidade da
castanha.
De acordo com Boles Gomes, para
a valorização deste setor não basta a fixação dos preços anualmente, mas também
fazer investimentos na fileira para incentivar a transformação local do caju, e
gerar rendas e emprego para jovens e mulheres.
Boles apela ao executivo a
criar, para a próxima campanha, dispositivos capazes de fazer cumprir as regras
estabelecidas para a campanha.ANG/CP/ÂC//SG
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