CPLP/ Aprovado acordo de mobilidade entre os Estados membros
Bissau, 19 Jul 21 (ANG) – Os
Chefes de Estados e dos Governos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa(CPLP)
aprovaram o acordo de mobilidade entre os Estados-Membros, um instrumento que
visa contribuir de forma efetiva para uma maior circulação no seio da
Comunidade, para o incremento das relações de cooperação em todos os domínios e
para a promoção do sentimento de pertença à organização.
A informação consta no comunicado final da
XIII Cimeira da organização, realizada no passado dia 17 bde Julho em
Luanda(Angola), denominado “Declaração de Luanda” , à que a ANG teve acesso.
A XIII conferência de Chefes
de Estado e Governo da CPLP, que
decorreu em Luanda, no passado dia 17 de julho, sob o lema “Construir e
Fortalecer um Futuro Comum e Sustentável”, na qual reafirmaram a plena validade do
compromisso nela consagrado com o reforço da solidariedade e da cooperação em
prol do desenvolvimento económico e social dos seus povos
A declaração informou que o Chefe
de Estado e de Governo da República de Angola, João Manuel Gonçalves Lourenço
assume a Presidência rotativa da Conferência
de Chefes de Estado e de Governo da CPLP, para o biénio 2021-2023.
No documento, os chefes de Estados
e governos da CPLP congratularam com a progressiva afirmação internacional da
Organização, que constitui um espaço de união pela língua comum e pelos
primados da paz, do Estado de direito, da democracia, dos direitos humanos e da
justiça social.
Reconheceram que os efeitos
da pandemia da COVID-19 constituem desafios adicionais para o cumprimento da
Agenda 2030 e dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) na Comunidade.
Nessa declaração reiteraram
o entendimento de que a imunização contra a COVID-19 é um bem público e será um
fator determinante para o enfrentamento dos desafios pós- pandemia, e
expressaram o apoio a iniciativas internacionais de colaboração para acelerar o
desenvolvimento, produção e acesso equitativo e universal a diagnósticos,
tratamentos e vacinas contra a COVID-19.
Constataram que a pandemia
de COVID-19 acentuou a desigualdade social e impulsionou a necessidade da
digitalização da educação como meio fundamental de acesso ao conhecimento, ao
trabalho e à inclusão social, reconhecendo a necessidade de construção de
políticas públicas que visem a criação das infraestruturas necessárias para
democratizar o acesso a novas tecnologias, promovendo a formação e o ensino
adequados para seu uso.
No documento reafirmaram o
compromisso com a recuperação económica pós-pandemia, a fim de preservar e criar empregos dignos, rendimento
e capacidade produtiva e, nesse sentido, reconheceram a importância de
incrementar a ação multilateral em matéria de capacitação, partilha de
experiências, iniciativas em rede e desenvolvimento de parcerias no âmbito da
promoção do comércio e do investimento.
Manifestam repúdio pelos
atos violentos e bárbaros perpetrados por grupos terroristas na província de
Cabo Delgado, em Moçambique e expressaram profunda consternação com a violência
infligida às populações e a destruição de infraestruturas, bem como preocupação
com a assistência e apoio às centenas de milhares de deslocados internos.
Apelam as autoridades
moçambicanas para a convergência de apoio internacional e parcerias no âmbito
da capacitação das estruturas nacionais competentes no combate ao terrorismo,
na defesa dos direitos humanos e na proteção e segurança das populações
afetadas, assinalando a ação das agências das Nações Unidas no terreno que,
juntamente com parceiros humanitários, têm vindo a prestar auxílio àquelas
populações.
Aprovaram o Programa de Apoio à Integração da
Guiné Equatorial (2021-2022) e encorajaram as autoridades equato-guineenses a
prosseguir ações que visam a plena integração na Comunidade, através da
apropriação do acervo da CPLP, incluindo a abolição da pena de morte, da
integração da língua portuguesa no sistema de ensino público nacional, da
preservação do património cultural, do incremento da cooperação económica e
empresarial com os Estados-Membros da CPLP, da promoção dos direitos humanos e
da capacitação da sociedade civil;
Apreciaram a moção aprovada
pelos deputados da Assembleia Parlamentar da CPLP) AP-CPLP), sobre os trabalhos
em curso no Parlamento Nacional da Guiné Equatorial para a revisão das leis
penais em matéria de abolição da pena de morte no país, e encorajou o
parlamento a prosseguir os esforços com este objetivo.
Aprovaram a concessão da
categoria de Observador Associado da CPLP ao Canadá, ao Estado do Qatar, aos
Estados Unidos da América, à Irlanda, ao Reino de Espanha, à República da
Índia, à República da Costa do Marfim, à República do Peru, à República
Helénica, à Roménia, à Conferência Ibero-Americana, ao g7+ e à Organização
Europeia de Direito Público (OEDP/EPLO).
Alegando que estas adesões
conferem à CPLP maior projeção política internacional e potenciam o
desenvolvimento de relações de cooperação em diversas áreas, bem como a
ampliação da difusão internacional da Língua Portuguesa.
Congratularam-se com a
obtenção, por parte da CPLP, do estatuto de Observador Associado da Organização
Ibero-americana para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI), na reunião do
Conselho Diretivo daquela organização, realizada a 1 de dezembro de 2020.ANG/LPG/ÂC//SG
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