São
Tomé e Príncipe/Juízes denunciam
funcionamento “anormal” do Tribunal Constitucional
Bissau, 27 Jul
21 (ANG) - Três juízes do Tribunal
Constitucional de São Tomé e Príncipe contestam a recontagem de votos das
presidenciais, ordenada por dois dos seus colegas, e pedem “a reposição do
normal funcionamento” do Tribunal, depois de este ter feito sair dois acórdãos
em sentido contrário sobre a eventual recontagem de votos.
Na missiva enviada ao Presidente da
República de São Tomé e Príncipe, Evaristo Carvalho, os juízes Maria Alice
Carvalho, Jesuley Lopes e Amaro Couto, que contestam a recontagem dos votos,
solicitam ao Presidente Evaristo Carvalho que garanta “o normal
funcionamento das instituições”, inclusive “o normal
funcionamento” do Tribunal Constitucional
são-tomense.
Os três juízes fazem saber que um dos seus
colegas, Hilário Garrido, que ordenou a recontagem dos votos, estava “impedido
no processo” devido a “afinidades familiares” com o candidato Delfim Neves que
interpôs o recurso pedindo a nulidade das presidenciais.
De referir que o outro juíz que votou pela
recontagem dos votos é o próprio presidente do Tribunal Constitucional.
Os três signatários dizem ainda que a
decisão de recontagem dos votos foi “tomada por minoria de juízes” (dois contra
três).
Segundo os signatários, estas duas
situações, o conflito de interesse e a tomada de decisão por minoria,
configuram “uma
situação totalmente contrária à lei”.
As eleições presidenciais são-tomenses
realizaram-se a 18 de agosto de 2021, estando a segunda volta marcada
para 8 de agosto de 2021.
Segunda-feira dois juízes ordenaram a
recontagem dos vostos das presidenciais do dia 18 de Julho, na sequência de uma
queixa de Delfim Neves, um dos candidatos que interpôs junto do Tribunal
Contitucional um recurso pedindo a nulidade das eleições.ANG/RFI
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