quarta-feira, 15 de fevereiro de 2023

 Política/Antigo PM  Aristides Gomes deixou Bissau há muito tempo e está em França

Bissau, 15 Fev 23(ANG) – O antigo primeiro-ministro  Aristides Gomes disse terça-feira à Lusa que já deixou a Guiné-Bissau “há muito tempo” e que se encontra em França, após uma tentativa de detenção, sem mandado, em Novembro passado em Bissau.


“Já saí há muito tempo”, afirmou Aristides Gomes, contactado pela Lusa por telefone.

Aristides Gomes regressou a Bissau em 18 de Novembro para participar no congresso do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC, oposição), depois de ter abandonado o país em 2021, após ter estado refugiado na sede das Nações Unidas em Bissau desde Março de 2020.

No mesmo dia, durante o congresso do PAIGC, as fo

rças de segurança encapuzadas e fortemente armadas tentaram deter Aristides Gomes, sem um mandato, que acabou por conseguir sair do local.

Nas declarações  feitas à Lusa, Aristides Gomes afirmou que está a ser alvo de “perseguição política” e denunciou o “carácter injusto da perseguição, porque não há nada na justiça”.

“Mais uma vez apresentei queixa em Bissau e outra no tribunal da CEDEAO [Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental] contra o Estado e, particularmente, contra o Presidente da República”, Umaro Sissoco Embaló, disse Aristides Gomes.

Segundo o antigo primeiro-ministro, trata-se uma forma de “fazer face a um Estado que não respeita regras nenhumas”.

“Um regime que está a fazer um cozinhado cujo resultado será dramático para toda a gente”, salientou.

Em Dezembro, os advogados de Aristides Gomes em Bissau já tinha apresentado uma queixa-crime contra o Estado da Guiné-Bissau, após as forças de segurança o terem tentado deter sem um mandato.

A queixa-crime, apresentada ao procurador da República junto do Tribunal de Relação de Bissau, “participa criminalmente contra o Estado da Guiné-Bissau, Sandji Fati, ministro do Interior, a Procuradoria-Geral da República, Bacari Biai, procurador-geral da República na altura dos factos”, três magistrados do Ministério Público e agentes do Ministério do Interior. ANG/Inforpress/Lusa

 

 ONU/Até 400 milhões de pessoas poderão ser deslocadas pela subida do nível do mar

Bissau,15 Fev 23(ANG) – O ritmo atual de subida do nível do mar levará entre 250 e 400 milhões de pessoas a precisarem “de novas casas, em novos locais” em menos de 80 anos, alertou hoje o presidente da Assembleia-Geral das Nações Unidas.


Num debate aberto de nível ministerial sobre o aumento do nível do mar e as suas implicações para a paz e segurança internacional, no Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU), Csaba Korosi citou dados do Programa Mundial de Investigação Climática que dão conta de um aumento do nível do mar de 1 a 1,6 metros até 2100.

Korosi frisou que o deslocamento de centenas de milhões de pessoas associado a esse aumento, representará um risco à segurança internacional.

Csaba Korosi levantou ainda questões de soberania territorial, indicando que a subida do nível do mar induzido pelas alterações climáticas também está a provocar novas questões legais que estão no cerne da identidade nacional.

“O que acontece com a soberania de uma nação, ou membro da ONU, se ela afundar no mar? Existem regras sobre a criação de Estados, mas nenhuma sobre seu desaparecimento físico. Quem cuida das populações deslocadas? Ou como as primeiras mudanças nas linhas costeiras influenciariam as fronteiras marítimas? E como isso afetaria as zonas económicas exclusivas?”, questionou o presidente da Assembleia-Geral da ONU.

“Com boa parte da agricultura global concentrada em planícies costeiras e ilhas baixas, o aumento do nível do mar também está a trazer à tona questões de longo prazo sobre a sobrevivência da humanidade”, observou ainda o diplomata húngaro.

Apesar de salientar que a Comissão de Direito Internacional e o Sexto Comité da Assembleia-Geral assumiram uma postura proativa ao considerar essas questões para debate urgente, Korosi pediu uma maior ação climática.

“Conhecemos os riscos e vemos as incertezas e instabilidades que vamos enfrentar. E não podemos duvidar que isso abrirá as portas para conflitos e disputas, colocando em risco a paz e a segurança globais. E onde esta porta estiver aberta, este Conselho tem a responsabilidade de agir”, disse ainda, dirigindo-se ao Conselho de Segurança da ONU, responsável por zelar pela paz e segurança internacionais.

É fundamental investir na prevenção hoje, em vez de abordar as implicações da escassez de alimentos ou da migração amanhã, sublinhou ainda Korosi.

“Já temos crises suficientes para lidar. (…) Imploro ao Conselho que assuma o seu papel nesse esforço coletivo. Se não, temo que a Assembleia-Geral da ONU em 2050 represente menos de 193 Estados-Membros”, concluiu, aludindo a um eventual desaparecimento de Estados devido à subida do nível do mar.

A reunião de hoje, presidida pelo ministro dos Negócios Estrangeiros de Malta, Ian Borg, contou ainda com um ‘briefing’ do secretário-geral da ONU, António Guterres, que afirmou que os “mares a subir são futuros a afundar”, frisando que a elevação do nível do mar é um multiplicador de ameaças.

Citando dados da Organização Meteorológica Mundial, Guterres afirmou que os níveis médios globais do mar aumentaram mais rapidamente desde 1900 do que em qualquer século anterior nos últimos 3.000 anos.

Além disso, o oceano como um todo aqueceu mais rápido no último século do que em qualquer outro momento nos últimos 11.000 anos, referiu.

De acordo com o ex-primeiro-ministro português, o perigo é especialmente agudo para quase 900 milhões de pessoas que vivem em zonas costeiras: “uma em cada dez pessoas” no mundo.

“As consequências de tudo isto são impensáveis. Comunidades de baixa altitude e países inteiros podem desaparecer para sempre. Assistiríamos a um êxodo em massa de populações inteiras em escala bíblica e veríamos uma competição cada vez mais acirrada por água doce, terra e outros recursos”, anteviu António Guterres, indicando que a elevação do nível do mar já está a criar novas fontes de instabilidade e conflito.

A subida do nível do mar e outros impactos climáticos já estão a forçar algumas realocações em locais como Fiji, Vanuatu, Ilhas Salomão, entre outros, de acordo com a ONU.

Malta, que preside este mês ao Conselho de Segurança da ONU, indicou que o objetivo deste debate aberto é explorar como o órgão pode enfrentar os riscos associados ao aumento do nível do mar na arquitetura da segurança global e investir em mecanismos preventivos. ANG/Inforpress/Lusa

 

 União  Africana/Resiliência em destaque na abertura do Conselho Executivo

Bissau, 15 Fev 23 (ANG) - A reunião do Conselho Executivo da União Africana começou hoje em Addis Abeba, na Etiópia, com muitas referências à resiliência do continente no meio de crises sucessivas.


Para combater estas crises, a União Africana defende uma maior união económica com uma zona de comércio livre entre todos os países africanos.

 A resiliência dos países africanos face às sucessivas crises que têm afectado o Mundo foi o ponto comum dos discursos de abertura do Conselho Executivo da União Africana que começou esta manhã em Addis Abeba, na Etiópia.

Mesmo confrontado com dificuldades no plano sanitário, económico e da paz, Moussa Faki Mahamat, presidente da Comissão da União Africana, disse que o continente continua a mostrar grandes sinais de resiliência face aos desafios e que esta organização nunca parou de trabalhar para melhorar as condições das populações.

"As nossas actividades no último ano decorreram sob um contexto marcado pelas contínuas dificuldades no plano sanitário, económico e da paz no Mundo. Estas dificuldades contribuíram à mutação da geopolítica mundial, dando-nos incerteza, mudança e momentos de estruturação e desestruturação internacional com o inquietante regresso do terrorismo, os golpes de Estado, a regressão das nossas economias, as condições climáticas que se deterioram. Tudo isto afecta o nosso continente, apesar do nosso enorme potencial, não deixando de alimentar as rivalidades endógenas e exógenas. Mesmo confrontado com isto, África mostra grandes sinais de resiliência", afirmou Moussa Faki Mahamat.

Com este encontro em Addis Abeba a ser centrado na construção de uma zona de livre comércio entre todos os países africanos, António Pedro, sub-secretário executivo da Comissão Económica das Nações Unidas para África, defendeu que esta é única maneira de acelerar o crescimento económico e fazer com que África seja auto-suficiente.

Nesta sessão inaugural participou também o ministro dos Negócios Estrangeiros espanhol, José Manuel Albares Bueno, defendeu uma maior proximidade entre africanos e europeus para ultrapassar os desafios comuns, preparando já a presidência rotativa da União Europeia que Espanha vai assumir em Julho.

Ainda nesta sessão, Aissata Tall Sall, ministra dos Negócios Estrangeiros do Senegal, que preside a esta reunião, lembrou os desafios do continente que vão ser discutidos até ao fim desta semana.

"Este ano de 2023 começa no nosso continente num contexto cheio de desafios de todos os pontos de vista, o terrorismo continua a ganhar terreno, ao mesmo tempo que as mudanças de regime anti-constitucionais deram lugar a transições políticas complexas em vários países. Ao mesmo tempo, continuamos a sofrer as consequências económicas e sociais nefastas da pandemia de covid-19 e da crise russo-ucraniana. A questão das alterações climáticas e a situação humanitária em África constituem também desafios urgentes", declarou a ministra senegalesa.

A paz é um tema que também dominou esta sessão, com expectativas crescentes face à 36ª Cimeira da União Africana que começa já na sexta-feira e onde os líderes africanos se vão pronunciar sobre as sucessivas crises políticas em países como Mali, Burkina Faso e Guiné Conacri. ANG/RFI

 

Tempo/ "Vento forte que se faz sentir em Bissau não constitui fenómeno estranho”, diz Cherno Luís Mendes

Bissau, 14 Fev 23 8(ANG) – O Ponto Focal de Previsão Climática Saxonal de  Instituto Nacional de Meteorologia (INM) disse que o vento forte que se faz sentir em Bissau não constitui nenhum fenómeno estranho, porque é frequente no país  em meados de Janeiro, Fevereiro até de Março.

Cherno Luís Mendes que falava esta terça-feira à ANG sobre forte vento verificado entre segunda e terça-feira, em Bissau,   alerta que  pessoas, sobretudo os que navegam no mar devem  se previnir.

“O vento forte que está a  acontecer é uma situação local, e as vezes sopra forte no mar assim como na terra”, disse aquele técnico meteorológico.

Acrescenta que, se fosse o vento proveniente do Norte do deserto ia-se  continuar a ter poeiras neste momento e suspensões, na atmosfera,  de alguns objetos.

"A poeira pode chegar à nossa zona em função da velocidade do vento conforme a sua intensidade e o que aconteceu segunda-feira pode não estar relacionado com o vento que vem do Norte e pode ser uma situação local poque neste momento o céu está claro e a nuvem também”, explicou.

Disse tratar-se de  uma situação local em que houve uma intensidade de vento forte que fez com que nas zonas sem  cobertura de solo e outros tipos de  proteção  ocorram situações de muita poeira no ar.

Disse que quando há uma situação deste, a Meteorologia informa  como o vento vai soprar, com que velocidade, para que as pessoas possam precaver sobretudo aqueles que navegam no mar e na parte terrestre.

 “O vento forte que se faz sentir no país é muito perigoso para utilizadores da via marítima. No mar há mais possibilidades de se verificar situações indesejáveis”, disse.

Para aquele responsável, se o vento é sentido na terra,  no mar é ainda mais intenso por causa de superfície da água que aumenta a sua força e está automaticamente ligado às ondas do mar que ficam mais altas.

Em relação aos danos, assegurou que esses ventos não têm nada a ver com os estragos que podem acontecer nas habitações, mas admite que  pode criar problemas respiratórios às pessoas.

Bissau está a ser fustigado por fortes ventos, em certas horas do dia, e esta madrugada o vento fez-se sentir como se estivesse na época chuvosa.ANG/MI/ÂC//SG

terça-feira, 14 de fevereiro de 2023

 Comunicação Social/Diretor da RSM promete reforçar  diálogo inter-religioso e étnico para uma paz duradoura no país

Bissau, 14 Fev 23(ANG) – O Diretor da Rádio Sol Mansi (RSM) prometeu hoje o  reforço do  diálogo inter-religioso e étnico para a efetivação de uma paz duradoura na Guiné-Bissau.


Em declarações à ANG, Casimiro Jorge Cajucam  afirmou que a instituição está empenhada na promoção da paz desde a sua abertura à 14 de Fevereiro de 2001, frisando que  o lema  da celebração do  aniversário é “ Sol Mansi ao serviço da paz e diálogo inter-religioso, inter-étnica e na defesa de direitos fundamentais”.

Disse   que a RSM, apesar de ser pertença da Igreja  Católica sempre se  abriu para toda as religiões e etnias, com cedencia de   espaços para os evangélicos e muçulmanos fizerem  sensibilizações, promoção e expansão das suas atividades religiosas.

“A RSM se posicionou   como fator da paz e estabilidade entre as duas rádios que durante o conflito político/ militar favoreceram as partes, nomeadamente a Bombolom FM, que favorecia os rebeldes (Junta Militar) e Rádio  Difusão Nacional que trabalhava para a parte governamental”, salientou.

Aquele responsável sublinhou que  a emissora registou  uma grande adesão de jovens em regime de voluntariado nessa altura, cerca de uma centena, que depois da seleção diminuiu para 40.

O director da RSM dividiu os 22 anos de existência do órgão em três etapas:  a primeira marcada pela sua criação como rádio comunitária, no setor de  Mansôa, com o objetivo de criar pontes entre as tabancas e ajudar a reconciliar a população daquela zona norte do país, após a guerra civil de 07 de Junho 1998.

Na  segunda etapa, em 2008, a RSM ganhou o estatuto de uma  rádio nacional e abriu estações em  Bafatá e  Bissau, com preocupações de  demonstrar que “é possível fazer um jornalismo diferente”.

“Nesta fase censuramos os comunicados de ameaças, inclusivé de morte, que muitos cidadãos faziam  cada vez que percam as suas crias. Em que escreviam: ”quem pegar ou viu o meu animal  vou para o Irã(feiticeiro) de Malila fazer o que quero e as consequência serão da inteira responsabilidade do suposto ladrão”, disse.

Casimiro Cajucam afirmou que também acabaram  com “ameças e ataques incendiários” de alguns políticos aos  seus adversários, e de discursos e promessas infundadas  à população.

“A RSM não será a porta-voz da “mentira”. Quando querem fazer passar sua magazines ou qualquer atividade já sabem que devem moderar a linguagem que vão usar ”, frisou.

Jorge Cajucam  referiu  que a RSM chegou de patrocinar a ida dos irmãos muçulmanos para um encontro  em Portugal sobre diálogo inter-religioso e outro nos Estados Unidos de América.

De acordo com Cjucam , nesta terceira fase, a RSM está a reforçar as suas capacidades e vai continuar a promover a paz e o diálogo inter-religioso e inter-étnico com finalidade de evitar o mal.

“Atualmente há pessoas que estão a tentar criar a divisão nas etnias, religiões e na política para criar confusões ou para ganhar a fama”, disse.

Casimiro Cajucam diz  que neste momento a RSM conta com 32  funcionários efetivos, com contratos entre jornalistas e pessoal administrativo, e mais  20 colaboradores, totalizando 52 funcionários. ANG/JD/ÂC//SG

 

 

 Aviação Civil/Bissau acolhe 4ª reunião sobre a segurança no setor

Bissau 14 Fev 23 (ANG) – Bissau  acolhe de 14 à 16 do corrente mês, a IV  Reunião do Comité da União Monetária Oeste Africana (UEMOA) de Supervisão da Segurança e Seguridade da Aviação Civil, denominada de URSAC.


Falando no acto de abertura dos trabalhos do encontro, o ministro dos Transportes e Comunicações, Aristides Ocante da Silva disse que a reunião  vai tratar de questões ligadas à segurança da navegação aérea, salientando que os estados membros devem estar a altura de cumprir  as normas regionais e internacionais em matéria da segurança da aviação civil.

Para além dessas questões, diz  Ocante da Silva,  o evento irá debruçar-se sobre  a certificação dos aeroportos.

“O Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira ainda não está certificado internacionalmente. É um dos poucos em África e no espaço UEMOA que não cumpre com essa exigência: Por isso,  essa unidade vela pela formação dos inspetores e dos quadros, em diferentes vertentes”, disse.

Ocante da Silva disse que o Governo tem feito tudo para que o “Osvaldo Vieira” possa obter essa cerificação.

Para o  Presidente do Conselho de  Administração da Agência de Aviação Civil da Guiné-Bissau, Caramo Camará  o encontro se reveste  de extrema importância na medida em que visa  a melhoria do sistema de aviação civil guineense .

Camará disse que o sistema de aviação civil nacional está numa fase de relançamento perante novas recomendações internacionais e que o país neste momento está a ser suportada por este Comité da UEMOA e isso demonstra que todos querem levar a Guiné-Bissau ao lugar onde se encontram outros países em termos da segurança da aviação civil.

“Qualquer aeroporto deve cumprir com as normas e padrões internacionais e por isso peço mais apoios e mais independência por parte do Governo, uma vez que esta área deve ser mais independente”, disse.

O encontro reuniu  os técnicos da Aviação Civil de oito países da UEMOA nomeadamente, Benim,Burquina Faso,Costa do Marfim, Guiné-Bissau,Mali, Mauritânia, Senegal e Togo. ANG/MSC/ÂC//SG

 

 Dili/ONU defende apoio urgente para insegurança alimentar grave em Timor-Leste

Bissau, 14 Fev 23(ANG) – A ONU alertou que Timor-Leste necessita de uma campanha urgente de apoio a 300 mil pessoas para combater a crise de insegurança alimentar em que vivem, implementando ao mesmo tempo ações estruturais concretas para combater o problema.


“Necessitamos de um programa de apoio alimentar urgente para responder a esta crise até novembro. As nossas contas estimam que sejam necessários 57 milhões de dólares [53,4 milhões de euros]”, disse à Lusa Cecília Garzon, chefe da missão do Programa Alimentar Mundial (PAM) em Díli.

“Mas não basta isto. Se só resolvemos esta crise, quando fizermos uma nova avaliação, a situação não mudará. Precisamos de dar outros passos em paralelo. O Governo tem um orçamento de mais de dois mil milhões para uma população de 1,3 milhões e é necessário atuar”, disse.

Garzon falava à Lusa por ocasião da publicação hoje de um estudo que indica que 300 mil timorenses, 22% da população, enfrentam insegurança alimentar grave e requerem assistência urgente e mais de 13 mil enfrentam uma emergência que requer ação imediata.

“Estas populações enfrentam altos níveis de insegurança alimentar aguda. É necessária ação urgente”, refere-se no estudo de Classificação Integrada da Segurança Alimentar (IPC, na sua sigla em inglês), a que a Lusa teve acesso.

Em termos regionais, no estudo indica-se que 11 das 14 regiões do país estão na fase três, de crise, e três municípios na fase dois, de emergência.

Entre os principais fatores responsáveis pela situação atual, destacam-se “os elevados preços dos alimentos, a redução do poder de compra e os impactos persistentes da pandemia covid-19, bem como as inundações de 2021 e 2022”.

No caso de Timor-Leste, um terço da população vive sem insegurança alimentar aguda, cerca de 581 mil estão no nível dois, 286 mil vivem em crise e 13 mil estão em emergência.

“Fiquei extremamente surpreendida. Estes dados do IPC mostram que um terço da população está em insegurança alimentar. Fiquei chocada e não esperava que num país onde se investiu muito dinheiro, com uma população pequena, tivéssemos este resultado”, disse.

Para a responsável do PAM a causa principal do problema, já crónico em Timor-Leste, é a pobreza em que vive uma fatia significativa da população.

“Uma população predominantemente jovem, sem formação, sem oportunidades, faz alargar a pobreza, e a pobreza gera a insegurança alimentar. As pessoas não conseguem aceder a comida na quantidade e na qualidade necessárias”, disse.

“Temos uma população elevada em pobreza. 67% não consegue pagar uma dieta nutritiva. E por isso temos este resultado, de uma fatia significativa da população em insegurança alimentar que, ao longo do ano, continuará para elevados níveis de subnutrição”, vincou.

Garzon notou que o mercado em Timor-Leste até evidencia ter disponível uma variedade significativa de produtos, mas que o custo de muitos deles fica aquém do poder de compra de muitos timorenses.

“A pobreza muitas vezes chega a ser pior nas zonas urbanas, especialmente no acesso a alguns produtos mais variados. O desemprego é elevado e isso agrava a situação”, acrescentou.

“O motor da má nutrição e da insegurança alimentar é a pobreza. Precisamos de olhar para o programa de proteção social. Estamos a falar dos mais pobres e por isso é crucial trabalhar em conjunto com a proteção social para melhorar as condições dos mais pobres e vulneráveis”, disse.

A responsável do PAM sustentou que devem ser tomadas medidas para corrigir as causas estruturais.

“Não podemos olhar apenas para esta resposta a curto prazo, durante um período. Temos de investir em atividades para melhorar a situação estruturalmente a médio e longo prazo. Olhar para a produção, perceber porque é mais caro comprar um frango de produção local do que importar um do Brasil, por exemplo. A cadeia de valor que é necessária para ter um impacto na nutrição e os problemas que existem”, disse.

“Produção, transporte, perdas, tudo isso tem de ser feito de forma integrada, com ações concretas. Porque não se está a investir mais nisto? Há questões económicas que têm que ser analisadas e ações tomadas a curto, médio e longo prazo, lidando com a realidade do terreno”, disse.

Garzon disse esperar que o estudo, feito em apoio ao Governo, possa abrir a porta para um “diálogo necessário” para corrigir esta questão, explicando que o PAM “tem a capacidade para implementar” e para ajudar no que for necessário em termos técnicos.

“Precisamos de olhar para as situações mais graves do país. Uma delas é Ermera. Criar pequenas cadeias de valor, ensinar a passar de subsistência para mercado, introduzir seguros para situações de clima, por exemplo”, disse.

Apesar de sucessivos programas e iniciativas no setor da segurança alimentar e nutrição, Timor-Leste continua a registar índices elevados de problemas nesta questão.

Nesse âmbito, o Presidente timorense, José Ramos-Horta, disse no final de janeiro que governantes de Timor-Leste e parceiros internacionais deviam “ser julgados” por não terem ainda conseguido resolver o problema da segurança alimentar, na agenda do país há 20 anos.

“Vinte anos depois da independência ainda estamos a falar de segurança alimentar, neste pequeno país de apenas 1,3 milhões de pessoas. Todos devemos ser julgados: timorenses e parceiros internacionais”, afirmou José Ramos-Horta, em Díli.

“Um julgamento público em que cada um de nós teria que explicar o que andámos a fazer neste país durante estes 20 anos”, sublinhou.

ANG/Inforpress/Lusa

 

 Burquina Faso/Dois ataques  fazem pelo menos 19 mortos civis

Bissau, 14 Fev 23 (ANG) - Pelo menos 19 civis, incluindo nove auxiliares do exército, foram mortos em dois ataques na quinta-feira e domingo no noroeste e leste do Burkina Faso, de acordo com fontes locais e de segurança.


No domingo, por volta das 16h00 locais, "um grupo de terroristas atacou o povo de Yargatenga" e "pelo menos dez homens foram covardemente assassinados", disse à agência France-Presse (AFP) um residente da cidade, localizada no Burkina Faso oriental, na fronteira com o Togo e o Gana.

Os Voluntários para a Defesa da Pátria (VDP, auxiliares do exército) "tentaram opor-se a esta incursão", mas dois deles foram mortos, continuou o residente.

O ataque foi confirmado por um funcionário local, que indicou a existência de "13" mortos e "muitos danos materiais", sem dar mais pormenores.

Na quinta-feira, uma rusga de homens armados atingiu a cidade de Dembo, do outro lado do Burkina Faso, no noroeste, de acordo com fontes locais.

A falta de combustível nesta comuna explica a dificuldade do VDP em localizar os atacantes no seu retiro. Um destacamento militar de Nouna, a capital da província de Kossi, foi desativado na sexta-feira.

"É a primeira vez que os terroristas visitam a cidade desde o início do ano, mas ainda não mataram", disse um residente local à AFP, assegurando que "a população começou a fazer as malas no fim-de-semana".

Os ataques mortais atribuídos aos terroristas multiplicaram-se nas últimas semanas no Burkina Faso.

Incluindo estes dois ataques, cerca de 60 pessoas morreram na semana passada e cerca de 50 na semana anterior.

O Burkina Faso, palco de dois golpes militares em 2022, foi atingido em 2015 por uma espiral de violência fundamentalista islâmica que começou no Mali e no Níger alguns anos antes e se espalhou para além das suas fronteiras.

A violência tem deixado milhares de civis e soldados mortos e cerca de dois milhões de pessoas deslocadas. ANG/Angop

 

 Agricultura/Novo Diretor Nacional do FIDA apresenta-se ao ministro das Finanças

Bissau, 14 Fev 23(ANG) - O novo Director Nacional do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola, (FIDA), Marcelin Norvilus IFAD com residência em Dakar, Senegal apresentou-se esta, segunda-feira, ao ministro das Finanças, Ilídio Vieira Té, a quem  reiterou a continuidade do "reforço institucional"  com vista a assegurar a segurança alimentar na Guiné-Bissau.

Ilídio Vieira Té
"Sou o novo Diretor Nacional do FIDA e venho me apresentar e aproveitei para fazer um balanço com o ministro sobre as  actividades levadas a cabo por esta instituição no país", frisou Marcelin Norvilus IFAD, citado pela  página ofiial do Ministério das Finanças no Facebook, à que a ANG teve acesso.

Em resposta, Ilídio Vieira Té destacou a necessidade de desenvolvimento  da agricultura  nacional, com vista a assegurar a auto-suficiência alimentar. "Sempre estamos abertos e disponíveis para trabalhar com o FIDA para o desenvolvimento da nossa agricultura", frisou Vieira Té.

O  Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola, (FIDA) tem dois projetos em curso no país, orçados em 80 milhões de dólares, sendo parte substancial em execução nas regiões Norte e Leste no valor de 65 milhões de dólares.

Na zona sul,  Tombali, Quinará e Bolama/Bijagós o FIDA disponibilizou  15 milhões de dólares para o desenvolvimento da agricultura local.

Marcelin Norvilus representa a instituição na Guiné-Bissau e na República Islâmica da Mauritânia. ANG/ÂC//SG

 Desporto-futebol/UDIB soma mais uma vitória  e  assegura a vantagem de um ponto sobre Benfica

Bissau, 14 Fev 23 (ANG) – A União Desportiva Internacional de Bissau (UDIB), somou no último fim-de-semana, mais uma vitória  de 1-0, sobre  o Sporting Clube da Guiné-Bissau (SCGB), e já vai há seis jornadas como líder isolado da prova da Guiness-Liga mas com apenas um ponto de diferênça com o Sport Bissau e Benfica.


Os restantes encontros referentes a 9ª jornada da prova produziram os seguintes resultados: Flamengo de Pefine-2/FC.Sonaco-2, SB. Benfica-4/São Domingos-3, CDR.Gabú-2/Sporting Clube de Bafatá-0, Os Balantas de Mansoa-4/Massaf de Cacine-1, Portos de Bissau-2/FC Canchungo-1, FC Pelundo-1/FC Cuntum-0, BinarFC-1/AC Bissorã-0.

Tabela classificativa da Guiness-Liga :

1º-UDIB-22 pts

2º-SB.Benfica-21 pts

3º-Portos de Bissau-16 pts

4º-FC Pelundo-15 pts

5º-Flam Pefine-14 pts

6º-Sporting Clube da Guiné-Bissau-13 pts

7º-FC Canchungo-13 pts

8º-CDR Gabú-12 pts

9º-Bal Mansoa-12 pts

10º-FC Cuntum-10 pts

11º-FC Sonaco-10 pts

12º-Binar FC-10 pts

13º-São Domingos-08 pts

14º-AC Bissorã-08 pts

15º-Massaf de Cacine-08 pts

16º-Sporting Clube de Bafatá-04 pts

Para a 10ª jornada estão previstos os seguintes encontros: FC Cuntum/Flamengo de Pefine, FC Sonaco/Sporting Clube de Bafatá, FC Canchungo/Sporting CGB, São Domingos/CDR Gabú, Binar FC/FC Pelundo, Atlet.C.Bissorã/Portos de Bissau, Massaf de Cacine/UDIB. ANG/LLA/ÂC//SG

 

 

  

 Cabo Verde/Julgamento do atentado ao antigo presidente da câmara da Praia prossegue hoje com análise de imagens

 

Bissau, 14 Fev 2013(ANG) – O tribunal da Praia continua hoje a julgar o caso de atentado a tiro contra o antigo presidente da Câmara Municipal da Praia, Óscar Santos, com análise de imagens, procedida das alegações finais, conforme disse fonte judicial.


Este julgamento começou na segunda-feira, 13, segundo confirmou à Inforpress o próprio Óscar Santos, dando conta que foi ouvido por cerca de uma hora, sem, no entanto, ter avançado mais detalhes, por entender que se deve agora deixar o tribunal fazer o seu trabalho.

A 29 de Julho de 2019, Óscar Santos foi atingido com um tiro quando, por volta das 05:30, se dirigia para um ginásio que frequentava no Palmarejo Baixo, na Cidade da Praia.

À sua espera estavam dois homens encapuzados que, depois do disparo, se puseram em fuga. O ex-autarca foi transportado para o Hospital Agostinho Neto, onde foi operado para remover a bala que o atingiu no braço direito.

Na sequência, Óscar Santos, hoje Governador do Banco de Cabo Verde, disse tratar-se de “uma cobarde vingança por acto que tenha praticado enquanto Presidente da Câmara Municipal da Praia”.

O último indivíduo suspeito de participar deste atentado foi detido e apresentado ao tribunal em Outubro do ano passado tendo lhe sido decretado prisão preventiva, tal como outros quatros suspeitos que estão em preventiva desde Maio de 2022 mais três, que seriam os supostos mandantes, ficaram em liberdade mais com a proibição de sair do país. ANG/Inforpress

 

 China/Indústria de energia renovável  continua a liderar a nível mundial – responsável

 

Bissau, 14 Fev 23 (ANG) – A indústria de energia renovável da China continuou a liderar o mundo em 2022, disse hoje o chefe da Administração Nacional de Energia, Wang Dapeng.


Módulos fotovoltaicos, turbinas eólicas, caixas de engrenagens e outros componentes-chave fabricados na China representaram 70% da participação no mercado global no ano passado, disse Wang em entrevista colectiva, citado pela Xinhua.

“O centro de gravidade da nova indústria global de energia está mudando cada vez mais para a China”, disse a mesma fonte, acrescentando que o desenvolvimento de energia renovável na China deu uma contribuição positiva para a redução das emissões globais.

Em 2022, a produção de energia renovável da China foi equivalente a uma redução de 2,26 bilhões de toneladas de emissões nacionais de dióxido de carbono. As exportações chinesas de energia eólica e produtos fotovoltaicos ajudaram outros países a reduzir suas emissões em cerca de 573 milhões de toneladas, refere a Xinhua.

Esses dois números somam 2,83 bilhões de toneladas de emissões, ou cerca de 41% da redução total nas emissões globais de carbono convertidas de fontes renováveis, segundo dados do governo.

“A China se tornou um participante activo e um “importante” contribuinte na luta global contra a mudança climática”, acrescentou Wang.

ANG/Inforpress/Xinhua

 

Rússia/ Governo  vai enviar 80% das exportações de crude para "países amigos"

Bissau, 14 Fev 23 (ANG) - A Rússia vai enviar em 2023 mais de 80 por cento das exportações de petróleo e de 75% dos seus derivados para "países amigos", afirmou o vice-primeiro-ministro russo, Alexandr Novak, num artigo publicado hoje.


"No ano em curso, está previsto enviar para países amigos mais de 80% das exportações de petróleo bruto e 75% das exportações de derivados de petróleo", disse Novak num texto divulgado na revista "Energueticheskaya Politika", responsável também pelo sector energético da Rússia.

Ao mesmo tempo, Novak sublinhou que a posição da Rússia em relação aos Estados que apoiam as "restrições ilegítimas" de preços impostas ao petróleo russo "permanece inalterada".

A 05 de Dezembro de 2022 entrou em vigor o embargo da União Europeia (UE) ao petróleo proveniente da Rússia por via marítima, medida que coincidiu com a imposição por Bruxelas, pelo G7 e pela Austrália de um preço máximo de 60 dólares (56 euros) o barril de crude russo.

Além disso, a 05 deste mês, a UE, o G7 e a Austrália também começaram a aplicar preços máximos aos produtos petrolíferos russos -- 100 dólares (93,6 euros) por barril para gasóleo e 40 dólares (37,5 euros) por barril para outros derivados.

Novak lembrou que, em 2022, a Rússia extraiu 535,2 milhões de toneladas de petróleo, mais 02% que em 2021, e que as exportações de petróleo aumentaram 7,6%, totalizando 272 milhões de toneladas.

O vice-primeiro-ministro russo destacou que, em 2022, foi concretizado o projecto para aumentar a capacidade de transporte para o porto de Kozmino, no Extremo Oriente da Rússia, que permitiu garantir o aumento das exportações de petróleo bruto para os países da região da Ásia-Pacífico. ANG/Angop

 

 Sismo/Mais de um terço dos afectados na Turquia são crianças, diz Unicef

Bissau, 14 Fev 23 (ANG) - A Unicef, agência das ONU dedicada à protecção das crianças, revelou  segunda-feira que os menores de 17 anos representam mais de um terço da população afectada pelos devastadores sismos na Turquia, enquanto na Síria "as necessidades são imensas".


Maher Ghafari, representante da Unicef na região, adiantou que desde o primeiro dia após o desastre, a Unicef está a cuidar das necessidades de água e saneamento e enviou camiões-cisterna para áreas onde o fornecimento de água foi interrompido.

Na Turquia, dos cerca de 15 milhões atingidos pelos terramotos existem mais de 214 mil mulheres grávidas, revelou o Fundo das Nações Unidas para a População (Unfpa), citado pelo portal ONU News.

Deste número de mulheres grávidas, quase 24 mil devem dar à luz em Março, acrescentou, lembrando que "as futuras mães precisam de apoio com cuidados obstétricos de emergência e cesarianas e assistência pré e pós-natal.

"Com suprimentos médicos esgotados e centenas de centros de saúde, maternidades e espaços danificados, formou-se uma corrida contra o tempo para salvar vidas", destaca o portal.

O Unfpa está nas áreas afectadas na Turquia e na Síria para restabelecer serviços críticos e protecção de milhões de mulheres e meninas vulneráveis que precisam urgentemente de cuidados.

Já na Síria, hospitais, centros de saúde e espaços seguros em Alepo, Lattakia e Hama estão a receber kits de dignidade e maternidade para mulheres grávidas e aquelas com partos recentes.

"São milhares de cobertores e casacos, enquanto mais de 20 equipas móveis com ginecologista, parteira e assistente psicossocial atendem a mulheres e meninas nas três áreas mais impactadas na província de Alepo", frisou o portal da ONU.
Outra preocupação é evitar a violência de género numa situação de caos.

Os sismos que devastaram há uma semana o sul da Turquia e o noroeste da Síria causaram pelo menos 40.943 mortes, segundo o mais recente balanço da Organização Mundial de Saúde (OMS) hoje divulgado.

Os dados avançados pelo director do Departamento Regional de Emergências da OMS, Rick Brennan, indicam que os terramotos de magnitude, primeiro, de 7,8, e, depois, de 7,5, na escala aberta de Richter, provocaram 31.643 mortos na Turquia e cerca de 9.300 na Síria.

Na Síria, as consequências dos terramotos somam-se à situação humanitária que grande parte da sua população já vivia como resultado da guerra civil.

O director regional da Organização Mundial da Saúde (OMS) para o Mediterrâneo Oriental, Ahmed Al Mandhari, realçou o risco de desnutrição causada pela tragédia, após uma visita a Alepo.

Em declarações à ONU News, Al Mandhari frisou que "quase metade das instalações de saúde não estão a funcionar e vários hospitais tiveram equipamentos destruídos", numa região com a sua estrutura de saúde já impactada devido à guerra civil.

De acordo com Al Mandhari, cerca de 25 milhões de pessoas foram afectadas pelo terramoto em toda a Síria e, em Alepo, pode haver mais de 200 mil desalojados.

Este responsável da OMS contou ainda que viu uma família de 16 membros a morar numa tenda.

A Síria enfrenta também uma crise de combustível que afecta não só a sociedade, mas também hospitais, que estão sem sistema de aquecimento, e muitos sem electricidade, vincou.

Para o director regional da OMS para o Mediterrâneo Oriental, outro desafio é a maior propagação de doenças transmitidas pela água e alimentos, lembrando o surto de cólera do ano passado por causa da água contaminada e a possível transmissão de hepatite.

Al Mandhari também mencionou o risco de transmissão de doenças em abrigos lotados, citando um surto de piolhos. ANG/Angop

 

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2023

Dia Mundial de Rádio/Presidente do SINJOTECS pede reforço de capacidades profissionais

Bissau, 13 Fev 23(ANG) – A presidente  do Sindicato dos Jornalistas e Técnicos da Comunicação Social(SINJOTECS) pediu esta segunda-feira o  reforço das  capacidades dos profissionais, para  estarem a altura de fazer face aos  desafios e honrar os compromissos de informar, educar e sensibilizar a população.

Indira Correia Baldé falava no ato comemorativa  do Dial Mundial da Rádio, celebrado sob o lema “Rádio enquanto instrumento da liberdade de expressão da democracia e do Estado do Direito”.

Correia Baldé disse que que a comunicação social é um sector muito sensível, através do qual se pode fazer a paz ou guerra, frisando que,  uma palavra mal emprega pode  “incendiar um país” assim  como pronunciar boas palavras podem trazer a paz.

Aquela responsável sublinhou que todos os profissionais da Comunicação Social, e enquanto cidadão guineense devem  refletir sobre o papel de um  jornalista na sociedade.

“Enquanto comunicadores, promotores da opinião pública, nos trabalhos do dia-à-dia, se estamos a corresponder ou não ou se devemos fazer um reparo para prestar melhor serviço aos ouvintes”, disse.

Por sua vez, em representação da Rede Nacional das Rádios e Televisões Comunitárias (RENARC) Demba Sanhá disse que graças a existência das  rádios nas comunidades rurais a  população ficam mais esclarecidas e conseguem construir suas próprias opiniões  sobre a  promoção da paz, desenvolvimento, democracia e ser donos do seus destinos.

Para além de discursos, o dia mundial da rádio foi assinalado com a transmissão simultânea da cerimónia por todas as rádios comunitárias do país, através de uma emissora instalada junto ao Monumento Mártires de Pindjiguiti. ANG/JD/ÂC//SG