OMS/ Director-geral alerta para perigo do consumo de cigarros eletrónicos
Bissau, 29 Jul 21 (ANG) - A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou quarta-feira para o perigo do consumo de cigarros electrónicos e outros produtos semelhantes para a saúde, defendendo uma melhor regulamentação.
"A nicotina é
muito aditiva e os inaladores electrónicos de nicotina são perigosos e devem
ser melhor regulamentados", afirmou o director-geral da OMS, Tedros
Adhanom Ghebreyesus, citado pela agência noticiosa AFP.
A OMS publicou
quarta-feira um novo relatório sobre o combate ao tabagismo, elaborado em
colaboração com a organização filantrópica Bloomberg Philanthropies, fundada
pelo ex-presidente da Câmara de Nova Iorque Michael Bloomberg.
O relatório denuncia
que os fabricantes procuram aliciar crianças e adolescentes com milhares de
sabores, tendo listado 16 mil, e com declarações tranquilizadoras.
"Uma vez que as
vendas de cigarros estão a retroceder, as empresas do tabaco promoveram
agressivamente novos produtos, como os cigarros eletrónicos ou produtos à base
de tabaco aquecido, e abordaram governos para limitar a sua
regulamentação", acusou o magnata Michael Bloomberg, que criou a
Bloomberg, uma empresa de tecnologia e dados para o mercado financeiro.
Segundo o ex-autarca
de Nova Iorque, o objetivo da indústria do tabaco é tornar "uma nova
geração viciada em nicotina".
"Não podemos
deixar", exortou.
A OMS advertiu, em
particular, para os efeitos nefastos da nicotina no desenvolvimento do cérebro
dos mais novos, assinalando que as crianças que consomem cigarros eletrónicos
têm mais probabilidade de fumar mais tarde.
De acordo com o
relatório, 32 países proíbem a venda de inaladores eletrónicos de nicotina e 79
adotaram pelo menos uma medida para limitar o seu uso, como o fim da sua
publicidade. Contudo, 84 países nada fizeram para travar o aumento destes
produtos.
Os esforços para os
regulamentar não devem distrair os governos da luta contra o tabagismo, que
mata oito milhões de pessoas por ano, incluindo um milhão por fumo passivo,
avisa a OMS.ANG/Angop
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