Marcha dos trabalhadores/”UNTG está deterninada a lutar para os direitos dos funcionários públicos apesar de agressões de forças policiais”, diz Julio Mendonça
Bissau, 14 Jul 21 (ANG) – O
Secretário Geral da União Nacional dos Trabalhadores da Guiné (UNTG), afirmou hoje
que apesar das agressões e de intimidações feitas pelo governo, através de
lançamento de gazes lacrimogénios contra os marchantes, a central sindical vai
prosseguir a sua luta em defesa dos direitos dos funcionários públicos.
conferência de imprensa, depois de as forças policiais de intrevenção rápida terem despersado os marchantes com granadas de gazes lacrimogénio, no momento em que estes se preparavam para iniciar uma marcha de protesto contra a situação laboral no país. O ataque aos marchantes ocorreu em frente a sede da UNTG, em Bissau.
“Em nenhum país do mundo é proibida marchar
pacífimamente perante algo que o povo entender que não está a caminhar bem”,
criticou o secretário geral da UNTG.
Julio Mendonça disse que
estão simplismente a exercer um direito que está consagrado na Constituição da
República, e que não pode ser posto em causa, só pelo facto de estarem a protestar
um mau acto de governação.
Disse que a UNTG já tinha
agido preventivamente alertando que o novo Orçamento Geral de Estado para o ano
em curso, que diz estar a tirar vida aos
cidadãos, antes de ser aprovado, teria as
suas concequências futuras negativas.
“Os trabalhos que as três
Centrais Sindicais estão a fazer neste momento, abrange as Forças da Ordem
Pública, que hoje foram mandados para nos agredir na nossa própria casa, lançando
gazes lacrimogénios para nos impedir de marchar e lutar pelos mesmos direitos
que nos unem, acabando por atingir assim o sistema respiratório das pessoas com
o efeito dos gazes lançado na propria Sede da UNTG”, disse o Secretário Geral
da UNTG.
Para um dos marchantes e professor Universitário, Armando
Lona, o país assistiu hoje aquilo que é visto como a maior violação da
Constituição da República da Guiné-Bissau.
Lona disse que o “acto de vandalismo” contra a Sede da UNTG,
não vai impedir a determinação do povo guineense, assim como dos funcionários
públicos contra os altos subsidios aplicados aos membros do governo, e o
aumento das taxas “impostas contra pobres cidadãos”.
Para Nivaldo Mendes, um dos
marchantes e funcionário público, é vergonhoso o acto demostrado pelas
autoridades competentes.
“Tudo foi feito na base de respeito a lei, desde que cá chegamos de manhã para efeitos do cumprimento de mais uma marcha pacífica decretado pelo Sindicato mãe que é a UNTG. Uma marchar para protestar contra os desastrosos subsídios atribuidos ao Presidente da República Umaro Siisco Embaló, Presidente da ANP Cipriano Cassamá e ao Primeiro-ministro, Nuno Gomes Nabian”, disse Mendes.
Acrescentou que ainda
protestam contra o que chama de disparo dos impostos que está a condicionar a subida
dos produtos de primeira necessidade no mercado. “Fomos atacados pelas forças
de intervenção rápida em frente da porta da UNTG”,disse Nivaldo Mendes.
Hoje 14 de Julho de 2021,
estava prevista uma marcha popular dos funcionários públicos, promovida pelos
três sindicatos filiados na Central Sindical UNTG, nomeadamente o SINAPROF e
SINDEPROF, para juntos renvindicarem sobre o novo Orçamento Geral de Estado e
novos impostos aprovados pelos Deputados na ANP.
Estava prevista que a marcha
começasse na sede da UNTG, em Bissau e terminar na sede do Parlamento
guineense, a Assembleia Nacional Popular..ANG/LLA/ÂC//SG
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