segunda-feira, 7 de março de 2022

Invasão/Ucrânia rejeita condições da Rússia para abrir corredores humanitários

Bissau, 07 Mar 22 (ANG) -  A Ucrânia rejeitou esta segunda-feira, 7 de Março, a abertura de corredores humanitários para Rússia e a  Bielorrússia, país aliado de Vladimir Putin. Moscovo prepara novas ofensivas em várias regiões do país, incluindo Kiev, depois de uma noite de bombardeamentos. 

"Isto não é uma opção aceitável", declarou a vice-primeira-ministra ucraniana. Os civis retirados das cidades de Kharkiv, Kiev, Mariupol e Sumy "não irão para a Bielorrússia, para, de seguida, embarcarem num avião para a Rússia", acrescentou Iryna Vereschuk.

A União Europeia prepara novas sanções para fazer frente às "negligências do Kremlin em relação aos civis", durante a ofensiva militar na Ucrânia, afirmou a presidente da Comissão Europeia.

Ursula Von der Leyen acrescentou que vai conversar com o primeiro-ministro italiano, Mario Draghi, a questão da energia e o modo como a União Europeia se pode "libertar" da dependência do petróleo e gás da Rússia. O gás natural disparou 64% para 335 euros por MWh, um novo máximo de sempre.

A guerra obrigou mais de 1,5 milhões de pessoas a fugir e a pedir refugio a países vizinhos, indica a Organização das Nações Unidas.

As delegações da Rússia e da Ucrânia vão encontrar-se esta segunda-feira, 7 de Março, para uma terceira ronda de negociações de paz. Na quinta-feira passada, os dois países acordaram abrir corredores humanitários para permitir que os civis saiam de algumas zonas de combate. Não há, por enquanto, informação sobre o local onde esta terceira ronda de diálogo vai decorrer.

A Rússia não compareceu esta segunda-feira à audiência no Tribunal Penal Internacional, em Haia, a pedido da Ucrânia. A sessão vai servir para o governo ucraniano pedir uma ordem de emergência que interrompa de imediato as hostilidades e para rebater o argumento russo para a invasão, o pretenso genocídio dos russos do Donbass.

No décimo segundo dia da invasão da Ucrânia, o exército russo prometeu cessar-fogo em várias cidades para abrir corredores humanitários.

As forças russas aproximam-se cada vez mais de Kiev, a retirada de civis da cidade de Mariupol falha pela segunda vez. ANG/RFI


Política/PAIGC  institui Comissão para o Diálogo e Reconciliação interna do partido

Bissau, 07 Mar 22 (ANG) - O Partido Africano da Independência de Guiné e Cabo Verde (PAIGC) deliberou instituir uma Comissão para o Diálogo e Reconciliação interna do partido.

A informação consta no despacho da  Comissão Nacional Preparatória de X Congresso de PAIGC, após uma reunião realizada no dia 04 de Março corrente pela Comissão Permanente do partido.

Segundo esse despacho a  Comissão de Diálogo e Reconciliação interna do partido terá como membros, Lúcio Soares, Teodora Inácia Gomes, Duque Djassi, Aba Serra, Paulo Silva, Nharabate Intchasso, José Saraiva, Mariama Baldé, Abdulaye Keita, Cadijatu Ba, Pedro Barreto, Brandão Gomes Có, Domingos Indi e Alanso Cassamá.

À referida Comissão foi atribuida  competências para convocar militantes e simpatizantes, auscutar a todos sobre eventuais situações de dificuldades de relacionamento interno, promover sessões de dialógo e concertação  para a facilitação da unidade e coesão interna na senda dos objectivos do próximo congresso ordinário.

Compete ainda a comissão, tomar medidas e iniciativas que permitam a viabilização do  X congresso, nomeadamente o respeito pleno das normas e procedimentos instituídos.

“A presente Comissão inicia imediatamente as suas funções e reporta a Comissão Nacional Preparatoria do X congresso todas as suas conclusões e recomendações para sua inclusão no relatório a ser apresentado por esta ao congresso”, refere o despacho.

O PAIGC prepara a realização do  seu X congresso num ambiente partidário de alguma agitação, alimentada por criticas contra a actual direção, havendo candidatos que não concordam com a recandidatura do actual líder do partido, Domingos Simões Pereira, que entretanto ainda goza da confiança da maioria dos dirigentes e simpatizantes do partido.  ANG/AALS/ÂC//SG


         Moscovo/Rússia reprime protestos contra a guerra na Ucrânia

 Bissau, 07 Mar 22 (ANG) - Só neste domingo na Rússia foram detidos pelo menos 5 000 pessoas por se terem manifestado contra a intervenção militar na Ucrânia.

Numa altura em que a Rússia acaba de legislar reprimindo informações veiculadas em torno da guerra russa no país vizinho.

Nunca se atingiu um número tão alto, na Rússia, num único dia !

Em 69 cidades russas pelo menos 5 000 pessoas acabaram por ser detidas, segundo a ONG OVD Info.

Em Moscovo foram cerca de 2 300 pessoas a ser interpeladas, 1 253 em São Petersburgo, a segunda cidade russa.

Pelo menos 320 dentre elas teriam passado a noite na esquadra, segundo esta mesma fonte.

Esta vaga tem uma dimensão ainda maior do que a dos protestos no início de 2021 contra a prisão do opositor Alexei Navalny.

Este, a partir da cadeia, apelou a que os russos fossem à praça principal da sua cidade para reclamar a paz na Ucrânia.

Vários militantes publicaram vídeos dando conta da brutalidade das detenções, com pontapés e golpes de matracas.

Por outro lado para dissuadir quaisquer críticas as autoridades adoptaram na sexta-feira uma lei reprimindo o que designam de "informações mentirosas" sobre as actividades do exército russo na Ucrânia. As penas podem atingir 15 anos de prisão.

ANG/RFI

 

                Política/PRS anuncia integrantes da nova direção do partido

Bissau, 07 Mar 22 (ANG) – O Partido da Renovação Social(PRS) acaba de divulgar   uma lista contendo 10 nomes de dirigentes que integram a nova Direção do partido resultante do último congresso, realizado em Janeiro passado.

Segundo um despacho do gabinete do Presidente dos renovadores,Alberto Nambeia, com data de 17 de Janeiro do corrente ano, à que a ANG teve acesso, foram nomeados oito vice-presidentes, um secretário-geral e um secretário-geral adjunto.

O Despacho refere que, para o cargo de Vice-presidente para Política Externa, Cooperação Internacional e Emigração foi nomeado, Tcherno Djaló, e Fernando Dias da Costa foi nomeado  vice-presidente para Assuntos Constitucionais e Direitos Humanos.

Lassan Fati, vice-presidente  para Assuntos Economicos, Financeiro, Plano, Comércio e Indústria, Edneusa L.J. da Cruz Figueiredo - vice-presidente para Saúde, Assuntos Sociais, Educação, Cultura, Desporto e Comunicação Social.

As funções do Vice-presidente para Agricultura, Pesca, Recursos Naturais, Ambiente e Turismo foram confiadas ao Nicolau Dos Santos, e as de  vice-presidente para Obras Públicas, Habitação, Transportes, Energia, Ciência e Tecnologia, à Fatumata Rachid Nhaga.

Mário Siano Sambé é o novo vice-presidente para Defesa Nacional, Administração Interna, Poder Local e Ordenamento de Território.

Alberto Mbunhe Nambeia confiou as funções de Secretário-geral ao Carlitos Barai que terá como vice – Félix Blutna Nandunguê.

Os recém nomeados do VI º Congresso sob lema “ Legado político do Kumba Yalá face aos desafios de desenvolvimento” nos arredores de Bissau, com 9021 delegados e 8 candidatos concorrentes incluindo o próprio presidente reeleito.ANG/JD/ÂC//SG

 

    Pequim/China critica EUA por reforço de laços militares no Indo-Pacífico

Bissau, 07 Mar 22 (ANG) - O ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Yi, acusou esta segunda-feira, 07, Washington de tentar criar uma versão asiática da NATO e disse que cabe ao Governo norte-americano melhorar as relações com a Coreia do Norte.

A política dos Estados Unidos em relação ao Leste da Ásia e ao Oceano Índico, e os esforços para reforçar os laços militares com Japão, Austrália e Índia são um "desastre, que interrompe a paz e a estabilidade regionais", apontou Wang Yi, em conferência de imprensa.

Os comentários reflectem as ambições de Pequim para se converter no principal poder da Ásia e a sua frustração com a resistência dos países vizinhos às suas reivindicações territoriais no Mar do Sul da China e nos Himalaias.

Também reflectem a posição da China em relação à invasão da Ucrânia pela Rússia.

O país asiático procurou distanciar-se da guerra, apelando ao diálogo e ao respeito pela soberania nacional, mas culpou Washington pelo conflito, por não levar em consideração as preocupações de segurança da Rússia.

"Os Estados Unidos estão a jogar os seus jogos geopolíticos, sob o pretexto de promoção da cooperação regional", disse Wang.

O ministro acrescentou que a postura da Casa Branca "contraria" os desejos regionais de cooperação e "está condenada a não ter futuro".

Wang acusou Washington de estar a organizar uma aliança para "suprimir a China".

Estados Unidos, Japão, Austrália e Índia reforçaram, nos últimos anos, os seus laços militares. Em 2021, Washington acordou fornecer tecnologia à Austrália para a construção dos seus primeiros submarinos movidos a energia nuclear.

"O verdadeiro propósito da 'estratégia Indo-Pacífico' é criar uma versão da NATO para" a região, disse Wang Yi.

A expansão da aliança ocidental foi citada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, como um dos motivos para invadir a Ucrânia.

A política externa assertiva de Pequim e as suas reivindicações de territórios disputados no Mar do Sul da China e nos Himalaias antagonizaram o Japão, a Índia e outros países vizinhos.

Wang pediu ao Governo de Joe Biden que revivesse o espírito dos acordos dos anos 1970, que abriram as relações dos EUA com o executivo comunista de Pequim.

"Os Estados Unidos não poupam esforços para concretizar uma intensa competição com a China, constantemente atacando e provocando problemas em questões relacionadas com os interesses centrais chineses", disse Wang.

Washington deve "voltar ao caminho certo da racionalidade e do pragmatismo", apelou.

Wang pediu aos Estados Unidos que tomem a iniciativa de melhorar as relações com a Coreia do Norte e acusou o Governo de Biden de não responder a "medidas positivas" de Pyongyang.

"Depende em grande parte do que o lado americano fizer, se realmente vai adotar ações concretas, para resolver o problema, ou vai continuar a usar a questão da península [coreana] como moeda de troca estratégica" disse Wang.

Sobre o Mar do Sul da China, o ministro reclamou que atores externos estejam a interferir nos esforços para desenvolver um "código de conduta" e disse que Pequim e os governos dos países do Sudeste Asiático deveriam negociar entre si.

Os Estados Unidos e outros governos enviaram navios de guerra para zonas daquele mar reivindicadas por Pequim, reclamando assim o direito de navios de todos os países usarem aquelas águas.

As forças externas "não querem que o Mar do Sul da China permaneça calmo, porque isso faz com que percam o pretexto de intervir, para ganho pessoal", disse Wang.

"A interferência externa não pode parar o ritmo da cooperação regional", apontou. ANG/Angop

        Desporto/ Pugilista guineense é campeão europeu de Kinckboxing

Bissau, 07 mar 22(ANG )- O Pugilista guineese, de 24 anos, Josias Gomes é o grande vencedor do europeu de Kinckboxing, realizado na Inglaterra.

Segundo o portal desportivo, o “Golo GB” , o Jovem natural da Guiné-Bissau venceu este Domingo o seu similar inglês, James Pierce e conquistou o campeonato europeu na categoria de 56 quilos.

“Estou a lutar e trabalhar sério para que um dia conseguir atingir o nivel elevado da minha carreira profissional como pugilista”, revelou Josias Gomes.

Dedicou o troféu à sua mãe que faleceu, recentemente, em Bissau.

Josias Gomes, conhecido na arena de combate por “Pé de Bissilom” disse que quer melhorar a sua posição no ranking mundial da modalidade na categoria de 56 kg.

De acordo com o portal desportivo o “Golo GB” Josias Gomes começou a sua carreira como pugilista, em 2017, na Inglaterra, por causa do “bullying” para se proteger dos abusos dos colegas e desde então já venceu 24 dos 26 combates na arena do boxe, em diversas partes do mundo.

ANG/ In o Golo GB

 

Covid-19/Número de mortes ultrapassa os seis milhões em todo o mundo

Bissau, 07 Mar 22(ANG) – A pandemia de covid-19 já causou a morte de mais de seis milhões de pessoas em todo o mundo, desde a deteção da doença na China em dezembro de 2019, segundo dados hoje divulgados pela Universidade Johns Hopkins.

O último milhão de mortes ocorreu durante os últimos quatro meses, de acordo com a contagem efectuada pela Universidade Johns Hopkins, dos Estados Unidos. 

Numa altura em que as viagens internacionais começam a ser retomadas, os valores indicam que muitos países ainda continuam a enfrentar a pandemia do novo coronavírus.

As ilhas do Pacífico, protegidas pelo próprio isolamento natural, estão neste momento a enfrentar os primeiros surtos e mortes provocadas pela variante Ómicron de covid-19.

A Região Administrativa Especial de Hong Kong, sul da República Popular da China, regista um aumento de óbitos por covid-19, tendo as autoridades locais iniciado um processo de testagem a toda a população, constituída por 7,5 milhões de pessoas.

A testagem em Hong Kong ocorre na mesma altura em que a República Popular da China “decretou” a estratégia “covid-zero”. 

A taxa de mortalidade associada ao SARS-CoV-2 continua elevada na Polónia, Hungria, Roménia e em outros Estados da Europa de leste, situação que se agravou com a chegada de 1,5 milhões de refugiados de guerra da Ucrânia. 

Na Ucrânia, país que enfrenta uma invasão militar da Rússia iniciada em 24 de Fevereiro, a taxa de vacinação era baixa e registavam-se elevados níveis de mortalidade e de casos relacionados com covid-19.

Os Estados Unidos contabilizam quase um milhão de mortes por covid-19, sendo o país mais afetado pela doença, em todo o mundo.

Apesar do número elevado de mortes em todo o mundo – seis milhões de óbitos (mais do que as populações de Berlim e Bruxelas juntas ou de todo o Estado norte-americano de Maryland), os especialistas alertam que o valor real pode ser superior.

Devido à falta de testagem em muitas regiões, a nível global, muitas mortes não estão a ser atribuídas à covid-19, assim como se registam óbitos por falta de cuidados médicos de emergência.

De acordo com uma análise publicada pela revista The Economist, citada pela agência Associated Press, o número real de mortes provocadas pelo novo coronavírus situa-se entre os 14 milhões e os 23,5 milhões, em todo o mundo.

Em Portugal, desde Março de 2020, morreram 21.199 pessoas e foram contabilizados 3.332.134 casos de infeção, segundo os dados de domingo da Direcção-Geral da Saúde.

A doença é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detectado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.

A variante Ómicron, que se dissemina e sofre mutações rapidamente, tornou-se dominante no mundo desde que foi detetada pela primeira vez, em Novembro, na África do Sul.

ANG/Inforpress/Lusa

 

 

Cooperação/Costa convicto de que cooperação com a Guiné-Bissau vai ser mais sólida

Bissau,07 Mar 22(ANG) - O primeiro-ministro, António Costa, afirmou no domingo que deixa a Guiné-Bissau convicto de que a cooperação nos próximos anos será mais sólida e concreta, depois de uma visita ao país para dar um "sinal claro de apoio à estabilidade".

"Saio daqui convicto de que vamos poder, nos próximos anos, dar passos mais concretos e sólidos naquilo que é a cooperação e identificamos também novas áreas onde é possível trabalharmos em conjunto", disse António Costa aos jornalistas no cemitério de Bissau, onde prestou homenagem aos antigos combatentes portugueses.

O primeiro-ministro salientou que a visita teve, em primeiro lugar, uma dimensão política, que "é um sinal claro de apoio à estabilidade, ao normal funcionamento das instituições na Guiné-Bissau", lembrando que há um novo acordo estratégico de cooperação, assinado o ano passado, orçado em cerca de 60 milhões de euros.

A Guiné-Bissau viveu mais um momento de instabilidade a 01 de fevereiro, quando as forças de defesa e segurança impediram uma tentativa de golpe de Estado, que visava assassinar o Presidente e membros do Governo.

Durante a visita de António Costa a Bissau foram anunciadas a doação de um navio para fazer a ligação entre o continente e o arquipélago dos Bijagós e a vinda de 30 especialistas portugueses para dar formação e treino às forças armadas.

O primeiro-ministro destacou também as "conversações que foram feitas" para a construção de uma escola portuguesa na capital guineense e "os passos que foram dados tendo em vista resolver problemas burocráticos que sempre existem na concessão de vistos e que agora, com o novo acordo de mobilidade, vão ser revistos".

Sobre a visita ao talhão português do cemitério de Bissau, último ponto do programa da visita antes de seguir viagem para Cabo Verde, António Costa disse que se tratou de "prestar homenagem a todos os militares portugueses que ao longo dos séculos" prestaram serviço naquele país e que morreram no "exercício de funções".

O talhão português no cemitério de Bissau tem campas de militares portugueses, que datam do século XIX.

Na Guiné-Bissau existem ainda muitos antigos combatentes das forças armadas portuguesas que devem ser tratados com "todo o respeito, todo o carinho, valorizando o contributo que deram a Portugal", salientou António Costa.

"Obviamente, vivemos num país diferente, temos hoje relações diferentes com a Guiné-Bissau, estamos aqui em paz, mas é preciso respeitar a história e aqueles que combateram por Portugal, em nome da história", sublinhou.

Do cemitério de Bissau, António Costa seguiu para o aeroporto internacional Osvaldo Vieira para viajar para Cabo Verde, onde no domingo inicia uma visita com um encontro com a comunidade portuguesa.ANG/Lusa

 

 Ucrânia/Nigéria recusa recrutamento de cidadãos para combater na guerra

Bissau, 07 Mar 22(ANG) - A Nigéria não permitirá o recrutamento de cidadãos nacionais para combater na guerra em curso na Ucrânia, na sequência da invasão russa lançada a 24 de Fevereiro, anunciou hoje o Governo nigeriano.

"A Nigéria rejeita a utilização de mercenários em qualquer parte do mundo e não tolerará o recrutamento na Nigéria de nigerianos para combater na Ucrânia, ou em qualquer outro lugar", disse o governo através de uma declaração do Ministério dos Negócios Estrangeiros publicada hoje no Twitter.

A declaração surgiu após a publicação de informações nos órgãos de comunicação social locais, dando conta que nos últimos dias centenas de nigerianos se tinham voluntariado na embaixada ucraniana no país.

"A embaixada ucraniana refutou as alegações, mas confirmou que vários nigerianos se tinham aproximado da Embaixada mostrando a sua vontade de lutar ao lado da Ucrânia, no conflito em curso com a Rússia", disse o ministério nigeriano.

A embaixada disse também que "o governo ucraniano não está a admitir combatentes estrangeiros voluntários" e negou ter pedido uma soma de cerca de 925 euros por pessoa para cobrir custos de viagem e vistos, como alguns meios de comunicação social tinham noticiado.

Na passada quinta-feira, o Senegal pediu à embaixada ucraniana em Dakar que retirasse "imediatamente" uma publicação nas redes sociais a apelar aos cidadãos estrangeiros para lutarem na guerra.

Tal como as autoridades nigerianas, o Ministério dos Negócios Estrangeiros senegalês afirmou, numa declaração, que "o recrutamento de voluntários, mercenários ou combatentes estrangeiros em território senegalês é ilegal".

A 27 de Fevereiro, o Presidente ucraniano, Volodymir Zelensky, apelou aos cidadãos de países estrangeiros amigos da Ucrânia para se juntarem à luta contra a agressão russa, como parte de uma espécie de nova legião internacional.

De acordo com as regras do serviço militar nas forças armadas do país, os cidadãos estrangeiros podem juntar-se voluntariamente a unidades, como as forças de defesa territorial.

Numa mensagem de vídeo, Zelensky disse que os cidadãos que queiram ser voluntários para contactar o conselheiro de Defesa na embaixada ucraniana nos seus respectivos países.

Segundo a vice-ministra da Defesa ucraniana, Hanna Maliar, milhares de pessoas já apresentaram pedidos para lutar contra a Rússia.

A Rússia lançou na madrugada de 24 de Fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que, segundo as autoridades de Kiev, já fez mais de 2.000 mortos entre a população civil.

Os ataques provocaram também a fuga de mais de 1,5 milhões de pessoas para os países vizinhos, de acordo com a ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo. ANG/Angop



Cooperação
/Presidente da República qualifica de “demonstração de a solidariedade” visita de António Costa à Bissau

Bissau, 07 Mar 22 (ANG) – O Presidente da República disse que a visita do primeiro-ministro português à Bissau  demonstra a “solidariedade” que Portugal tem com a Guiné-Bissau, e que visa ainda reforçar os laços de cooperação e da irmandade entre os dois povos.

O Presidente da República Ùmaro Sissoco Embaló falava  Sábado em declarações conjuntas à imprensa com António Costa, o primeiro ministro português António Costa.

ʺA Guiné-Bissau e  seu Povo estão muito contentes por receber o primeiro- ministro português António Costa. E foi uma passagem muito interessante para o país. É a primeira vez que está na Guiné-Bissau  e eu pessoalmente sou amigo de António Costa, tratamos como amigos”, disse.

Umaro Sissoco Embaló sublinhou que  Portugal é um país irmão  e amigo da Guiné,e diz que  a  visita de Costaa e a de Macelo Rebelo de Sousa e várias vezes também do ministro dos Negócios Estrangeiros e do  ministro de Defesa de Portugal testemunham isso.

“Sobretudo neste momento em que a Guiné-Bissau acabou de sair duma situação, outra vez complicada, onde tentaram matar o chefe de Estado, primeiro ministro e demais membros do governo”, acrescentou.

Por sua vez, o primeiro-ministro português agradeceu a oportunidade de ser  recebido pelo Presidente da República Umaro Sissoco Embaló e diz ser uma honra estar com o Chefe de Estado guineense, sobretudo neste momento tão difícil que o país está à atravessar.

 

ʺTemos uma longa história em conjunto entre nossos Povos. Temos todos de trabalhar  para assegurar um único futuro para os nossos povos e para nossos países. Claro que as relações pessoais ajudaram muito, não esquecemos a forma tão colorosa com que reberam aqui em Bissau, o Presidente da República de Portugal ”, referiu Antónjo Costa.

Adiantou que, ele o Umaro Sissoco Embaló, tiveram a opurtunidade de se conhecer quando o PR era ainda o primeiro-ministro da Guiné-Bissauç no Fórum de Macau quando eu estava a começar esta função e estabelecemos desde ai uma relação.

António Costa disse que, esta relação só pode contribuir para ajudar a fortalecer as relações entre a Guiné e  Portugal e entre os dois Povos, frisando que o  novo acordo de mobilidade no âmbito da CPLP e do Plano Estratégico de Cooperação entre os dois países, já assinado, levam para frente a execução daquilo que têm para fazer .

António Costa terminou a sua visita de dois dias a Bissau no domingo coma deposição de corôa de flores na campa de militares portugueses mortos durante a guerra colonial. ANG/MI/ÂC//SG

   

sábado, 5 de março de 2022

 Prevenção contra coronavirus

No plano individual deve-se  manter o distanciamento físico, usar  uma máscara,  lavar as mãos  regularmente e tossir fora do alcance  dos outros. Façam  tudo isso!

A nossa mensagem às populações e aos governos é clara. Façam tudo isso!"

                                        ( Tedros Adhanom Ghebreyesus - DG da OMS)

Ucrânia/ “Rússia considerará co-beligerante quem imponha zona de exclusão aérea”, diz  Putin

Bissau, 05 Mar 22(ANG) – O Presidente russo, Vladimir Putin, sublinhou hoje que a Rússia considerará co-beligerante qualquer país que tente impor uma zona de exclusão aérea sobre a Ucrânia, uma medida pedida por Kiev que a NATO rejeitou.

“Consideraremos qualquer desenvolvimento nessa direção como uma participação no conflito armado de qualquer país em cujo território seja criada uma ameaça para nossos soldados”, disse Putin sobre uma possível “zona de exclusão aérea no território da Ucrânia”.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pediu, na quinta-feira, um reforço do apoio dos países ocidentais, insistindo que a Rússia, se derrotar o seu país, atacará depois o resto da Europa de leste para chegar “ao Muro de Berlim”.

“Se desaparecermos, que Deus nos proteja, então será a Letónia, a Lituânia, a Estónia, etc… Até ao Muro de Berlim, acreditem em mim”, afirmou Zelensky, acrescentando que o Kremlin pode ter como objetivo reconstruir toda a esfera de influência europeia da URSS.
Pedindo aos ocidentais que imponham uma zona de exclusão aérea no seu país desafiou-os, exclamando: “Se não têm força para fechar o céu, então deem-nos aviões”.

Na sexta-feira, o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, avisou que os Aliados rejeitaram a exigência da Ucrânia, explicando que a decisão pretende evitar um envolvimento da Aliança Atlântica no conflito.

“A questão foi discutida e os Aliados concordaram que não deveríamos ter aviões da NATO a operar no espaço aéreo ucraniano ou tropas da NATO no solo porque poderíamos acabar com uma guerra total na Europa”, afirmou Jens Stoltenberg.

Falando em conferência de imprensa na sede da NATO, em Bruxelas, após uma reunião extraordinária do Conselho do Atlântico Norte, o principal organismo de decisão política da organização e no qual cada país-membro tem assento ao nível dos chefes de diplomacia, o líder da Aliança Atlântica explicou que “a única forma de implementar uma zona de interdição de voo seria enviando caças da NATO para o espaço aéreo da Ucrânia e, em seguida, abater aviões russos para o fazer respeitar”.

Porém, “temos a responsabilidade de evitar que esta guerra se agrave para além da Ucrânia porque isso seria ainda mais perigoso, mais devastador e causaria ainda mais sofrimento humano”, referiu Jens Stoltenberg.
Zelensky criticou hoje a decisão da NATO, dizendo que quem morrer agora “morrerá pela fraqueza e falta de unidade” da Aliança Atlântica.

“A Aliança [Atlântica] deu luz verde ao bombardeamento de cidades e vilas ucranianas ao recusar a criação de uma zona de exclusão aérea”, acusou Volodymyr Zelensky, num discurso emitido durante a madrugada nas plataformas digitais do Governo da Ucrânia.

A NATO reforçou as suas defesas no Leste com o destacamento, pela primeira vez, da sua força de reação rápida, enviando milhares de tropas da Aliança para os países da zona oriental, colocando mais de 130 aviões de combate em alerta e mais de 200 navios no mar.

Bruxelas acolhe ainda hoje uma outra reunião extraordinária, dos ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia, tal como a da NATO em formato alargado, e igualmente para discutir a guerra em curso na Ucrânia, ao nono dia da ofensiva militar russa.

Entretanto, hoje, Putin garantiu que a Rússia não pretende aplicar a lei marcial, rejeitando rumores persistentes de que o iria fazer por causa do conflito na Ucrânia.

“A lei marcial é aplicada (…) em caso de agressão, principalmente nas regiões onde os combates estiverem a acontecer. Não estamos nessa situação e espero que não haja intervenções”, afirmou quando questionado por trabalhadores da companhia aérea russa Aeroflot.

A Rússia lançou, na madrugada de 24 de Fevereiro, uma ofensiva militar à Ucrânia e as autoridades de Kiev contabilizaram, até ao momento, mais de 2.000 civis mortos, incluindo crianças. Segundo a ONU, os ataques já provocaram mais de 1,2 milhões de refugiados.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas para isolar ainda mais Moscovo.

ANG/Inforpress/Lusa

 


Cooperação
/Primeiro-ministro de Portugal condena tentativa de golpe de Estado de  01 de Fevereiro

Bissau, 05 mar 22 (ANG) – O Primeiro-ministro português condenou hoje  os acontecimentos do passado dia 01 de fevereiro na Guiné-Bissau, reafirmando a   solidariedade portuguesa para com o governo guineense.

A condenação de António Costa foi feita em declarações conjunta à imprensa , após um encontro  com o seu homôlogo guineense, Nuno Gomes Nabiam.

O chefe do governo português iniciou, ao princípio da tarde deste sábado, uma visita de 24 horas à Guiné-Bissau.

Disse que a visita segnifica um  apoio à estabilidade, “porque no mundo de hoje os conflitos têm que ser resolvidos por vias democráticas, pelo voto e não de qualquer outra forma”.

“Infelizmente estamos hoje a conhecer  realidades de guerra militar muito feroz, inimaginável no continente europeu, e naquelas imagens que vemos devem nos inspirar  para perceber o valor da paz, da vida e o valor das instituições democráticas, de que  podemos,  todos, viver em liberdade, establidade necessárias para que o progresso económico possa existir e para que todos possam melhorar as suas condições de vida”, disse.

Informou que o portugal disponibilizou 60 milhões de Euros para  investir ao longo dos anos, no país, no quadro do Programa Estratégico de Cooperação(PEC), assinado com o governo guineense, no ano passado, em quatro áreas, válido para cinco anos(2021-2022).

Segundo António Costa, para que estes  investimentos produzam efeitos é necessário dar tempo para que esta semente “chegue a terra” e da terra possa florecer. “Para isso   é preciso estabilidade”, disse.

De acordo com António Costa, de imediato,  quatro projetos devem ser implementados: o primeiro está relacionado  ao treino militar, com presença no país, nos  próximos meses, de 30 especialistas militares portugueses em diferentes àreas para o cumprimento dessa missão.

“Em segundo lugar, a vontade que temos, assim que haja  terreno disponível e muito rapidamente podermos lançar o projeto para a construção, de raiz, de uma escola portuguesa, em Bissau”, revelou o governante português.

António Costa disse que o terceiro projeto refere-se a recuperação do navio “Gaboriense” que permitirá fazer uma melhor ligação entre o continente e o arguipélago de Bijagós.

O quarto e último, trata-se do  estudo que está a ser desenvolvido para poder classificar uma reserva de biosfera nos arquipélagos dos Bijagós, reforçando as suas condições para a atração de turismo de natureza, que será um contributo para a preservação do patrimonio natural, mas também para o desenvolvimento económico da Guiné-Bissau.

O governante português disse  que, assim que for aprovado pelo seu Governo irá adaptá-lo em materia de vistos e de autorização de residência, o novo Acordo de Mobilidade, de forma a comprir com o seu objectivo, por forma a eliminar as barreiras de circulação que existe entre os cidadãos da CPLP, sobretudo dos guineense que querem visitar  Portugal.

O Primeiro-ministro, Nuno Gomes Nabiam  disse que a visita vem reforçar a cooperação, em diferentes sectores, no quadro do PEC.

Nabiam revelou que o governo português vai oferecer a Guiné-Bissau uma embarcação de transporte do pessoal e carga,  após a sua reparação que custou cerca de um milhão de Euros.

Nuno Gomes ainda destacou a  existencia de um projecto na àrea da biodiversidade, a ser financiado por Portugal, através do fundo do ambiente, com a duração de quatro anos, no valor de  2, 5 milhões de Euros.

No âmbito dos fundos europeus, Nabiam disse que  Portugal ir apoiar o país na área de tele-medicina e no combate à Covid-19.

Para o chefe do Governo guineense, a visita de António Costa demonstra a solidariedade do governo português, mas também exalta a  estabilidade e segurança para quem queira  investir na Guiné-Bissau.

No cumprimento do seu programa de visita, António Costa depositou corôa de flores nos mausoléus de Amilcar Cabral e João Bernardo “Nino” Vieira, na Fortaleza da Amura, em Bissau.

Ainda esta tarde deve manter um encontro com o Chefe de Estado guineense, Umaro Sissoco Embaló que, de seguida, lhe oferecerá um jantar oficial.

Para domingo, último dia de visita, Costa deverá deslocar-se ao Cemitério Municipal de Bissau para  deposição de corôa de flores  no talhão de portugueses, antes de deixar Bissau rumo a Cabo Verde.

O PEC centra-se nas áreas prioritárias selecionadas de comum acordo entre Bissau e Lisboa, e será operacionalizado através de celebração de protocolos plurianuais sectoriais, onde constem os programas, projectos e ações a executar, com uma clara identificação dos custso e das respectivas fontes de financiamento.

Contempla, no total, seis áreas de intervenção: Educação e Cultura; Justiça Segurança e Defesa; Saúde, Assuntos Sociais e Trabalho; Agricultura, Pescas, Energia e Ambiente;Infraestruturas,Economia e Finanças; e Áreas transversais.ANG/LPG//SG

 Ucrânia/Retirada de cidadãos de Mariupol adiada por violações do cessar-fogo

Bissau, 05 Mar 22(ANG) – A retirada dos habitantes de Mariupol, porto estratégico ucraniano cercado por forças russas que conseguiu um cessar-fogo para a abertura de corredores humanitários, foi adiada devido a várias violações russas da trégua, acusou hoje a câmara local.

A retirada de civis, que deveria começar no final da manhã, “foi adiada por razões de segurança”, já que as forças russas “continuam a bombardear Mariupol e os seus arredores”, explicou o município, numa mensagem divulgada na rede Telegram.

A Rússia tinha anunciado um cessar-fogo temporário a partir das 10:00 de hoje em Moscovo (06:00 em Cabo Verde) para a abertura de corredores humanitários que permitissem a retirada de civis nas cidades ucranianas de Mariupol e Volnovaja.

Antes, o autarca de Mariupol tinha afirmado que este porto estratégico se encontrava “sob bloqueio” e era alvo de “ataques impiedosos” do exército russo.

“A nossa prioridade é conseguir um cessar-fogo para que possamos restabelecer as infraestruturas vitais e criar um corredor humanitário para fazer chegar alimentos e medicamentos à cidade”, escreveu o presidente da câmara municipal da cidade, Vadim Boitchenko, na rede Telegram.

O controlo de Mariupol é estratégico para a Rússia, uma vez que permite uma continuidade territorial entre as forças vindas da Crimeia e as que chegam dos territórios separatistas pró-russos da região de Donbass.

A Rússia lançou, na madrugada de 24 de Fevereiro, uma ofensiva militar à Ucrânia e as autoridades de Kiev contabilizaram, até ao momento, mais de 2.000 civis mortos, incluindo crianças. Segundo a ONU, os ataques já provocaram mais de 1,2 milhões de refugiados.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas para isolar ainda mais Moscovo.

ANG/Inforpress/Lusa

 

Dia Internacional da Mulher/Secretariado Nacional das Mulheres do PRS doa géneros alimentícios e detergentes à duas casas de Acolhimento de Bissau

Bissau,05 Mar 22(ANG) – O Secretariado Nacional das Mulheres do Partido da Renovação Social(PRS), procedeu hoje a entrega de donativos, constituídos de géneros alímentícios e detergentes de prevenção de Covid-19 ao Centro de Acolhimento da AMIC e a Casa de Amparo, ambos em Bissau, no âmbito da celebração do Dia Internacional da Mulher que se assinala no dia 8 de Março.

Em declarações à imprensa após a entrega do donativo à Casa Amparo, Cornélia Aleluia Lopes Man, membro do Secretariado Nacional das Mulheres do PRS, disse que escolheram os referidos Centros devido as suas vocações de apoiar  as mulheres vitimas de maus tratos na sociedade.

 “O apoio não é  muita quantidade mas é um gesto para que as meninas acolhidas pelo Centro se sentirem que  estão no coração das mulheres do PRS e que vamos estar com elas para sempre, como defensoras da liberdade e justiça”, disse.

Em gesto de agradecimento, Rosa Tchuda, em nome da adminstração da Casa de Amparo, agradeceu o gesto do Secretariado Nacional das Mulheres do PRS pelo apoio, tendo afirmado que, foi Deus que tocou no coração delas, para lembrarem fazer o gesto em prol dos mais carenciados.

Segundo Rosa Tchuda a Casa Amparo conta actualmente com muitas raparigas que fugiram das suas famílias por causa de casamentos forçados a que foram submetidas, frisando que muitas delas já concluiram os seus estudos secundários e frequentam  formações técnico-profissionais.

O Administrador da Associação de Amigos da Criança(AMIC), Fernando Cá, agradeceu igualmente o gesto do PRS, sublinhando que o gesto é significativo não em termos de quantidade, mas pelo reconhecimento dos trabalhos e esforços que a sua organização está a levar a cabo, em prol das crianças e meninas vitimas de descriminação.

Aquele responsável disse que o Centro da Associação de Amigos das Craianças tem  capacidade para acolher 40 ,menores vítimas de maus tratos, tendo em conta que dispõe de duas camarotes, uma para o sexo masculino e outra para feminino.

O donativo do Secretariado Nacional das Mulheres do PRS é constituído de seis sacos de arroz, dois de açucar, dois baldes de sabão Madar, duas caixas de sabão e duas  de óleo alimentar, tendo cada um dos centros recebido a mesma quantidade. ANG/ÂC//SG

Ucrânia/ONU aprova comissão de inquérito sobre violações de direitos humanos

Bissau, 05 Mar 22 (ANG) - O Conselho de Direitos Humanos da ONU aprovou sexta-feira, por esmagadora maioria, uma resolução a favor da criação de uma comissão internacional de inquérito sobre as possíveis violações dos direitos humanos na Ucrânia na sequência da invasão russa.

Após a Assembleia-Geral das Nações Unidas ter apoiado amplamente, no início da semana, uma resolução que deplorava a agressão russa contra a Ucrânia e exigia a Moscovo que acabasse com a intervenção militar, a Rússia sofreu hoje mais uma derrota no Conselho de Direitos Humanos.

A resolução de hoje foi aprovada por 32 votos a favor, dois contra (Rússia e Eritreia) e 13 abstenções, incluindo as da Venezuela, Cuba, China, Índia e Paquistão.

A votação aconteceu poucas horas depois de a maior central nuclear da Europa, localizada no sul da Ucrânia, ter sido atingida por bombardeamentos do exército russo, que causaram um incêndio, entretanto já extinto pelos bombeiros ucranianos.

Esta é a primeira vez na história do Conselho que uma resolução visa diretamente a Rússia, de acordo com um porta-voz da ONU.

A resolução condena "as violações e atentados aos direitos humanos resultantes da agressão da Federação da Rússia" e pede "a retirada rápida e verificável das tropas e grupos armados russos apoiados pela Rússia de todo o território internacionalmente reconhecido da Ucrânia".

O texto aprovado apela ainda à "criação urgente, por um período inicial de um ano, de uma comissão internacional independente de inquérito", o mais alto nível de inquérito do Conselho dos Direitos Humanos.

Os membros da comissão serão responsáveis por "recolher, compilar e analisar provas de (...) violações" dos direitos humanos e do direito internacional humanitário resultantes da invasão russa à Ucrânia, com vista a julgamentos futuros, e por identificar os responsáveis pelas violações "para que respondam pelas suas ações".

A invasão russa causou grande emoção no mundo. Multiplicaram-se as manifestações antiguerra e os gestos de solidariedade para com os ucranianos, tendo em conta os bombardeamentos e o êxodo da Ucrânia de cerca de 1,2 milhões de pessoas, segundo os últimos números da ONU.

"Sabemos quem são os criminosos de guerra e quem é o seu chefe supremo", disse a embaixadora da Ucrânia na ONU em Genebra, Eugenia Filipenko, ao apresentar a resolução, sublinhando que responsabilizar os responsáveis pelos abusos "é a única forma de garantir que o mesmo não se repete noutros lugares do mundo".

No debate anterior à votação, que começou na quinta-feira, a Alta-Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, acusou a Rússia de atacar alvos civis, incluindo escolas, hospitais e áreas residenciais, e causar um êxodo de mais de dois milhões de pessoas, entre refugiados e deslocados internos.

O próximo passo será a nomeação de três peritos pelo presidente do Conselho (atualmente o embaixador argentino junto da ONU em Genebra, Federico Villegas) e apresentação dos primeiros resultados da sua investigação na 51ª sessão deste órgão, prevista para o último trimestre deste ano.

Uma das missões da comissão será "identificar, na medida do possível, os indivíduos ou entidades responsáveis por violações de direitos humanos" na Ucrânia, a fim de garantir que sejam responsabilizados.

As investigações serão baseadas em entrevistas, depoimentos de vítimas, materiais forenses e outros, como determina o texto da resolução aprovada que pede ainda "acesso desimpedido à Ucrânia das agências humanitárias".

A Rússia lançou na madrugada de 24 de Fevereiro uma ofensiva militar com três frentes na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamentos em várias cidades.

As autoridades de Kiev contabilizaram, até ao momento, mais de 2.000 civis mortos, incluindo crianças, e, segundo a ONU, os ataques já provocaram mais de um milhão de refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia, entre outros países.

O Presidente russo, Vladimir Putin, justificou a "operação militar especial" na Ucrânia com a necessidade de desmilitarizar o país vizinho, afirmando ser a única maneira de a Rússia se defender e garantindo que a ofensiva durará o tempo necessário.

O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional, e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas para isolar ainda mais Moscovo.ANG/Angop