quarta-feira, 14 de julho de 2021

Marcha dos trabalhadores/”UNTG está deterninada a lutar para os direitos dos funcionários públicos apesar de agressões de forças policiais”, diz Julio Mendonça

Bissau, 14 Jul 21 (ANG) – O Secretário Geral da União Nacional dos Trabalhadores da Guiné (UNTG), afirmou hoje que apesar das agressões e de intimidações feitas pelo governo, através de lançamento de gazes lacrimogénios contra os marchantes, a central sindical vai prosseguir a sua luta em defesa dos direitos dos funcionários públicos.

Julio Mendonça  falava esta quarta-feira, em
conferência de imprensa, depois de as forças policiais de intrevenção rápida terem despersado os marchantes com   granadas de gazes lacrimogénio, no momento em que estes  se preparavam para iniciar  uma marcha de protesto contra a situação laboral no país. O ataque aos marchantes  ocorreu em frente a  sede da UNTG, em Bissau.

 “Em nenhum país do mundo é proibida marchar pacífimamente perante algo que o povo entender que não está a caminhar bem”, criticou o secretário geral da UNTG.

Julio Mendonça disse que estão simplismente a exercer um direito que está consagrado na Constituição da República, e que não pode ser posto em causa, só pelo facto de estarem a protestar  um mau acto de governação.

Disse que a UNTG já tinha agido preventivamente alertando que o novo Orçamento Geral de Estado para o ano em curso, que diz estar a tirar vida  aos cidadãos, antes de ser aprovado,  teria as suas concequências futuras negativas.

 De acordo com Julio Mendonça, a luta que as Centrais Sindicais estão a levar a cabo hoje é para o bem de todos os funcionérios públicos, por isso apela à todos para se juntarem à UNTG, para juntos acabar com os subsídios desorbitantes ganhos por três titulares de orgãos da soberania,  e com as  taxas e os impostos que originaram o disparo dos preços dos produtos no mercado.

“Os trabalhos que as três Centrais Sindicais estão a fazer neste momento, abrange as Forças da Ordem Pública, que hoje foram mandados para nos agredir na nossa própria casa, lançando gazes lacrimogénios para nos impedir de marchar e lutar pelos mesmos direitos que nos unem, acabando por atingir assim o sistema respiratório das pessoas com o efeito dos gazes lançado na propria Sede da UNTG”, disse o Secretário Geral da UNTG.

Para um dos  marchantes e professor Universitário, Armando Lona, o país assistiu hoje aquilo que é visto como a maior violação da Constituição da República da Guiné-Bissau.

Lona disse que  o “acto de vandalismo” contra a Sede da UNTG, não vai impedir a determinação do povo guineense, assim como dos funcionários públicos contra os altos subsidios aplicados aos membros do governo, e o aumento das taxas “impostas contra  pobres cidadãos”.

Para Nivaldo Mendes, um dos marchantes e funcionário público, é vergonhoso o acto demostrado pelas autoridades competentes.

“Tudo foi feito na base de respeito a lei, desde que cá chegamos de manhã para  efeitos do cumprimento de mais uma marcha pacífica decretado pelo Sindicato mãe que é a UNTG. Uma marchar para protestar contra os desastrosos subsídios atribuidos ao Presidente da República Umaro Siisco Embaló, Presidente da ANP Cipriano Cassamá e ao Primeiro-ministro, Nuno Gomes Nabian”, disse Mendes.

Acrescentou que ainda protestam contra  o que chama de disparo  dos impostos que está a condicionar a subida dos produtos de primeira necessidade no mercado. “Fomos atacados pelas forças de intervenção rápida em frente da porta da UNTG”,disse Nivaldo Mendes.

Hoje 14 de Julho de 2021, estava prevista uma marcha popular dos funcionários públicos, promovida pelos três sindicatos filiados na Central Sindical UNTG, nomeadamente o SINAPROF e SINDEPROF, para juntos renvindicarem sobre o novo Orçamento Geral de Estado e novos impostos aprovados pelos Deputados na ANP.

Estava prevista que a marcha começasse na sede da UNTG, em Bissau e terminar na sede do Parlamento guineense, a Assembleia Nacional Popular..ANG/LLA/ÂC//SG

 

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