Economia/Direcção Geral das Alfândegas
ultrapassa em mais de 50 por cento as previsões de arrecadação de receitas
Bissau,15 Jul 21(ANG) – A
Direcção Geral das Alfândegas já ultrapassou em mais de 50 por cento as
previsões de arrecadação das receitas para o ano em curso, estipuladas em 47
mil milhões de francos CFA.
A revelação é do Assessor
Principal do Director-geral das Alfândegas, António Mutaro Seide, feita em
conferência de imprensa realizada hoje sobre o balanço das acções levadas a
cabo no primeiro semestre do ano em curso.
Aquele responsável afirmou
que em cada ano, o Governo lança uma previsão em termos de arrecadação de
receitas para as suas instituições que cobram os impostos, acrescentando que,
volvidos os seis meses do ano, a Direcção Geral das Alfândegas já ultrapassou a
metade da sua previsão.
“Conseguimos atingir essa
meta graças a iniciativa do Director-geral
das Alfândegas de lançar acções de sensibilização junto ao sector privado sobre
as suas obrigações de pagar os impostos, bem como para juntos trabalharem de
forma a atingir os melhores resultados em benefício de ambas as partes”, disse.
António Mutaro Seide
sublinhou que essa proeza foi igualmente conseguida graças a melhorias nas
formas de atendimento dos operadores económicos, porque são eles que mobilizam
os seus recursos, executam as operações de importação e exportação e que têm
apenas a obrigação de pagar imposto ao Estado.
Segundo Mutaro, outro factor que contribuiu para a melhoria da
arrecadação de receitas prende-se com a assistência técnica dos peritos
aduaneiros do Senegal que estiveram no país a prestar apoios à Direcção Geral das
Alfândegas.
“Os nossos agentes tinham
muitas fragilidades no sistema de controlo de mercadorias importadas e os técnicos senegaleses estavam mais avançados
nesta matéria e foi essa experiência que transmitiram para nós”, explicou.
Afirmou, a titulo de
exemplo, que são os próprios operadores económicos que passaram a declarar aos
agentes aduaneiros as mercadorias que dispõem nos contentores para o despacho,
frisando que, contudo, em muitas ocasiões, as suas informações não correspondiam
com a realidade.
“Os técnicos senegaleses capacitaram os nossos agentes aduaneiros com
conhecimentos para o controlo de
produtos importados para evitarem as constantes falcatruas anteriormente
verificadas”, disse.
O Assessor Principal do
Director-geral das Alfândegas disse que essa situação fez com que os operadores
económicos se abdicassem da prática de passar informações incorrectas e que
passaram a fornecer aos agentes aduaneiros
informações fidedignas, actitude que terá contribuido de alguma forma para o aumento das receitas.
Em relação as informações segundo
as quais os produtos da primeira
necessidade subiram nos mercados porque as Alfândegas aumentaram as taxas
cobradas aos operadores económicos,
Mutaro Seide disse que isso não corresponde a verdade.
“Existe um critério de
harmonização das taxas aduaneiras ao nível da CEDEAO e nesse sentido os padrões
de comportamento são iguais em todos os Estados membros As nossas estruturas
tarifárias são iguais, em termos de taxas e impostos e isso não permite a
oscilação de preços nos nossos mercados”, explicou.
Infomou que a União
Aduaneira da CEDEAO não permite que nenhum país altere a sua taxa tributária
sem uma prévia discussão nas instâncias
superiores.
António Mutaro Seide
anunciou na ocasião, a nomeação da actual Directora dos Recursos Humanos das
Alfândegas da Guiné-Bissau, Nair Oriana Gomes para as funções de representante
da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa(CPLP), junto a Organização
Mundial das Alfândegas, em Bruxelas(Belgica).
Disse que ela será responsável pelo tratamento de todos os dossiês aduaneiros da CPLP junto da OMA, para depois redigir os
relatórios em português para enviar aos países membros da CPLP.ANG/ÂC//SG
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