sexta-feira, 30 de julho de 2021


Ensino
/ Mais de metade das crianças na região de Bafatá está fora do sistema do ensino

Bissau, 30 Jul 21 (ANG) – O Inspector Geral da educação da região de Bafatá afirmou que mais de metade das crianças daquele região leste do país, encontra-se fora do sistema do ensino guineense, devido, sobretudo, aos usos e costumes  tradicionais na zona.

Em entrevista exclusiva ao Jonral Nô Pintcha, Uri Cali Sané disse que na zona leste, os menores quase não vão à escola.

Segundo o Inspector, o ensino é pouco valorizado nessa região, os pais e encarregados de educação preferem  dar trabalho às crianças para a obtenção imediata de algum bem .

 "Vê-se crianças a venderem frutas, legumes e outros produtos para o sustento da família”, sustentou.

Ainda como exemplo da desvalização da escola na região de Bafatá, Uri Sané apontou dados estatísticos que indicam  que a população  da região  é estimada em cerca de 250 mil habitantes e cuja maioria é jovem, mas que apenas 60 mil crianças se encontram no sistema.

Segundo Sané estão distribuidas em 209 escolas públicas, 26 privadas, 85 comunitárias e duas de autogestão ( os liceus de Bafatá e de Bambadinca), sendo lecionadas por 1,170 professores.

Para inverter a situação, Cali Sané propõe a realização de uma campanha de sensibilização de pais e encarregados de educação nas comunidades ou tabancas que compõem esssa região.

Uri defende que os prefessores devem contribuir nessa campanha para motivar os pa+is e encarregados de educação no sentido de permitir que  os seus filhos e educandos fossem  a escola, em vez de mandá-las vender nas ruas ou  para campos agrícolas trabalhar.

Segundo o jornal Nô Pintcha, o sector Cossé lidera a lista das localidades da região com crianças fora do sistema do ensino. “Só numa das aldeias existem mais de 150 menores que não vão à escola.ANG/LPG/ÂC//SG

 

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