CPLP/Presidente angolano sugere
criação de Banco de Investimento
Bissau, 19 Jul 21(ANG) –
O Presidente angolano, João Lourenço, sugeriu a criação de um banco de investimento para a
CPLP para desenvolver o potencial económico dos países que integram a
organização.
“Podemos ser uma força económica relevante se trabalharmos para isso, deixamos o desafio de se começar a pensar na pertinência e viabilidade de criação de um banco de investimentos da CPLP”, sugeriu João Lourenço, no discurso de encerramento da XIII Conferencia de Chefes de Estado e de Governo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que hoje terminou em Luanda.
A criação de um
potencial banco está alinhada com a intenção de inclusão de um novo pilar
económico e empresarial, uma das prioridades da presidência angolana da CPLP,
que hoje começa.
João Lourenço sublinhou
que durante a cimeira os chefes de Estado e do Governo tiveram oportunidade de
discutir questões relevantes para os respectivos países e fixar um quadro de
cooperação mais consentâneo com a actual conjuntura internacional.
“A crise sanitária
provocada pela covid-19 obrigou todos os países a observar dolorosas medidas de
biossegurança e redução de actividade económica e de circulação de pessoas e
obrigou a alterar a forma de relacionamento entre países e pessoas, mas não
deve impedir de diversificar as economias”, notou.
“Temos de encontrar
novas formas, mais criativas de nos adaptar a esta nova realidade e conviver
com uma pandemia que já vai no seu segundo ano. É indispensável tornar mais
atractivas as nossas economias e explorar a sua complementaridade, aumentando
trocas comerciais e investimentos cruzados”, destacou o Presidente angolano.
João Lourenço salientou
que os países da CPLP têm “um enorme potencial económico industrial,
agro-pecuário, pesqueiro e turístico em muitos casos ainda por explorar” e que
deve merecer mais atenção para transformar o potencial em riqueza real.
“Podemos ser uma força
económica relevante se trabalharmos para isso”, exortou o chefe do executivo
angolano, deixando o desafio “de se começar a pensar na pertinência e
viabilidade de criação de um banco de investimentos da CPLP”, ainda que a
possibilidade seja, para já, remota.
João Lourenço realçou
ainda que têm sido dados passos significativos noutras áreas de cooperação como
a promoção da língua portuguesa, a concertação política e a frente cultural e
destacou a atractividade da CPLP, medida pelo crescente pedido de outros
estados e organizações internacionais para observadores associados ou
consultivos.
O Presidente angolano
considerou como um dos principais desafios o da livre circulação entre os
países-membros da CPLP e considerou que a mobilidade é decisiva para a
cooperação económica e maior aproximação entre os povos.
“Temos ainda um caminho
a percorrer, precisamos de trabalhar na definição das formas de tornar
realidade a materialização faseada, mas efectiva desta vontade aqui manifestada
e que reflecte a vontade dos nossos povos”, vincou João Lourenço, a propósito
do acordo de mobilidade hoje assinado e que constitui o ponto alto da cimeira.
Angola, Brasil, Cabo
Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe
e Timor-Leste são os nove Estados-membros da CPLP, que hoje celebra 25 anos.ANG/Inforpress/Lusa
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