Caso
DSP/PUN pede demissão do Procurador Geral da
República “por revelar incapacidade no exercicío das suas funções”
Bissau, 27 Jul 21 (ANG) - O
Partido da Unidade Nacional (PUN) pediu a demissão do Procurador Geral da
República (PGR),Fernando Gomes, por “incapacidade no exercício das suas funções”.
A informação consta numa
carta de PUN à que a ANG teve hoje acesso, dirigida ao Presidente da República,
em jeito de manifestação de desagrado do
partido face a ordem da PGR de impedir que o líder do PAIGC e deputado,
Domingos Simões Pereira(DSP) viajar ao estrangeiro, na sexta-feira(23).
Na carta, o PUN refere que,
o impedimento da viagem foi justificado pelo PGR como forma de evitar o risco
de fuga do DSP, uma vez que tem a informação de que a Assembleia Nacional
Popular (ANP) prepara-se para convocar uma sessão extraordinária para levantar
a imunidade parlamentar ao deputado Domingos Simões Pereira.
“Este augumento falacioso
avançado pelo PGR constitui uma mentira grosseira com a intenção de prejudicar
um cidadão. Porque, o Ministério Público já tinha solicitado ao parlamento o
levantamento da imunidade do deputado em causa, mas a Comissão da ética de ANP
rejeitou esse pedido”,refere a carta de PUN.
Segundo essa missiva do PUN,
à luz da Constituição da República da
Guiné-Bissau, assim como da lei que regula o estatuto dos deputados, nenhum
procedimento judiciário e muito menos das medidas restritivas ou preventivas da
liberdade podem ter lugar sem autorização prévia da plenária da ANP , pelo que,
segundo o PUN, o PGR violou a própria Constituição da República e demais leis
do país.
“Domingos Simões Pereira
regressou à Guiné-Bissau por sua própria iniciativa e o Ministério Público não
o acusou logo a sua chegada de cometer nenhum tipo de crime, desde então ele
tem permanecido no país. O impedimento da sua viagem tem que ver com os motivos
não movidos pela justiça”, diz o PUN na
carta.
O partido liderado por
Idrissa Djaló recomendou ao Ministério de Interior à não executar, cegamente, as ordens do PGR, para não se
transformar em cúmplice na subversão dos direitos fundamentais dos cidadãos da
Guiné-Bissau.
O PUN sustenta que Fernando Gomes não está em condições de continuar a exercer a sua função actual, porque os seus actos podem desacreditar totalmente a justiça da Guiné-Bissau e manchar, irreversivelmente, a boa reputação internacional do país.ANG/AALS/ÂC//SG
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